domingo, 15 de maio de 2011

MOBILIZAÇÃO NO CEARÁ EM DEFESA DO CÓDIGO FLORESTAL

Recebemos essa mensagem de  Fernanda Rodrigues:

  Estamos nos mobilizando para impedir a aprovação do PL 1876/99, que altera o Código Florestal. O Código Florestal é o conjunto de leis que ordena a ocupação e a preservação de florestas e outras áreas naturais no país. O relatório de autoria do Deputado Federal Aldo Rebelo (PCdoB/SP) que está sendo discutido em Brasília enfraquece as leis que protegem as florestas e incentiva a ocupação de encostas de morros e margens de rios nas cidades brasileiras, colocando mais gente em áreas de risco.
   A coalizão SOS Florestas, formada por ONGs e entidades de todo o país, é contra essa mudança na legislação porque o desmatamento vai aumentar, provocando mais emissões de gases que causam as mudanças climáticas e perda de biodiversidade. O Brasil é um dos cinco maiores poluidores do planeta, cerca de 70% dessa poluição vem do desmatamento e do mau uso do solo no país. Na zona urbana, a mudança no Código Florestal vai acarretar problemas no abastecimento de água, além de agravar problemas de deslizamentos de terra e enchentes.
   No dia 15 de maio, estaremos nas ruas de Fortaleza para mostrar ao Congresso Nacional que queremos a proteção das florestas e o cumprimento da lei.

  A saída será as 07:30 da praça da gentilândia no Benfica.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

FRANCIS HIME, CHICO BUARQUE E A AULA EM DEFESA DA BIODIVERSIDADE

Enquanto no Congresso Nacional
em Brasília, o Código Florestal é ameaçado, precisamos nos unir
cada vez mais e agirmos para que nosso país possa valorizar e cuidar melhor de todos brasileiros e brasileiras e de toda a biodiversidade que nos cerca. Que a riqueza produzida no Brasil possa ser distribuída com justiça para todos brasileiros. Que conquistemos saúde, educação públicas de qualidade para todos. Que haja respeito à pessoa humana e todo ambiente. Dias melhores virão com a força de nossa união em defesa da vida.



segunda-feira, 9 de maio de 2011

CÓDIGO FLORESTAL EM DEBATE

"O Código do Desflorestamento


Wilmar da Rocha D’Angelis
Linguista e indigenista, é professor no Instituto de Estudos da Linguagem na Unicamp

Adital

   O Deputado Aldo Rebelo (PCdoB) tem buscado, por todos os meios, explicar algumas inaceitáveis (e, talvez mesmo, inexplicáveis) concessões ao agronegócio, no que se refere ao novo Código Florestal, no que ele qualifica como "o equilíbrio possível”.
   A argumentação de Rebelo é da mais pura retórica. Em primeiro lugar, quer nos fazer crer que todo o seu esforço é tão só e simplesmente por salvar da falência – que viria por conta das multas por transgressão do código florestal – a milhares de pequenos agricultores. O fato é que centenas de grandes e poderosos fazendeiros e empreendimentos de agro-negócio efetivamente se beneficiarão (em prejuízo do bem comum), mas o Deputado parece considerar isso um pequeno e desprezível efeito colateral.
   O deputado também abusa da retórica quando sugere que alguém gostaria de enquadrar na legislação atual propriedades abertas ao tempo de Tomé de Souza. Alguém precisa avisar o deputado que, sendo o foco dos problemas ambientais no Brasil atual, sobretudo as terras de cerrado e da Amazônia, Tomé de Souza ou qualquer outro Governador Geral nada tem a dizer. Mas é importante para a argumentação de Rebelo misturar e confundir os fatos. Pelo mesmo motivo ele sugere que o reconhecimento, como Áreas de Preservação, das terras acima de 1.800 metros, inviabilizaria a ocupação dos altiplanos no Peru e na Bolívia. Só faltou, como máximo exagero, dizer que o melhor a fazer, para atender aos ambientalistas, é devolver o Brasil aos índios.
   O outro foco da argumentação de Aldo Rebelo está na insistência de que "nenhum” país do mundo possui qualquer legislação que trate de Reserva Legal ou algo equivalente. Sequer a mata ciliar estaria legalmente protegida naqueles que ele referiu como "países ditos ‘civilizados’”. A pergunta, ora explícita, ora implícita, que o Deputado nos dirige é: por que nós temos que fazer isso, se os "concorrentes” (o termo é dele) dos nossos produtores não o fazem?
   Não é preciso ouvir ou ler mais nada do que diz o Deputado para que se revele o que ele entende por "princípios” ou "códigos éticos” de conduta. O raciocínio dele, pobre, mas cristalino, é esse: se os outros não fazem, por que é que nós vamos fazer?
   Como todos sabemos, esse é o raciocínio que justifica toda sonegação fiscal, toda corrupção, todo superfaturamento de obras, todo aumento absurdo de proventos de Parlamentares em todos os níveis. Em resumo: o raciocínio do tipo "se ninguém faz, por que nós vamos fazer?” é o argumento dos sem princípio.
   O último tipo de argumento, também falacioso, do deputado comunista, sugere que a manutenção da exigência de um grande percentual da propriedade rural como reserva legal (na Amazônia, sobretudo) significa abrir mão de território, de solo, de subsolo e de recursos hídricos que, de outro jeito, estariam contribuindo para "elevar o padrão de vida material e espiritual” da população brasileira (as palavras entre aspas são do artigo do deputado no Estadão, em 30 de abril último). Será que o Deputado prestou atenção, há algumas décadas atrás, quando se propalava aos quatro ventos que o ouro e os minérios de Carajás pagariam nossa dívida externa? Será que o Deputado não sabe que a exploração do minério em Carajás, ao contrário, aumentou nossa dívida externa (pela construção de uma ferrovia e de um novo porto no Maranhão) e, ao final, a riqueza que continua sendo produzida lá não enriquece ao povo brasileiro, mas àqueles que já são ricos? Será que o deputado acredita, sinceramente, que as enormes plantações de soja que destroem floresta amazônica, áreas de pantanal e de cerrado, e comprometem nossos recursos hídricos, para produzir a alimentação do gado no 1º mundo, estão "elevando” nosso padrão de vida material e espiritual?
   Será que o deputado acredita na teoria da conspiração que propala por aí, de que os países ricos "usam o meio ambiente para nos bloquear o acesso a uma vida melhor”? Será o Deputado Aldo Rebelo uma pessoa tão obtusa e de raciocínio tão confuso? Ou terá ele se tornado apenas mais um subserviente dos acordos com o agro-negócio, jogando no lixo as bandeiras históricas daqueles que construíram, no passado, alguns dos mais importantes partidos de esquerda no Brasil?
   Há alguns anos o deputado Aldo Rebelo ganhou certa notoriedade ao tentar legislar sobre a língua portuguesa. Escreveu absurdos, fruto de uma péssima assessoria e do mau hábito de parlamentares de julgarem-se peritos em qualquer coisa. Na época, aliás, ninguém alertou ao Deputado Rebelo que em "nenhum país do mundo” se legisla sobre língua; ao menos, isso não acontece em países ditos "civilizados”. Lembrei-me, com alguma nostagia, daquela iniciativa ingênua do deputado. Se aprovada aquela sua lei anti-estrangeirismo (era disso que se tratava), ela seria inócua, isto é, não produziria efeitos sobre a realidade lingüística, como não produziu efeito a revogação da Lei da Gravidade, por aquele prefeito do interior, segundo uma antiga piada. Mas, se aprovada sua versão negociada do Código Florestal, o futuro condenará nossa geração por essa opção lesa-pátria. E ninguém, no futuro, nos concederá a desculpa da ingenuidade, muito menos para o Deputado Aldo Rebelo.
   Registra a memória brasileira dos tempos da ditadura, que um dos generais ditadores do Brasil, indagado sobre o que achava de Chico Buarque, teria dito que gostava muito da "fase romântica” do compositor. Chamado a comentar a resposta do general, Chico Buarque teria respondido: "Também me agradava a fase romântica do General”.
   Lembro dessa história aqui, para dizer que, apesar de ingênua e equivocada, lembro com alguma saudade da fase de "gramático” e "normatizador a língua” do Deputado Aldo Rebelo." ( Fonte: Adital)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

MOVIMENTO PELA CRIAÇÃO DO PARQUE NACIONAL DA SERRA GANDARELA VAI A BRASÍLIA




O Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela irá pegar estrada rumo a Brasília para divulgar e mobilizar para criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela.


Será realizado um ato duarante o dia 16/05 e a coordenação do movimento será recebida pelo Ministério do Meio Ambiente às 16 horas.
Participe! Se você tiver parentes ou amigos que residam emBrasília, convide-os para participar desta mobilização.
Disponibilizamos um ônibus gratuito para quem participar:
Saida: dia 15/05(Domingo), às 22 horas
Local: frente à Faculdade de Medicina/UFMG - Av. Alfredo Balena, n 190
Retorno: previsão de chegada a BH às 06h do dia 17/05 (terça-feira)


*Alimentação será por conta de cada participante.


Mais informações ou confirmação de lugar nesta caravana, trtar com Saulo - 31 - 9580.6768 ou emal: saulao manuelzao@gmail.com