quinta-feira, 20 de junho de 2013

BRASIL VENCE NOS GRAMADOS E NAS RUAS


Manifestação pacífica Praça 7 -  BH - Foto: Jornal O Ecoambiental
 
   O Brasil está vencendo pela valorização de nossa cidadania e genialidade na arte de praticar o futebol.  O bom futebol  apresentado pela seleção brasileira diante o México foi uma resposta dos jogadores que acreditam que o Brasil pode vencer tanto nos gramados quanto nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas, universidades, nas comunidades brasileiras. Todos nós queremos qualidade de vida e dignidade para todos. Este é o desafio não só para o Brasil, mas para o mundo neste século XXI.  E o mundo já sinalizou que é preciso mudar, desde a assinatura da Agenda 21 por cerca de 180 países na Eco/92, ratificada na Rio + 20 e Cúpula dos Povos que o Brasil vem implantando, principalmente através da mobilização da sociedade civil.


MAIS DE CEM MIL PESSOAS NAS RUAS EM BH PACIFICAMENTE
                                    Manisfestação pacífica em BH - Foto: Jornal Oecoambiental


  Manifestações pacíficas são próprias de países que buscam aperfeiçoar a democracia.  Esta boa lembrança nos deu a Presidenta Dilma, que nos disse: “estamos ouvindo as vozes das ruas”. Aqueles que não compreenderam que estas manifestações buscam a valorização de todos nós brasileiros  são pequenas minorias em relação a maioria  em todas as cidades que saíram as ruas pelo Brasil.
   Nesta quinta-feira, Belo Horizonte deu provas disso. Mais de cem mil pessoas estiveram presentes as manifestações sem se registrar qualquer incidente ou ato de vandalismo.  Mesmo com a insatisfação da população de redução das tarifas de transportes em apenas cinco centavos, as manifestações na capital mineira continuam procurando contribuir para que nossa cidade e o país encontrem caminhos vitoriosos para a construção da sustentabilidade.
  E o que é esta sustentabilidade tão falada? Ela está fundamentada na valorização da pessoa humana e de todo nosso meio ambiente.  Neste sentido, pessoas que depredam bens públicos, ou cometem atos de vandalismo nestas manifestações de junho no país, estão agindo contra este caminho de sustentabilidade que a sociedade brasileira está construindo.  O Brasil sai às ruas, porque busca a sustentabilidade no campo e nas cidades: no transporte, saúde e educação públicos; na distribuição de renda com qualidade de vida para toda a população; numa alimentação sem contaminação química e tantos agrotóxicos; queremos a valorização dos agricultores familiares que produzem 70% dos alimentos consumidos no Brasil, apoio a agricultura familiar para a produção de produtos orgânicos a baixo custo para toda a população; defendemos a Floresta Amazônica; a não privatização da água no país; a democratização dos recursos naturais; a universalização do saneamento básico, coleta seletiva; moradia digna; democratização da comunicação; direito a cultura e lazer para todos; a valorização da cultura nacional; queremos o respeito e a valorização de todas as etnias que formam a identidade cultural do Brasil; uma sociedade ecumênica; a valorização dos povos indígenas, populações tradicionais e comunidades quilombolas; queremos um país sem corrupção; uma democracia representativa de baixo para cima, onde a comunidade tenha vez e voz; um meio ambiente mais equilibrado e sadio para todos.


terça-feira, 18 de junho de 2013

BRASIL CONTINUA NAS RUAS EM BUSCA DO CAMINHO DA SUSTENTABILIDADE


QUEREMOS VENCER A “COPA” DA CONQUISTA DE UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL E PARA TODOS
    O Brasil continua saindo às ruas em busca de novos caminhos para promover a conquista de melhor qualidade de vida PARA TODOS.  Milhares de pessoas em várias capitais e cidades do país ocupam ruas em defesa de uma melhor qualidade de transporte público,  saúde, educação públicas, levantando várias bandeiras em busca do respeito á valorização da vida e de todo meio ambiente.
    


"É o povo que produz o show e assina a direção"
 
 Um acontecimento que  alguns dias antes das manifestações de São Paulo pelo passe livre, nos chamou a atenção: a luta dos povos indígenas para serem respeitados em sua diversidade cultural. Esta atitude parece que sacudiu nossa identidade brasileira em busca de um Brasil melhor, sustentável e para todos.  A luta dos povos indígenas contra a construção de Belo Monte, em defesa da floresta Amazônica, coincide com a luta das populações  tradicionais quilombolas, de toda a sociedade brasileira, que quer melhores condições de vida, trabalho e meio ambiente sadio para todos.

   As manifestações públicas  alcançaram praticamente todo o país, surgiram após a reação dos povos indígenas e prolongaram-se questionando o aumento das passagens em São Paulo. Estas manifestações simbolizam a luta dos povos indígenas, dos movimentos socioambientais do país,
dos estudantes reivindicando passe livre e redução das tarifas, acrescidos de inúmeras reivindicações da sociedade brasileira, como saúde e educação pública de melhor qualidade. Estas
manifestações conseguiram acordar o “Gigante adormecido”. A sociedade civil brasileira quer ser respeitada. Por que não investir também os recursos gastos com a copa do mundo nas áreas de transporte, alimentação, saúde, educação públicas no campo e nas cidades ? Continuamos sendo felizes apreciando o bom futebol, o carnaval, nossa cultura e identidade nacional lutando por uma sociedade ambientalmente mais justa e fraterna.   Um país que detém uma das maiores biodiversidades do planeta vem dando seu grito de basta de tanta opressão e ensaia passos de uma tomada de consciência coletiva para a construção de uma sociedade mais justa, sadia e ambientalmente mais saudável.
    A população brasileira vem sofrendo com as desigualdades socioambientais. Não queremos repetir o triste exemplo do dinheiro público investido em estádios na África do Sul na última copa do mundo, em que os estádios transformaram-se em “elefantes brancos”.  As recentes privatizações de vários setores da economia agravaram a crise social no país. São mais de dois mil reais de diferença entre o salário mínimo vigente e o salário mínimo necessário para se manter uma família de quatro pessoas no Brasil. Em maio de 2013 o salário mínimo necessário segundo o DIEESE, deveria ser de R$ 2.873,56, enquanto o vigente no país é de R$ 678,00. A saúde e educação públicas que são direito da população, estão cada vez mais privatizadas. Professores e funcionários públicos na área de educação e saúde com péssimos salários e péssimas condições de trabalho. Como manter e cuidar de uma família com tamanha desigualdade ? 
    A agricultura familiar que produz mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira carece de ser respeitada e valorizada. Nós brasileiros consumimos cada vez mais produtos químicos nos alimentos. É preciso que os agricultores familiares brasileiros tenham acesso a créditos e incentivos para a produção agroecológica.  Assim como a tarifa zero no transporte público, a população brasileira deveria ter a cesta básica gratuita, com qualidade e para todos.  Temos condições climáticas, solos férteis e grandes áreas agrícolas que podem produzir alimentos de qualidade para toda a população.
   QUAL CAMINHO QUEREMOS SEGUIR   ?
    Com partidos políticos obsoletos, desgastados politicamente e sem sintonia com os movimentos socioambientais, as ruas demonstram o conflito entre as demandas sociais urgentes que o Brasil clama e a burocratização política dos partidos e parlamento.  A sociedade civil vem amadurecendo os caminhos de qual sociedade queremos. Produzir riquezas como uma das maiores economias do mundo sem distribuí-las para a maioria da população não é o caminho do Brasil. 
    Um exemplo dos contrastes entre o dinheiro investido na organização da Copa das Confederações e a falta de recursos para a educação, transporte, saúde, alimentação públicas de qualidade é o espaço montado por uma rede de comunicação, com empresas transnacionais na Praça da Estação em BH. 
Infra-estrutura milionária para jogos da Copa das Confederações na Praça da Estação BH

   Mais de 180 milhões de reais investidos na organização da copa em BH,  em infra-estrutura de palanques, telões, arquibancadas. No jogo entre Nigéria e Taiti em BH estiveram vazias.  A exclusão a uma vida digna da maioria dos brasileiros contrasta com os milhões de dinheiro público gastos nos estádios, onde os preços dos ingressos excluem a maioria da população que aprecia o bom futebol.  O poder público não democratiza o acesso à cultura e comunicação de qualidade, na valorização da cultura nacional, regional, popular como deveria durante o ano.  A população nesses espaços de telões é "adestrada" a consumir sem limites.
   Somos seres humanos e temos direito de conquistar uma qualidade de vida melhor para todos nós.  Felizmente a genialidade do Brasil nos gramados faz a alegria de multidões no mundo, independentemente da tentativa de privatização da felicidade. A prática do bom futebol democratiza a felicidade.  Queremos o bem viver, o direito a felicidade para todos.  
    Vale ressaltar o pronunciamento da Presidenta Dilma de que: “manifestações pacíficas fazem parte da democracia”.
   Queremos o equilíbrio entre produção e consumo. Não adianta incentivar consumo sem ter qualidade de vida. As cidades brasileiras estão nas ruas porque todos nós exigimos qualidade de vida para todos.  Todos nós sabemos que não há democracia política sem democracia econômica. Queremos uma democracia popular de fato no Brasil de baixo para cima. Com representantes públicos que vivam a vida da maioria da população, tanto recebendo remunerações como a maioria dos brasileiros, quanto utilizando os sistemas públicos de saúde, educação e transporte. Será que se um parlamentar recebesse o salário mínimo vigente e utilizasse os sistemas públicos de saúde, educação e transporte as desigualdades socioambientais no Brasil se manteriam tão opressivas  ? 

  QUE O BRASIL SIGA UNIDO, CONSTRUINDO O CAMINHO DE UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL E DÊ UM BOM EXEMPLO PARA O MUNDO PARA QUE SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS SEJAM ERGUIDAS COM A VALORIZAÇÃO DA VIDA, DOS SERES HUMANOS, COM A CONQUISTA DE UM MEIO AMBIENTE SADIO E COM QUALIDADE DE VIDA PARA TODOS.

 

 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

IV CONFERÊNCIA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE


    A sociedade civil pode participar da IV Conferência Nacional do Meio Ambiente através das Conferências locais (municipais ou regionais) que deverão ser realizadas no país até agosto de 2013. As Conferências estaduais, que debatem questões locais e nacionais, devem ser realizadas até setembro e a etapa nacional, será em Brasília, de 24 a 27 de outubro de 2013.


    As Conferências Nacionais de Meio Ambiente favorecem a união de grupos, projetos, ações de meio ambiente que fazem à diferença. O tema principal desta IV Conferência é resíduos sólidos, aonde vai se debater a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Os pontos principais que serão abordados são:

1- Produção e consumo sustentáveis;

2- Redução dos Impactos Ambientais;

3- Geração de emprego e renda.

Há uma meta de até 2014 de se acabar com os lixões no Brasil.

Mais da metade dos municípios brasileiros ainda possui lixões. São 2.906 lixões que devem ser fechados até 2014.

Dos 5.564 municípios brasileiros, somente 766 fazem coleta seletiva de lixo (14%).

    Consideramos que é fundamental a participação da população nestes debates, assim como dos movimentos socioambientais do país. Informações no site: http://www.conferenciameioambiente.gov.br




 

WORKSHOP - RESÍDUOS SÓLIDOS,ENERGIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS

segunda-feira, 10 de junho de 2013

PARQUE NACIONAL DA SERRA DO GANDARELA - AUDIÊNCIA PÚBLICA



AUDIÊNCIA PÚBLICA CMBH
PARQUE NACIONAL DA SERRA DO GANDARELA, TURISMO E EMPREENDEDORISMO
Horário: 10 junho 2013 de 13:30 a 16:00
Local: Plenário Helvécio Arantes - Câmara de Vereadores de Belo Horizonte
Rua: Avenida dos Andradas, nº3.100 - Bairro Santa Efigênia
CONVITE
   O Movimento pela Criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela convida a todos a participar da Audiência Pública "Gandarela: Turismo e Empreendedorismo”. Essa Audiência Pública possui a finalidade de discutir a criação do Parque na região da Serra do Gandarela e o fomento do turismo e do empreendedorismo viabilizados pelo Parque Nacional. Será realizada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário.
   O Movimento Gandarela irá apresentar os resultados de estudos técnicos que avaliaram a criação de uma Unidade de Conservação Federal na região, a partir da relevância do patrimônio hídrico e das potencialidades econômicas locais.
   A ferramenta de consulta pública abre a possibilidade de uma ampla discussão sobre diversos temas na área ambiental, permitindo que você participe e contribua na construção da criação do Parque. Por meio da consulta pública o processo é democrático e transparente para a sociedade.
    No dia 16/05/2013, ocorreu a AUDIÊNCIA PÚBLICA “GANDARELA: SUA IMPORTÂNCIA HÍDRICA E POTENCIALIDADES ECONÔMICAS” na Câmara Municipal de Belo Horizonte, porém devido ao tempo e complexidade do assunto foi discutida somente a questão hídrica. O vereador Joel Moreira Filho propôs uma nova audiência para tratar do desenvolvimento econômico e turístico proporcionado pela criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela.
   A Serra do Gandarela, localizada no Colar Metropolitano, representa uma área de corredor ecológico e tem inquestionável riqueza hídrica, paleontológica, arqueológica e também de flora e fauna. A "Proposta de Criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela" do ICMBio-MMA nasceu da iniciativa de proteção deste santuário natural, localizado a cerca de 40 km de Belo Horizonte, na Área de Proteção Ambiental Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte (APA SUL RMBH). Situado entre a Serra do Caraça e a Serra da Piedade, abrange parte dos municípios de Raposos, Caeté, Ouro Preto, Santa Bárbara, Rio Acima, Barão de Cocais, Nova Lima e Itabirito.
    O Parque Nacional da Serra do Gandarela também é grande oportunidade de lazer, educação ambiental e geração de empregos para toda população da GRANDE BELO HORIZONTE e cidades em torno – através de empreendimentos sustentáveis no ramos de serviços e turismo – mas sofre grande perigo com a liberação da Licença ambiental do Projeto Mina Apolo da Vale S.A. para exploração de minério de ferro no coração do parque – no qual irá destruir imenso patrimônio ambiental e prejudicar o desenvolvimento das atividades turísticas do futuro parque.

Mais informações: 
http://www.cmbh.mg.gov.br/ e www.aguasdogandarela.org
Participe, divulgue!