quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O JORNAL O ECOAMBIENTAL APÓIA A CASA ANAWIM


  O Jornal O Ecoambiental apóia a Casa Anawim organizada pela Irmã Dulce, que cuida dos moradores de rua de Belo Horizonte.
   Conhecemos este trabalho através da Mostra Encanto dos Pássaros. Neste evento promovido pelo Jornal O Ecoambiental dia 21 de novembro no bairro de Santa Efigênia, recebemos doações de alimentos não perecíveis, que estamos encaminhando a irmã Dulce coordenadora da Casa Anawim.
  Diante da comoção frente à devastação socioambiental de rejeito de minério em Mariana e Vale do Rio Doce, cidades do Espírito Santo e Oceano Atlântico, consideramos que este triste acontecimento pode nos educar socioambientalmente como sociedade, para percebermos quantos problemas socioambientais estão a nossa volta e que necessitam de uma atitude de cada pessoa para vence-los.
   A Casa Anawim percebe os seres humanos nas ruas de BH e busca restituí-los de sua dignidade.   Convidamos a população a entrar em contato com a irmã Dulce. Ela nos disse que aceitam trabalhos voluntários, doações de alimentos, roupas, sapatos, principalmente para os homens moradores de rua. A Casa Anawim busca reconstruir as famílias dos moradores de rua ou possibilitá-los sair das ruas.  Agradecemos a todos e convocamos a população a se unir para esta e outras ações em defesa dos seres humanos e de todo o meio ambiente. Nossas cordiais saudações a todos. Um abraço fraterno a irmã Dulce e todos que trabalham na Casa Anawim.
   Mais informações no link abaixo:

terça-feira, 24 de novembro de 2015

MOSTRA ENCANTO DOS PÁSSAROS - LIBERDADE E ÁGUA LIMPA

UM EVENTO SOCIOAMBIENTAL
 QUE VALORIZOU O SER HUMANO E TODO MEIO AMBIENTE

Participação da economia solidária - Mostra Encanto dos Pássaros - Foto: Pedro Luis


 EDITORIAL


     A Mostra Encanto dos Pássaros – Liberdade e Água Limpa - realizada no sábado do dia 21 de novembro foi um sucesso. Promovida pelo Jornal O Ecoambiental, que surgiu da prática de sociologia da UFMG, através dos cursos de educação ambiental: O Cidadão e o Meio Ambiente.  Foi gratificante dar continuidade ao nosso diálogo permanente com a população, através da comunicação e educação socioambiental.  Divulgamos a importância de construirmos juntos, como comunidade,    uma cultura de cultivo e consumo de alimentos sem agrotóxicos. Os debates da COP 21.  Procuramos divulgar através de cartilhas alguns valores da produção orgânica como:
- Uso de práticas sustentáveis que possibilitem a redução da contaminação, degradação e desperdícios do solo, da água e do ar.
- Manutenção de solos vivos e férteis com práticas que promovam o desenvolvimento harmônico e equilibrado de sua atividade biológica.
- Oferta de produtos saudáveis e isentos de contaminantes que possam colocar em risco o meio ambiente e a saúde do produtor, do trabalhador e do consumidor.
   Um dia antes da realização de nosso evento havia uma apreensão por causa das chuvas torrenciais de sexta-feira. Não choveu no sábado, ainda que o show das previsões nas TVs e internet informassem que haveria chuva. Este desencontro seria fruto das mudanças climáticas ou de nossa Fé em Deus  ?  Confiantes no Patrocínio de São Pedro, à medida em que as horas do dia avançavam o sol foi surgindo iluminando nosso trabalho. Podemos presenciar famílias que trouxeram seus filhos ainda nos carrinhos de bebês. Jovens e adultos prestaram sua solidariedade a população de Mariana e do Vale do Rio Doce.
Comunidade de Santa Efigênia - Mostra Encanto dos Pássaros - Foto: Pedro Luis

    Em um recente editorial havíamos mencionado que os problemas de meio ambiente precisam ser evitados através dos princípios da precaução e prevenção da sociologia,  cujo foco de trabalho denominou: socioambiental e do direito ambiental.  Os problemas de meio ambiente atinge principalmente a população mais pobre. O que não tira a responsabilidade de construção de um meio ambiente saudável para todas as classes sociais.  Para vencermos estes problemas precisamos nos unir,  agir, individual e coletivamente.
    O Jornal O Ecoambiental impresso traz uma matéria de como plantar alimentos orgânicos em casas e apartamentos. Enquanto não conquistamos em nossa cidade mais feiras, com preços e oferta de produtos  orgânicos acessíveis para toda a população, precisamos dar um passo: plantar sem agrotóxicos. Convidamos a todos a dar este passo a partir de onde moramos:  plantar alimentos orgânicos em casas, apartamentos, áreas comuns de condomínios, terraço de edifícios. Cultivar esta cultura de vida sem agrotóxicos.  Plantar além de ser uma terapia, nos aproxima da realidade do tempo de plantar e colher. Melhorar o meio ambiente aonde moramos.  Equilibrarmos nosso ambiente, em casa, para que as plantas, verduras e frutas possam se desenvolver com qualidade e todos nós seres humanos tenhamos uma qualidade de vida de fato melhor.
   Em recente entrevista que realizamos com um técnico da Emater, ele nos disse que as pragas aparecem nas lavouras, quando o ambiente de plantio (fauna e flora)  não está harmonizados.
  Como o Papa Francisco alertou em sua Encíclica de meio ambiente, uma ação simbólica nos gratificou, que foi fazer algo para trazer mais humanidade a nossa cidade. Muito nos constrange como seres humanos andar pelas ruas de Belo Horizonte e constatar o número crescente de mendigos e moradores  de rua. Muitas vezes nos sensibilizamos em cuidar de animais domésticos como se fossem seres humanos e não percebemos nossa própria espécie degradada nas ruas. O que reflete a alienação socioambiental da maioria da população. Assim também agimos quando não nos importamos enquanto sociedade em limpar as águas sujas de rios, lagos e oceanos. Quando insistem que a população consuma sem limites e frustre a existência de muitos pelo não ter, o ser fica relegado a último plano.  O triste acontecimento de Mariana deve nos levar a uma reflexão para percebermos quantos problemas ambientais estão a nossa volta e que necessitamos agir para resolve-los, enquanto há tempo. 
   Com tanto rejeito de minério expondo as feridas de Minas Gerais, que extrai e exporta tanto ouro e mantêm o povo na miséria, o olhar para os mendigos e moradores de rua que dormem ao relento nas calçadas de BH é uma vitória para nosso evento socioambiental.
     O Jornal O Ecoambiental agradece a comunidade de Santa Efigênia, a Paróquia de Santa Efigênia, ao  Grupo de Escoteiros que estiveram presentes, recolhendo doações de águas para a região de Mariana e do Rio Doce, atingidos pela devastação socioambiental da lama de rejeito de minério.  Agradecemos a nossa comunidade que doou alimentos para a Casa Anawim que realiza um trabalho quase anônimo de dar café aos mendigos e moradores de rua de Belo Horizonte. Ao grupo de economia solidária presente em nossa mostra, ao Adenilson representando a produção orgânica de alimentos. Ao apoio do Bloco Liberdade e Água Limpa, e o Bloco Metralhas,  a Maria Ephigênia, a Mercearia Santo Antônio do Mercado Central de Belo Horizonte, a Luzia e o Paulo,  aos comerciantes locais:  Cláudio Omelete, os irmãos Carlinhos e Cláudio, a Cia do Xerox – Eduardo e Maria Helena, Lucas,  a Somel e Banda, ao Melquíades Barbosa, ao Sr. Antônio eletrecista, a Cemig, BH Trans, PMMG, Guarda Municipal de BH,  Corpo de Bombeiros de MG, a PBH, a Christine e ao mestre Paco Pigalle,  fazemos votos que no mundo, a Paz seja vitoriosa,   a irmã Dulce da Casa Anawim.
    A criminosa e excludente concentração de renda do Brasil, uma das piores do mundo, insiste em perdurar, em um País onde  existem solos tão ricos,  ações simbólicas como a Mostra Encanto dos Pássaros- Liberdade e Água Limpa, questiona: por que deixamos pessoas nas ruas e não consideramos isto um problema socioambiental urgente para ser resolvido ?  Assim como as águas cada dia mais poluídas pela ação humana ? O desmatamento da Amazônia, da Mata Atlântica. Ainda perduram conflitos com as culturas indígenas, como a recente devastação de peixes e degradação do Rio Doce atingindo os índios Krenak e a população local.  É preciso uma olhar para valorizar as culturas presentes em nosso País como as comunidades quilombolas e populações tradicionais.  Perduram os questionamentos de ainda não temos feiras  orgânicas em todos os bairros de Belo Horizonte, com preços acessíveis para todos.  Por que tanta dificuldade de realizarmos um evento que aborda o tema das mudanças climáticas que é fundamental para que possamos implantar medidas de precaução na sociedade. Por que este debate está  distante da maioria da população ?

   O Jornal O Ecoambiental trabalha pela valorização da sociedade civil. Ainda há tempo para corrigirmos como sociedade nossos erros. Então vamos nos unir para vencermos tantos conflitos que os seres humanos estão criando. Maltratando o meio ambiente, transferindo nossa responsabilidade socioambiental para outros,  estamos maltratando a nós mesmos. Cada um de nós tem algo de bom como ser humano. Que possamos unir o que há de melhor em cada pessoa para valorizarmos nossa espécie e todo o meio ambiente.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

MOSTRA ENCANTO DOS PÁSSAROS - DIA 21 SÁBADO - VAI RECEBER DOAÇÕES DE ÁGUA PARA A REGIÃO DO RIO DOCE E GOVERNADOR VALADARES


                                                   

                 MOSTRA AGROECOLÓGICA
                  ENCANTO DOS PÁSSAROS

           COP 21 - Jornal O Ecoambiental
  
  Dia 21 de novembro - sábado - Santa Efigênia - BH
  
APRESENTAÇÃO DOS TEMAS DA CONFERÊNCIA DO CLIMA – COP 21 – PARIS 21

MOSTRA DE PRODUTOS DA AGROECOLOGIA, DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS, EDUCAÇÃO PARA O PLANTIO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS, USO DE DEFENSIVOS ORGÃNICOS

ENCONTRO GASTRONÕMICO DE ALGUNS PAÍSES

ATIVIDADES CULTURAIS, GRUPOS MUSICAIS, CAPOEIRA, POVOS INDÍGENAS, BLOCO LIBERDADE E ÁGUA LIMPA - PARTICIPAÇÃO ECONOMIA SOLIDÁRIA, ESCOTEIROS, BOMBEIROS

DIA: 21 DE NOVEMBRO – SÁBADO
HORÁRIO: DE 10 ÀS 22h
LOCAL: AV. BRASIL – SANTA EFIGÊNIA – BH/MG – PRÓXIMO IGREJA SANTA EFIGÊNIA QUARTEIRÃO ENTRE RUAS ÁLVARES MACIEL E DOMINGOS VIEIRA

 ENTRADA: UM QUILO DE ALIMENTOS NÃO PERECÍVEIS

 PARTICIPE, TRAGA A SUA FAMÍLIA –  PORQUE:


        CONSTRUIR UM BRASIL E MUNDO SUSTENTÁVEIS É POSSÍVEL

   SOLICITAMOS PARA A POPULAÇÃO A DOAÇÃO DE ÁGUA DURANTE O EVENTO QUE SERÁ ENCAMINHADA A REGIÃO DO RIO DOCE, GOVERNADOR VALADARES ATRAVÉS DOS ESCOTEIROS.

REALIZAÇÃO: JORNAL O ECOAMBIENTAL

APOIO: PRODUTORES DA AGROECOLOGIA, ECONOMIA SOLIDÁRIA, COMUNIDADE LOCAL, PARÓQUIA DE SANTA EFIGÊNIA

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

COP 21 - MOSTRA AGROECOLÓGICA - DIA 21 SÁBADO - BH


                                                     

                 MOSTRA AGROECOLÓGICA
                  ENCANTO DOS PÁSSAROS

           COP 21 - Jornal O Ecoambiental
  
  Dia 21 de novembro - sábado - Santa Efigênia - BH
  
APRESENTAÇÃO DOS TEMAS DA CONFERÊNCIA DO CLIMA – COP 21 – PARIS 21

MOSTRA DE PRODUTOS DA AGROECOLOGIA, DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS, EDUCAÇÃO PARA O PLANTIO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS, USO DE DEFENSIVOS ORGÃNICOS

ENCONTRO GASTRONÕMICO DE ALGUNS PAÍSES

ATIVIDADES CULTURAIS, GRUPOS MUSICAIS, CAPOEIRA, POVOS INDÍGENAS, BLOCO LIBERDADE E ÁGUA LIMPA - PARTICIPAÇÃO ECONOMIA SOLIDÁRIA, ESCOTEIROS, BOMBEIROS

DIA: 21 DE NOVEMBRO – SÁBADO
HORÁRIO: DE 10 ÀS 22h
LOCAL: AV. BRASIL – SANTA EFIGÊNIA – BH/MG – PRÓXIMO IGREJA SANTA EFIGÊNIA QUARTEIRÃO ENTRE RUAS ÁLVARES MACIEL E DOMINGOS VIEIRA

 ENTRADA: UM QUILO DE ALIMENTOS NÃO PERECÍVEIS

 PARTICIPE, TRAGA A SUA FAMÍLIA –  PORQUE:
        CONSTRUIR UM BRASIL E MUNDO SUSTENTÁVEIS É POSSÍVEL

   SOLICITAMOS PARA A POPULAÇÃO A DOAÇÃO DE ÁGUA DURANTE O EVENTO QUE SERÁ ENCAMINHADA A REGIÃO DO RIO DOCE, GOVERNADOR VALADARES ATRAVÉS DOS ESCOTEIROS.

REALIZAÇÃO: JORNAL O ECOAMBIENTAL

APOIO: PRODUTORES DA AGROECOLOGIA, ECONOMIA SOLIDÁRIA, COMUNIDADE LOCAL, PARÓQUIA DE SANTA EFIGÊNIA


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

DEVASTAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DE MARIANA AO OCEANO ATLÃNTICO



DISTRITO DE BENTO RODRIGUES - MARIANA - MG -  APÓS LAMA DE REJEITO


  As crises socioambientais que o Brasil e o mundo enfrentam  ganham tristes manchetes nestes dias,  com a avalanche de rejeito de minério a partir de Mariana, que destrói vidas humanas, a fauna , flora e  chegam até o Oceano Atlântico.  É  uma realidade  anunciada  e cada vez mais presente nas sociedades neste início de século XXI,  com conseqüências destrutivas para nossa espécie e todo o meio ambiente.
   A gravidade da crise socioambiental que vivenciamos alcança proporções de esgotamento das sociedades atuais. Conseguimos visualizar a devastação ambiental através do olhar, pelas redes sociais, TVs, em tempo real.   A grande questão é como visualizar, analisar e transformar  a alienação e degradação da própria condição ética. socioambiental da espécie humana.  Como medir a degradação do próprio ser humano, que  através da grande mídia,  é estimulado a ser  cada vez mais individualista, predador e consumista ao extremo. Os conflitos socioambientais estão aí visíveis, previsíveis e  atinge proporções de devastação.  Em poucos minutos risca-se do mapa, vidas, comunidades inteiras, tragadas pela voracidade do capital.
  Diante a vulnerabilidade dos seres humanos ergue-se uma montanha de rejeitos que nos faz pensar: quanto ouro, quanta riqueza é extraída diariamente das Minas Gerais, do Brasil e do mundo e quão pouco ou nada valem:  as vidas humanas para alguns, as águas limpas, os outros seres vivos, a biodiversidade, o meio ambiente nas sociedades insustentáveis atuais.    
   Uma avalanche de lama é o que resta a algumas comunidades, ao meio ambiente. Muito importante é a solidariedade humana, o que o sofrimento das vidas provoca ainda em algum lugar do cérebro humano.  Será que nossa espécie é boa ? Podemos encontrar em cada um de nós algum lugar comum  nesta harmonia de beleza,  com este exuberante Planeta em que fomos presenteados habitar  ?   A grande questão é como despoluir as mentes, a irracionalidade de construir sociedades insustentáveis em detrimento da dignidade humana, da felicidade e de valorização da beleza da vida: da natureza agredida.  Por que esta solidariedade em Mariana e para com outras comunidades, não se estende para tirarmos todos os mendigos que lotam as ruas do Brasil  ?  Por que não nos unimos para despoluir e tirarmos os rejeitos, a sujeira, a poluição do Rio Tietê, da Lagoa da Pampulha em MG e em tantas regiões do Brasil e do mundo  ? 

    São tantos conflitos e contradições socioambientais que a própria natureza está nos devolvendo os “rejeitos” que represamos. O Tsunami da mineração expõe as riquezas extraídas, do ouro exportado, que mantêm a contradição de poucos ricos e bilhões de pobres, sem rumo, sem lenço, nem documento.  Do Brasil que exporta minérios através dos minerodutos  com água e pede ao cidadão para economizar água. Sim estamos buscando economizar a água. Que possamos então limpar as águas e mantê-las potáveis para que nossa espécie sobreviva.  O Brasil que diz estar numa crise e expõe ao mundo suas chagas, o ouro de Minas que continua forjando  poucos bilionários e condenando a maioria dos humanos e do meio ambiente a degradação.  E pensar que o Brasil ainda ostenta o título de uma das piores distribuições de renda do mundo. Fica a pergunta: para onde foi e vai todo este ouro, este minério que condena há séculos nosso povo a miséria ?   E as conseqüências da degradação socioambiental continuam atingindo os mais pobres. Ou será que havia muitas mansões nos distritos de Mariana encobertos pelo rejeito? Até quando vamos aceitar este rejeito da exclusão?
    Ser solidário ao ser humano e ao meio ambiente que clama em Mariana e no percurso da devastação de rejeitos é comprometermos com a construção da sustentabilidade.   Temos que refazer a organização de nossas sociedades.  A sociedade civil é a grande protagonista da construção da sustentabilidade.  Por isto, os movimentos socioambientais no Brasil e no mundo são fundamentais. Embora quase sempre não sejamos ouvidos, ou mesmo ficamos horas, dias, meses, anos lutando para sermos ouvidos e por respeito ao nosso trabalho.  Não se ouviu na maioria da grande mídia a palavra  dos movimentos socioambientais de MG  que lutam há anos pela melhoria da qualidade de vida e meio ambiente sobre o caos da mineração em Mariana e em MG. É importante ouvir sem dúvida a todos, inclusive que se valorize e respeite quem trabalha como sociedade civil nos princípios da precaução e prevenção.  
    Precisamos acreditar na força de cada ser humano que busca encontrar em si mesmo o que há de melhor. Unir o que há de melhor nas pessoas é o primeiro passo para a construção de comunidades sustentáveis.  Temos que dizer um basta à degradação do consumo além da medida.  Precisamos como diz a sabedoria de alguns povos, descobrir o que é ser suficiente. O que significa manter, apoiar-se,  ser sustentável.  Unir as famílias não pelo consumo, seja de bens, seja do consumo de crenças mercantilizadas.  Precisamos nos unir porque se olharmos bem para nossa essência, ainda possuímos algo de bom em  cada um de nós. É preciso que vençamos o ódio sobre nossa própria condição humana. Erramos sim,  como pessoa e como sociedade, mas podemos e temos condição de vencer nossos erros.
   Com toda tecnologia que nos leva a sonhar se há vida em Marte. Precisamos nos dar conta de que ainda há água aqui na Terra. E que se estamos percebendo com tristes acontecimentos, tsunamis forjados pelos seres humanos que erramos, precisamos corrigir o caminho. Temos que nos unir não só às vésperas da Conferência do Clima – Paris 21, que traz todos os estudos científicos  e evidências cotidianas de que vamos enfrentar períodos cada vez mais complicados com relação à atitude do ser humano frente ao meio ambiente.

                          A ÁGUA COMO ELA É ... E COMO A QUEREMOS... 




    Precisamos nos unir porque acreditamos na beleza da vida, no mistério de estarmos habitando este Planeta exuberante e porque como parte do meio ambiente podemos cuidar melhor de nossa própria espécie.  Melhor que alimentar o ódio é alimentar o ser humano de pão e da busca de mais felicidade para todos e não apenas para poucos. Se aprendermos estas lições, vamos dar sentido a nossa existência com a dignidade que possuímos e o respeito e a gratidão que todo o meio ambiente e a Terra merecem. 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

BRASIL 2040 - AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS













   A mudança do clima global é o maior desafio à ação consertada da humanidade neste início de século. A trajetória de desenvolvimento do Brasil e dos demais países depende do grau de alteração das variáveis climáticas e de sua distribuição no espaço. Há consenso em que, mesmo ante a incerteza relativa a dimensão e distribuição dos fenômenos climáticos, é preciso avançar em ações que aumentem a resiliência das estruturas que balizam a vida e a economia.
   A Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR) encomendou a instituições de reconhecida competência simulações a partir de modelos climáticos globais. O objetivo é estimar como as mudanças climáticas afetariam os setores econômicos em diferentes horizontes e sugerir estratégias de prevenção e de aumento de resiliência de diferentes sistemas que poderiam ser afetados.
   O estudo denominado “Brasil 2040: cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima” é constituído por quatro etapas. A primeira etapa consiste na aplicação de dois dos mais de quarenta modelos de clima global disponíveis para, a partir de suas projeções e com base em dois cenários distintos, derivar hipóteses de comportamento climático para o território brasileiro em 2040.
   A segunda etapa do estudo identificou os impactos de cada um dos cenários climáticos sobre os recursos hídricos. Isso é crucial, pois quase todos os setores econômicos e as concentrações humanas sofrem impactos, não somente por variações de temperatura, mas, sobretudo, por variações na disponibilidade hídrica.
   A terceira etapa consistiu em analisar os impactos sobre a população, sobre os recursos naturais e sobre alguns setores econômicos, considerando variações climáticas e disponibilidade de recursos hídricos. Isso foi feito relacionando as alterações das principais variáveis climáticas – temperatura e pluviosidade – com produção dos setores econômicos, infraestrutura, saúde humana, etc.
   A quarta etapa do estudo consistiu na identificação de algumas medidas de adaptação ao cenário associado às projeções. Tais medidas envolvem estruturas caras (por exemplo: barragens para armazenar água ou construção de diques em zonas costeiras), mas contemplam também medidas mais simples como, por exemplo, sistemas de alerta de riscos, mudanças de práticas agrícolas, organização de grupos sociais, etc.
   As dificuldades e desafios para elaborar um estudo tão abrangente são grandes e requerem o envolvimento de diversas áreas do conhecimento humano: engenharias, agricultura, economia, recursos hídricos, climatologia e sociologia. Os estudos foram desenvolvidos por instituições nacionais renomadas com o objetivo primário de subsidiar processos relevantes no âmbito da Política Nacional sobre Mudança do Clima, em particular, e no Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, em fase de conclusão no governo federal.

   De particular importância é a especificação dos diversos níveis de incerteza associados às projeções. A modelagem climática global é um campo de desenvolvimento recente, caracterizado tanto pelo elevado número de variáveis naturais em processo de co-interação, quanto pela incerteza sobre o comportamento futuro de variáveis antrópicas, a mais importante delas relativa aos níveis de CO2 equivalente na atmosfera. A tradução da escala em que são elaborados os modelos globais para uma escala menor do território brasileiro também depende de metodologia desenvolvida recentemente e em processo de ajuste e refinamentos. Da mesma forma, as variáveis de disponibilidade hídrica padecem das mesmas restriçoes. Avaliar e expressar de forma clara e compreensível a incerteza associada a tais modelagens é essencial para que os resultados das simulações sejam vistos, compreendidos e utilizados na exata dimensão de sua capacidade preditiva e para evitar a exploração sensacionalista de dimensões seletivas das simulações. (Fonte: SAE)