quarta-feira, 13 de julho de 2016
quarta-feira, 6 de julho de 2016
ALGUNS PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DA SUSTENTABILIDADE - EDITORIAL
EDITORIAL
ALGUNS PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DA SUSTENTABILIDADE
A crise de civilização que o
Brasil e o mundo enfrentam traz questionamentos da necessidade de construção de
novos paradigmas para que a humanidade seja sustentável. Temas que conflitam
nas ciências sociais como a questão da subjetividade e da razão são parte dos
fundamentos filosóficos da sustentabilide. Uma razão que alimente uma “ética”
do trabalho que oprime o ser humano merece ser questionada. Ao concordarmos que
o meio ambiente sadio é vital para a existência de nossa espécie é preciso que
a sociedade implante o trabalho sustentável. O trabalho que destrói o meio
ambiente em uma sociedade sustentável filosoficamente não é ético. Inclua-se no
meio ambiente o ser humano e as sociedades por nós construídas. Quais
estruturas sociais estão levando os seres humanos a não se perceberem iguais em
natureza?
Dois
séculos e cinqüenta e quatro anos nos separam das idéias do fílósofo precursor
da sociologia Jean-Jacques Rousseau. Em sua obra Contrato Social (1762) sua
filosofia argumenta que a natureza humana é essencialmente boa. Para ele nós
humanos nascemos “naturalmente bons e iguais” e a vida em sociedade nos
corrompe e nos faz diferentes. Este debate percorre as teorias das ciências
sociais há séculos sobre as contradições entre as estruturas sociais e a ação
dos indivíduos. Ainda estas questões não foram solucionadas pela humanidade.
Que caminhos vêm percorrendo a humanidade que ainda edifica estruturas sociais
onde bilhões de seres humanos vivem em condições
de miserabilidade e precariedade e poucos ostenta luxo e riqueza? Podemos
argumentar a hipótese de que alguns povos indígenas e comunidades tradicionais
são sustentáveis porque há uma coesão socioambiental de valorização do ser
humano e de sua comunidade que procura se harmonizar com o meio ambiente. São
exemplos que comunidades sustentáveis são possíveis.
Refletindo que toda ação
humana é subjetiva ela está inscrita em um meio socioambiental. Somos resultado
das relações socioambientais que construímos. Acha-se “natural” cobrar juros
abusivos, porque a estrutura econômica fomenta esta atitude, por que não achar
“natural” agirmos pela nossa essência de considerarmos que todos os seres
humanos possuem “naturalmente” o direito de viver com dignidade, saúde,
educação, cultura, lazer, meio ambiente saudável? O mundo chegou a um ponto tão
irracional que questionar o mercado que instiga o “super consumo ilimitado” é uma heresia. É um pecado.
Argumentar que para vencer “a crise” é preciso implantar medidas que penalizam
ainda mais os excluídos de uma qualidade vida e meio ambiente saudável é
utilizar uma razão sem uma ética sustentável. Dizer que uma empresa é ética e
possuiu uma gestão ambiental exemplar e, no entanto, na sua gestão de recursos
humanos mantêm critérios racistas quando da avaliação de desempenho de seus
funcionários é não ser sustentável. Afinal quais os interesses econômicos,
socioambientais de se fomentar esta “crise”? Onde está a sua subjetividade e a
razão? Podemos argumentar que esta “crise” brasileira possuiu mais de quinhentos
anos, pois aqui havia quatro milhões de índios e os recursos naturais que
fomentam o “desenvolvimento” e as “tecnologias” de última geração em todo
mundo, boa parte foram e são retirados de nosso território desde que
descobriram por aqui as árvores que deram origem ao nome ao nosso País. Quem vai apurar as vidas perdidas e os desvios
destes recursos naturais que mantêm a maioria do povo brasileiro na miséria? A
história do País-Árvore chamado Brasil traz consigo a história da opressão
predatória que a civilização insustentável vem construindo há séculos.
Razão e subjetividade eis aí
um dilema. Havendo uma concordância com Rousseau de que o ser humano é
essencialmente, ou “naturalmente” bom, a sociedade poderia ser melhor uma vez que somos nós que edificamos estas
sociedades? Haveria possibilidade do ser humano construir sociedades onde o
valor da pessoa humana, do meio ambiente fosse prioridade? Não é isso que
presenciamos na gestão das políticas públicas de saúde, educação, esportes,
cultura, étnica, economia, comunicação, gestão das terras, lazer, trabalho e meio ambiente.
A liberdade de imprensa e
manifestação, por exemplo, que é condição universal dos direitos humanos deve ser respeitada. A democratização dos
meios de comunicação é um direito socioambiental fundamental para a construção
de um Brasil e um mundo melhor.
A nossa consciência socioambiental está
pautada pelos objetivos de nossas ações, pelo trabalho que a vida em sociedade
nos impulsiona. Milhões de pessoas no mundo hoje percebem que lutar pela
melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida de todos nós seres humanos
traz um sentido a nossas vidas. Qual o lugar socioambiental que ocupamos? Se um
ser humano vive em situação degradante não é estranho eu me preocupar com esta
pessoa. Pois a situação de um ser humano degradado é fruto e responsabilidade de
todos nós. É o espelho da sociedade e do que nossa atitude socioambiental
provoca. Se não percebo um ser humano de minha espécie degradado, como posso
perceber que o meio ambiente vem sendo destruído pelas sociedades
insustentáveis? Fica um questionamento:
o que me aliena afinal da minha condição de sujeito que age e transforma esta
realidade? No “Contrato Social” Rousseau lembra que alienar é dar ou
vender. Ele argumenta: “Ora um homem que
se escraviza ao outro não se dá, vende-se, pelo menos em troca da subsistência;
mas um povo porque se vende ele”? (Contrato Social – pág.15). A maioria da
população brasileira está escravizada nesta pressão política, econômica,
socioambiental de nos colocar como objeto que só sabe consumir, consumir,
consumir... ódio e tristezas? Muito oportuno lembrar as palavras de Mahatma
Gandhi “todo aquele que possui mais do que precisa para viver é um ladrão”. Mandiba,
Nelson Mandela sintonizado com nossa essência “natural” trouxe sabedoria, “se o
ser humano aprendeu a odiar ele pode aprender a amar seu semelhante.”
Rosseau poderia ser lembrado pela forma como
algumas emissoras de TV e grande mídia disputam à audiência divulgando a
maldade, a violência, as péssimas ações dos seres humanos em sociedade e não as
boas ações e bons frutos que nossa espécie pode colher edificando comunidades e sociedades mais
felizes e menos predadoras dos próprios seres humanos e do meio ambiente. Ser
realista não é apenas reafirmar o mal é, sobretudo valorizar o que temos de
bom. Não se vê questionamentos sobre como as riquezas produzidas pela humanidade
estão sendo apropriadas de forma tão desigual em tantos séculos de história e
suas conseqüências de outras inúmeras violências contra os seres humanos e o
meio ambiente do qual fazemos parte. E diga-se, muito menos em canais de mídia que angariam contribuintes
para algumas religiões pela falta de perspectivas das sociedades insustentáveis
se vêem estes questionamentos.
Concordando com a sabedoria de alguns seres humanos, nossa espécie pode evoluir e
vencer a barbárie das atuais sociedades insustentáveis. Caminhos para construirmos
a sustentabilidade a partir da união dos melhores saberes que resgatam nossa
essência humana mais feliz e saudável é possível.
quarta-feira, 29 de junho de 2016
DANNY GLOVER EM BELO HORIZONTE DEFENDE DEMOCRACIA E IGUALDADE RACIAL NO BRASIL E NO MUNDO
Danny Glover em Belo Horizonte - Foto: Jornal O Ecoambiental |
O ator e astro norte americano
Danny Glover, reconhecido mundialmente pelo seu trabalho em filmes como “A Cor Púrpura” esteve em MG na região de Mariana visitando o
distrito de Bento Rodrigues onde conversou com moradores da região afetada pelo
rompimento da barragem de Fundão, que foi devastada pelo rejeito de minério.
Também esteve nos municípios de Barra
Longa e Paracatu de Baixo, recebido
pelos movimentos sociais e pela comunidade local.
À noite já em Belo Horizonte, em auditório
lotado no CREA, participou de um ato em defesa da democracia, manifestando
apoio a Presidenta Dilma. Lembrou que não há como ser neutro diante dos problemas:
da democracia, dos direitos humanos, do racismo e das desigualdades sociais
seja no Brasil ou no mundo. Questionado
como estão vivendo os afrodescendentes
nos EUA, ele afirmou que “já percebemos que apesar do feito histórico da
eleição de um presidente negro nos EUA,
o racismo ainda perdura”. Reafirmou a importância da união de todos que
lutam a favor da igualdade racial no Brasil e no mundo. Lembrou que mesmo em
Cuba, que tem índices notáveis de desenvolvimento humano e social e são um
exemplo para o mundo de uma nova sociedade possível, ainda se enfrenta o
problema do racismo. Sobre a questão
social afirmou: “ainda não temos sequer um plano social de saúde universalizado nos EUA”. Afirmou que acredita na população brasileira,
apesar do Brasil ser um dos países de maior desigualdade social do mundo. Disse
que o Brasil pode vir a ser um país onde o racismo possa ser vencido e estas desigualdades: econômica, cultural, política, social possam
ser vencidas. E que acredita que aqui no Brasil ainda possa acontecer um exemplo
para o mundo de convivência pacífica entre todas as etnias da espécie humana.
O ator Danny Glover é um
ativista dos direitos humanos nos EUA e em todo o mundo. Com sua visita histórica ao Brasil, MG e Mariana, com a recente devastação socioambiental
da região, demonstra como os problemas socioambientais afetam toda a
humanidade. E ainda em um momento tão conturbado da vida política do país, trouxe
uma perspectiva de solidariedade universal a todos que lutam e acreditam na construção de
um mundo mais justo, solidário e ambientalmente
saudável para todos.
Biografia
O ator,
produtor e humanitário Danny Glover tem sido uma presença inspiradora no
cinema, nos palcos e na televisão por mais de 25 anos. Como ator, atuou em sucessos de
bilheteria como a série "Máquina Mortífera" e em uma
variedade de filmes de longa-metragem, alguns dos quais ele próprio produziu.
Glover também ganhou respeito pelo ativismo constante na comunidade e pelo empenho filantrópico, principalmente por advogar a favor da justiça econômica e do acesso a saúde, e a programas de educação nos Estados Unidos e na África. Por esses esforços, Glover recebeu o DGA Honor de 2006. Internacionalmente, foi nomeado Embaixador da Boa Vontade pela United Nations Development Program de 1998 até 2004, focando em problemas de pobreza, doença e desenvolvimento econômico na África, América Latina e Caribe, e atualmente é Embaixador do UNICEF.
Em 2004, Glover co-fundou a Louverture Films, dedicada ao desenvolvimento e à produção de filmes com relevância histórica, propósito social, valor comercial e integridade artística. A empresa, baseada em Nova York, tem o propósito de produzir filmes de longa-metragem e documentários progressivos, como "Bamako", que recebeu ótimas críticas em sua estréia no Festival Internacional de Cinema de Cannes.
Nascido em São Francisco, Glover estudou na Black Actors' Workshop, do American Conservatory Theater. Foi sua estréia na Broadway, em "Master Harold…and Boys", que lhe trouxe reconhecimento nacional e levou o diretor Robert Benton a escalar Glover em seu primeiro papel principal na produção indicada ao Oscar de Melhor Filme de 1984, "Um Lugar no Coração". No ano seguinte, Glover atuou em mais dois longas-metragens indicados ao Oscar de Melhor Filme: "A Testemunha", de Peter Weir, e "A Cor Púrpura", de Steven Spielberg. Em 1987, Glover se juntou a Mel Gibson no primeiro filme da série "Máquina Mortífera" e seguiu estrelando as três seqüências da franquia de enorme sucesso.
Glover também investiu seu talento em mais projetos pessoais, incluindo o premiado "Não Durma Nervoso", do qual ele foi produtor executivo e pelo qual ganhou o Independent Spirit Award de Melhor Ator; "Bopha! À Flor da Pele", com direção do amigo Morgan Freeman; "Manderlay", de Lars von Trier; e "Cicatrizes da Guerra", ao lado de Ron Perlman e Linda Hamilton.
Na TV, Glover ganhou um Image Award e um Cable ACE Award e foi indicado ao Emmy pela atuação no filme da HBO "Mandela". Ele também recebeu indicações ao Emmy por seu trabalho na aclamada minissérie "Os Pistoleiros do Oeste" e pelo telefilme "Canção da Liberdade". Como diretor, foi indicado ao Daytime Emmy por "Apenas um Sonho", da Showtime. Glover também foi escalado para um papel fixo na premiada série de televisão "Brothers & Sisters".
Na intensa carreira de Danny Glover ainda se destacam o filme aclamado pela crítica "Dreamgirls - Em Busca de um Sonho", dirigido por Bill Condon; "O Round Final", dirigido por Clément Virgo; "Atirador", do diretor Antoine Fuqua; e "Rebobine, Por Favor", dirigido por Michel Gondry.
Glover também ganhou respeito pelo ativismo constante na comunidade e pelo empenho filantrópico, principalmente por advogar a favor da justiça econômica e do acesso a saúde, e a programas de educação nos Estados Unidos e na África. Por esses esforços, Glover recebeu o DGA Honor de 2006. Internacionalmente, foi nomeado Embaixador da Boa Vontade pela United Nations Development Program de 1998 até 2004, focando em problemas de pobreza, doença e desenvolvimento econômico na África, América Latina e Caribe, e atualmente é Embaixador do UNICEF.
Em 2004, Glover co-fundou a Louverture Films, dedicada ao desenvolvimento e à produção de filmes com relevância histórica, propósito social, valor comercial e integridade artística. A empresa, baseada em Nova York, tem o propósito de produzir filmes de longa-metragem e documentários progressivos, como "Bamako", que recebeu ótimas críticas em sua estréia no Festival Internacional de Cinema de Cannes.
Nascido em São Francisco, Glover estudou na Black Actors' Workshop, do American Conservatory Theater. Foi sua estréia na Broadway, em "Master Harold…and Boys", que lhe trouxe reconhecimento nacional e levou o diretor Robert Benton a escalar Glover em seu primeiro papel principal na produção indicada ao Oscar de Melhor Filme de 1984, "Um Lugar no Coração". No ano seguinte, Glover atuou em mais dois longas-metragens indicados ao Oscar de Melhor Filme: "A Testemunha", de Peter Weir, e "A Cor Púrpura", de Steven Spielberg. Em 1987, Glover se juntou a Mel Gibson no primeiro filme da série "Máquina Mortífera" e seguiu estrelando as três seqüências da franquia de enorme sucesso.
Glover também investiu seu talento em mais projetos pessoais, incluindo o premiado "Não Durma Nervoso", do qual ele foi produtor executivo e pelo qual ganhou o Independent Spirit Award de Melhor Ator; "Bopha! À Flor da Pele", com direção do amigo Morgan Freeman; "Manderlay", de Lars von Trier; e "Cicatrizes da Guerra", ao lado de Ron Perlman e Linda Hamilton.
Na TV, Glover ganhou um Image Award e um Cable ACE Award e foi indicado ao Emmy pela atuação no filme da HBO "Mandela". Ele também recebeu indicações ao Emmy por seu trabalho na aclamada minissérie "Os Pistoleiros do Oeste" e pelo telefilme "Canção da Liberdade". Como diretor, foi indicado ao Daytime Emmy por "Apenas um Sonho", da Showtime. Glover também foi escalado para um papel fixo na premiada série de televisão "Brothers & Sisters".
Na intensa carreira de Danny Glover ainda se destacam o filme aclamado pela crítica "Dreamgirls - Em Busca de um Sonho", dirigido por Bill Condon; "O Round Final", dirigido por Clément Virgo; "Atirador", do diretor Antoine Fuqua; e "Rebobine, Por Favor", dirigido por Michel Gondry.
terça-feira, 28 de junho de 2016
MOVIMENTO EM DEFESA DA MATA DO PLANALTO - BH
Vista aérea da Mata do Planalto - BH - Foto: divulgação |
Participar dos movimentos socioambientais que lutam pela melhoria da
qualidade de vida e meio ambiente de nossa cidade, do Brasil e do mundo, significa conectar cada ser humano
com nossa essência humana que tem origem nos recursos naturais da Terra.
Em Belo Horizonte, como no Brasil, estes
movimentos se multiplicam trazendo como bandeiras de luta a conquista de melhor
qualidade de vida e meio ambiente saudável para todos. O movimento em defesa da Mata do Planalto em
BH é um exemplo desta luta para que nossa cidade, que já foi chamada “cidade
jardim”, perceba os recursos humanos e
socioambientais de nossa comunidade.
O movimento da Mata do Planalto luta pela
defesa de mais de vinte nascentes e uma área de quase 200 mil metros quadrados,
sendo um dos últimos remanescentes de
vegetação da Mata Atlântica (1) de Belo
Horizonte. Você que reside em BH/MG, participe
desta luta. Divulgue nas redes sociais, aos seus amigos, sua rede de contatos. Pela valorização da pessoa humana e do meio
ambiente do qual todos fazemos parte.
Maiores detalhes do Movimento em Defesa da Mata do Planalto:
No Facebook: Salve a Mata do Planato
(1)
Mata Atlântica
A Mata Atlântica é formada por um conjunto
de formações florestais (Florestas: Ombrófila Densa, Ombrófila Mista,
Estacional Semidecidual, Estacional Decidual e Ombrófila Aberta) e ecossistemas
associados como as restingas, manguezais e campos de altitude, que se estendiam
originalmente por aproximadamente 1.300.000 km2 em 17 estados do território
brasileiro. Hoje os remanescentes de vegetação nativa estão reduzidos a cerca
de 22% de sua cobertura original e encontram-se em diferentes estágios de
regeneração. Apenas cerca de 7% estão bem conservados em fragmentos acima de
100 hectares. Mesmo reduzida e muito fragmentada, estima-se que na Mata
Atlântica existam cerca de 20.000 espécies vegetais (cerca de 35% das espécies
existentes no Brasil), incluindo diversas espécies endêmicas e ameaçadas de
extinção. Essa riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies na
América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlântica é
altamente prioritária para a conservação da biodiversidade mundial. Em relação
à fauna, os levantamentos já realizados indicam que a Mata Atlântica abriga 849
espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de
mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes.
Além de ser uma das regiões mais ricas do
mundo em biodiversidade, tem importância vital para aproximadamente 120 milhões
de brasileiros que vivem em seu domínio, onde são gerados aproximadamente 70%
do PIB brasileiro, prestando importantíssimos serviços ambientais. Regula o
fluxo dos mananciais hídricos, asseguram à fertilidade do solo, suas paisagens
oferecem belezas cênicas, controla o equilíbrio climático e protege escarpas e
encostas das serras, além de preservar um patrimônio histórico e cultural
imenso. Neste contexto, as áreas protegidas, como as Unidades de Conservação e
as Terras Indígenas, são fundamentais para a manutenção de amostras
representativas e viáveis da diversidade biológica e cultural da Mata
Atlântica.
A cobertura de áreas
protegidas na Mata Atlântica avançou expressivamente ao longo dos últimos anos,
com a contribuição dos governos federais, estaduais e mais recentemente dos
governos municipais e iniciativa privada. No entanto, a maior parte dos
remanescentes de vegetação nativa ainda permanece sem proteção. Assim, além do
investimento na ampliação e consolidação da rede de áreas protegidas, as
estratégias para a conservação da biodiversidade visam contemplar também formas
inovadoras de incentivos para a conservação e uso sustentável da
biodiversidade, tais como a promoção da recuperação de áreas degradadas e do
uso sustentável da vegetação nativa, bem como o incentivo ao pagamento pelos
serviços ambientais prestados pela Mata Atlântica. Cabe enfatizar que um
importante instrumento para a conservação e recuperação ambiental na Mata
Atlântica, foi à aprovação da Lei
11.428, de 2006 e o Decreto
6.660/2008, que regulamentou a referida lei. (FONTE: MMA)
sexta-feira, 17 de junho de 2016
Assinar:
Postagens (Atom)