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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021
PROTEÇÃO SOCIAL EM ÁREAS RURAIS DA AMÉRICA LATINA TERÁ ESTUDO LANÇADO POR IPC-IG e FAO
FONTE: ONU - BRASIL
Quais respostas de proteção social se adequam melhor às áreas rurais dos países da América Latina e Caribe?
O Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG) e o Escritório Regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para a América Latina e o Caribe estão trabalhando em um estudo sobre as respostas de proteção social à crise gerada pela COVID-19 nos países da região.
Os resultados serão detalhados em três relatórios, a serem publicados em breve, analisando medidas de proteção social rural em sete países da região. Para formular recomendações de políticas, os relatórios expõem três ou quatro práticas regionais que foram implementadas ou adaptadas durante a pandemia.
O IPC-IG é um fórum global que promove diálogo internacional sobre políticas de desenvolvimento inovativas, guiado por um acordo de parceria entre o PNUD e o Brasil. O mandato do IPC-IG é promover a produção e a disseminação de estudos e recomendações para políticas públicas, assim como o intercâmbio de melhores práticas em iniciativas de desenvolvimento e a expansão do diálogo entre países.
O foco da colaboração são as políticas destinadas a garantir o funcionamento das cadeias alimentares nas áreas rurais e a proteção dessa população. Os resultados do estudo serão detalhados em três relatórios, ou Policy Research Briefs, a serem publicados em breve, analisando medidas de proteção social rural em sete países da região.
Trabalhos - O primeiro relatório — “Intersection between food security and production protection” — explora a relação entre proteção social e inclusão produtiva, analisando as melhores práticas que têm garantido a segurança alimentar na região durante a pandemia. Ele detalha as respostas de proteção social rural de quatro países da América Latina e Caribe: Argentina, Belize, México e Panamá. Apenas 7 dos 413 programas mapeados focalizam os agricultores e a produção de alimentos.
Investigando as medidas e programas no Brasil, no México e no Peru, o segundo brief— “COVID-19 and employment in the agri-food sector: analysing labour market and social insurance responses”— explica como a proteção social, especialmente o seguro social e as políticas do mercado de trabalho, podem proteger e promover o emprego rural. Foi observado que apenas 5% dos seguros sociais e 12% das medidas do mercado de trabalho incluíam explicitamente as famílias rurais e os trabalhadores agrícolas.
O terceiro e último documento apresenta estudos de caso para o Brasil, a República Dominicana e o Peru, e discute como a digitalização pode aumentar a cobertura e a eficácia da proteção social rural na região. Vários desafios foram revelados, como a baixa cobertura e uso da Internet e pouca inovação para alcançar as populações rurais, o que pode limitar o acesso a programas de proteção social.
Todos os Policy Research Briefs analisam três ou quatro melhores práticas regionais que foram implementadas ou adaptadas durante a pandemia para formular recomendações de políticas.
Webinário - Em 11 de Novembro de 2021, o IPC-IG e a FAO RCL realizaram um webinário sobre o tema, com a participação da pesquisadora do IPC-IG, Beatriz Burattini, que apresentou uma visão geral das melhores práticas de respostas de proteção social à COVID-19 em áreas rurais da América Latina e Caribe, envolvendo outras partes interessadas para discutir a proteção social rural na região.
sábado, 11 de dezembro de 2021
ACÚMULO DA VACINAS EM PAÍSES RICOS E ESCASSEZ DE VACINAS EM NAÇÕES MAIS POBRES
Fonte: ONU BRASIL
Em um informe a OMS disse que os dados de laboratório divulgados sobre a eficácia das vacinas contra a nova variantes são importantes, mas que é preciso aguarda os dados clínicos para entender melhor como gerenciar a situação da Ômicron.
Os especialistas da OMS também advertiram para o risco de continuidade da pandemia, se a o acúmulo de vacinas por poucos países e a desigualdade vacinal persistirem. "Onde a transmissão continua, é de onde as variantes virão”, explicou a diretora do Departamento de Imunização.
Os primeiros dados laboratoriais sobre a eficácia das vacinas existentes contra a variante do Ômicron COVID-19 são úteis, mas ainda não está claro quão eficazes elas serão contra a forma grave da doença, disse um painel de uma agência de saúde da ONU na quinta-feira (9).
O desenvolvimento segue a garantia da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que as vacinas disponíveis "funcionam muito bem" na proteção das pessoas contra as piores formas de doença por seis meses ou mais, com uma "redução pequena e modesta" depois disso, especialmente entre os maiores de 65 anos ou aqueles com condições médicas subjacentes.
“Os dados de neutralização têm um fundamento, mas são realmente os dados clínicos que terão maior influência sobre como gerenciar a situação da Ômicron”, disse a diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS, Kate O’Brien.
Desafio da imunidade coletiva - Sobre a questão da imunidade de rebanho, O'Brien disse que a imunidade coletiva permanecia fora de alcance, em parte porque as vacinas em circulação hoje, apesar de sua eficácia, “não estavam funcionando no nível onde o conceito de imunidade de rebanho seja algo provável de ser alcançado”.
Segundo a especialista da OMS, isso se deve, pelo menos em parte, à falta de cobertura universal de vacinas, que fez com que os países mais ricos se beneficiassem das campanhas de imunização, enquanto as nações mais pobres sofreram com a escassez de vacinas que salvam vidas.
Infecções entre vacinados - Sobre as infecções entre os indivíduos já vacinados, a funcionária da OMS considera que “não é surpreendente” que elas aumentem com a maior cobertura vacinal. “Isso não significa que a vacina não esteja funcionando, simplesmente significa que um número cada vez maior de pessoas foi realmente vacinado”, afirmou.
À medida que a Ômicron se espalha, O’Brien destacou que os que correm maior risco continuam sendo os não vacinados, que representam de 80% a 90% dos que adoeceram gravemente por causa do coronavírus.
Distribuição desigual - O risco de que a pandemia não seja eliminada continuará se os países decidirem manter suas vacinas de COVID-19, em vez de compartilhá-las sob o esquema de distribuição equitativa da COVAX, em parceria com a OMS.
Os países mais pobres estiveram “esperando e esperando e esperando” pelas vacinas, disse ela, acrescentando que agora as doses estavam começando a chegar das nações mais ricas. “Temos que garantir que isso continue”, afirmou O'Brien.
“À medida que avançamos para qualquer que seja a situação da Ômicron, há o risco de que a oferta global volte a ser revertida para os países de alta renda, que acumulam vacinas para proteger em excesso suas oportunidades de vacinação”, acrescentou.
Ótica enviesada - Para a funcionária da OMS essa falta de solidariedade global simplesmente não vai funcionar em uma perspectiva epidemiológica. “Não vai funcionar do ponto de vista da transmissão, a menos que realmente tenhamos vacinas indo para todos os países, porque onde a transmissão continua, é de onde as variantes virão”, explicou.
Segundo a especialista, é de causar perplexidade que alguns países continuem com medidas inconsistentes ao tentar reduzir a transmissão da COVID-19. “Por um lado, eles estão perseguindo uma espécie de abordagem sem limites para as vacinas, ao mesmo tempo que não usam máscaras, lavagem das mãos, e promovem multidões - todas as outras medidas que sabemos serem altamente eficazes para reduzir as transmissões”