sábado, 25 de junho de 2022

ARTIGO FLORIAN MORIN - MURAL DO CLIMA

 


Artigo

O mural do clima - como aprender o proceso da mudança climática e tomar ações para limitar

 

Florian Morin, animador do mural do clima.

 

  Como, em poucas horas, podemos compreender as causas e os efeitos da mudança climática e pensar nas alavancas de ação para garantir nosso futuro e o de nossos filhos? O mural climático se propõe a responder a esta pergunta. Em apenas três horas, os presentes nesta oficina participam de um jogo colaborativo para entender o processo de mudança climática, e como nossos estilos de vida estão causando isso, e depois como mudá-los. 

  Este jogo foi fundado por um professor-pesquisador francês, Cédric Ringenbach, e é baseado no relatório do primeiro grupo do IPCC. Ela se baseia no fato de que, para agir concreta e efetivamente contra um problema, é preciso primeiro entendê-lo em detalhes. Aqui, o problema é limitar o aquecimento global a 2°C, a fim de garantir que vivamos nas melhores condições possíveis nas décadas vindouras. De fato, em um planeta que aqueceu a +2°C, as conseqüências são palpáveis, e isto em todas as regiões do mundo. No Brasil em particular, isto significaria secas severas no norte, reduzindo o rendimento agrícola e agravando a fome; chuvas mais fortes em algumas regiões levando a inundações - todos nos lembramos dos eventos de janeiro deste ano -, aumento do nível do mar, o que significaria a relocalização de cidades costeiras, incêndios mais freqüentes e desertificação de áreas anteriormente ocupadas por florestas tropicais, notadamente a Floresta Amazônica.

 E compreender o mecanismo do aquecimento global, o efeito estufa, a ligação com as atividades humanas e todas as conseqüências sobre os fenômenos meteorológicos é o primeiro passo para transformar nossos estilos de vida a fim de reduzir esses impactos e se adaptar.

Para isso, o jogo consiste em 42 cartas que os participantes montam por nexo de causalidade para formar o mural. Ao longo do jogo, um facilitador acompanha o grupo para fornecer explicações, e para conduzir discussões e orientar os participantes para as ações mais relevantes para reduzir nossos impactes sobre o clima - seja no modo como vivemos, comemos, viajamos ou consumimos produtos e produzimos resíduos.

O mural está aberto a todos, cidadãos, funcionários eleitos, funcionários e líderes empresariais, e ainda mais aos novatos do clima, e é dirigido por 17.000 voluntários da associação da qual sou membro, presentes em mais de 50 países, em 40 linguas incluindo o português, e que já sensibilizaram mais de 400.000 pessoas desde 2018.

O mural tem três características essenciais. Primeiro, o conteúdo do jogo é baseado em uma sólida base científica e é politicamente neutro. De fato, os cartões são construídos a partir do relatório do primeiro grupo do IPCC, o próprio Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, apoiado pela ONU.

Além disso, o mural é muito acessível e aberto a todos. Jogando cooperativamente, cada membro toma posse e compreende as questões da mudança climática. Os moderadores entram para prestar esclarecimentos, mas são os participantes que constroem o mural juntos!

Finalmente, é eficaz! O mural aumenta a conscientização sem fazer as pessoas se sentirem culpadas. No final da oficina, foi lançada uma discussão coletiva sobre as ações possíveis, num espírito de boa vontade. Os participantes deixam a oficina altamente motivados e cheios de ferramentas para criar soluções ao seu alcance.

Para fazer mais, também é possível se tornar um facilitador. Mais uma vez, não há necessidade de ser um especialista em clima, o treinamento em facilitação e a ajuda mútua entre os diferentes facilitadores são fortes. Há também uma versão infantil do mural, e ações em grande escala também são organizadas em universidades ou empresas.

Para mais informações, consulte fresqueduclimat.org (em francês) ou climatefresk.org (em inglês).

EDUCAÇÃO AMBIENTAL


 

ARTIGO DE LUDMILA YARASUKAI - VIVÊNCIA SOBRE A AGROFLORESTA



Artigo

VIVÊNCIA SOBRE A AGROFLORESTA

 Ludmila Yarasukai

 

    No mês passado, realizamos no bairro Jardim de Petrópolis em Nova Lima, uma vivência entre amigos sobre a Agrofloresta.

Observamos o solo, suas diferenças em cada local em relação ao sol ou ao desmatamento na área. Cuidamos de preparar a terra para abrirmos os canteiros. As árvores foram podadas e cuidadas.

Muitas mãos agiram juntas, os adultos se empenharam na troca de funções, aprendendo, doando e recebendo conhecimentos.

Em uma comunicação constante com o ambiente que ali estávamos.

Especificamente naquelas terras existe um certo desequilíbrio onde umas espécies de formigas cortadeiras dominam grande parte dos alimentos, mas ainda assim, houve coragem e determinação do grupo em criar um ambiente, como nos foi dito pelo nosso educador ambiental Miguel Tantric, como uma bomba de vida e de diversidade.

Muita sementes foram plantadas, mudas, ervas árvores.

O objetivo também foi gerar muita matéria orgânica para, aos poucos, fortalecer o solo para uma futura floresta de alimentos e equilíbrio nascer ali.  Conectando assim, a vida da terra com a dos seres da região.

Durante o dia as pessoas se conheceram, alimentaram corpo e alma e as mulheres e meninas dançaram em cirandas celebrando toda a comunhão ali vivenciada.

Meu trabalho basicamente é cuidar de mulheres, do corpo, espírito e emoções principalmente no momento de gestação, parto e cuidado com bebês. E nesse dia, senti tanta semelhança, pois fizemos dessa forma, cuidamos do terreno para muitos bebês serem gestados. E em poucos dias com apoio da água, do sereno, do calor do sol e vento suave, os primeiros brotinhos já começaram a nascer mesmo com a intervenção de outros tantos animais que vivem nas redondezas.

Logo, logo conseguiremos entender que caminhos a natureza seguirá ali.

Cabe a nós atuar apenas com intervenções respeitosas, com estudo e sabedoria para conhecer e ouvir da mãe Natureza o que é melhor pra todos nós.

Como disse minha filha na abertura dos trabalhos do dia, quando foi- nos perguntado o propósito de estarmos na vivência da Agrofloresta: estou aqui porque moro aqui, ela disse, simplesmente.

Nossa casa, nossa mãe terra, cuidaremos e lutaremos por você.





 

sexta-feira, 24 de junho de 2022

17ª MOSTRA DE CINEMA DE OURO PRETO


 

17ª MOSTRA DE CINEMA DE OURO PRETO - de 22 a 27 de Junho de 2022





 A tradicional Mostra de Cinema de Ouro Preto está em sua 17ª edição acontece de 22 a 27 de Junho de 2022,  oferece diversas atividades culturais gratuitas para toda a população.
    Em 2022, o evento traz as temáticas "Preservar, Transformar, Persistir", com o propósito de gerar reflexão e dar visibilidade às produções realizadas por cineastas indígenas, seus processos de criação, memórias, cotidianos, desafios e aprendizados e de reforçar a importância da memória como perspectiva para o futuro e um desafio à preservação.

 
  O CineOP é organizado pela Universo Produção com o apoio da UFOP e tem a proposta de apresenta mostras, debates, mais de 150 filmes, atrações musicais, entre outros.

Mais informações, segue o link: