quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CONFERENCIA SAÙDE AMBIENTAL

I CONFERÊNCIA  NACIONAL

DE SAÚDE AMBIENTAL

I CNSA


          A ação humana sobre a natureza tem causado impactos cada vez mais graves sobre a saúde humana e os ecossistemas do planeta. Associada a um panorama de desigualdades sociais e econômicas, a degradação ambiental aponta para conseqüências que já vivemos no presente: o esgotamento dos recursos naturais; os processos acelerados de desertificação; a intensificação de eventos climáticos extremos; a crise urbana relacionada à carência de serviços de saneamento básico, habitação, transporte e segurança pública; poluição química de ambientes urbanos e rurais; e a emergência e reemergência de doenças.
         Estes problemas são interdependentes, seus impactos vão além das fronteiras locais e seus efeitos são produzidos e sentidos pelas populações. A busca de soluções para este quadro diversificado requer a formulação e gestão de políticas públicas interdisciplinares, integradas, intersetoriais, participativas e territorializadas. Neste sentido, surge a 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, a ser realizada em três etapas (municipais, estaduais e nacional), tendo como tema “A saúde ambiental na cidade, no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis”.
         A 1ª Conferência em Saúde Ambiental é uma iniciativa dos Conselhos Nacionais de Saúde, Cidades e Meio Ambiente atendendo às deliberações das Conferencias Nacional de Saúde (13ª), Cidades (3ª) e de Meio Ambiente (3ª). Instituída por meio de Decreto Presidencial, tem como lema: “Saúde e Ambiente: vamos cuidar da gente! e como tema “A saúde ambiental na cidade, no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis”.
 A etapa nacional da 1ª CNSA ocorrerá em Brasília-DF, de 9 a 12 de dezembro de 2009.

MEIO AMBIENTE E CONSUMO


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ENTREVISTA DE FREI BETTO SOBRE MEIO AMBIENTE, O BRASIL E MARINA SILVA


                                            Foto: Frei Betto

FREI BETTO FALA COM EXCLUSIVIDADE  AO JORNAL OECOAMBIENTAL SOBRE O BRASIL E SOBRE MARINA SILVA


FB: Marina Silva, se candidata, fará com que as eleições de 2010 não fiquem de olho no passado, avaliando os 8 anos de governo Lula, e sim de olho no futuro, debatendo o projeto Brasil e o desenvolvimento sustentável. Penso que ela é a melhor candidata.

Jornal Oecoambiental:  Frei Betto, qual avaliação que você faz sobre a conjuntura atual do Brasil ?

Frei Betto: O Brasil avançou em muitos aspectos com o governo Lula: política externa, redução da miséria absoluta, integração e soberania da América Latina, equilíbrio fiscal etc. Porém, este governo nos deve as reformas de estruturas tão prometidas historicamente pelo PT: agrária, tributária, política, educacional, sanitária etc. Ainda convivemos com 30 milhões de miseráveis; 15 milhões de analfabetos; alto índice de mortalidade infantil; e violência urbana.

  
J. Oecoambiental: Como você vê a participação da sociedade civil na política brasileira hoje ?

FB: A sociedade civil parece se indignar cada vez mais com os desconcertos éticos de nossa classe política, mas reage pouco em se tratando de mobilização e pressão


 J. Oecoambiental : Qual sua opinião sobre a situação socioambiental no Brasil e no mundo ?



FB: Trágica. A Terra já perdeu 25% de sua capacidade de autoregeneração. Urge a intervenção da ação humana. Espero que, na Conferência de Conpenhague, em dezembro, os chefes de Estado do mundo se comprometam a tomar medidas efetivas para reduzir o aquecimento global.
 
J. Oecoambiental : Sobre sua atividade como escritor, quais foram seus últimos livros publicados ?



FB: Este ano publiquei, pela Rocco, “Diário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira” e, pela Agir, o livro de contos “Aquário Negro”. Ainda em novembro a Rocco lança a nova edição de meu romance sobre Jesus, agora com novo título: “Um homem chamado Jesus”. E é possível que, pela Mercuryo Jovem, seja editado um livro infanto-juvenil, “Maricota e o Alfabeto”.

J. Oecoambiental:  De suas reflexões sobre o poder, retratadas nos livros  "A Mosca Azul" e "Calendário do Poder," como você avalia a formação política do povo brasileiro, dos parlamentares, representantes do executivo. Como exercer o poder sem corrupção ?


FB: O único modo de se evitar a corrupção é através do controle efetivo da sociedade e de uma profunda reforma política. Nesse sentido, a ONG Transparência Brasil presta um excelente serviço ao acompanhar com lupa o procedimento de nossos políticos.

J. Oecoambiental:  Uma novidade no cenário político brasileiro é o movimento pela candidatura de Marina Silva a Presidência da República. Como você avalia a candidatura de Marina Silva Presidente ? 


FB: Marina Silva, se candidata, fará com que as eleições de 2010 não fiquem de olho no passado, avaliando os 8 anos de governo Lula, e sim de olho no futuro, debatendo o projeto Brasil e o desenvolvimento sustentável. Penso que ela é a melhor candidata.

 J. Oecoambiental: A história de Marina Silva está ligada a teologia da libertação. Como você avalia a Senadora Marina Silva no exercício do poder, sua passagem pelo  Ministério do Meio Ambiente e agora  no Senado Federal ? 


FB: Marina Silva prima pela ética e pela competência. Infelizmente, como ministra do Meio Ambiente, faltou-lhe o devido apoio dentro do próprio governo. A depender dela teria cessado o desmatamento da Amazônia e os transgênicos não seriam aprovados.

J. Oecoambiental: O que uma eleição da Senadora Marina Silva significa para o Brasil e para o mundo ?


FB: A continuidade de tudo que há de positivo no governo Lula e a viabilidade de reformas de estruturas pelas vias pacífica e democrática.

J. Oecoambiental: O que o Frei Betto diria hoje numa conversa com Marina Silva e com o Brasil ?

FB: Coragem, muita fé e fidelidade às suas origens.


O Jornal Oecoambiental agradece ao Frei Betto esta entrevista exclusiva: nosso muito obrigado.

AS CORES DA NATUREZA 9


   
             FOTO:  Recebemos de Tereza "As Cores da Natureza" , saudações Tereza. Obrigado.
 

DESERTIFICAÇÃO


                                    Foto: Paraíba - região mais desertificada do país
 
    "A desertificação é a degradação do solo em áreas áridas, semi-áridas e subúmidas secas, resultante de diversos fatores, inclusive de variações climáticas e de atividades humanas. A desertificação afeta cerca de um sexto da população da terra, 70 por cento de todas as terras secas, atingindo 3,6 bilhões de hectares, e um quarto da área terrestre total do mundo." ( Agenda 21 - Cap. 12 " Manejo de Ecossistemas Frágeis: A luta contra a Desertificação e a Seca").


 
Conferência da ONU alerta que 70% do planeta pode sofrer com seca em 2025



da France Presse
     Quase 70% do planeta será afetado pela seca em 2025 se não forem aplicadas políticas para frear este flagelo, advertiu  em Buenos Aires Luc Gnacadja, secretário da Convenção da ONU de Combate à Desertificação.
"Se não conseguirmos solucionar este problema da Terra, em 2025 quase 70% dela estará muito afetada", destacou Gnacadja, falando em uma conferência. Jarbas Oliveira
    Atualmente, a seca afeta pelo menos 41% do planeta, e o processo de degradação aumentou entre 15% e 25% desde 1990, segundo um relatório sobre a situação climática mundial apresentado à imprensa durante o encontro.
     Gnacadja ressaltou a gravidade do panorama a longo prazo no encerramento da 9ª Conferência das Partes da Convenção da ONU de Combate à Desertificação, que aconteceu entre 22 de setembro e 2 de outubro na capital argentina.
    O secretário afirmou ainda que houve um consenso no encontro sobre a necessidade de monitorar e determinar os indicadores para compreender a situação atual em detalhes, o ritmo do avanço da desertificação e maneiras de lutar contra ela.
    Além disso, indicou que "não há segurança mundial sem segurança alimentar" nas zonas secas e que "é preciso um acordo verde" por parte dos países desenvolvidos para trabalhar nesses lugares, referindo-se à necessidade de um compromisso político das potências. ( SOS Clima da Terra)



domingo, 11 de outubro de 2009

ARTIGO FREI BETTO

 
  EDUCAÇÃO E NEOLIBERALISMO

   Frei Betto

    Estamos todos imersos numa mudança de época. Essa é uma viagem sem volta, embora muitos insistam em colocar a cabeça para fora da janela do trem e fixar os olhos no que ficou para trás. A última vez que algo parecido ocorreu na história do Ocidente foi quando se passou do regime feudal, medieval, para o moderno. Deslocou-se do paradigma teocêntrico para o antropocêntrico; da cosmologia geocêntrica para a heliocêntrica; da fé à razão.
    Hoje, vivemos não apenas numa época de mudanças, como nossos avós. Somos contemporâneos de uma mudança de época. Estamos em trânsito da modernidade à pós-modernidade, da razão cartesiana à inteligência holística. E na paisagem circundante vemos em crise as quatro instituições modernas produtoras de sentido: família, escola, igreja e Estado.
    Na transição da modernidade à pós-modernidade, a hegemonia capitalista sobre o planeta substitui o liberalismo pelo neoliberalismo. A concorrência cede lugar aos oligopólios; as nações à globalização; a cultura ao entretenimento; o humanismo à mercantilização; a marginalidade à exclusão. Fragmenta-se o vitral e, agora, só se percebem os cacos. A fragmentação ocupa os espaços outrora reservados às sínteses cognitivas.

Ameaças à educação

    Nessa onda neoliberal que assola o planeta, a educação, tida até agora como um dever do Estado e um direito social, corre o risco de ser considerada, pela OMC, mera mercadoria. Como tal, acessível a quem por ela pode pagar, como qualquer outra mercadoria.
    O efeito mais nefasto do neoliberalismo nos processos pedagógicos é a desistorização do tempo. Os persas captaram o caráter histórico do tempo, cultura que nos foi legada pela tradição judaico-cristã. Toda a narrativa bíblica está impregnada de historicidade, dos seis dias da Criação ao conceito javista de um Deus que, num mundo politeísta, se apresenta com curriculum vitae: o Deus de Abraão, Isaac e Jacó.
    Francis Fukuyama, arauto do neoliberalismo, tenta nos convencer de que “a história acabou.” Tudo o que é sólido se desmancha no bar... como o gelo num coquetel. Resta nos adequar ao paradigma da pós-modernidade: o mercado. Voltamos à idéia grega de um tempo cíclico, o que induz as novas gerações à perda do horizonte histórico, da utopia, do idealismo, disseminando um niilismo necrófilo, pois quem não sonha com a utopia corre o risco de recorrer às drogas, já que o ser humano é movido a sonhos.
    A mercantilização da educação induz a um processo análogo ao dos processos produtivos e de serviço: a privatização. Sucateada a escola pública, resta a particular como recurso a quem dispõe de renda suficiente para custear seus estudos.
Para que serve a educação escolar? Para muitos estudantes, é o túnel pelo qual se tem acesso ao mercado de trabalho. A luz no fim do túnel é a capacitação profissional, um bom salário, uma identidade social, graças a conhecimentos e habilidades adquiridos nos bancos escolares.
Seria a escola mera estufa de adestramento para o mercado de trabalho? Como me disse um adolescente de 16 anos, “na academia eu malho o corpo; na escola, o cérebro”. De fato, essa “malhação” cerebral tem seus efeitos positivos. As diferenças de salários são menores em sociedades que apresentam melhor resultado educativo.
Porém, o caráter mercantilista faz a qualidade do ensino transferir-se da escola pública para a particular. A progressiva demissão do Estado frente a seus deveres sociais – e direitos da cidadania, como educação e saúde -, fruto amargo do neoliberalismo que, em nome do capital, apregoa a privatização do patrimônio público, permite que muitas escolas particulares funcionem como meras empresas que ofertam educação como mercadoria de luxo.
Educar deveria ser muito mais que propiciar ao educando conhecimentos e habilidades para que venha a obter melhores salários que seus pais e avós. Mais importante do que formar um profissional, é formar uma pessoa capaz de atuar como cidadã; inserir-se sem preconceitos nessa realidade multicultural; associar significados e construir sínteses cognitivas; superar a mera percepção da vida como fenômeno biológico para encará-la como fenômeno biográfico, processo histórico.
Outrora, a pedagogia não diferia muito do regime dos quartéis, e onde o aprendizado dependia do esforço memorial. Tratava-se de assimilar conhecimentos. Hoje, o aprendizado é um processo interativo e criativo. E o conhecimento é determinante no novo paradigma produtivo.
Não basta assimilar informações. É preciso saber selecioná-las, relacioná-las e fazê-las convergir para processos criativos. Deve a escola dotar o educando de capacidade para enfrentar os novos desafios, lidar com as múltiplas racionalidades vigentes, aprofundar seu espírito crítico. Enfim, saber converter informação em cultura e cultura em sentido de vida.
Uma boa pedagogia induz o educando a evoluir da memorização à compreensão, da assimilação de informações à seleção crítica, do mero aprendizado à criatividade. Instiga-o a analisar criticamente a realidade; conviver dialogicamente nesse mundo de pluralidade cultural; transformar idéias e sonhos em projetos sociais e políticos.
O mundo encolheu. Vivemos agora na aldeia global. Em tempo real, o que ocorre do outro lado do planeta entra em nossa casa através da janela eletrônica. Sente-se muito ameaçado quem não sabe relacionar conteúdos globais e realidades locais. Sua identidade cultural fica abalada frente ao rolo compressor da hegemonização televisiva da cultura de entretenimento como isca hipnótica de atração ao consumismo.
Educar é saber lidar com a diferença e o diferente. O educando que não se sente nem se sabe diferente corre o risco de ceder à massificação midiática.  Buscará na imagem desse espelho retorcido uma face que não é a sua e, no entanto, o fascina pela ilusão de que, ao negar as suas raízes, haverá de alcançar aquele outro ser que só existe em sua fantasia.
Um dos grandes desafios da educação é como incutir vivências comunitárias como expressão de singularidades, jamais de despersonalização. Esse situar-se no lugar do outro, procurar ver o mundo com olhos do outro, é o que provoca mudanças de lugares social e epistêmico, e funda as condições de convivência democrática. Em suma, verbalizando uma expressão em moda, é preciso aprender a desterritorializar-se para saber ressignificar os sentidos.

Novas tecnologias

    Numa dimensão holística, o desafio que se coloca à educação é superar o cartesianismo e abarcar todas a dimensões da vida do educando, razão e emoção, inteligência e corporalidade, sentimentos e estética. Despertar nele o senso crítico perante a realidade, bem como a capacidade, nesse mundo internáutico, de saber lidar com as múltiplas racionalidades vigentes.
    Um dos fatores mais influentes, hoje, no processo pedagógico é a TV, a janela eletrônica que nos permite observar o mundo em tempo real, assim como o computador. Segundo as regras do mercado, o objetivo dessas ferramentas não é propriamente formar cidadãos e contribuir para um civilização mais humanizada, e sim formar consumistas e favorecer a acumulação do capital em mãos privadas. Portanto, assim como a escola trabalha com textos, deve agora trabalhar também com imagens, ensinando ao aluno relacionar conteúdos globais e realidade locais.
À massificação midiática se apresenta o desafio de saber lidar com a diferença e o diferente. Incutir vivências comunitárias como expressão de singularidades, e não de despersonalização.
    Agoniza, felizmente, o modelo escolar baseado em programas centralizados e de longa vigência; o conceito europeizado de cultura; a unificação nacional/cultural através da educação. Agora, há que aprender a lidar com a diversidade cultural, o pluralismo de opiniões e crenças, a integração midiática.
    A educação não deveria ser reflexo da racionalidade sistêmica que apregoa a supremacia do capital sobre os recursos humanos e ambientais, e da propriedade privada sobre os direitos da comunidade. Cabe-lhe subverter a racionalidade de uma sociedade canibalizada pelo império do mercado.
    Há que buscar reduzir a contradição entre os paradigmas neoliberais vigentes na sociedade e o conteúdo escolar. Enquanto o sistema procurar multiplicar consumistas, a educação empenha-se em formar cidadãos. Para o primeiro, o indivíduo é tanto mais capaz quanto mais competitivo e centrado nos próprios interesses. Para a educação, trata-se de formar pessoas solidárias altruístas, generosas. O sistema é auto-referente e se apóia numa lógica implacável: a educação infunde o espírito de tolerância num mundo caracterizado pela diversidade cultural.

Impactos da globalização

    A globocolonização exerce impactos contraditórios nas culturas locais. De um lado, reforça relações de dominação, dissemina a hegemonia cultural e intensifica o mimetismo. Cria o retraimento das expressões artísticas e culturais à margem dos recursos midiáticos; corrói utopias e projetos a longo prazo; favorece o fundamentalismo como forma de compensar a  exclusão.
    Por outro lado, estimula o diálogo planetário, sinaliza a diversidade cultural, instiga a prática dos direitos humanos e da proteção  ambiental, faz com que saberes universais sejam relidos segundo singularidades locais.
    É preciso pôr fim à “simultaneidade sistêmica”. Nem todos os educandos têm a mesma capacidade de aprender as mesmas coisas. O que interessa ao aluno do interior do Amazonas certamente não é o que atrai o do centro de São Paulo.
Aos currículos transversais devem-se acrescentar os currículos regionais, adaptados à realidade dos alunos.
    Não há ferramenta mais apropriada para inserir as novas gerações nesse mundo globocolonizado e conflitivo do que a educação. Desde que a escola não considere cultura apenas um verniz de informações em arte e noções de estética. Cultura são ações humanas sobre a natureza e a história, visões de mundo, produções simbólicas, metarrelatos, dinâmicas de comunicação e interação.
    Uma escola humanizadora é a de alunos que, sujeitos do processo educativo, assimilam práticas de defesa de direitos humanos e ambientais, e se tornam agentes transformadores da realidade. Essa pedagogia subversiva – no sentido etimológico de inverter de baixo para cima - promove a autonomia do educando, vincula aprendizado e experiência, contextualiza o saber. Enfim, educa, não apenas para o vestibular ou a obtenção do diploma, mas para a vida.
    Num mundo tão desigual, no qual os mais requintados avanços tecnocientíficos convivem com seres humanos condenados à fome e à miséria, não há opção de neutralidade para a educação. Portanto, a questão é escolher conteúdos pertinentes aos valores éticos. Pode-se ensinar História destacando os triunfos militares de um país sobre outro ou a cooperação entre nações, os intercâmbios culturais, os gestos de solidariedade e amizade.
    Educar para a vida é tornar o educando capaz de lidar com sexo, drogas e violência; reagir à insegurança urbana e à incerteza diante do futuro; vivenciar valores éticos; desenvolver espírito crítico para interagir com a mídia; reconhecer a importância da política como atividade privilegiada de realização do bem comum. A educação multicultural é tanto mais importante quanto mais temos sociedades complexas quanto à diferenciação de identidades, interesses, aspirações e demandas. É preciso estar aberto às distintas mundividências, sempre com espírito crítico.
    Os rivais da escola são a TV e o uso indiscriminado do computador como mero recurso de entretenimento individual. A TV deslocaliza saberes, mescla-os, utiliza-os contínua e convulsivamente em prol do entretenimento, subtraindo-os do contexto em que brotam. Ver pessoas famosas dançar flamengo num programa dominical não é suficiente para conhecer-lhe a origem mourisca e a influência cigana.
    A TV quebra a fronteira entre o real e o imaginário; saber e informação; arte e ciência. Frente ao “êxtase comunicacional” (Baudrillard) é preciso educar o espírito crítico e seletivo. Aprender a ver o mundo é tão importante quanto aprender a ler e a escutar. É preciso saber ler, não apenas letras, mas também imagens, sons, cores e formas.
    As novas gerações vão da oralidade à visualidade sem passar pela escrita. Daí a dificuldade com a hermenêutica dos textos e o raciocínio abstrato. Ver para crer, eis o princípio de São Tomé levado às raias da penúria intelectual. O que, a longo prazo, pode induzir um povo a confundir densidade cultural com densidade tecnológica, relevando esta em detrimento daquela.
    Sem se afirmar como espaço de subversão desses paradigmas do mercado, cada vez mais concentrador e excludente, a escola estará fadada a se tornar mero apêndice de reprodução de cordeiros de uma sociedade-rebanho que faz de shopping centers áreas de lazer.
     Unidade dos educadores, diversidade da educação. Nem todos os alunos tem capacidade e interesse em aprender as mesmas coisas. A escolaridade em São Paulo não pode ser a mesma na região amazônica. Há que lutar pela autonomia do educando, associar aprendizado e vivência, contextualizar o saber. Não há neutralidade para a educação neste mundo desigual.
    Nossos estudantes devem saber lidar com temas candentes como sexualidade e afetividade, drogas e violência, degradação ambiental e fetichismo do mercado. Só assim poderão vivenciar valores éticos, ter visão crítica perante a mídia, aprender a ler, não só letras, mas também sons, core, imagens. Há que evitar que passem da oralidade à visualidade sem passar pela escrita, pois correriam o risco de perder a capacidade hermenêutica e o raciocínio abstrato.
    Enfim, a escola deve ser um espaço de formação política, ecológica e espiritual; um laboratório estratégico de projetos sociais.

Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Paulo Freire e Ricardo Kotscho, de “Essa escola chamada vida” (Ática), entre outros livros.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

CHICO BUARQUE - HISTÓRIA DE CANÇÕES

  HISTÓRIA DAS MÚSICAS DE CHICO BUARQUE

Estará nas livrarias ainda esta semana, "HISTÓRIAS DE CANÇÕES: CHICO BUARQUE", livro de Wagner Homem que conta casos e fatos relacionados às músicas do compositor. Visite o site: http://www.historiadecancoes.com.br/ para saber mais e ler algumas das histórias.

CONSEQUÊNCIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL PARA A AMAZÔNIA


Foto: queimadas na Amazônia


Aumento de 10 graus C em 2060
vai proibir a existência da vida na Amazônia


- Se já corriam risco de não conhecerem a Amazônia, os netos e bisnetos dos atuais habitantes da Amazônia brasileira simplesmente estarão ameaçados de sequer poderem habitar a região da última grande floresta tropical do planeta.  Essa fatalidade pode ocorrer caso se confirmem as previsões catastróficas divulgadas pelo Departamento de Metereologia da Inglaterra (Met Office) sobre a repercussão que o aquecimento global terá sobre a floresta amazônica até o ano de 2060. ( www.kaxiana.com.br)



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

CONJUNTURA SOCIOAMBIENTAL OUT/2009




A busca de solução aos problemas socioambientais locais causados pela crise brasileira e mundial de meio ambiente é um desafio. Estamos todos hoje diretamente expostos ao apelo do consumo publicitário da mídia nacional e internacional. Os conflitos socioambientais estão aí. Os bens de consumo são barganhados na competição do mercado, que vendem ilusões, endividamento e empobrecimento ao invés de produzirem dignidade humana, ambiental. Enquanto isso a responsabilidade pelas "catástrofes", estudadas pela ONU, pela comunidade científica internacional e sempre anunciadas em encontros internacionais com "pompa e circunstância" são transferidas pela grande mídia, para as chuvas, a natureza, a Terra. Os recursos naturais são os responsáveis pelo infortúnio humano e não o modo de produção da sociedade. Empresas, governos, instituições, pessoas, continuam trabalhando e produzindo de forma predatória, insustentável.
     As chuvas e a natureza são os vilões televisivos. Todos os canais de TV dão o show; "veja como será o tempo amanhã".O tempo hoje continua sendo o da exclusão, intolerância e opressão para bilhões de seres humanos.
     Se há seca: o sol é culpado, se há enchentes, tsunamis, a água, a "fúria" da natureza são os culpados. Assim tudo se resolve. Ótima solução para nossas consciências. Se há tempestades, ciclones, chuvas, secas, pessoas passando fome, dormindo nas ruas das cidades, vivendo em condições subumanas, refugiados, asilados isso é "natural", ouvimos: "sempre foi assim e sempre será". A quem interessa "lavarmos as mãos" e nada fazermos diante os conflitos socioambientais ? O sentido da vida humana só é uma conquista diária se defendemos sem hesitação a vida em todo meio ambiente.
    Diga-me se há democracia econômica e eu lhe direi se há qualidade de vida. Já dissemos tantas vezes nossa convicção: " Não há democracia política se não existirem democracia econômica, ambiental". Que Brasil, ou que "consórcios", corporações, empresas, conglomerados econômicos "conquistaram" as Olimpíadas no Brasil ? Qual trabalho vai produzir estes espetáculos da Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil: o trabalho sustentável ou insustentável ?


   A questão é: a quem interessa negar os conflitos socioambientais, transformá-los em espetáculo televisivo e não propor e agir implantando soluções para a crise socioambiental brasileira e mundial ?


     A solução da crise ambiental sabemos, exige que construamos novas relações de produção e consumo. Isto significa que o trabalho que o mundo hoje precisa investir é no trabalho sustentável. Já que o trabalho produz as condições humanas de subsistência, a cultura e a riqueza das nações.


      Diga-me como teu país distribui a riqueza que sua população produz e eu lhe direi quem lhe governa, se há justiça ambiental. O Brasil, que tem a origem de seu nome transcrito da natureza, uma madeira: pau brasil. Que viveu eras de exploração do trabalho humano e pelo trabalho insustentável na cana-de-açúcar, no café, na mineração. As Minas Gerais do Século XVII, O Brasil que já viveu o "milagre econômico", agora o "espetáculo do crescimento". Anuncia a mídia o espetáculo da copa do mundo e olimpíadas no Brasil. O que nós brasileiros queremos é viver com dignidade, a promoção do "espetáculo da distribuição de renda" já. O contraste está aí, enquanto o Brasil "conquistava", ou as empresas e setores da economia que vão lucrar com as olimpíadas, anunciavam o "Brasil 2016", no "Brasil 2009" às provas do Enem eram canceladas. Adiamos e "cancelamos" a busca pela qualidade de vida da população enquanto promovemos a concentração de renda excludente. Mas como pode ser, se já pelas contas do governo, somos uma potência mundial ? Somos uma potência em que modelo econômico, sustentável ou insustentável ? Até quando vamos agüentar vivermos como uma nação empobrecida ? Empobrecida não apenas a maioria sem qualidade de vida. Mas os que ostentam uma riqueza que todos produzimos, geramos e que uma pequena minoria, empobrecida de humanidade e ética ambiental quer cada vez mais concentrar em poucos. Empobrecida não apenas pelos 70 % que ganham com o trabalho menos ou até tres vezes R$ 465,00, como salário mínimo. Enquanto sabemos que o necessário em Agosto de 2009 deveria ser R$ 2.005,07, segundo o DIEESE. Por que não há prioridade no Brasil distribuir com justiça ambiental a riqueza que todos nós brasileiros produzimos ?


    Onde está à riqueza da extração do pau brasil, do ouro das Minas Gerais, dos ciclos do café, cana-de-açúcar, borracha, do agronegócio ? Agora o pré-sal é a bola da vez. Que trabalho vem gerando toda esta riqueza presente, passada e futura ? Por que o povo brasileiro não é respeitado e valorizado promovendo-se de forma urgente uma vida digna, um meio ambiente melhor para todos vivermos ?


    A solução dos conflitos e da barbárie da vida humana da maioria de nós brasileiros não é colocada como prioridade. Por que o trabalho humano no Brasil produz tanta riqueza e por que a maioria do povo brasileiro continua com a qualidade de vida, com as condições de saúde, educação, trabalho, moradia, esportes, cultura tão precários ?


    Postamos aqui no blog de nosso Jornal Oecoambiental, um projeto de lei em tramitação no Senado para que todos os parlamentares no Brasil fossem obrigados a matricularem e colocarem os filhos em escolas públicas. Todos os parlamentares no Brasil, no Congresso Nacional, inclusive o Presidente da Republica, os que possuem cargos no executivo, legislativo e judiciário, deveriam ser obrigados a matricularem seus filhos em escolas públicas sim. Bem como eles e seus dependentes só poderem utilizar o sistema de saúde público. Deveriam receber o salário mínimo nominal vigente que votam e aprovam no Congresso Nacional: R$ 465,00. Será que vivendo assim adiariam para "2016" a solução da crise socioambiental brasileira ?


    Diga-me quem hoje e historicamente se apropria do trabalho do povo brasileiro e eu lhe direi quem vende a imagem do "Brasil exportação". Vamos exportar nossa péssima distribuição de renda ? Ou vamos priorizar sua imediata solução ?


   Você leitor (a) já pensou sobre isso ? Você investe sua capacidade profissional, intelectual, seu tempo e energia com sua força de trabalho para que tipo de sociedade ? Você está construindo com seu trabalho um mundo insustentável ou sustentável ? Falar do empobrecimento do povo brasileiro não é apenas fazer referência ao crime socioambiental de nossa péssima distribuição de renda. Mas o empobrecimento dos que ganham bilhões seja em que moeda for à custa de bilhões de seres humanos empobrecidos, tratados como coisas, objetos e seres inferiores. Nossa espécie humana tem esta "tecnologia de degradação": promovemos seres humanos em seres superiores e inferiores. Enquanto vivermos degradando nossa própria espécie não vencerá nenhuma copa do mundo, olimpíada ou campeonato de futebol que não seja sinônimo de empobrecimento humano. A quem interessa empobrecermos nossa própria espécie, nosso ambiente de vida ?


   Aquele velho ditado: " Diga-me com quem andas e eu te direi quem és" inspira-nos uma outra questão: " diga-me de onde vem a base material de sua sobrevivência e eu lhe direi a sociedade e o mundo que defendes".


    A economia da sociedade sustentável é a economia solidária. Solidária porque se não houver atitudes individuais e coletivas que trabalhem em defesa do ser humano e da vida e de um ambiente com melhores condições e qualidade de vida, vamos produzir cada vez mais degradação.


   A certeza de que podemos vencer a crise ambiental surge de cada pessoa, grupos, instituições que colocam os princípios da vida e da conquista de um meio ambiente sadio como prioridade. Este trabalho é sustentável. Assim estaremos em sintonia com nossa individualidade e singularidade humana e todo ambiente.

EVENTO MEIO AMBIENTE


POPULAÇÃO DE TRÊS MARIAS EM DEFESA DA JUSTIÇA AMBIENTAL


 Foto: Três Marias Rio São Francisco 


      Dia 02 de outubro de 2009, dia do nascimento de Gandhi, antevéspera do dia de São Francisco de Assis, patrono do Velho Chico, cerca de 350 pescadores, Sem Terra, sindicalistas e representantes de Movimentos populares e da Via Campesina - membros da Articulação Popular em defesa do rio São Francisco - promoveram manifestação na cidade de Três Marias, MG, às margens do Velho Chico e no portão de entrada da Votorantim Metais.
   - Às 6:00h da manhã, após concentração na beira do rio São Francisco, iniciamos uma marcha, atravessando a ponte da BR 040, que está logo abaixo da barragem de Três Marias. Em frente à Votorantim Metais a BR 040 foi bloqueada durante 30 minutos. Após, aconteceu um Ato Público durante duas horas no portão de entrada da Votorantim Metais, onde com faixas, gritos de luta e através de pronunciamento de muitas lideranças e pescadores foram denunciadas as agressões que a Votorantim vem provocando no rio São Francisco há 40 anos. No MANIFESTO. Assinado por 22 movimentos populares e sindicatos, distribuído à população consta, por exemplo, que:
a) - A Votorantim é uma das principais empresas responsável pela poluição do rio São Francisco com metais pesados. Desde o final de 2004 já morreram 200 toneladas de peixes, principalmente surubins adultos contaminados por rejeitos tóxicos lançados pelo processamento de zinco da Votorantim Metais. Só de óxido de Zinco a produção chega a 110 toneladas por dia com 600 dólares de lucro por tonelada. A empresa vende esse produto, principalmente, para Pirelli, Michelin e outras indústrias de pneus que infestam as cidades de automóveis, prestando culto à automovelatria (carrolatria). Além de matar, diretamente, os peixes e, indiretamente, pescadores, causar devastação ambiental e social, a Votorantim infernaliza a vida nas cidades.
b) - A Votorantim Metais começou a operar em 1969 e por 14 anos lançou seus rejeitos minerários diretamente no rio São Francisco. Somente em 1983 foi construída uma barragem de contenção de rejeitos. Mas para facilitar a vida da empresa, a barragem foi construída na barranca do rio na cidade de Três Marias! Os metais pesados, através da infiltração, continuaram a se acumular no leito do rio. Hoje existe no fundo do rio um metro e meio de lama tóxica. Quando as comportas da barragem de Três Marias são abertas essa lama é revolvida contaminando ainda mais a água e os peixes. A poluição industrial da Votorantim Metais sempre esteve no cerne da contaminação das águas do Rio São Francisco. Por isso, os órgãos ambientais – os que não se vendem – exigiram a desativação da primeira barragem. Umas segunda foi construída pela empresa, mas de forma irregular, desrespeitando normas técnicas exigidas pelos órgãos ambientais. Continuou ocorrendo infiltração e a segunda barragem também foi reprovada. Em 2005 a empresa comprometeu-se em construir uma terceira barragem e cumprir mais 25 TACs – Termo de Ajuste de Conduta. A poluição continua, e não se tem informação sobre o cumprimento dos termos.  (por F. Gilvander)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

MEIO AMBIENTE É CULTURA



2ª Conferência Municipal


 de Cultura

A 2ª Conferência Municipal de Cultura em Belo Horizonte, será realizada nos dias 16,17 e 18 de Outubro, e tem como tema:

CULTURA, DIVERSIDADE, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO
Informações:
Fundação Municipal de Cultura – 3277 4620



sábado, 26 de setembro de 2009

BIODIESEL 2

 
Foto: Francis José
                          A mamona (Ricinus communis L.) é uma das principais matérias primas para a produção do biodiesel no Brasil.  Na região nordeste é comum encontramos as plantas até mesmo na zona urbana como demonstrado nesta foto.

VANTAGENS DO BIODIESEL

  Além do aproveitamento total da planta, a principal vantagem é a geração de empregos em grande escala para pequenos agricultores e cooperativas.  Para o país é muito importante o êxito desse programa, porque deixaremos, daqui a algum tempo, de importar petróleo, mantendo, aqui no Brasil, nossas reservas monetárias.
  Para o meio ambiente, embora não esteja isento de causar alguns danos, haverá um ganho de qualidade do ar, pois polui muito menos e não aumenta a quantidade de CO2 (dióxido de carbono) que é hoje, o grande vilão do efeito estufa - o aquecimento do planeta causado pela emissão de gases poluentes.
 Para as comunidades locais, será de extrema importância, unindo-se em torno de um projeto único de construção de cidadania e riqueza, através da possibilidade de se conquistar uma melhor qualidade de vida.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

PROJETO SOBRE TERRAS NA AMAZÕNIA LEGAL BRASILEIRA


- A Amazônia Legal é uma área que engloba nove estados brasileiros pertencentes à Bacia amazônica e, conseqüentemente, possuem em seu território trechos da Floresta Amazônica. Com base em análises estruturais e conjunturais, o governo brasileiro, reunindo regiões de idênticos problemas econômicos, políticos e sociais, com o intuito de melhor planejar o desenvolvimento social e econômico da região amazônica, instituiu o conceito de Amazônia Legal. uma superfície de aproximadamente 5.217.423 km² correspondente a cerca de 61% do território brasileiro.
- A Amazônia Legal Brasileira é formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e grande parte dos estados do Maranhão e Mato Grosso.

Características Gerais
A Amazônia brasileira constitui 60% de toda a região amazônica (Pan-Amazônia);
- possui o maior rio do mundo, o Amazonas, cuja extensão é de cerca de 6500 km;
- possui o ponto mais alto de todo o território brasileiro, o Pico da Neblina;
- abriga a maior diversidade de fauna e flora do planeta;
- abrange uma superfície equivalente a mais de 30 países da Europa;
- possui a maior reserva mineral do planeta;
- abriga mais de 20 milhões de habitantes.

PROJETO LIMITA VENDA DE TERRAS A ESTRANGEIROS

- A soma de terras nas mãos de estrangeiros não poderá ultrapassar a 10% das superfícies dos municípios da Amazônia Legal, segundo projeto de lei finalizado pelo governo e no aguardo do presidente Lula para ser enviado ao Congresso. Hoje o limite é de 25% em todo o país, inclusive na Amazônia. ( www.kaxiana.com.br)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

SENADORA MARINA SILVA HOJE NO RODA VIVA DA TV CULTURA


Foto: Senadora Marina Silva

- Segunda dia 21 de setembro, a partir das 17h30, o Roda Viva com Marina Silva sera exibido ao vivo na internet pela IPTV Cultura contando com todos os recursos da transmissão participativa: três transmissões simultâneas de diferentes ângulos do programa (a entrevista em si, os bastidores e o acompanhamento do trabalho do cartunista Paulo Caruso), participação do internauta por meio de um canal de bate-papo e do twitter, contextualização do tema em debate com acervo da TV e Rádio Cultura, cobertura colaborativa de twitteiros (convidados que enviam suas impressões do programa por meio de ferramenta de troca de mensagens intantâneas) e fotógrafo do Flickr.

- A câmera de bastidor é ativada às 17h30 para acompanhar a chegada dos convidados à emissora e, durante os intervalos e ao final do programa leva ao entrevistado as perguntas dos internautas. A entrevista no estúdio do Roda Viva tem início às 18h30, quando o internauta passa acompanhar o programa que será exibido na TV Cultura e também o trabalho do cartunista Paulo Caruso.

- No mesmo dia, a entrevista é exibida na televisão às 22h10 sem edição ou cortes e é reprisada na semana seguinte, na madrugada de segunda-feira, ou seja, de domingo para segunda, às 00h00.

sábado, 19 de setembro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

JUSTIÇA AMBIENTAL - ATITUDE FRENTE AO AQUECIMENTO GLOBAL








- A Justiça Ambiental é baseada na atitude em defesa da vida e do meio ambiente. Todos sabemos o crime ambiental do aquecimento global. Pessoas, instituições, governos se informam sobre como a vida dos seres humanos e o meio ambiente estão sofrendo com o aquecimento global. Conferências se multiplicam. Ações, campanhas só atestam a gravidade do problema.
A mudança dos padrões de produção e consumo estão descritas como urgentes em todos documentos ambientais aprovados recentemente pela ONU no que diz respeito ao caminho que devemos seguir para vencermos a crise ambiental.
Nosso Jornal Oecoambiental busca difundir as informações socioambientais implantando a Agenda 21, porque temos a consciência de que a informação ambiental salva vidas. Ações individuais não bastam. Necessitamos além da ação individual, fortalecermos nossas ações coletivas. Difundirmos as informações e buscarmos nos unir cada vez mais para vencermos esta crise. A força continua sendo a união, mobilização e atitude da sociedade civil no Brasil e no mundo.

Divulgamos acima um vídeo de uma campanha sobre a Justiça Ambiental no que diz respeito ao clima da Terra. Fazemos votos que não se trate apenas de mais um show televisivo. Que possamos ir compreendendo a gravidade da situação socioambiental no Brasil e no mundo. E que possamos de fato unir pessoas e atitudes para vencermos e conquistarmos justiça socioambiental para todos.

"O relógio está andando. Em dezembro deste ano, as Nações Unidas se reunirão para decidir sobre a substituição do Protocolo de Kyoto, num acordo que irá determinar o futuro do nosso planeta em relação à crise climática. Hoje as pessoas ao redor do mundo estão morrendo, resultado das alterações climáticas, e sem a nossa ação coletiva, isto irá continuar."

"Justiça climática é para aqueles que hoje ou amanhã serão vítimas da mudança climática. E isso é para todos.
É justiça para as centenas de milhares que morrem todos os anos devido às alterações climáticas, para aqueles cujas comunidades e as economias estão arruinadas pelos ciclones, inundações, secas e plantações devastadas.
É justiça para os jovens e as gerações futuras, que enfrentarão maiores catástrofes se algo não for feito hoje. É para todos, porque todos serão afetados, algum dia cada vez mais próximo.
Então porque estamos falando sobre isto agora e o que podemos fazer? Para começar, para aprender mais sobre Copenhagen 2009, que é a nossa próxima oportunidade real para abordar o problema do clima, onde todas as nações do mundo se reunirão, para encontrar uma solução para o problema. Mas, devido à visível falta de comprometimento das pessoas que nos representam, precisamos pressioná-los a fazer alguma coisa. O objetivo é fazer com que os governos prestem atenção, ouçam o povo e façam mudanças reais. E com a sua ajuda, podemos fazer isso acontecer." (tck tck tck -time for climate justice.org)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

MEIO AMBIENTE É CULTURA

*PARA VISUALIZAR TEXTO É SÓ CLICAR NO CARTAZ

JUSTIÇA AMBIENTAL

Foto: divulgação
As reservas de desenvolvimento sustentável Mamirauá e Amaná juntamente com o Parque Nacional do Jaú formam o maior bloco de floresta tropical protegida do mundo, totalizando cerca de seis milhões de hectares, uma área maior do que a Suíça.

" Conservação ambiental e direitos multiculturais:

reflexões sobre Justiça"



- Recebemos da Rede de Educação Ambiental este resumo deste excelente trabalho de Ana Beatriz Vianna Mendes - sua Tese de Doutorado pela UNICAMP/NEPAM
Parabenizamos você Ana Beatriz. Esperamos poder agendar uma palestra sua aqui em BH.
- A Justiça Ambiental é uma conquista da sociedade civil. Acreditamos que é fundamental difundirmos estas informações para que possamos avançar na defesa e conquista de melhores condições socioambientais para todos.
- Agradecemos a Rede de Educação Ambiental e a você Ana Beatriz pelo seu importante trabalho. Muito obrigado e um grande abraço.


RESUMO

- Sob um prisma interdisciplinar, focado nas ciências humanas, este trabalho se dedica ao estudo de situações de ação que ocorreram em áreas destinadas à conservação ambiental. Selecionamos unidades de conservação (UCs) que carregam pressupostos distintos em relação à possibilidade de conservação ambiental e presença humana: o Parque Nacional do Jaú e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, ambos situados no Amazonas. A análise de situações de ação observadas nestas UCs, a partir da ótica do pluralismo jurídico, permitirá discutir se e como as normas positivadas pelo Estado são impostas e como são manipuladas, negociadas e subvertidas no âmbito local.
- Tais situações de ação não envolvem apenas questões de direitos e deveres socioambientais vistos sob a ótica jurídica estatal - trata-se aqui da sobreposição de dois bens tutelados constitucionalmente: meio ambiente e diversidade cultural. Elas nos levam a refletir também sobre a importância e os limites do conhecimento científico, do direito positivado e do próprio Estado como entes legítimos para definir e gerir as políticas públicas brasileiras, notadamente as destinadas à proteção ambiental e à proteção da diversidade cultural.
- A partir do reconhecimento de que o direito estatal não tem monopólio dos Direitos que regem a sociedade, e de que a ciência não tem o monopólio da verdade, este trabalho desnuda algumas fragilidades nas formas modernas de conhecimento e de juridicação, evidencia a crise das instituições estatais na criação, legitimação e efetivação de direitos e políticas públicas, e ressalta a importância da participação dos grupos sociais locais para a definição das regras e acordos socioambientais e, em última medida, para a efetivação da democracia.

- Palavras-chave: Proteção ambiental; Diversidade cultural; Pluralismo jurídico; Políticas públicas; Amazônia - conflitos sociais.
(Ana Beatriz Vianna Mendes - Doutora em Ambiente & Sociedade NEPAM/UNICAMP)

sábado, 12 de setembro de 2009

BIODIESEL I

Foto: Francis José
A mamoeira está praticamente em todo território nordestino
pois esta região tem um clima favorável para o seu desenvolvimento.




O QUE É BIODIESEL ?

- É um composto produzido a partir de plantas oleaginosas, por exemplo, o pinhão manso e a mamona. Também pode ser produzido a partir da utilização do óleo comestível usado em restaurantes, bares e lanchonetes no preparo de frituras.
- Esse óleo vem sendo jogado, permanentemente, nos esgotos e torna-se um grande poluidor da rede sanitária urbana.
- O biodiesel pode ser usado em automóveis, caminhões, ônibus, tratores, geradores, caldeiras e motores em geral que, hoje, consomem o óleo diesel derivado do petróleo.

- QUE BENEFÍCIOS O BIODIESEL TRAZ PARA A NATUREZA ?

- Ele é bem menos poluente que o diesel do petróleo. Produz muito menos fuligem, não aumenta o índice de CO2 (gás carbônico) e outros poluentes que estão presentes na nossa atmosfera, tornando o ar ruim para a nossa respiração e para a vida do planeta.

- Além do mais, é um combustível produzido a partir de uma fonte renovável (biomassa) que são nossas plantas e, sendo assim, poderemos sempre produzí-lo sem causar danos à natureza.

- POR QUE O BIODIESEL ?

- Porque ele exige pequenas alterações nos motores para funcionar bem.
- O nosso sistema de transporte de carga e passageiros é baseado em caminhões e ônibus a diesel principalmente, então podemos utilizá-lo sem maiores problemas nos motores que temos hoje.
- Estamos falando de ônibus urbanos, caminhões, tratores, caldeiras, máquinas industriais e geradores a diesel, pois o biodiesel tem a mesma qualidade e eficiência do diesel do petróleo, até mesmo quando utilizado puro, sem mistura nenhuma.
- Ele é mais seguro de ser armazenado, transportado e usado, pois tem menor risco de explosão.
- Para a produção do biodiesel é preciso utilizar uma boa quantidade de etanol (álcool) - que o Brasil também produz com fartura.

- O BIODIESEL É BOM PARA O MOTOR ?

- Excelente! Tanto que os primeiros motores movidos a óleo funcionavam com óleo de amendoim. Qualquer motor que hoje funciona a diesel pode operar com a mistura do biodiesel ao diesel do petróleo, sendo que, em alguns países, a proporção dessa mistura já chega a 13% de biodiesel.

- BENEFÍCIOS PARA OS PEQUENOS PRODUTORES

- É importante a adoção de um modelo de produção e beneficiamento do biodiesel que não admita a concentração nas mãos de poucos agricultores e usinas, assim vamos gerar emprego e renda.

- Existem várias possibilidades de produtos e negócios gerados na produção do biodiesel: resíduo das sementes esmagadas para a extração do óleo, após a retirada de toxinas presentes, é usado como adubo orgânico ou como ração animal.

- Para virar biodiesel, extrai-se do óleo a glicerina, que deve ser aproveitada para a produção de gás combustível em biodigestores ou ser utilizada nas fábricas de sabão.

- Todos os produtos gerados pelo biodiesel têm mercado garantido.

( "Promovendo o desenvolvimento - uma solução para geração de emprego e renda no Estado de Minas Gerais" - Dep. Carlos Gomes PT-MG)




sexta-feira, 11 de setembro de 2009

ÍNDIOS SURUÍ (RO) - AMAZÔNIA

Foto: líder indígena Almir Suruí

DEVASTAÇÃO NA FLORESTA
INDÍGENA

SETE DE SETEMBRO DOS
ÍNDIOS SURUÍ (RO)

- " O Brasil celebrou neste domingo, sete de setembro de 2009, mais um dia de sua independência. Mas, nem tudo é independência na história de um povo indígena habitante da Amazônia brasileira, onde os desmatamentos e as queimadas ameaçam e destroem semanalmente milhares de hectares da maior e mais rica floresta tropical do planeta. A história da dependência ao medo, às ameaças e à riqueza fácil dos índios Suruí, de Rondônia, é contada de forma dramática pelo líder indígena Almir Narayamoga Suruí, coordenador da Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí, do município de Cacoal (RO)." ( www.kaxiana.com.br)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

MARCHA INTERNACIONAL CONTRA O AQUECIMENTO GLOBAL

Casa destruída pela tempestade em Guaraciaba (SC)
(Foto: Sistema 103 de Rádios)


Chefe da ONU alerta para futuro terrível sem acordo climático


Ter, 11 Ago, 08h17

SEUL (Reuters) - O fracasso em agir rapidamente para combater as mudanças climáticas pode provocar o aumento da violência e uma grande instabilidade no mundo, uma vez que os padrões climáticos globais mudam drasticamente, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, nesta terça-feira.


- "Se nós falharmos em agir, a mudança climática vai intensificar as secas, as enchentes e outros desastres naturais", disse Ban em um fórum próximo de Seul que acontece semanas antes de uma conferência do próprio secretário-geral sobre as mudanças climáticas, em setembro.

- "A falta de água vai afetar centenas de milhões de pessoas. A subnutrição vai tragar grandes partes do mundo em desenvolvimento. As tensões vão piorar. A instabilidade social -- incluindo a violência -- pode acontecer", afirmou Ban no evento em Incheon.

- As emissões de gases causadores do efeito estufa são consideradas a principal causa para o aquecimento global. Os países vão se reunir em Copenhague em dezembro para trabalhar em um novo acordo climático global para reduzir as emissões que substituirá o Protocolo de Kyoto, que termina em 2012.

- Ban, que considerou a mudança climática um tema fundamental para a humanidade, pediu que líderes mundiais atuem rapidamente para que um acordo possa ser alcançado em Copenhague.

- Esta semana representantes de 180 países se reúnem em Bonn, Alemanha, para negociar sobre o clima, em meio a alertas de que o tempo está passando para que um acordo bastante completo seja concretizado até o fim do ano.

(Por Jon Herskovitz; com reportagem de Alister Doyle em Bonn)




O Jornal Oecoambiental recebeu da SOS CLIMA DA TERRA este comunicado:


12/12/2009

MARCHA INTERNACIONAL POR JUSTIÇA CLIMÁTICA E
CONTRA O AQUECIMENTO GLOBAL!!!



-- Teremos em 100 paises,dentro deles em centenas de cidades, a V grande Marcha Internacional por Justiça Climática e Contra o Aquecimento Global. O dia 12/12/2009 acontece no meio da CoP 15 de Clima da ONU e esta ediçao especifica da CoP de Clima da ONU é a ultima grande oportunidade de CONSTRUIRMOS o NOVO TRATADO DE CLIMA MUNDIAL que vai substituir o TRATADO DE KYOTO.

- É fundamental que forcemos os paises ricos ,em especial os EUA,a ter responsabilidade climática e REDUZIR IMEDIATAMENTE AS SUAS EMISSOES DE GASES DE EFEITO ESTUFA. POR FAVOR SE INSCREVAM(é gratuito) IMEDIATAMENTE NO SITE E COMECEM A ORGANIZAR A MARCHA NO SEU MUNICIPIO!!!Nós forneceremos materiais de midia e logistica para a divulgaçao com a sua imprensa local.

- REPETIMOS: POR FAVOR SE INSCREVAM IMEDIATAMENTE NO SITE E COMECEM A ORGANIZAR A MARCHA NO SEU MUNICIPIO!!!

- Em breve traremos mais info aqui,e voces podem, uma vez inscritos, mandar duvidas via email.


Saudações,

SOS CLIMA TERRA