quarta-feira, 18 de março de 2020

O CORONAVÍRUS E O MEIO AMBIENTE

EDITORIAL


O CORONAVÍRUS E O MEIO AMBIENTE

     A humanidade está tendo que aprender pela dor, pelo sofrimento, vivenciar o descaso de muitos governos com o meio ambiente. Felizmente existem pessoas, grupos, na sociedade civil que há muito vêm alertando os governos sobre as ações predatórias que vêm sendo realizadas com relação aos seres humanos e o meio ambiente, do qual fazemos parte.
     As relações socioambientais (dos seres humanos entre si, nas sociedades inseridas no meio ambiente) estão sendo levadas a uma reflexão e a transformações bruscas de atitudes.
   O coronavírus questiona governos, as tecnologias, os costumes, as culturas, a vida cotidiana, crenças, convivências sociais, economias, políticas, sociedades. Não há como negar que o coronavírus é um problema socioambiental. Pois se não saímos de casa é porque não apenas seres humanos estão contaminados, mas as cidades. A limpeza do meio ambiente, das moradias, das cidades está sendo questionada. Mas o mundo continua incentivando o consumo  sem limites, sujando rios, águas, oceanos, poluindo com lixo, resíduos sólidos as cidades, utilizando de forma indiscriminada agrotóxicos, que agridem a saúde humana há tempos. Realidade que vem gerando inúmeros desafios para a humanidade, gerando conflitos socioambientais, multidisciplinares. Podemos argumentar de várias formas sobre como o coronavírus surgiu, o que não podemos dizer é que não é um dos maiores problemas socioambientais que a humanidade está enfrentando.
    Com certeza o pânico não é um bom caminho. Mas o mundo não é e nem será o mesmo durante e pós o coronavírus. A sustentabilidade é a palavra da vez. Como ser sustentável diante uma crise de tamanha envergadura?
  Baseando-se no princípio que a sustentabilidade está fundamentada na valorização dos seres humanos, do meio ambiente, ainda o mundo tem que aprender muito a se defender. Pois a fragilidade humana, sempre foi colocada a prova pelas forças da natureza. Seja nas conseqüências das mudanças climáticas, com mudanças bruscas de temperatura, seja nos surgimento de epidemias, agora pandemias.
   Uma questão que nós, que trabalhamos inseridos no meio ambiente fundamentados no princípio da precaução, da Agenda 21, do Artigo 225 da Constituição brasileira, buscando difundir informações que salvam vidas, que visam valorizar os seres humanos, o meio ambiente é que os problemas socioambientais atingem a coletividade. Não apenas alguns segmentos da sociedade, mas todos os seres humanos. Sabemos que, sobre a vulnerabilidade ao coronavírus, dos mais velhos, no caso do Brasil, que são os mais velhos pobres que sofrem e sofrerão muito mais com as conseqüências de mais este problema socioambiental. Os problemas de meio ambiente penalizam muito mais os mais pobres. Não só no Brasil, mas no mundo. Com a grande diferença que no Brasil os mais velhos não são tratados com o respeito e a valorização que merecem como no caso da reforma da previdência isto ficou evidente. Ao contrário de algumas culturas chinesa, orientais, africanas, dentre outras, por exemplo, onde os mais velhos são respeitados. Agora temos que nos educar para enfrentar a crise pandêmica, mesmo em um país em que o professor de escola pública recebe tão mal e é tão desvalorizado. O corona precisa ser vencido com educação, a mesma que formam médicos, permite a ciência buscar evoluir, mas sabemos que o professor não é valorizado como deveria no Brasil.
   Chegamos a um patamar destes conflitos em que as camadas mais abastadas, ou ricas economicamente, estão sendo afetadas sem que o dinheiro, ou as tecnologias consigam deter a virulência.  Quem dera o mundo combatesse a miséria, a fome, a exclusão socioambiental dos mais pobres com a mesma mobilização de agora. Podemos vencer o coronavírus? Acreditamos que sim, mas como será o mundo pós corona? Os governos, os tomadores de decisão, que governam através dos Estados às sociedades, em grande parte insustentáveis, continuarão tratando os problemas e conflitos socioambientais com o mesmo descaso? Se o vírus corona não for contido como será a situação da Europa nas mudanças bruscas de clima que o mundo vem sofrendo?  O coronavírus resiste ao calor? As pessoas ficarão em casa mesmo no verão Europeu, que vem batendo recordes de aquecimento e calor? E no Brasil como será nossa situação, que já convive com epidemias como dengue, sarampo, outros vírus gripais, além do coronavírus no inverno? Sabedores que somos que o Brasil é uma das sociedades de pior distribuição de renda do mundo? Será que efetivamente os mais pobres serão tratados da mesma forma que uma grande empresa que vem dando férias coletivas, fechando as portas, subempregando ainda mais parcelas crescentes da população?  Mas como ficará a saúde, a vida econômica, socioambiental da maioria dos que trabalham subempregados?  Fica a pergunta: qual a importância será dada aos problemas, conflitos socioambientais, ao meio ambiente pós coronavírus ?

domingo, 9 de fevereiro de 2020

BLOCO LIBERDADE E ÁGUA LIMPA TRAZ NO CARNAVAL BH 2020 -- O ENREDO - SOMOS TODOS AMAZÔNIA

BLOCO LIBERDADE E ÁGUA LIMPA 

                 CARNAVAL BH 2020

                            SOMOS TODOS AMAZÔNIA    

                                  

   O Bloco Liberdade e Água Limpa   saiu pela primeira vez no bairro de Santa Efigênia em Belo Horizonte no carnaval BH 2015, reunindo amigos que praticam capoeira – a maioria Capoeira Angola, trabalham nas áreas de educação, cultura e meio ambiente, congregando a população jovem e adulta.  O bloco leva em seus carnavais, mensagens de felicidade, harmonia  e valorização de nossa cultura popular procurando sensibilizar as pessoas e instituições para a importância da união de todos na construção da sustentabilidade.  Da valorização da pessoa humana e do meio ambiente.
   O Bloco Liberdade e Água Limpa realiza suas Rodas de Samba de Raiz nas comunidades de BH, abre espaço de participação da população gratuitamente nos seus  ensaios e visa valorizar a cultura Afrobrasileira, dos Povos Indígenas e Comunidades tradicionais.  Com ritmos que vão do Samba, Samba de Roda, Axé, Marchinhas, tendo entre seus componentes representantes até do Reggae.  Vêm trazendo alegria as comunidades por onde passa ou realiza suas rodas de samba.
   O bloco está cadastrado na Prefeitura de BH para este carnaval 2020, realizou cerca de cinco reuniões com a Prefeitura onde definiu seus desfiles no carnaval  2020 do BLOCO LIBERDADE E ÁGUA LIMPA em Belo Horizonte:
- Dia 22 de fevereiro de 2020 sábado de carnaval  - às 13h  concentração na Praça do México no bairro Concórdia, onde seguirá até a rua Tamboril com Jundiaí.
- Dia 25 de fevereiro – terça-feira – concentração às 9h da manhã na rua dos Otoni com Manaus no Bairro de Santa Efigênia até a av. Brasil.
   Como atividade do carnaval o bloco está convidado a participar de eventos em BH e realizará um evento de Plantio de árvores em BH com um nome sugerido por uma simpatizante do nosso bloco – chamado de dia do PLANTIO DAS ÁGUAS  ( a valorização das águas sem poluição, das árvores, do meio ambiente é que permite e permitirá as presentes e futuras gerações , manter nossa sobrevivência como espécie humana) . Para este evento participarão integrantes do bloco, apoiadores. Toda  a população de BH está convidada a se fazer presente conosco .  Este é um evento simbólico de construção da sustentabilidade durante o carnaval como forma de sensibilizar a população sobre a importância de preservação e cuidado em manter nossas Águas Limpas como nossas nascestes de água que abastecem a região metropolitana de BH, bem como em MG onde temos o perigo constante do rompimento de barragens que degradam o meio ambiente. Mas através de nosso bloco, nossa mensagem é de felicidade e crença na capacidade de nós seres humanos revertermos este quadro de degradação.
   Neste carnaval 2020 o enredo do bloco é “Somos todos Amazônia” – buscando levar à população uma reflexão e conscientização de que BH, MG e o Brasil estão ligados à preservação da Amazônia, uma vez que ela regula o regime de chuvas no país. Chuvas que abastecem dos cursos de água, que saciam nossa sede. Os desequilíbrios climáticos que o Brasil e o mundo vêm sofrendo, como as recentes chuvas torrenciais em BH, estão ligados à ação predatória de seres humanos,  que desestabiliza o meio ambiente e penaliza a população, principalmente mais pobre,  com chuvas torrenciais em curto espaço de tempo ou com as nevascas nos países do norte, ou queimadas como na Austrália, dentre outros problemas socioambientais no Brasil e no mundo.
ABADÁ DO BLOCO LIBERDADE E ÁGUA LIMPA NO CARNAVAL BH 2020
     Nossos abadás - embora nosso enredo vise educar a população para a importância de preservação de nossas águas e nascentes limpas, do meio ambiente e da construção da sustentabilidade, através da cultura e felicidade, nosso Bloco Liberdade e Água Limpa, não conseguiu nenhum apoio financeiro da prefeitura de BH. Esperamos contar com o apoio da população para aquisição de nossos abadás que são nossa fonte de recursos para realizarmos nossos desfiles neste carnaval 2020 com nosso enredo SOMOS TODOS AMAZÔNIA. 

  Carnaval combina com alegra, descontração e valorização dos seres humanos, de  nossas raízes culturais, como a capoeira, o samba, os ritmos afros com o  Axé, Reggae e  nossas melhores raízes culturais  milenares  que faz do carnaval a maior festa popular do mundo.
   Todos que apreciam os ritmos Afrobrasileiros, a capoeira, o samba, nossas raízes culturais estão convidados a desfilar conosco trazendo valorização, certeza de conquista de melhores dias na convivência dos seres humanos entre si e com o meio ambiente.
    Convidamos a população jovem e adulta e estarem conosco em nossos eventos culturais e nos desfiles dos dias 22 e 25 de fevereiro no carnalval BH 2020.
  Sejam bem vindos população jovem e adulta, seus amigos e familiares.
    Saudações do BLOCO LIBERDADE E ÁGUA LIMPA....

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM VANTUIR GALDINO - FUTEBOL E QUALIDADE DE VIDA





FUTEBOL E QUALIDADE DE VIDA


  O futebol bem jogado, como toda a prática sadia de esporte, contribui na melhoria da qualidade de vida da população.  Conquistar uma melhoria da qualidade de vida tem tudo a ver com meio ambiente. Diz respeito à valorização dos seres humanos. O que de bom realizamos.  A experiência de profissionais vitoriosos como Vantuir, um grande jogador que atuou no Clube Atlético Mineiro, tem muito a ensinar as novas gerações do futebol brasileiro. Num momento em que o futebol brasileiro precisa reencontrar sua arte e genialidade que sempre foi respeitada em todo o mundo.   
   O Jornal Oecoambiental entrevistou com exclusividade o jogador Vantuir Galdino Ramos, (Vantuir), que alcançou destaque como quarto zagueiro atuando pelo galo onde foi campeão mineiro em 1970 e brasileiro em 1971, no time comandado pelo técnico Telê Santana.
  Começou sua carreira na várzea, na região da Concórdia em Belo Horizonte, no mesmo campo, que em várias gerações, vem revelando craques como o Bruno Henrique. Jogou pelo Acesita do Vale do Aço – MG. Fez parte de uma das melhores defesas do galo em toda sua história. Pela qualidade de seu futebol foi convocado e defendeu a seleção brasileira. Atuou como técnico em vários clubes como no próprio Atlético e na Arábia Saudita no Au-Hilau.
   A dedicação aos treinos a responsabilidade com que encara o futebol, e o aprendizado na convivência humana são virtudes que o bom futebol pode proporcionar. 

"Nós saíamos do campo onze e meia, meio dia. Vários treinamentos. Um monte de treinamento, mas todo mundo com alegria, com satisfação."


  
“ Me perguntavam como eu ia parar o Pelé. Eu ficava uma semana em casa, riscando um papel para ver como eu ia parar o Pelé. Sempre tive a felicidade, a sorte de marcá-lo em cima. Eu não deixava ele receber a bola. Porque se ele recebesse aí não tinha jeito. Então eu falava com os jogadores: “não deixa receber, não deixa ele receber”. (Vantuir)



Acompanhe alguns trechos da primeira parte da entrevista exclusiva de Vantuir ao Jornal Oecoambiental:

Jornal Oecoambiental: Vantuir, conte um pouco de sua história.

Vantuir: Eu comecei a jogar futebol através de um amigo que me colocou no Atlético. O Barbatana me mandou embora da categoria de base porque eu briguei com um jogador lá do júnior e para minha sorte, logo em seguida, apareceu o Yustrich. Depois veio aquele que me ajudou e me colocou na mídia que foi o Telê Santana. Esse eu não esqueço, pode ter certeza. E nós jogamos, trabalhamos, jogamos com seriedade. Conquistamos o campeonato brasileiro. Depois disso todo o time foi desmantelado. Em 98 quase que nós chegamos ao título, quando o São Paulo tirou da gente o título do campeonato brasileiro.  Mas jogamos bem. O time foi muito bem. Eu penso que naquela época o Atlético era um time muito bom, responsável e todos os jogadores procuravam fazer o máximo, darem o máximo de si. Tínhamos um técnico altamente competente.

Jornal Oecoambiental:  Você no futebol começou no Acesita?

Vantuir: Eu comecei na várzea em Belo Horizonte aqui na Concórdia.

Jornal Oecoambiental  : No profissional o técnico era o Yustrich? Ele tinha fama de durão.

Vantuir: Tinha não, ele era durão, mas era honesto. Uma pessoa muito capacitada, muito exigente. Exigia bastante dos jogadores. E eu fui feliz em relação a isso, porque eu era mais rebelde. Ele foi me podando. Ele me perguntou: “o que você fez lá que eles te mandaram embora?” Porque eles me suspenderam dez dias. Aí eu falei um palavrão pra ele e ele chegou o dedo no meu nariz e disse: “aqui não, aqui você não fala isso não”. Eu fiquei tremendo porque ele tinha quase dois metros de altura. Ai fiquei no galo, porque eu treinava como louco. Eu ele saiu e veio o Telê.

Jornal Oecoambiental: Era na Vila Olímpica ?

Vantuir: Exatamente, na Vila Olímpica veio o Telê. Pra minha sorte. Aí o sol abriu pra mim mesmo. O Telê falou que eu ia jogar de zagueiro.  Treinava bastante. Eu era lateral esquerdo.  Ele me disse: você vai jogar de zagueiro.” Eu disse: “eu não vou não, sou lateral esquerdo, não jogo de zagueiro não”. Ele disse: “joga, você vai jogar.” Ele foi falando comigo que eu era bom. Falei, “sim vou jogar, mas a responsabilidade é do senhor, está certo? Ele falou assim: “pode contar comigo, não tem problema não”. Aí eu joguei contra o Vila Nova, fui o melhor em campo. Comecei a ganhar prêmios. Tenho um monte de troféus. Teve um dia que eu estava jogando no campeonato brasileiro. Meu nome já estava grande. Aí o Telê disse: “você vai voltar para a lateral esquerda agora.” Aí eu disse: “de jeito nenhum chefe, o que que é isso ?”“. Ele morreu de rir. Mas era uma pessoa espetacular. Estas duas pessoas eu não esqueço. O que fizeram por mim: o Telê Santana, o primeiro foi o Yustrich. E meus amigos velhos que eu tenho: Piazza, Tostão, Zé Carlos, pessoas que me ajudaram também. Pìazza, Tostão e Dirceu Lopes, precisa ver o que fizeram comigo na seleção brasileira. São pessoas que quando eu vestia a camisa  eram inimigos. Mas quando estava sem a camisa do time eram amigos. Grandes amigos hoje. Sou muito grato a estas pessoas.

Jornal Oecoambiental: Você era quarto zagueiro não é isso?

Vantuir: Sim, quarto zagueiro.

Jornal Oecoambiental: Parece que foi uma das melhores defesas em toda a história do galo.

Vantuir: É eles falam. Eu fico calado. O Luisinho também foi um bom jogador. Um bom quarto zagueiro. Mas havia uma diferença entre a gente na parte técnica. O Luisinho era muito técnico. Eu era muito forte. Eu tinha uma recuperação gigantesca. O Luisinho não tinha. Eu cabeceava muito melhor que o Luisinho. O Luisinho cabeceava pouco, mas o Luisinho tinha uma habilidade gigantesca em relação a mim. Se nós jogássemos juntos, seríamos quase que perfeitos no Atlético. Ele fez um trabalho espetacular, o Luisinho, e eu também fiz um bom trabalho.

Foto: Equipe campeã brasileira do galo 1971 - Foto Jornal Oecoambiental

Jornal: E esta época foi também do título do galo campeão, não foi?

Vantuir Oecoambiental: Campeão mineiro e nacional. Mas isso com Telê Santana, um cara que chegava a oito e meia da manhã. Nós saíamos do campo onze e meia, meio dia. Vários treinamentos. Um monte de treinamento, mas todo mundo com alegria, com satisfação.

Jornal: Conte um pouco a história do título nacional do galo em 71.

Vantuir: O Telê formou o time e não falou nada que a gente seria campeão. E nós acreditamos nele. Nós que eu falo, eu e os outros jogadores, Grapete, Humberto Monteiro, o Oldair, o Vanderlei, o Lola, Tião. Ele foi trazendo Paulo Isidoro, mas não foi nessa época. Dario. Era o maior perna de pau. Dario era zagueiro. Dava só chutão o Dario. Rsrsrs... eu estou brincando. Dario era ruim pra caramba. Quando o veio o Telê, o Dario começou no profissional com 19 anos. Quando o Telê começou a trabalhar com ele aí ele assumiu cabecear, chutar... cabecear chutar. Driblar ele não sabia muito não, mas tinha muita velocidade. Arrancava e fazia gols pra caramba nos treinos. E fazia também nos jogos. Telê passou a confiar nele e ele foi artilheiro do campeonato brasileiro várias vezes. Um excelente jogador, um excelente companheiro, um profissional altamente competente.

Parte da galeria de troféus de Vantuir - Foto- Jornal Oecoambiental

Jornal Oecoambiental: Então nesta campanha vitoriosa do galo no primeiro título, em 71 o time do galo era qual?

Vantuir: O time do galo era Renato, Humberto, Grapete, Vantuir, Cincunegui ou Oldair, Vanderlei, Humberto Ramos, Lola, Ronaldo, Dario e Tião, ou Vaguinho, Dario e Tião. E tinha o Romeu que jogava sempre.
Tínhamos um conjunto perfeito de jogadores. Nós tínhamos poucos jogadores na seleção brasileira. Não tínhamos naquela época ninguém na seleção brasileira. 1971, o Brasil tinha sido campeão em 1970. Só o Dario que foi reserva lá na seleção.
  Naquela época, havia jogadores como Dirceu Lopes, tinha Coutinho. Me perguntavam como eu ia parar o Pelé. Eu ficava uma semana em casa, riscando um papel para ver como eu ia parar o Pelé. Sempre tive a felicidade, a sorte de marcá-lo em cima. Eu não deixava ele receber a bola. Porque se ele recebesse aí não tinha jeito. Então eu falava com os jogadores: “não deixa receber, não deixa ele receber”.