segunda-feira, 12 de setembro de 2022

MILHÕES DE PESSOAS SOFREM NO PAQUISTÃO EM CONSEQUÊNCIA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

 FONTE: ONU - BRASIL

   Em visita ao Paquistão nesta sexta-feira (9), o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo por aumento de doações humanitárias às vítimas das inundações que arrasaram o país nos últimos dias. A organização solicita ao menos 160 milhões de dólares para ajudar as vítimas.

Entre 33 milhões e 35 milhões de pessoas foram afetadas, tanto pela perda de vida quanto pelos danos aos meios de sobrevivência. Pelas atuais estimativas, os danos causados pelo evento climático extremo chegam a 30 bilhões de dólares.

O secretário-geral lembrou que o Paquistão é um dos países que está sendo injustamente prejudicado pela crise climática e destacou que as emissões de gases estufa seguem em alta à medida que as pessoas morrem em inundações e fome, o que ele considerou “loucura” e “suicídio coletivo”.

Nos próximos dias, o secretário-geral deve estar em contato com famílias deslocadas em território paquistanês e acompanhar a atuação humanitária no socorro às vítimas.

Mais de 420 mil refugiados afegãos vivem nas áreas do Paquistão mais afetadas pelas chuvas torrenciais e inundações repentinas.
Legenda: Mais de 420 mil refugiados afegãos vivem nas áreas do Paquistão mais afetadas pelas chuvas torrenciais e inundações repentinas.
Foto: © Humera Karim/ACNUR

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu ao mundo que contribua com fundos em larga escala para ajudar o Paquistão.

Falando nesta sexta-feira (9) da capital Islamabad, o líder da ONU disse que o país precisa de apoio financeiro de grande dimensão para responder à crise provocada pelas inundações.

As declarações foram feitas ao lado do ministro paquistanês dos Negócios Estrangeiros, Bilawal Bhutto Zardari, com quem Guterres visitará as áreas afetadas neste fim de semana.

O secretário-geral declarou que uma importante razão da visita é chamar a atenção da comunidade internacional para a catástrofe climática em curso.  Ele pediu ajuda financeira urgente para que o país realize ações de assistência e recuperação. Para Guterres, a questão não é de solidariedade ou generosidade, mas sim de justiça.

Baseado nesse argumento, o ministro Bhutto Zardari afirmou que um em cada sete cidadãos paquistaneses foi afetado pelas chuvas de monção. Para o chefe da diplomacia paquistanesa, a solidariedade internacional ajudará o país a retornar à normalidade.

Ele lembrou que um terço do país está submerso. Entre 33 milhões e 35 milhões de pessoas foram arrasadas pela perda de vidas, bem como pelos danos aos meios de sobrevivência. Atualmente, estas enfrentam o que o chefe da ONU chamou de “ameaça real de fome, doenças e danos avultados”.

António Guterres disse que o país precisa de apoio financeiro de grande dimensão
Legenda: António Guterres disse que o país precisa de apoio financeiro de grande dimensão.
Foto: © Eskinder Debebe/ONU

Emissões - Antes, o líder das Nações Unidas se reuniu com o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif. Ambos lembraram que o país não contribuiu para a mudança climática, mas é um dos mais impactados pela crise.

Estima-se que as inundações tenham desalojado mais de meio milhão de pessoas e destruído plantações comerciais e infraestrutura de comunicação.

Guterres destacou que o Paquistão e outros países em desenvolvimento, do Chifre da África ao Sahel, pagam um preço terrível pela intransigência de grandes emissores, “que continuam apostando nos combustíveis fósseis, em confrontação à ciência, ao bom senso e à decência humana básica”.

O secretário-geral destacou que as emissões seguem em alta à medida que as pessoas morrem em inundações e fome o que considerou “loucura” e “suicídio coletivo”.

Compromisso - Falando ao mundo ele disse que o apelo global é que se pare com a loucura, a guerra contra a natureza e que se invista de imediato em energia renovável.

Numa realidade em que a crise aumenta e se observa que a maioria dos países ainda não está preparada, ele pediu aos países desenvolvidos que ofereçam ao Paquistão e a outras nações na linha de frente os recursos financeiros e técnicos necessários para  sobreviver a eventos climáticos extremos como as atuais inundações.

Na ocasião, o chefe da ONU pediu que metade de todo o financiamento climático seja para a adaptação e resiliência no mundo em desenvolvimento.

Ele pediu que os países desenvolvidos criem um roteiro confiável para sustentar o compromisso de dobrar o apoio financeiro.

Crianças afetadas por inundações no Paquistão sendo examinadas por especialistas em saúde.
Legenda: Crianças afetadas por inundações no Paquistão sendo examinadas por especialistas em saúde.
Foto: © Sami Malik/UNICEF

Saúde e alimentos - Para abordar as perdas e danos causados pela crise climática, o apelo lançado aos governos é que dediquem a seriedade que o tema merece na próxima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, COP 27.

Pelas atuais estimativas, os danos causados ​​pelas inundações no Paquistão chegam a 30 bilhões de dólares.

Em apelo urgente, a ONU solicitou 160 milhões de dólares para ajudar as vítimas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta sobre dezenas de milhares de pacientes com diarreia, malária e várias infecções agudas nas regiões afetadas.

No terreno, cerca de 400 mil pessoas receberam assistência do Programa Mundial de Alimentos (WFP). 

A agência está ampliando sua resposta de emergência para alcançar 1,9 milhão de afetados que sofrem após terem perdido casas, gado, alimentos, infraestrutura, terras agrícolas e colheitas.  O apoio foi canalizado às províncias de Baluquistão, Khyber Pakhtunkhwa e Sindh.

Nos próximos dias, o secretário-geral deve estar em contato com famílias deslocadas em território paquistanês e acompanhar a atuação humanitária no socorro às vítimas.

domingo, 11 de setembro de 2022

DIA DO CERRADO - 11 DE SETEMBRO

 

Foto: divulgação

Cerrado é considerado o segundo maior bioma do Brasil em extensão. Ele abrange os estados do: Maranhão, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins. Além disso, ocupa uma pequena área de outros seis estados.

O clima predominante no cerrado é tropical sazonal, com períodos de chuvas e de secas. Já a sua vegetação, é caracterizada por árvores de troncos retorcidos, gramíneas e arbustos. Em geral, as árvores são de pequeno porte e esparsas. (Fonte: Toda Matéria)


11 DE SETEMBRO É O DIA NACIONAL DO CERRADO

 O BIOMA É O SEGUNDO MAIOR DA AMÉRICA DO SUL 

REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO 

  O Dia Nacional do Cerrado foi criado em 2003 para chamar atenção sobre a necessidade de se preservar esse que é o segundo maior bioma da América do Sul e do Brasil só perdendo para a Floresta Amazônica. O período de seca desta época do ano aumenta o risco de incêndios no Cerrado. Recentemente, uma grande área do Parque Nacional de Brasília foi destruída pelo fogo.  Basta uma ponta de cigarro acesa para que a vegetação seja destruída e os animais que  fazem parte do bioma morram. O dia 11 de setembro também foi escolhido para homenagear um dos fundadores da Rede Cerrado, o ambientalista Ary José de Oliveira, Ary Para-raios, que nasceu neste dia, no ano de 1931.


  O Cerrado é considerado o berço das águas brasileiras, abrigando nascentes de importantes rios como o São Francisco e Tocantins. A sua vegetação rasteira, composta em maioria por árvores de pequeno porte, arbustos e gramíneas,  proporciona a captação da chuva com suas raízes, fazendo com que o solo estoque água.  

    Considerado a savana brasileira, o Cerrado abriga uma das maiores biodiversidades do mundo, com mais de 6 mil espécies de árvores e 800 espécies de aves. A maior parte do Cerrado brasileiro está localizada no Planalto Central. O bioma está presente nas áreas do Distrito Federal e nos Estados de Goiás, Tocantins, além da Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rondônia, São Paulo, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Paraná. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro.  ( Fonte: Agência Senado)

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

FESTIFRANCE - 2022 - 13 a 18 DE SETEMBRO EM BH












   



FESTiFRANCE chega à oitava edição

Programação presencial ocorre no Cine Santa Tereza entre os dias 13 e 18 de setembro.

O FESTiFRANCE Brasil é uma mostra competitiva de cinema francês que acontecerá em Belo Horizonte, de 13 a 18 de setembro, em parceria com o Cine Santa Tereza. O evento, destinado a profissionais e amantes do Cinema, é organizado pela Sokol.M Compagny, companhia francesa que atua na produção e na divulgação de eventos culturais.

O festival é composto por longas e curtas-metragens, nos formatos de ficção, animação e documentários. Como mostra competitiva, promove o contato entre público, júri, profissionais e jovens cineastas. Além das exibições dos filmes, o FESTiFRANCE oferece workshops, conferências e oficinas sobre cinema. Em janeiro de 2023, a diretora francesa Naïs Van Laer virá à Belo Horizonte para um Workshop de escrita de filmes documentais e fotografia. ( FONTE:AFBH/SCAC)

Confira mais detalhes sobre a programação

Serviço: 8º FESTiFRANCE

Endereço: Cine Santa Tereza (R. Estrela do Sul, 89 - Santa Tereza, map) e Canal da SOKOL.M TV

Datas: 13 a 18 de setembro de 2022

DETERIORAÇÃO DAS FONTES DE ÁGUA DOCE NO MUNDO

  Fonte: ONU - BRASIL 

  Durante a Semana Mundial da Água, realizada de 23 de agosto a 1º de setembro, em Estocolmo, os países foram incentivados a fazer mais para proteger seus lagos, rios e pântanos, que muitas vezes são negligenciados quando se trata de conservação.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) defende que proteger estes ecossistemas de água doce deveria ser uma prioridade máxima ao redor do globo, visto seus impactos no clima, na biodiversidade e até na economia.

A situação atual, enquanto isso, é alarmante, com uma em cada cinco bacias hidrográficas do mundo tendo experimentado flutuações nas águas superficiais fora de sua faixa natural nos últimos cinco anos.

 

Vista de Danau Sentarum, na Indonésia, o maior lago com maré do mundo, que fica completamente vazio durante a estação seca.
Legenda: Vista de Danau Sentarum, na Indonésia, o maior lago com maré do mundo, que fica completamente vazio durante a estação seca.
Foto: © Ramadian Bachtiar/Center for International Forestry Research (CIFOR)

Na China, em partes do rio mais longo da Ásia, o Yangtse, foram registrados recordes nos baixos níveis de água, causando perturbações na energia hidrelétrica, interrompendo a navegação e forçando as principais empresas a suspenderem as operações. Milhões de pessoas já enfrentaram cortes de energia. Enquanto isso, na Alemanha, o nível anormalmente baixo do Reno tem afetado a navegação e a economia.

Em 2022, vimos em várias partes do planeta os efeitos colaterais da crise climática nos ecossistemas de água doce, com períodos secos cada vez mais frequentes e intensos, intercalados por enchentes e precipitações extremas. Nos últimos cinco anos, uma em cada cinco bacias hidrográficas experimentou flutuações nas águas superficiais fora de sua faixa natural.

Especialistas ambientais afirmam que tais exemplos destacam os perigos de se considerar os ecossistemas de água doce como um bem garantido. Durante a Semana Mundial da Água, realizada de 23 de agosto a 1º de setembro, em Estocolmo, os países foram incentivados a fazer mais para proteger seus lagos, rios e pântanos, que muitas vezes são negligenciados quando se trata de conservação.

“Os ecossistemas de água doce trazem benefícios de grande escala para a sociedade, o clima, a natureza, a biodiversidade e as economias, portanto, protegê-los é uma prioridade máxima”, destaca o chefe da Unidade de Ecossistemas de Água Doce do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Joakim Harlin.

Poluição - Uma outra ameaça aos habitats de águas superficiais — lar de 10% de todas as espécies conhecidas, com 55% de todos os peixes dependendo dos ecossistemas de água doce para sua sobrevivência — é a poluição. Pesquisas do PNUMA mostram que cerca de um terço de todos os rios da América Latina, África e Ásia sofrem de grave poluição patogênica. A poluição orgânica severa é encontrada em aproximadamente um em cada sete rios, e a poluição severa e moderada por salinidade em cerca de 10% de todos os rios.

Segundo um estudo global recém publicado pelo PNUMA, a tendência da humanidade de desvalorizar o meio ambiente provocou uma crise global de biodiversidade que está levando um milhão de espécies à extinção.

Uma das conclusões do relatório indica que as decisões políticas e econômicas são frequentemente baseadas em um conjunto restrito de valores de mercado que não levam em consideração os valores intrínsecos, espirituais, culturais e recreativos dos ecossistemas. 

Zonas úmidas - As zonas úmidas, por exemplo, têm um enorme valor cultural, inclusive para os povos indígenas, e são um refúgio para todos, desde observadores de pássaros até aventureiros. Mas elas, em particular, têm sido desvalorizadas há muito tempo. Durante a maior parte dos últimos 200 anos, as turfeiras e pântanos têm sido vistos como zonas improdutivas. Cerca de 85% delas foram perdidas desde 1700, sendo que muitas foram drenadas.

Entretanto, ciências emergentes sugerem que as turfeiras absorvem o dióxido de carbono que aquece o planeta e armazenam duas vezes mais carbono do que todas as florestas do mundo.

Harlin diz que este último relatório demonstra que “alcançar um futuro sustentável e justo exige que reconheçamos e integremos as contribuições das áreas úmidas para as pessoas e seu bem-estar”. Ele afirma que há cinco fatores cruciais para a preservação dos ecossistemas de água doce. 

“Devemos parar de destruir e começar a restaurar as zonas úmidas; parar de extrair dos rios e aquíferos em excesso; assegurar a conectividade para peixes e outras espécies aquáticas ao longo dos caminhos da água; lidar com a poluição e limpar as fontes de água doce, usar com sabedoria as zonas úmidas e integrar a água e as zonas úmidas nos planos de desenvolvimento e gestão de recursos.”

Preservação - A salvaguarda de áreas úmidas requer monitoramento, proteção, restauração, melhor gerenciamento, finanças e priorização do governo. O PNUMA tem alcançado progresso nesta área ao se envolver com governos e legisladores para melhorar a gestão de recursos hídricos, destacar questões emergentes e trabalhar com parceiros para coletar e analisar dados dos corpos d'água, incluindo sua extensão e qualidade ao longo do tempo.

Um exemplo é a Global Peatlands Initiative (Iniciativa Global pelas Turfeiras, em tradução livre), liderada pelo PNUMA, uma parceria que enfrenta a crise ambiental e climática através da colaboração sul a sul para a restauração e manejo sustentável das turfeiras.

Plataformas como o Freshwater Ecosystems Explorer (Buscador de Ecossistemas de Água Doce, em tradução livre) e a colaboração com cientistas, pesquisadores e analistas de dados em todo o mundo apoiados pelo Centro PNUMA-DHI sobre Água e Meio Ambiente permitem fluxos de informação atualizados e confiáveis para os legisladores e para a outras partes que trabalham com recursos hídricos.

CRISE SE AGRAVA E IDH RECUA EM 90 % NOS PAÍSES MAIS POBRES

 FONTE: ONU - BRASIL

  O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lança hoje (8), o relatório Relatório de Desenvolvimento Humano, “Tempos incertos, vidas instáveis: Construir o futuro num mundo em transformação”.

O documento aponta que pela primeira vez em 32 anos, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mede a saúde, a educação e o padrão de vida de uma nação, cai globalmente por dois anos consecutivos. 

Mais de 90% dos países registraram declínio na pontuação do IDH em 2020 ou 2021, e mais de 40% caíram nos últimos dois anos, sinalizando que a crise ainda está se aprofundando em muitos deles.

 

O UNICEF estima que metade da população com menos de cinco anos na Somália provavelmente enfrentará desnutrição aguda nos próximos meses. País é um dos que enfrenta as consequências da múltipla crise planetária.
Legenda: O UNICEF estima que metade da população com menos de cinco anos na Somália provavelmente enfrentará desnutrição aguda nos próximos meses. País é um dos que enfrenta as consequências da múltipla crise planetária.
Foto: © Sebastian Rich/UNICEF

O mundo está enfrentando uma crise atrás da outra, preso em um ciclo de apagar incêndios e incapaz de enfrentar as raízes dos problemas. Sem uma drástica mudança de rumo, podemos estar caminhando para ainda mais privações e injustiças, alerta o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O mais recente Relatório de Desenvolvimento Humano, “Tempos incertos, vidas instáveis: Construir o futuro num mundo em transformação”, lançado hoje (8) pelo PNUD, argumenta que camadas de incerteza estão se acumulando e interagindo para desequilibrar a vida de forma inédita. Os últimos dois anos tiveram impacto devastador para bilhões de pessoas em todo o planeta, quando crises como a da  COVID-19 e a guerra na Ucrânia se sucederam e interagiram com amplas transformações sociais e econômicas,  mudanças planetárias perigosas e aumento acentuado da polarização.

Pela primeira vez nos 32 anos em que o PNUD o calcula, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mede a saúde, a educação e o padrão de vida de uma nação, cai globalmente por dois anos consecutivos. O desenvolvimento humano voltou aos níveis de 2016, revertendo parte expressiva do progresso rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A reversão é quase universal, pois mais de 90% dos países registraram declínio na pontuação do IDH em 2020 ou 2021, e mais de 40% caíram nos últimos dois anos, sinalizando que a crise ainda está se aprofundando em muitos deles.

Embora alguns países estejam começando a se levantar, a recuperação é desigual e parcial, ampliando ainda mais as desigualdades no desenvolvimento humano. A América Latina, o Caribe, a África Subsaariana e o sul da Ásia, em particular, foram duramente atingidos.

“O mundo está lutando para reagir a crises consecutivas. Vimos, com as crises de custo de vida e de energia, que, embora seja tentador focar em soluções rápidas, como subsidiar combustíveis fósseis, táticas de alívio imediato estão retardando as mudanças sistêmicas de longo prazo que precisamos fazer”, diz o administrador mundial do PNUD, Achim Steiner. “Estamos coletivamente paralisados em relação a essas mudanças. Em um mundo definido pela incerteza, precisamos de um senso renovado de solidariedade global para enfrentar nossos desafios comuns e interconectados”.

Paralisação - O relatório explora por que a mudança necessária não está acontecendo e indica haver muitas razões, incluindo como a insegurança e a polarização alimentam-se uma da outra, atualmente, para impedir a solidariedade e a ação coletiva necessária para enfrentar as crises em todos os níveis. Novos cálculos mostram, por exemplo, que aqueles que se sentem mais inseguros também são mais propensos a ter visões políticas extremistas.

“Mesmo antes da COVID-19, vínhamos observando os paradoxos do progresso com insegurança e polarização. Hoje, com um terço das pessoas em todo o mundo se sentindo estressadas e quase dois terços das pessoas em todo o mundo desconfiadas umas das outras, enfrentamos grandes obstáculos para a adoção de políticas que funcionem para as pessoas e o planeta”, diz Steiner. “Esta nova e instigante análise visa nos ajudar a romper esse impasse e traçar um rumo alternativo à atual incerteza global. Temos uma janela estreita para reiniciar nossos sistemas e garantir um futuro baseado em ações climáticas decisivas e novas oportunidades para todas e todos.”

Futuro - Para traçar um novo rumo, o relatório recomenda a implementação de políticas como foco em investimento – de energia renovável à preparação para pandemias; e seguro – incluindo proteção social –, de maneira a preparar a sociedade para os altos e baixos de um mundo incerto. Embora a inovação em suas muitas formas – tecnológica, econômica, cultural – também possa desenvolver capacidades para responder a quaisquer desafios que venham adiante.

“Para navegar na incerteza, precisamos dobrar o desenvolvimento humano e olhar para além da melhoria da riqueza ou da saúde das pessoas”, diz o principal autor do relatório, Pedro Conceição. “Estes continuam importantes. Mas também precisamos proteger o planeta e fornecer às pessoas as ferramentas necessárias para se sentirem mais seguras, recuperarem o controle sobre suas vidas e terem esperança no futuro.”

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

DIA DA AMAZÔNIA - 5 DE SETEMBRO

Amazônia - Foto: divulgação

 

  A data do dia da Amazônia, foi instituída no dia 19 de dezembro de 2007, pelo projeto de Lei nº11.621. Foi escolhido em homenagem ao Príncipe Dom Pedro II que decretou a criação da província do Amazonas, atual estado do Amazonas, em 1850.

  "O bioma amazônico abrange mais de 9 países, dos quais 60 por cento estão no norte do Brasil, cobrindo mais de 4 milhões de km² e, possivelmente, abrigam a maior diversidade biológica do mundo. Suas vastas florestas influenciam significativamente os climas regionais e globais e confiscam cerca de 70 bilhões de toneladas de carbono (Marengo & Espinoza, 2016).     Embora pouco povoada, a região é habitada por cerca de 22 milhões de pessoas, a maioria em áreas urbanas, mas com diversas comunidades locais, incluindo povos indígenas, quilombolas. Tais comunidades dependem economicamente e culturalmente sobre os recursos naturais. A conservação desta região e sua vasta diversidade cultural e biológica, bem como o equilíbrio ecológico que sustenta seu papel crucial na regulação do clima, são de extrema importância para o Brasil e toda a população humana. 

   As estimativas situam a região como a maior reserva de madeira tropical do planeta. Seus recursos naturais – que, além da madeira, incluem enormes estoques de borracha, castanha, peixe e minérios, por exemplo – representam uma abundante fonte de riqueza natural. A região abriga também grande riqueza cultural, incluindo o conhecimento tradicional sobre os usos e a forma de explorar esses recursos naturais sem esgotá-los nem destruir o habitat natural. 
 
   Para estimular a conservação e uso sustentável da Amazônia o Ministério do Meio Ambiente tem promovido uma série de ações para a conservação da sua biodiversidade e aproveitamento de seu enorme potencial para o desenvolvimento sustentável da região e do Brasil. Estas medidas incluem projetos para a gestão sustentável da paisagem, incluindo adequação ambiental, consolidação de unidades de conservação, cadeias produtivas sustentáveis e inovadoras, recuperação de áreas degradadas e pagamento por serviços ambientais.  

* Marengo, J.A. & Espinoza, J.C. 2016. Extreme seasonal droughts and floods in Amazonia: causes, trends and impacts. Int. J. Climatol. 36:1033-1050. 

Flora e Fauna  

  A Amazônia é o maior bioma do Brasil, ocupando um território de 4.212.472 km² (IBGE, 2019), área que abriga 73% das espécies de mamíferos, e 80% das aves. De um total de mais de 120 mil espécies de animais existentes no Brasil (CTFB, 2021)Deste total, sobre as quais se conhece o estado de conservação, 5.070 espécies que foram avaliadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio (2018), 180 espécies, ou 3,55% do total, encontram-se  em alguma categoria de ameaça de extinção (sob categorias Extintas na Natureza (EW), Criticamente em Perigo (CR), Em Perigo (EN) e Vulnerável (VU))Em relação à flora, de acordo com Flora do Brasil (2021)das 49.987 reconhecidas para a flora brasileira (nativas, cultivadas e naturalizadas), foram identificadas como de ocorrência no bioma Amazônia 13.056 espécies, sendo que deste total 1.610 são conhecidos o estado de conservação e 13,4% destas encontram-se sob alguma categoria de ameaça de extinção. ( Fonte: MMA)