É PRECISO AGIR, ACREDITAR QUE PODEMOS MUDAR
CONSTRUIRMOS UM BRASIL E UM MUNDO SUSTENTÁVEL JÁ
O aquecimento global é um alerta permanente para todo o mundo. É preciso intensificar ações locais e globais para revertermos os danos causados pela ação humana ao meio ambiente. Todos nós já percebemos e sentimos como as mudanças climáticas estão alterando a vida no campo e na cidade. O grande desafio é que o aquecimento global está ligado ao modo de produção de sociedade onde a emissão de gases de efeito estufa continuam aumentando. As ações locais e globais em defesa do meio ambiente precisam ser ampliadas.
Este foi o alerta que o Jornal O Ecoambiental realizou durante a IV Conferência Municipal de Belo Horizonte de Meio Ambiente: debater os resíduos sólidos é muito importante, contudo, é necessário que os outros problemas ambientais sejam tratados em todas as Conferências no Brasil e no mundo. Não existe solução para a crise ambiental somente pelo viés do mercado. É preciso potencializar e valorizar as ações de cada pessoa humana, dos grupos que se organizam, das instituições públicas e privadas, dos governos, com relação a redução da emissão de gases de esfeito estufa.
O avanço do mar em várias partes do mundo no litoral, antecipam a gravidade do problema. Chuvas, enchentes, secas, nevascas, furações, tornados, tsunamis ( intensificados, sem controle e previsão são indicadores dos efeitos do aquecimento global); a produção de fertilizantes e agrotóxicos utilizados na agricultura, a poluição ao ar em grandes cidades do mundo; o desmatamento da Amazônia, comprovam que estas mudanças estão adoecendo o meio ambiente e os seres humanos. Este relatório divulgado na Suécia hoje, só reafirma o que já foi divulgado em outros relatórios: os seres humanos e o modo de produção de sociedade estão aquecendo o planeta.
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RELATÓRIO DO IPCC DIVULGADO NA SUÉCIA HOJE:
- A Temperatura da Terra pode subir 4,8 ºC até , diz relatório de meio ambiente da ONU
- De acordo com documento, divulgado nesta sexta-feira, no fim do século o gelo do Ártico pode diminuir até % e o nível do mar subir 82cm
- O documento reúne previsões do aquecimento global até apontando aumento de temperatura superior a 2 graus ‘A influência humana no clima é clara’, diz trabalho
- De acordo com documento, divulgado nesta sexta-feira, no fim do século o gelo do Ártico pode diminuir até % e o nível do mar subir 82cm
- O documento reúne previsões do aquecimento global até apontando aumento de temperatura superior a 2 graus ‘A influência humana no clima é clara’, diz trabalho
A previsão do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) é que o aquecimento global até o final do século 21 seja “provavelmente superior” a 2 graus (com pelo menos 66% de chances disto acontecer), superando o limite considerado seguiro pelos especialistas. Até 2100, o nível do mar deve aumentar perigosamente de 45 a 82 centímetros, considerando o pior cenário (ou de 26 a 55 centímetros, no melhor), e o gelo do Ártico pode diminuir até 94% durante o verão local.
Além disso, o relatório do IPCC -- publicado na manhã desta sexta-feira em Estocolmo, na Suécia, com as bases científicas mais atualizadas sobre as mudanças climáticas -- considera que há mais de 95% de certeza para afirmar que o homem causou mais da metade da elevação média da temperatura entre 1951 e 2010. Neste período, o nível dos oceanos aumentou 19 centímetros.
Além disso, o relatório do IPCC -- publicado na manhã desta sexta-feira em Estocolmo, na Suécia, com as bases científicas mais atualizadas sobre as mudanças climáticas -- considera que há mais de 95% de certeza para afirmar que o homem causou mais da metade da elevação média da temperatura entre 1951 e 2010. Neste período, o nível dos oceanos aumentou 19 centímetros.
O documento, com o trabalho de 259 cientistas e representantes dos governos de 195 países, inclusive o Brasil, ressalta que parte das emissões de CO2 provocadas pelo homem continuará a ser absorvida pelos oceanos. Por isso, é praticamente certo (99% de probabilidade) que a acidificação dos mares vai aumentar, afetando profundamente a vida marinha.
A mudança de temperatura da superfície do planeta deve exceder 1,5 grau, e, provavelmente, será superior a 2 graus — disse o copresidente do trabalho Thomas Stocker. — É muito provável que as ondas de calor ocorram com mais frequência e durem mais tempo. Com o aquecimento da Terra, esperamos ver regiões atualmente úmidas recebendo mais chuvas, e as áridas, menos, apesar de haver exceções.
Os especialistas fizeram quatro projeções considerando situações diferentes de emissões de gases-estufa. Em todas, há aumento de temperatura. As mais brandas ficam entre 0,3 ºC e 1,7 ºC. Nestes casos, seria necessário diminuir muito as emissões. Já no cenário mais pessimista, o aquecimento ficaria entre 2,6 ºC e 4,8 ºC.
- Na minha opinião, o relatório é muito bom, repleto de informações e todas muito bem fundamentadas – comentou a especialista brasileira Suzana Kahn, que faz parte do grupo de pesquisadores do IPCC em Estocolmo. - No fundo, o grande ganho é a comprovação do que tem sido dito há mais tempo, com muito mais informação sobre o papel dos oceanos, das nuvens e aerossóis. Isto é muito importante para o mundo científico, pois aponta para áreas que precisam ser mais investigadas.
Os especialistas fizeram quatro projeções considerando situações diferentes de emissões de gases-estufa. Em todas, há aumento de temperatura. As mais brandas ficam entre 0,3 ºC e 1,7 ºC. Nestes casos, seria necessário diminuir muito as emissões. Já no cenário mais pessimista, o aquecimento ficaria entre 2,6 ºC e 4,8 ºC.
- Na minha opinião, o relatório é muito bom, repleto de informações e todas muito bem fundamentadas – comentou a especialista brasileira Suzana Kahn, que faz parte do grupo de pesquisadores do IPCC em Estocolmo. - No fundo, o grande ganho é a comprovação do que tem sido dito há mais tempo, com muito mais informação sobre o papel dos oceanos, das nuvens e aerossóis. Isto é muito importante para o mundo científico, pois aponta para áreas que precisam ser mais investigadas.
- O relatório do IPCC reafirma algumas certezas e vai além. Aponta a perda de massa de gelo, o aumento do nível dos oceanos, o incremento de chuvas onde já se chove muito, além da diminuição da umidade nas regiões mais áridas. No Brasil, o semiárido pode se tornar mais árido. Por outro lado, o Sul e Sudeste podem ter mais chuvas do que hoje - enumerou Rittl. - É importante ressaltar que o relatório fala de médias. Ou seja, em algumas regiões do país pode haver aumento de seis graus, com picos de mais de oito graus. A gente não está preparado para isso. E nossas emissões nos colocam numa trajetória de altíssimo risco, mais próxima dos piores cenários.
Para Rittl, a ciência está dando uma mensagem clara: é preciso diminuir as emissões. Isso significa levar os temas relacionados às mudanças climáticas para as decisões políticas:
- Hoje o aquecimento global ainda é um tema marginal. Os investimentos em infraestrutura, energia, o plano Safra, todos os grandes investimentos da escala de trilhões de reais não têm praticamente nenhuma vinculação com a lógica de baixo carbono. Estamos sendo pouco responsáveis
Para Rittl, a ciência está dando uma mensagem clara: é preciso diminuir as emissões. Isso significa levar os temas relacionados às mudanças climáticas para as decisões políticas:
- Hoje o aquecimento global ainda é um tema marginal. Os investimentos em infraestrutura, energia, o plano Safra, todos os grandes investimentos da escala de trilhões de reais não têm praticamente nenhuma vinculação com a lógica de baixo carbono. Estamos sendo pouco responsáveis
Lançado a cada seis anos, os relatórios do IPCC estão sob críticas de especialistas. O processo de análise dos documentos por representantes do governo acaba chegando a uma situação intermediária entre diplomacia e ciência, explica Emilio La Rovere, pesquisador da Coppe/UFRJ.
— O resultado é um meio termo entre diplomacia e ciência — afirmou Rovere.
Um dos pontos mais polêmicos são os chamados hiatos, períodos de cerca de 15 anos em que a temperatura média do planeta não aumenta. Por exemplo, a Agência Estatal de Meteorologia da Espanha anunciou, nesta semana, que o último trimestre na Península Ibérica foi o menos quente desde 2008. Entretanto, o relatório de 2007 do IPCC não citou estas pausas do aquecimento, dando argumento aos céticos.
— O resultado é um meio termo entre diplomacia e ciência — afirmou Rovere.
Um dos pontos mais polêmicos são os chamados hiatos, períodos de cerca de 15 anos em que a temperatura média do planeta não aumenta. Por exemplo, a Agência Estatal de Meteorologia da Espanha anunciou, nesta semana, que o último trimestre na Península Ibérica foi o menos quente desde 2008. Entretanto, o relatório de 2007 do IPCC não citou estas pausas do aquecimento, dando argumento aos céticos.
Limite do aquecimento global
As informações do IPCC são importantes para a criação de estratégias de combate às mudanças climáticas. Na Convenção do Clima da Dinamarca (COP-15, realizada em 2009), foi criada a meta de limitar o aquecimento global em 2 graus. Para isso acontecer em 2050, explica Emilio La Rovere, da Coppe/UFRJ, seria necessário cortar 80% das emissões em comparação com 1990:
— Os modelos matemáticos simulando evolução demográfica, economia mundial, demanda e oferta de energia mostram que fica realmente quase impossível atingir este objetivo.
As informações do IPCC são importantes para a criação de estratégias de combate às mudanças climáticas. Na Convenção do Clima da Dinamarca (COP-15, realizada em 2009), foi criada a meta de limitar o aquecimento global em 2 graus. Para isso acontecer em 2050, explica Emilio La Rovere, da Coppe/UFRJ, seria necessário cortar 80% das emissões em comparação com 1990:
— Os modelos matemáticos simulando evolução demográfica, economia mundial, demanda e oferta de energia mostram que fica realmente quase impossível atingir este objetivo.
Este é o Quinto Relatório do IPCC, que será lançado em quatro partes, entre setembro de 2013 e novembro de 2014. Nesta sexta-feira, foi publicado o documento do Grupo de Trabalho I (sobre os aspectos científicos das mudanças climáticas). Entre os dias 25 e 29 de março de 2014, será a vez do Grupo de Trabalho II (analisando os impactos, a adaptação e a vulnerabilidade), que se reunirá em Yokohama, no Japão. O Grupo de Trabalho III (especializado na mitigação dos impactos das mudanças climáticas) está previsto para os dias 7 e 11 de abril em Berlim, na Alemanha. Por fim, será criado um relatório síntese, cujos trabalhos ocorrerão entre os dias 27 e 31 de outubro, em Copenhague, na Dinamarca.
A DEFESA DO MEIO AMBIENTE, DA VALORIZAÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA É A CAUSA QUE TODOS NÓS ESTAMOS CONVOCADOS A ASSUMIR JÁ
O IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change ou Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) foi criado em 1988
pela Organização Meteorológica Mundial e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para fornecer informações científicas, técnicas e sócio-econômicas relevantes para o entendimento das mudanças climáticas. Seus impactos potenciais e opções de adaptação e mitigação. É um órgão intergovernamental aberto para os países membros do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da Organização Meteorológica Mundial (OMM). (Wikpédia)
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