Dilma Rousseff e Barack Obama - foto: divulgação |
Tendo em vista a
realização da COP 21 ( Conferência do Clima – Paris 21, como vem sendo chamada),
a Presidenta Dilma Rousseff e o Presidente Barack Obama se reuniram nesta
terça-feira na Casa Branca e assumiram um compromisso de ampliarem em 20% as fontes de energias renováveis
até 2030. Comprometeram-se também em
trabalhar para um “acordo ambicioso e equilibrado” na COP21, em
novembro/dezembro 2015 em Paris. A Presidenta Dilma também acenou com a
proposta de desmatamento zero até 2030, priorizando uma política de
reflorestamento no Brasil, segundo o compromisso assumido no Código Florestal,
lembrando ainda sobre o consumo mínimo, os equipamentos e prédios eficientes. Em entrevista coletiva a imprensa, Dilma lembrou das semelhanças entre Brasil e EUA sobre a importância de se superar as desigualdades raciais, uma vez que os dois países, possuem grande contingente de afrodescendentes, além dos povos indígenas. Obama salientou o papel de liderança global do Brasil com relação ao meio ambiente. A Presidenta Dilma aproveitou para convidar Obama para vir as Olimpíadas em 2016 no Brasil, dizendo: " para mim a cidade mais linda do mundo é o Rio de Janeiro."
A COP 21 é decisiva
para que os Países assumam compromissos efetivos de despoluição global. Os EUA
enviaram em março a ONU seu compromisso particular nas negociações globais
sobre o clima, em reduzir entre 26% a 28% em relação aos níveis de 2005, suas emissões de efeito estufa. O Brasil ainda
não formalizou sua proposta oficial para a COP 21.
Estas propostas
apresentadas pelos dois presidentes fazem parte de mais intenções ou propostas
que vários países e lideranças mundiais estão realizando para que a COP 21 não
seja apenas mais uma Conferência do Clima sem metas e compromissos que de fato
serão implementados. A Encíclica do Papa Francisco, divulgada dia 18 deste mês, foi outro acontecimento que
ganhou repercussão diante a proximidade da COP 21.
O desmatamento da
Amazônia precisa ser resolvido. Em algumas
áreas urbanas em capitais do Brasil, como em Belo Horizonte, o desmatamento continua
crescente. É preciso não só plantar mais
árvores, mas cuidar das árvores. Isto afeta não apenas a qualidade do clima, do
ar que respiramos, mas a qualidade da água. Uma vez que os cursos d’água,
nascentes, rios, lagos, continuam sofrendo com a poluição. Inclusive com o uso
abusivo de agrotóxicos, em que o Brasil ainda lidera mundialmente. Os governos locais não programam como
prioridade as soluções de despoluir os cursos d’água. Daí uma das causas da chamada “crise hídrica”.
Ao não recompor as matas ciliares como
seria necessário, o Brasil ainda assiste a degradação crescente dos rios. A sociedade civil tem um papel fundamental na
construção da sustentabilidade ao se mobilizar para que a conquista de uma melhor
qualidade de vida seja um direito respeitado. E a valorização dos seres humanos e
do meio ambiente seja de fato uma prioridade das políticas públicas.
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