JUVENTUDE E MEIO AMBIENTE
Agatha Pessoa
Uma Pedra Preciosa da música e
cultura brasileira
Agatha Pessoa é uma artista, 20 anos, cantora carioca, reside no Rio de
Janeiro. Filha de Alessandro Márcio,
músico e compositor mineiro de sambas enredo. Conhecido como Araxá e de Patrícia Fabiana. Estudou numa escola de música chamada Centro de Formação
Artística Dança e Teatro de Rio das Ostras. Ela concedeu uma entrevista
exclusiva onde aborda temas ligados à cultura e meio ambiente.
Há uma simbologia em seu nome
muito interessante. Uma referência de uma pedra, elemento da natureza. Suas
respostas inteligentes e precisas retratam como a juventude vem encarando os
desafios socioambientais que o Brasil e o mundo atravessam.
O nome
Ágata tem origem no grego. Agatha uma variação de Agathos que significa –
bondade, perfeição, respeitável, virtuosa. Para algumas culturas como a
islâmica, as ágatas são pedras muito preciosas. Acredita-se que o portador de
um anel de ágata estará protegido contra vários infortúnios e gozará de longa
vida entre outros benefícios.
Pois bem, Agatha Pessoa tem muito a dizer a todos nós. Segue sua
entrevista exclusiva ao Jornal Oecoambiental e sua afirmação sobre “o agir
invisível”...
Jornal Oecoambiental: Agatha, conte-nos um pouco da sua história.
Agatha: Eu canto desde, os 4, 5 anos de idade. Mas só entendi a importância da arte e me enxerguei como artista e cantora a partir dos 16 anos. Quando comecei a levar a sério e gravar vídeos para as redes sociais na internet. Hoje tenho 20 anos. Então estou ha quatro anos nesta trajetória. Quando eu comecei a cantar na igreja, a partir dos meus 12 anos até chegar aos 17 eu entendi que o que eu carregava dentro de mim poderia beneficiar outras pessoas. Não só a mim. Porque cantar é um prazer para mim. Eu me sinto bem cantando, envolvida no mundo da música. Além disso, existe um papel que eu carrego quando eu canto as palavras, dependendo daquilo que eu falo. Existe uma influência que gera sobre as outras pessoas. Quando eu entendi a importância e a responsabilidade sobre isso foi um choque para mim. Eu comecei a ter medo. Ainda tenho alguns problemas como à timidez e superar meus limites. Acreditar em mim de uma forma que eu vou poder passar o que está dentro de mim. Então dos meus 13 anos aos 17 foi um período bem conturbado em que eu tive que me conhecer e que eu tive que olhar para mim, para dentro de mim e falar: “bom você é capaz de mudar vidas através do canto, da música, da cultura. Seja o que for.”
Jornal Oecoambiental: Quais são os estilos musicais que canta e gosta? Quais são suas referências musicais?
Agatha: Canto gospel, MPB, sou envolvida e apaixonada por outros estilos como MPB, R&B, Pop, Rock (seculares ou não).
Esta pergunta é difícil porque tem muita gente que eu acompanho. Muitos artistas tantos famosos ou não. Seculares, que não fazem parte do meio gospel. Eu gosto muito de um grupo R&B brasileiro: Youn. Eles têm um conhecimento musical muito grande. Acompanho muito Byoncé. Eu digo vocalmente falando. Whitney Houston, Jennifer Hudson, Jacob Latimore, pessoas tanto do mundo do cinema quanto da arte musical. Estou mais envolvida com estas pessoas, mas tem muito mais pessoas que agora não consigo lembrar tanto.
Jornal Oecoambiental: Como você avalia a importância da música e da cultura para a população e a sociedade?
Agatha: Não existe uma pessoa no mundo que não seja envolvida pela música e a cultura, mesmo sendo que a cultura e a música, muitas das vezes, não sejam valorizadas. Mas todo mundo participa de algum jeito. Ou pelo menos aproveita de algum jeito. Eu vi um estudo de algum tempo atrás que mostrava que pacientes em hospitais, que passavam por seu período de recuperação, com um método de musicalização, se recuperavam muito mais rápidos. A importância da música e da cultura não é conhecer apenas novas coisas, mas também respeitar outras culturas, outras pessoas e entender que o mundo é muito amplo. Existem coisas que a gente tem que estar aberto a conhecer porque é fato que nós vamos aprender. Assim a gente vai poder se tornar um todo. Acredito que esta seja a meta que todos precisam. Abrir seus horizontes. Olhar com novos olhares e entender que é necessário conhecer outras coisas, respeitar e valorizar também a música e a cultura entre nós.
Jornal Oecoambiental: Como você avalia a importância do meio ambiente?
Agatha: O meio ambiente é o que sustenta o mundo. É aonde a gente vive. Cada dia que passa eu entendo a necessidade que o ser humano tem de estar envolvido no meio ambiente, na natureza até mesmo porque o nosso corpo pede. A nossa mente pede porque fazemos parte deste meio também. O ser humano não tem levado isso a sério. Está tendo que ser da pior forma possível a gente entender que é necessário cuidar, preservar e sustentar o meio ambiente da melhor forma possível.
Jornal Ecoambiental: Você tem em seu nome u ma referência da natureza: Agatha. Como vê a importância da participação das pessoas e da juventude para que consigamos melhorar o meio ambiente?
Agatha: Infelizmente acaba ficando muito oculto esta importância na sociedade em si. Principalmente da juventude porque nós somos o futuro da Nação. Mas está tudo muito oculto, muito silencioso. Era pra ser uma coisa mais falada. Pra ser uma coisa que houvesse mais luta em relação a isso. Os jovens não têm tido interesse em procurar saber o que é a sustentabilidade. O que a gente tem feito diante o que tenham destruído aos poucos nosso meio ambiente. Eu percebo que alguém tem que falar né? Para que todas as pessoas que lutam por isto, não desistam porque eu acredito que em algum momento o mundo vai perceber que a sustentabilidade ela tem pontos extremamente importantes. Que literalmente todo mundo tem uma culpa nisso. Está tudo tão horrível, seja a água, a camada de ozônio que está acabando. E existem responsabilidades nisso.
Jornal Oecoambiental: O que pensa sobre a importância dos jovens se cuidarem diante as pandemias?
Agatha: É importante se cuidar não somente pelas próprias vidas, mas também pela vida do próximo. Existem pessoas com realidades conturbadas e sem uma boa condição de vida. Pessoas doentes além do covid, que são grupos de risco nessa situação. Então ser uma ponte de contaminação a uma pessoa nessa realidade pode ser fatal. Fiquem em casa.
Jornal Oecoambiental: Existe uma frase do artista, escritor e compositor Martinho da Vila, na apresentação de um DVD, onde ele diz: “nós nascemos para melhorar o mundo”. O que você pensa a respeito desta afirmação?
Agatha: Eu concordo em partes. Atualmente sim. Todas as pessoas que nascem, elas nascem para melhorar o mundo. Elas já nascem com esta carga de que você precisa fazer alguma coisa também. Mas um dia o mundo foi bom e não fomos nós mesmos que o destruímos. Então a gente só está colhendo o fruto daquilo que foi plantado.
Jornal Oecoambiental: Como você avalia a importância da educação na vida das pessoas, os saberes? E a sabedoria que os mais velhos adquirem em determinadas culturas ao longo da vida?
Agatha: Quanto mais a gente se abre para conhecer outras culturas, outras pessoas, a gente aprende a melhorar. Porque a gente percebe que somos seres pequenos, limitados. A gente nunca vai saber tudo. Quem realmente entende o valor disso tudo consegue alcançar lugares altos. Vejo como uma oportunidade você poder conhecer, conviver, respeitar, aprender, com outras culturas e outras pessoas. Quando você fica mais velho, acredito que faz vir um sentimento de que valeu a pena viver tudo que se vive. Aprender tudo que eu aprendi. E você não se sente arrependido de não ter aproveitado as oportunidades.
Jrnal Oecoambiental: Você acredita que podemos realizar nossos sonhos? Qual mensagem você pode passar aos jovens principalmente, que têm sonhos e metas a conquistar?
Agatha: Acredito sim. Confesso que nem sempre acreditei. Quando eu entendi que existe o agir invisível, tudo se tornou mais tranqüilo para mim. Eu aprendi a ter paciência no Senhor para esperar as coisas acontecerem dentro da vontade dele. E o recado que eu tenho para vocês jovens, que têm metas, objetivos, sonhos, acreditem no seu potencial. Corra atrás de seus objetivos. Mentalize aquilo que você tanto deseja. E tenha fé no agir invisível. Você pode não estar enxergando nada daquilo que você tanto deseja, mas está acontecendo. Porque o mundo é muito além daquilo que a gente costuma enxergar. Não sei no que você acredita qual sua fé, mas acredite que a sua mente tem um poder incrível e que você é capaz de tudo.yv
Jornal Oecoambiental: Muito obrigado Agatha pela brilhante entrevista. Felicidades a você e sua família.
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