sexta-feira, 11 de março de 2022

RESTAURAÇÃO DE ECOSSISTEMAS DEGRADADOS - SERÃO RECONHECIDAS

 

Fonte: ONU - BRASIL

  ONU publicou uma chamada para que países nomeiem 'Iniciativas de Referência da Restauração Mundial', a fim de destacar as iniciativas mais ambiciosas e impactantes do mundo na reconstrução de ecossistemas degradados.

  Nova chamada já conta com mais de 80 manifestações de interesse no mundo todo. Os projetos selecionados serão divulgados local e mundialmente com apoio da ONU. Três estrelas internacionais do esporte se unem ao chamado para reconstruir a natureza.


Foto: © mouli choudari/flickr


  Os governos são convidados a apresentar seus esforços mais inspiradores até 31 de março de 2022. Já foram registradas mais de 80 manifestações de interesse e as primeiras Iniciativas de Referência da Restauração Mundial selecionadas serão celebradas em uma data próxima à Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro de 2022.

   Atualmente, mais de 75% das áreas terrestres e 66% dos oceanos estão severamente alterados pela atividade humana. Um relatório recém-publicado revela que, como parte dos objetivos internacionais de clima e biodiversidade, os países se comprometeram a restaurar um bilhão de hectares de ecossistemas — uma área maior que a China.

   A parceria da Década ONU da Restauração de Ecossistemas, coliderada pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO), anuncia a fase final para a nomeação de Iniciativas de Referência da Restauração Mundial para dar maior visibilidade aos esforços de restauração e celebrá-los em todo o mundo.

   Os benefícios que os dez países selecionados receberão incluem o reconhecimento mundial e a divulgação de projetos, além de:

  • Elegibilidade para financiamento por meio do Fundo da Década da ONU (países/territórios elegíveis para receber assistência oficial de desenvolvimento);
  • Elaboração de produtos multimídia e campanhas nacionais com apoio da ONU; e
  • Avaliação dos esforços de restauração por meio da Década da ONU da Restauração de Ecossistemas.

   “Os aspectos da degradação são dolorosamente visíveis: em oceanos, zonas úmidas, florestas, montanhas, cidades e outros ecossistemas. Agora, precisamos conseguir prever como a natureza deve ser reparada”, afirma Tim Christopherson, ponto focal da Década da ONU da Restauração de Ecossistemas. “Após o compromisso de restauração de um bilhão de hectares, é chegada a hora de transformar os compromissos em ações”.

   A Década da Restauração de Ecossistemas destacará iniciativas em todas as regiões, setores e ecossistemas para reivindicar maiores ambições políticas, financiamentos e ações pela natureza, a fim de contar histórias promissoras, monitorar o progresso e inspirar mais ações no movimento da restauração.

   Em uma mensagem de vídeo, três atletas internacionalmente reconhecidos clamam por ações em favor da natureza diante de uma crise global de biodiversidade:

  • “Enquanto a ambição humana não tem limites, o planeta, tem”, alerta o alpinista Nirmal ‘Nimsdai’ Purja, que marcou a história ao escalar todos os picos do planeta com mais de 8.000 metros em apenas seis meses, como mostra a produção da Netflix: 14 Montanhas, 8 Mil Metros e 7 Meses.
  • “Eu costumava me preocupar com meu corpo e minha deficiência. Ao me esforçar para atingir um objetivo na natação, adquiri muita confiança. E acredito ser a mesma questão quando se trata do meio ambiente — precisamos nos tornar ativos, não ansiosos. O que fazemos hoje determinará como seremos vistos amanhã”, explica a nadadora Husnah Kukundakwe, atleta paralímpica ugandense e a mais nova nas Paraolimpíadas de Tóquio.
  • “Reconstruir a natureza é contagioso — uma vez percebidos pelas pessoas, empresas e governos, os projetos de restauração podem inspirar a criação de outros. Todos e todas podemos nos unir à corrida para restaurar nosso planeta”, convida Molly Seidel, atleta que superou a depressão e a ansiedade para se tornar uma das maiores maratonistas de longa distância do mundo.

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