terça-feira, 28 de junho de 2022
sábado, 25 de junho de 2022
ARTIGO FLORIAN MORIN - MURAL DO CLIMA
Artigo
O mural do clima
- como aprender o proceso da mudança climática e tomar ações para limitar
Florian
Morin, animador do mural do clima.
Como, em poucas horas, podemos compreender as
causas e os efeitos da mudança climática e pensar nas alavancas de ação para
garantir nosso futuro e o de nossos filhos? O mural climático se propõe a
responder a esta pergunta. Em apenas três horas, os presentes nesta oficina participam
de um jogo colaborativo para entender o processo de mudança climática, e como
nossos estilos de vida estão causando isso, e depois como mudá-los.
Este jogo foi fundado por um professor-pesquisador francês, Cédric Ringenbach, e é baseado no relatório do primeiro grupo do IPCC. Ela se baseia no fato de que, para agir concreta e efetivamente contra um problema, é preciso primeiro entendê-lo em detalhes. Aqui, o problema é limitar o aquecimento global a 2°C, a fim de garantir que vivamos nas melhores condições possíveis nas décadas vindouras. De fato, em um planeta que aqueceu a +2°C, as conseqüências são palpáveis, e isto em todas as regiões do mundo. No Brasil em particular, isto significaria secas severas no norte, reduzindo o rendimento agrícola e agravando a fome; chuvas mais fortes em algumas regiões levando a inundações - todos nos lembramos dos eventos de janeiro deste ano -, aumento do nível do mar, o que significaria a relocalização de cidades costeiras, incêndios mais freqüentes e desertificação de áreas anteriormente ocupadas por florestas tropicais, notadamente a Floresta Amazônica.
E
compreender o mecanismo do aquecimento global, o efeito estufa, a ligação com
as atividades humanas e todas as conseqüências sobre os fenômenos
meteorológicos é o primeiro passo para transformar nossos estilos de vida a fim
de reduzir esses impactos e se adaptar.
Para
isso, o jogo consiste em 42 cartas que os participantes montam por nexo de
causalidade para formar o mural. Ao longo do jogo, um facilitador acompanha o
grupo para fornecer explicações, e para conduzir discussões e orientar os
participantes para as ações mais relevantes para reduzir nossos impactes sobre
o clima - seja no modo como vivemos, comemos, viajamos ou consumimos produtos e
produzimos resíduos.
O
mural está aberto a todos, cidadãos, funcionários eleitos, funcionários e
líderes empresariais, e ainda mais aos novatos do clima, e é dirigido por
17.000 voluntários da associação da qual sou membro, presentes em mais de 50
países, em 40 linguas incluindo o português, e que já sensibilizaram mais de
400.000 pessoas desde 2018.
O
mural tem três características essenciais. Primeiro, o conteúdo do jogo é
baseado em uma sólida base científica e é politicamente neutro. De fato, os cartões
são construídos a partir do relatório do primeiro grupo do IPCC, o próprio
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, apoiado pela ONU.
Além
disso, o mural é muito acessível e aberto a todos. Jogando cooperativamente,
cada membro toma posse e compreende as questões da mudança climática. Os
moderadores entram para prestar esclarecimentos, mas são os participantes que
constroem o mural juntos!
Finalmente,
é eficaz! O mural aumenta a conscientização sem fazer as pessoas se sentirem
culpadas. No final da oficina, foi lançada uma discussão coletiva sobre as ações
possíveis, num espírito de boa vontade. Os participantes deixam a oficina
altamente motivados e cheios de ferramentas para criar soluções ao seu alcance.
Para
fazer mais, também é possível se tornar um facilitador. Mais uma vez, não há
necessidade de ser um especialista em clima, o treinamento em facilitação e a
ajuda mútua entre os diferentes facilitadores são fortes. Há também uma versão
infantil do mural, e ações em grande escala também são organizadas em
universidades ou empresas.
Para
mais informações, consulte fresqueduclimat.org (em francês) ou climatefresk.org
(em inglês).
ARTIGO DE LUDMILA YARASUKAI - VIVÊNCIA SOBRE A AGROFLORESTA
Artigo
VIVÊNCIA SOBRE A AGROFLORESTA
Ludmila Yarasukai
No mês passado, realizamos no bairro Jardim
de Petrópolis em Nova Lima, uma vivência entre amigos sobre a Agrofloresta.
Observamos o solo, suas
diferenças em cada local em relação ao sol ou ao desmatamento na área. Cuidamos
de preparar a terra para abrirmos os canteiros. As árvores foram podadas e
cuidadas.
Muitas mãos agiram
juntas, os adultos se empenharam na troca de funções, aprendendo, doando e
recebendo conhecimentos.
Em uma comunicação
constante com o ambiente que ali estávamos.
Especificamente
naquelas terras existe um certo desequilíbrio onde umas espécies de formigas
cortadeiras dominam grande parte dos alimentos, mas ainda assim, houve coragem
e determinação do grupo em criar um ambiente, como nos foi dito pelo nosso
educador ambiental Miguel Tantric, como uma bomba de vida e de diversidade.
Muita sementes foram
plantadas, mudas, ervas árvores.
O objetivo também foi gerar
muita matéria orgânica para, aos poucos, fortalecer o solo para uma futura
floresta de alimentos e equilíbrio nascer ali.
Conectando assim, a vida da terra com a dos seres da região.
Durante o dia as
pessoas se conheceram, alimentaram corpo e alma e as mulheres e meninas
dançaram em cirandas celebrando toda a comunhão ali vivenciada.
Meu trabalho
basicamente é cuidar de mulheres, do corpo, espírito e emoções principalmente
no momento de gestação, parto e cuidado com bebês. E nesse dia, senti tanta semelhança,
pois fizemos dessa forma, cuidamos do terreno para muitos bebês serem gestados.
E em poucos dias com apoio da água, do sereno, do calor do sol e vento suave,
os primeiros brotinhos já começaram a nascer mesmo com a intervenção de outros
tantos animais que vivem nas redondezas.
Logo, logo
conseguiremos entender que caminhos a natureza seguirá ali.
Cabe a nós atuar apenas
com intervenções respeitosas, com estudo e sabedoria para conhecer e ouvir da
mãe Natureza o que é melhor pra todos nós.
Como disse minha filha
na abertura dos trabalhos do dia, quando foi- nos perguntado o propósito de
estarmos na vivência da Agrofloresta: estou aqui porque moro aqui, ela disse,
simplesmente.
Nossa casa, nossa mãe
terra, cuidaremos e lutaremos por você.
sexta-feira, 24 de junho de 2022
17ª MOSTRA DE CINEMA DE OURO PRETO - de 22 a 27 de Junho de 2022
quinta-feira, 16 de junho de 2022
BRUNO PEREIRA E DOM PHILLIPS
Foto de divulgação Reuters |
Nossa solidariedade às famílias de Bruno
Pereira e Dom Philips pelo trágico desfecho do trabalho que realizavam na
Amazônia. O Brasil e o mundo aguardam a justiça
e apuração de todas as causas e
responsáveis pelo crime contra as vidas do indigenista e jornalista.
Bruno da Cunha de Araújo Pereira era
indigenista e servidor da Funai ( Fundação Nacional do Índio). Ele estava
licenciado do cargo e assessorando a União dos Povos Indígenas do Vale do
Javari (Univaja), principal associação indigenista local, num projeto para
coibir invasões ao território indígena.
Dom Phillips era jornalista e colaborador de
diversos jornais no exterior, entre eles o britânico The Guardian. Ele
morava no Brasil havia 15 anos e era
casado com uma brasileira.
quarta-feira, 15 de junho de 2022
ONU - SEMANA DO CLIMA DA ÁFRICA
SEMANA DO CLIMA DA ÁFRICA
Notícias das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
As datas e o local da Semana do Clima da África deste ano (ACW 2022) foram anunciados – de 29 de agosto a 1º de setembro em Libreville, Gabão. A Semana do Clima da África é uma plataforma para as partes interessadas discutirem soluções regionais de ação climática e estabelecerem parcerias regionais. É também um passo importante no caminho para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas COP27 no Egito em novembro.
A reunião reunirá as partes interessadas para a colaboração regional, abrindo espaço para abordar riscos compartilhados e aproveitar oportunidades compartilhadas. Trabalhando juntos, governos, líderes do setor privado, organizações de desenvolvimento, jovens e sociedade civil podem encontrar um terreno comum e agir com propósito comum. A Semana do Clima também contará com um Hub de Ação para compartilhar ações que estão acontecendo agora para reduzir os impactos climáticos e construir comunidades resilientes.
O vice-secretário-executivo das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, Ovais Sarmad, disse: “No ano passado, mais de 12.000 partes interessadas colaboraram em três Semanas Climáticas Regionais virtuais. Juntos, firmamos parcerias, fortalecemos os planos nacionais de ação climática e construímos impulso para resultados fortes na COP26. Isso colocou o poderoso potencial da colaboração regional sob os holofotes.”
O apelo à colaboração regional foi reiterado por Tanguy Gahouma, Assessor Especial do Presidente do Gabão e Secretário Permanente do Conselho Nacional do Clima. Ele disse: “A mudança climática continua sendo para todos nós uma emergência global que afeta todas as nações e constituintes. É o nosso maior desafio coletivo. Para o Gabão, esta Semana do Clima de África é uma oportunidade para avançar ainda mais na implementação do Pacto Climático de Glasgow e do Acordo de Paris e posicionar os países africanos como líderes na resposta global às alterações climáticas. Esta Semana do Clima da África pode emergir como um catalisador para a ação climática global, à medida que os governos e as partes interessadas abordam as questões climáticas em conjunto.”
O ACW 2022 é organizado pelo Governo do Gabão e organizado pela ONU Mudanças Climáticas em colaboração com parceiros globais Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Grupo Banco Mundial. Os parceiros na região incluem a União Africana, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA).
Sobre a UNFCCC
Com 197 Partes, a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
(UNFCCC) tem adesão quase universal e é o tratado pai do Acordo de Mudanças
Climáticas de Paris COP 2015.
O principal objetivo do Acordo de Paris é manter o aumento da temperatura média global
neste século bem abaixo de 2 graus Celsius e impulsionar os esforços para
limitar o aumento da temperatura ainda mais a 1,5 graus Celsius acima dos níveis
pre-industriais, A UNFCCC também é o
tratado pai do Protocolo de Kyoto de 1997.
O objetivo final de todos os acordos sob a UNFCCC é estabilizar as concentrações de
gases de efeito estufa na atmosfera em um nível que evite interferência humana perigosa no sistema climático, em um prazo
que permita que os ecossistemas se adaptem naturalmente e possibilite o
desenvolvimento sustentável. (Fonte: UNFCCC – ONU)
A CONFERÊNCIA DAS PARTES 27 (COP 27) - SERÁ NO EGITO
Conferência das Nações Unidas
sobre Mudanças Climáticas 2022
(UNFCCC COP 27)
A 27ª sessão da Conferência das Partes (COP 27) da UNFCCC será realizada em Sharm El-Sheikh, Egito.
A COP 27 estava originalmente prevista para
ocorrer de 8 a 20 de novembro de 2021. Devido à pandemia de COVID-19, a COP 26
foi remarcada de novembro de 2020 a novembro de 2021. Como resultado, a COP 27
ocorrerá de 7 a 18 de novembro de 2022.
Dentre os principais temas em debate na COP 27,
de acordo com o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), - estão a adaptação, vulnerabilidade e financiamento aos
impactos das mudanças climáticas.
É preocupante o aumento da frequência e intensidade desses eventos dos
extremos climáticos que ameaçam a saúde e a segurança de milhões de pessoas ao
redor do mundo.
Cientistas enfatizam que as
temperaturas mais altas estão levando a mais “extremos compostos.” Isto é,
quando várias ameaças climáticas (como temperaturas extremas e precipitação)
ocorrem ao mesmo tempo e no mesmo lugar e/ou repetidas vezes.
O
QUE É A COP – Conferência das Partes
A Conferência das
Partes (COP) é o órgão supremo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima (UNFCCC), que reúne anualmente os países Parte em conferências
mundiais. Suas decisões, coletivas e consensuais, só podem ser tomadas se forem
aceitas unanimemente pelas Partes, sendo soberanas e valendo para todos os
países signatários.
Seu objetivo é manter regularmente sob exame e
tomar as decisões necessárias para promover a efetiva implementação da
Convenção e de quaisquer instrumentos jurídicos que a COP possa adotar.
Também compete à COP:
- examinar periodicamente as obrigações das Partes e os
mecanismos institucionais estabelecidos por esta Convenção;
- promover e facilitar o intercâmbio de informações sobre
medidas adotadas pelas Partes para enfrentar a mudança do clima e seus efeitos;
- promover e orientar o desenvolvimento e aperfeiçoamento
periódico de metodologias comparáveis, a serem definidas pela Conferência das
Partes para elaborar inventários de emissões de gases de efeito estufa por
fontes e de remoções por sumidouros;
- examinar e adotar relatórios periódicos sobre a
implementação desta Convenção. (Fonte:
MMA)
FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS
A
13ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês, acontece entre 21 de junho e
6 de julho. Anualmente, a programação traz ao nosso país o que de mais
destacado vem se fazendo na cinematografia francesa, uma das mais respeitadas
do mundo. O evento contará com dramas, comédias, suspense e animação, bem
como com atividades paralelas, como as sessões educativas.
Bora conferir essa maratona de cinema francês? Para mais
informações acesse o site oficial do
Varilux. ( Fonte: A. Francesa)
terça-feira, 14 de junho de 2022
quinta-feira, 9 de junho de 2022
PESCADORES BRASILEIROS RECOLHEM RESÍDUOS NO MAR
Por falta de peixe,
pescadores brasileiros recolhem resíduos
Na Baía de Guanabara, no Brasil, os
pescadores lutam para encontrar peixes. Para ajuda-los financeiramente e limpar
a área, uma organização ambientalista os paga para recolher o lixo que está se
acumulando.
“Antes pescar na Baía de Guanabara, na
região do Rio de Janeiro, Brasil, era maravilhoso”, lembra Francisco Alves da
Silva. Hoje, a baía quase mais não é transitável devido às toneladas de
resíduos que se acumulam e que afugentaram os peixes.
Os
pescadores estão agora em dificuldade para encontrar o peixe, é preciso viajar
muito e gastar grandes somas em combustível. Mas a operação não é mais
lucrativa, lamentam esses profissionais. Um lamento que se soma à tristeza de ver sua baía
virar um lixão, como diz Aylton Rodrigues Martins.
Para superar estas dificuldades financeiras,
mas também para limpar o mar, a organização ambientalista BVRio lançou um
projeto inovador, que envolve vinte e cinco famílias de pescadores. Em vez de
carregar seus barcos com peixes, esses pescadores hoje os enche com lixo
acumulado na água. O objetivo para os doze meses da BVRio é aliviar o mar de
cerca de cerca de 100 toneladas de resíduos em um período de doze meses. (Fonte:
Le Monde)
Confira a reportagem:
CHRIS CORDEIRO - HOMENAGEM A DIJAVAN - CULTURA E MEIO AMBIENTE
O show Chris Cordeiro – Homenagem ao Djavan
"Convida o público a um mergulho pelo repertório desse
compositor tão sensível e versátil, passeando por grandes clássicos que nos
levam a uma viagem ao tempo. Idealizado pela cantora, fã do artista, esse show
sempre esteve presente em seus projetos pelo grande carinho e intensa vivência
com as composições. Para esse passeio, foram convidados grandes músicos da cena
mineira que também são fãs do grandioso Djavan, Léo Pires(bateria), Camila
Rocha(baixo), Júlia Nascimento(violão), Luadson Constâncio(piano) e Samy Erick
(guitarra), que também assina a produção musical do espetáculo e participação
especial da cantora Manu Dias. Sambas, funks, xotes e xaxados são executados
com leveza, liberdade e sofisticação, envolvendo e emocionando a todos que
aceitam o convite para dejavanear. "
terça-feira, 7 de junho de 2022
SEMANA DO MEIO AMBIENTE 2022 - A DECLARAÇÃO DE ESTOCOLMO 1972
O Jornal Oecoambiental publica nesta
considerada: “Semana Internacional do
Meio Ambiente”, documentos e artigos de educação socioambiental.
Em 2022 faz-se referência aos 50 anos da
Conferência de Estocolmo na Suécia, que é um marco para a educação ambiental no
mundo. Publicamos, a seguir, a “Declaração
de Estocolmo de 1972.”
Nosso objetivo é divulgar como forma de
educação socioambiental, os documentos, deliberações e ações que estão ao nosso alcance local, como o plantio de árvores, que podem contribuir para
um salto de qualidade para a conscientização individual e coletiva da
importância da valorização e cuidado com o meio ambiente, que todos nós podemos conquistar em nível local e global.
Vale registrar que o Dia Mundial do Meio
Ambiente, 5 de junho foi instituído pela ONU nesta Conferência de Estocolmo em
1972.
Declaração da
Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre o Meio Ambiente Humano (Estocolmo –
1972)
A Assembleia
Geral das Nações Unidas reunida em Estocolmo, de 5 a 6 de junho de 1972,
atendendo à necessidade de estabelecer uma visão global e princípios comuns,
que sirvam de inspiração e orientação à humanidade, para a preservação e
melhoria do ambiente humano através dos 23 princípios enunciados a seguir, expressa
a convicção comum de que:
1
O homem tem o direito fundamental à liberdade,
a igualdade, e ao desfrute de condições de vida adequadas, em um meio ambiente
de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna e gozar de bem-estar, e é
portador solene da obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente, para as
gerações presentes e futuras. A esse respeito, as políticas que promovem ou
perpetuam o apartheid, a segregação racial, a discriminação, a opressão
colonial, e outras formas de opressão, e de dominação estrangeira permanecem
condenadas e devem ser eliminadas.
2
Os recursos naturais da Terra, incluídos o
ar, a água, o solo, a flora e a fauna e, especialmente, parcelas
representativas dos ecossistemas naturais, devem ser preservados em benefício
das gerações atuais e futuras, mediante um cuidadoso planejamento ou
administração adequados.
3
Deve ser mantida e, sempre que possível restaurada ou melhorada a capacidade da Terra
de produzir recursos renováveis vitais.
4
O homem tem a responsabilidade especial de preservar e administrar judiciosamente o patrimônio representado pela flora e fauna silvestres, bem assim o seu habitat, que se encontram atualmente em grave perigo, por uma combinação de fatores adversos. Em consequência, ao planificar o desenvolvimento econômico, deve ser atribuída importância à conservação da natureza incluída a flora e a fauna silvestres.
5
Os recursos não renováveis da Terra devem ser
utilizados de forma a evitar o perigo do seu esgotamento futuro e a assegurar
que toda a humanidade participe dos benefícios de tal uso.
6
Deve-se por fim à descarga de substâncias
tóxicas ou de outras matérias e a liberação de calor, em quantidades ou
concentrações tais que não possam ser neutralizadas pelo meio ambiente, de modo
a evitarem-se danos graves e irreparáveis aos ecossistemas. Deve ser apoiada a
justa luta de todos os povos contra a poluição.
7
Os países deverão adotar todas as medidas
possíveis para impedir a poluição dos mares por substâncias que possam por em
perigo a saúde do homem, prejudicar os recursos vivos e a vida marinha, causar
danos às possibilidades recreativas ou interferir com outros usos legítimos do
mar.
8
O desenvolvimento econômico e social é
indispensável para assegurar ao homem um ambiente de vida e trabalho favorável
e criar, na Terra, as condições necessárias à melhoria da qualidade de vida.
9
As deficiências do meio ambiente decorrentes
das condições de subdesenvolvimento e de desastres naturais ocasionam graves
problemas, a melhor maneira de atenuar suas consequências é promover o
desenvolvimento acelerado, mediante a transferência maciça de recursos
consideráveis de assistência financeira e tecnológica que complementem os
esforços internos dos países em desenvolvimento e a ajuda oportuna, quando
necessária.
10
Para os países em desenvolvimento, a
estabilidade de preços e pagamento adequado para comodidades primárias e
matérias-primas são essenciais à administração do meio ambiente, de vez que se
deve levar em conta tanto os fatores econômicos como os processos ecológicos.
11
As políticas ambientais de todos os países
deveriam melhorar e não afetar adversamente o potencial desenvolvimentista
atual e futuro dos países em desenvolvimento, nem obstar o atendimento de
melhores condições de vida para todos os Estados e as organizações
internacionais deveriam adotar providências apropriadas, visando chegar a um
acordo, para fazer frente às possíveis consequências econômicas nacionais e
internacionais resultantes da aplicação de medidas ambientais.
12
Deveriam ser destinados recursos à
preservação e melhoramento do meio ambiente, tendo em conta as circunstâncias e
as necessidades especiais dos países em desenvolvimento e quaisquer custos que
possam emanar para esses países, a inclusão de medidas de conservação do meio
ambiente, em seus planos de desenvolvimento, assim como a necessidade de lhes
serem prestadas, quando solicitada, maior assistência técnica e financeira
internacional para esse fim.
13
A fim de lograr um ordenamento mais racional dos recursos e, assim melhorar as condições ambientais, os Estados deveriam adotar um enfoque integrado e coordenado da planificação de seu desenvolvimento, de modo a que fique assegurada a compatibilidade do desenvolvimento, com a necessidade de proteger e melhorar o meio ambiente humano, em benefício de sua população.
14
A planificação racional constitui um instrumento indispensável para conciliar as diferenças que possam surgir entre as exigências do desenvolvimento e a necessidade de proteger e melhorar o meio ambiente.
15
Deve-se aplicar a planificação aos
agrupamentos humanos e à urbanização, tendo em mira evitar repercussões
prejudiciais ao meio ambiente e a obtenção do máximo de benefícios sociais,
econômicos e ambientais para todos. A esse respeito, devem ser abandonados os
projetos destinados à dominação colonialista e racista.
16
Nas regiões em que exista o risco de que a
taxa de crescimento demográfico ou as concentrações excessivas de população
prejudiquem o meio ambiente ou o desenvolvimento, ou em que a baixa densidade
de população possa impedir o melhoramento do meio ambiente humano e obstar o
desenvolvimento, deveriam ser aplicadas políticas demográficas que representassem
os direitos humanos fundamentais e contassem com a aprovação dos governos
interessados.
17
Deve ser confiada, às instituições nacionais competentes, a tarefa de planificar, administrar e controlar a utilização dos recursos ambientais dos Estados, com o fim de melhorar a qualidade do meio ambiente.
18
Como parte de sua contribuição ao
desenvolvimento econômico e social, devem ser utilizadas a ciência e a
tecnologia para descobrir, evitar e combater os riscos que ameaçam o meio
ambiente, para solucionar os problemas ambientais.
19
É indispensável um trabalho de educação em
questões ambientais, visando tanto as gerações jovens como os adultos,
dispensando a devida atenção ao setor das populações menos privilegiadas, para
assentar as bases de uma opinião pública bem informada e de uma conduta
responsável dos indivíduos, das empresas e das comunidades, inspirada no
sentido de sua responsabilidade, relativamente à proteção e melhoramento do
meio ambiente, em toda a sua dimensão humana.
20
Deve ser fomentada, em todos os países,
especialmente naqueles em desenvolvimento, a investigação científica e medidas
desenvolvimentistas, no sentido dos problemas ambientais, tanto nacionais como
multinacionais. A esse respeito, o livre intercâmbio de informação e de
experiências científicas atualizadas deve constituir objeto de apoio e
assistência, a fim de facilitar a solução dos problemas ambientais; as
tecnologias ambientais devem ser postas à disposição dos países em
desenvolvimento, em condições que favoreçam sua ampla difusão, sem que
constituam carga econômica excessiva para esses países.
21
De acordo com a Carta das Nações Unidas e com
os princípios do direito internacional, os Estados têm o direito soberano de
explorar seus próprios recursos, de acordo com a sua política ambiental, desde
que as atividades levadas a efeito, dentro da jurisdição ou sob seu controle,
não prejudiquem o meio ambiente de outros Estados ou de zonas situadas fora de
toda a jurisdição nacional.
22
Os Estados devem cooperar para continuar
desenvolvendo o direito internacional, no que se refere à responsabilidade e à
indenização das vítimas da poluição e outros danos ambientais, que as
atividades realizadas dentro da jurisdição ou sob controle de tais Estados, causem às zonas
situadas fora de sua jurisdição.
23
Sem prejuízo dos princípios gerais, que
possam ser estabelecidos pela comunidade internacional e dos critérios e
níveis mínimos que deverão ser definidos
em nível nacional, em todos os casos será indispensável considerar os sistemas
de valores predominantes em cada pais, e o limite de aplicabilidade de padrões
que são válidos para os países mais avançados, mas que possam ser inadequados e
de alto custo social, para os países em desenvolvimento.
segunda-feira, 6 de junho de 2022
ESTOCOLMO MAIS 50 - RESOLUÇÕES - CHAMADO POR TRANSFORMAÇÃO AMBIENTAL E ECONÔMICA
FONTE: ONU - BRASIL
Sobre Estocolmo+50 - Estocolmo+50: um planeta saudável para a prosperidade de todos – nossa responsabilidade, nossa oportunidade” (Estocolmo+50) é um encontro internacional, organizado pelo Governo da Suécia e convocado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que foi realizado em Estocolmo, Suécia , de 2 a 3 de junho de 2022, para marcar os 50 anos desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano de 1972, que tornou o meio ambiente uma questão global urgente pela primeira vez. Cerca de 113 países compareceram na Conferência de 1972 e os participantes adotaram uma série de princípios sobre o meio ambiente, incluindo a Declaração de Estocolmo e o Plano de Ação para o Meio Ambiente Humano. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) foi criado como resultado da conferência.
Centenas de palestrantes presentes no encontro internacional Estocolmo+50 clamaram por um compromisso real para solucionar urgentemente as preocupações ambientais globais e uma transição justa rumo a economias sustentáveis que funcionem para todas as pessoas.
O encontro de dois dias foi concluído com uma declaração dos co-anfitriões Suécia e Quênia, extraídas dos Estados-membros e das partes interessadas por meio das plenárias e dos diálogos de liderança. A declaração contém várias recomendações para uma agenda acionável, incluindo, entre outras, colocar o bem-estar humano no centro de um planeta saudável e prosperidade para todos e todas; reconhecer e implementar o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, saudável e sustentável; adotar mudanças sistêmicas na forma como o sistema econômico atual funciona e acelerar as transformações de setores de alto impacto.
“Acreditamos que temos – coletivamente – mobilizado e usado o potencial deste encontro. Agora temos um plano de aceleração para ir mais longe”, disse a ministra do Clima e Meio Ambiente da Suécia, Annika Strandhäll, em seu discurso de encerramento. “Estocolmo+50 foi um marco no nosso caminho rumo a um planeta saudável para todos e todas, sem deixar ninguém para trás”.
O evento contou com quatro sessões plenárias nas quais os líderes fizeram apelos a ações ambientais ousadas para acelerar a implementação da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Três diálogos de liderança, centenas de eventos paralelos – incluindo várias sessões lideradas por jovens – e webinars, bem como uma série de consultas regionais com várias partes interessadas no período que antecedeu a reunião, permitiram que milhares de pessoas em todo o mundo se envolvessem em discussões e apresentassem seus pontos de vista.
“A diversidade de vozes e mensagens ousadas que emergiram destes dois dias demonstram um desejo genuíno de fazer jus ao potencial deste encontro e construir um futuro para nossos filhos e filhas, bem como netos e netas, neste nosso único planeta”, disse a secretária de gabinete do Meio Ambiente do Quênia, Keriako Tobiko. “Não viemos aqui apenas para comemorar, mas para avançar e melhorar, com base nos passos dados desde 1972”.
"Chegamos a Estocolmo 50 anos após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano sabendo que algo deve mudar. Sabendo que, se não mudarmos, a tripla crise planetária de mudança climática, perda de natureza e biodiversidade, poluição e resíduos só vai acelerar" disse a secretária-geral de Estocolmo+50 e diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Inger Andersen.
"Agora devemos levar adiante essa energia, esse compromisso com a ação para moldar nosso mundo", acrescentou
domingo, 5 de junho de 2022
DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE - "UMA SÓ TERRA" - ARTIGO DE ROBERTO CARVALHO
Artigo de Roberto Carvalho
A
Vida
É um entrelaço
De muitas vidas
Não
Existe vida
Que seja autônoma
E viva sozinha
Nossos
Corpos são formados
Por infinitas formas
De vida que nos
Fazem ser o que somos
Por que
Será que nós
Seres ditos humanos
Em
Nome da ganância
Do desrespeito
Do ter
Insistimos
Em destruir
A natureza
Nossa fonte
De vida
Sem
Nossa casa mãe terra
Nem ao pó voltaremos
Nem a Marte iremos
Salvemos
O planeta da fome
Da exclusão criminosa
Da destruição assassina
Resgatemos
A vida que insiste
Em sobreviver
Inauguremos
O tempo da harmonia
Da prevalência da vida
Sobre todo tipo de morte
Da
solidariedade vencendo
A ganância
Abracemos
A natureza
Todos os irmãos e irmãs
Como as árvores
Que nos abraçam
E nos dão o ar
Que
Respiramos