terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

MEIO AMBIENTE - EDUCAÇÃO SOBRE DESTINO DO LIXO


 

POLUIÇÃO DOS PLÁSTICOS


 

MUDANÇAS CLIMÁTICAS - QUE FAZER ?


 

VENCENDO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

 


EDITORIAL

 

COMO VENCER AS CONSEQUÊNCIAS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM ÁREAS URBANAS

 

   Sabemos que um dos maiores problemas socioambientais do Brasil e em várias regiões do mundo é a concentração de pessoas em áreas urbanas que mediante ações antrópicas danosas ao meio ambiente provocam inúmeros conflitos entre populações e ao meio ambiente. Esta concentração vem trazendo consequências inclusive para áreas rurais onde o desemprego e a automação da agricultura sem uma devida valorização da agricultura familiar fazem o êxodo rural se intensificar.

   Enquanto pequenas parcelas da população concentram inúmeros recursos econômicos e demandam muito consumo de energia, a grande parcela da população mais pobre sofre com as consequências das mudanças climáticas, com escassez de: alimentos, moradia e saneamento básico precário, desemprego, falta de infraestrutura de educação, saúde e mobilidade urbana.

   Os extremos climáticos aceleram as desigualdades crescentes de parcelas cada vez maiores da população. Vidas são perdidas, populações sofrem com a fome, são desalojadas nos extremos climáticos de enchentes, riscos climáticos dos mais diversos, aumento de epidemias, risco de novas pandemias, escassez de recursos naturais em várias regiões vitais para a população como água potável, secas, poluição hídrica, do ar, nevascas, contaminação química, produção cada vez maior de resíduos sólidos em áreas urbanas.

   São inúmeros os fatores que estão alterando e degradando drasticamente as sociedades. Tão importante como deter o desmatamento da Amazônia é a sociedade buscar soluções aos problemas socioambientais urbanos e suas consequências inclusive para áreas rurais. A crise climática vem exigindo ações imediatas tanto da esfera de governos, quanto das instituições, da sociedade civil.

   Como enfrentar esta crise climática é o desafio que as sociedades precisam resolver e com urgência e buscar soluções tanto imediatas como a médios e longos prazos.

  Ouvindo e pesquisando a respeito destas soluções alguns caminhos podem ser percorridos pelas populações e comunidades. Vamos seguir dialogando com nossos leitores e leitoras sobre quais são estes caminhos:

 

  1 -Combate à fome e a pobreza 

 

 Enquanto os recursos naturais ficam cada vez mais comprometidos pela poluição hídrica, desmatamento, efeitos das mudanças do clima sobre a produção de alimentos, a habitação e infraestrutura urbana é necessária uma mobilização da sociedade no sentido de ser mais solidária com os seres humanos em risco. É preciso haver um resgate da convivência comunitária de forma mais fraterna. Que as pessoas compreendam que a degradação humana a que estão submetidas a grande parcela da população é a degradação de toda a sociedade. 

Muitas destas formas de convivência mais solidária entre seres humanos buscando se harmonizar com a natureza, felizmente estão presentes em populações tradicionais. Daí a importância da sociedade saber ouvir e respeitar estas populações. Estamos vivendo épocas de adaptação às consequências das mudanças climáticas e é tarefa das sociedades compreenderem o que podemos assimilar de boas práticas em lidar com a diversidade humana e aquelas comunidades e pessoas que procuram se harmonizar com o meio ambiente.  

 Pesquisas nas áreas das Ciências Sociais como da antropóloga Alba Zaluar confirmam que as desigualdades são fatores determinantes do aumento da violência. Muitos associam este aumento da violência à pobreza. Quando, na verdade segundo a pesquisadora, as desigualdades é que estão intensificando os conflitos socioambientais nas sociedades.

 Por mais que a sociedade seja focada no individualismo como forma de realização, nossa essência humana é social. O ser humano se reconhece como uma forma de vida através do convívio com outras pessoas. Todos nós vivenciamos estas consequências que o isolamento provocado pela pandemia recente causou para os seres humanos da Terra. Uma dura lição, fruto do que ações humanas predatórias antrópicas podem causar. E mesmo assim as sociedades parecem não terem assimilado este período pandêmico como aprendizado para novos caminhos de sustentabilidade e continuam seguindo caminhos que estão intensificando novos conflitos socioambientais. Como a eclosão de guerras e seus gastos que poderiam ser revertidos para o combate à fome no mundo. Quantas pessoas durante a pandemia pediam para poder sair às ruas. Escolas, e formas de organização do trabalho, foram paralisadas de forma drástica. O sofrimento e estresse de bilhões de seres humanos se deparam hoje com redes sociais que precisam de mais credibilidade de conteúdos que valorizem os seres humanos como prevê a Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU – dezembro 1948). Recriar formas sadias de convivência socioambiental é um caminho para a construção de sociedades sustentáveis. Sem disseminação desenfreada de "fakes news" e mais solidariedade e qualidade de informação e convivência social.

   O desafio de favorecer uma vivência comunitária solidária diante o individualismo é um caminho para a construção da sustentabilidade. Uma destas soluções é difusão da cultura voltada para a valorização dos seres humanos e do meio ambiente. Este é um bom caminho para a conquista de cidades sustentáveis. Governos precisam dinamizar políticas de distribuição de renda, melhorar a qualidade dos transportes públicos e a mobilidade urbana, gerar empregos sustentáveis, retirar trabalhadores da precarização das relações de trabalho e de áreas de risco. Gerar oportunidades para pessoas e instituições que realizam ações e trabalhos de pesquisa, produção de conhecimentos e tecnologias sobre energias renováveis.  Podemos valorizar nossa convivência comunitária sadia através do incentivo a criatividade humana que construa a sustentabilidade.  Promover ações, projetos e combate à fome, vencer as desigualdades com solidariedade e conscientização da capacidade humana de buscar construir sociedades socioambientalmente mais justas e com qualidade de vida para todos. A inteligência humana não é artificial.


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

SONS DA NATUREZA - AS ÁGUAS



 

BLOCO LIBERDADE E ÁGUA LIMPA NO CARNAVAL BH 2024

 CARNAVAL COMO VALORIZAÇÃO HUMANA, CULTURAL E SOCIOAMBIENTAL

 


     Há na cultura brasileira uma diversidade de propostas sobre o que é de fato valorização  dos seres humanos no carnaval diante uma realidade de conflitos socioambientais como consequência das mudanças climáticas.

    Todo poder público tem informações sobre a gravidade da atual situação de como o clima da Terra está sofrendo alterações cada vez maiores. Para a população estas informações não chegam como deveriam no sentido de valorizar cada vez mais nossa participação na busca de solução dos problemas socioambientais.  O carnaval pode ser um momento privilegiado de investir em qualidade de  cultura e apoiar às comunidades para conquista de lazer e qualidade de vida.

    No carnaval de BH existem blocos que procuram aliar qualidade cultural a educação para um meio ambiente saudável e melhor qualidade de vida nas comunidades. Este é o caso do Bloco Liberdade e Água Limpa, que mesmo habilitado e classificado para o Carnaval BH 2024 não foi contemplado com recursos públicos e mesmo assim realizou com garra e boas energias seu desfile no Carnaval BH 2024 sobre o tema: “Plante árvores, cuide das águas e das serras e plante a cultura do Samba”. O Bloco realizou vários ensaios com uma boa participação da comunidade de Santa Efigênia e no desfile recebeu a visita de integrantes do “Bloco Tá Caindo Fulô”, do bairro União que realiza também um importante trabalho de educação ambiental e preservação do meio ambiente com sua comunidade.

    O Bloco Liberdade e Água Limpa convida as comunidades a virem plantar árvores, cuidar das nascentes nas comunidades, valorizar as Raízes culturais do Brasil no que se refere à busca por melhor qualidade de vida, cultura e meio ambiente saudável.  A construção da sustentabilidade depende de todo ser humano que compreende que somos parte da natureza. Que os recursos naturais merecem ser bem cuidados, como cada um de nós.



   Que o poder público possa valorizar o empenho de comunidades que mesmo sem recursos realizam ações de  valorização dos seres humanos, da cultura, do meio ambiente e sustentabilidade.