EDITORIAL
O dia mundial do meio ambiente é também o
dia da valorização dos seres humanos,
uma vez que fazemos parte do meio ambiente.
A relação ser humano e natureza vêm merecendo reflexões e melhoria
contínua de nossas atitudes na convivência humana e com outros seres vivos, a
biodiversidade, o Planeta.
Várias comunidades vêm sofrendo as conseqüências
de ações predatórias humanas como aqui em Minas Gerais, com a devastação
socioambiental de rejeitos que toda a sociedade deveria rejeitar, por ceifar
vidas humanas, fauna e flora. Mas alguns fazem da mídia um instrumento de
tortura psicossocial do que poderia ter sido evitado antes. As
responsabilidades na devastação socioambiental de minerar a qualquer custo e de
qualquer forma sem se respeitar as vidas humanas, e toda beleza que estas
regiões de montanhas mineiras guardaram durante milênios.
A melhor tecnologia que a humanidade pode
lançar mão é o respeito aos seres humanos, ao meio ambiente, que hoje é chamado
de sustentabilidade.
Se não há respeito à pessoa humana, aos
direitos humanos, a convivência fraterna, solidária entre todos nós, não haverá
respeito ao restante do meio ambiente. Isto nos parece óbvio, mas esta
percepção é lenta dentre os humanos. Ainda há muita energia sendo despendida
para promover: guerras por objetivos econômicos; o consumo ilimitado; a difusão de produtos químicos nefastos e que
adoecem cotidianamente os seres humanos.
Não é preciso ser especialista para perceber que o aumento de epidemias,
como a dengue, está relacionado com a degradação do meio ambiente, aonde o déficit
de saneamento básico principalmente nas comunidades mais pobres, a manutenção
de lixões, as devastações e desequilíbrios causados pelo rompimento de
barragens, agravam o problema.
A Floresta Amazônica vem sofrendo com o
aumento do desmatamento ilegal. Qualquer
país civilizado no mundo priorizaria ações urgentes para se manter a maior
floresta tropical do mundo valorizada e respeitada, sustentável. Assim como os
povos originários do Brasil, os Povos Indígenas, as comunidades tradicionais, que
são guardiãs de nossa espécie humana merecem todo o nosso respeito, não apenas
no Brasil, mas pelo mundo. Pois lá ainda estão os genomas mais sadios do
planeta.
As águas que parecem estar à disposição dos
seres humanos de forma ilimitada sofrem contínua degradação e escassez. Seriam o
rompimento de barragens nossos últimos alertas de que é preciso parar de
destruir o meio ambiente? Os cursos d’água?
Alertas do rio que não é mais doce, o Paraobeba transformado em lama e o
perigo desta concepção predatória chegar definitivamente ao Rio São Francisco,
aonde não teremos mais como reverter em curto prazo os danos de tamanha
destruição.
O aquecimento global, as mudanças climáticas
alteram de forma drástica, a infra-estrutura das cidades, da produção de
alimentos, seres humanos migram de um lado para outro, sem rumo, sem terra, sem
água, sem dignidade, sem respeito por sua própria espécie.
O caminho da sustentabilidade é possível.
Um aprendizado cultural, socioambiental, que pode ser assimilado pela
humanidade. Aprender com os erros históricos e com os fatos cotidianos do que
precisa ser mudado. Há possibilidade de caminhos de mais harmonia, de respeito,
de valorização humana, de outras espécies de vida, dos recursos naturais. Precisamos focar nas redes sociais, grande e
pequenas mídias o que de bom somos capazes de realizar. Nossa Fé inabalável de
que o ser humano possui inteligência para reverter tanta degradação
socioambiental e conquistar dias
melhores, sociedades sustentáveis.