INFORMAÇÃO SOCIOAMBIENTAL CONSTRUINDO A SUSTENTABILIDADE -
PRESENTE NA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - RIO + 20 - Reg.:18820762
A Década do Oceano foi proposta pela ONU para conscientizar a população sobre a importância dos oceanos e para mobilizar atores em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares. Foto: Jeremy Bishop / Pexels
As diretrizes traçadas ajudarão o Brasil a planejar ações a favor do ecossistema marinho-costeiro para serem executadas no período de 2021 a 2030. A participação e o engajamento de diferentes setores da sociedade é parte essencial para desenvolver um plano nacional, que contemple as necessidades, os desafios e as particularidades de todas as regiões do país.
A série de eventos para traçar o Plano Nacional para a Década do Oceano é uma iniciativa do MCTI, Marinha do Brasil, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Unifesp, Fundação Grupo Boticário e Rede ODS Brasil.
A Década do Oceano foi proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar a população global sobre a importância dos oceanos e para mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil organizada em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares.
“A partir do engajamento da sociedade como um todo, buscamos gerar conhecimentos e inovações para conservar os oceanos. É a ciência que precisamos para o oceano que queremos”, ressaltou o oficial de projetos da UNESCO no Brasil, Glauco Kimura.
No Brasil, alguns eventos ocorridos desde o ano passado já trouxeram a Década para a pauta das discussões. Agora, várias entidades promovem uma série de eventos on-line, com participação gratuita, com o intuito de conhecer mais e melhor a relação de cada região brasileira com os mares – até mesmo as localidades do interior. O objetivo é reunir diferentes percepções e integrar processos.
“O oceano provê serviços essenciais para a sobrevivência de todos e regula o clima do planeta. Nós precisamos conhecer mais sobre esse assunto, por isso, fazemos o convite à sociedade para reunirmos informações e conhecimentos de cada uma das regiões do Brasil e garantir o futuro sustentável para as próximas gerações”, destacou a coordenadora-geral de Oceanos, Antártica e Geociência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Karen Silverwood-Cope.
A série de eventos começou nesta quarta-feira (19) com o primeiro webinário nacional “Onde estamos?”, que reuniu vários especialistas para falar sobre o cenário atual da costa e da vida marinha brasileira.
A programação seguirá até novembro com cinco oficinas subnacionais – uma para cada região do Brasil. “Buscamos uma participação diversificada, inclusiva e representativa em todas as regiões brasileiras. Com isso, queremos entender de que forma o ambiente marinho está relacionado com a economia, o bem-estar social, a resiliência costeira e a cultura de povos tradicionais em todo o país”, explicou o coordenador de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Robson Capretz. Cada oficina regional terá até 105 participantes, selecionados a partir de inscrições, divididos em sete grupos de trabalho.
O calendário termina em dezembro com o segundo webinário nacional “O que temos e para onde vamos”, que trará os resultados de todos os encontros regionais, com um panorama nacional. Para o professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), Ronaldo Christofoletti, a oportunidade de unir o conhecimento de cada uma das regiões é o principal diferencial da iniciativa. “É uma Década da ciência, mas que ao mesmo tempo é construída por todos os setores da sociedade. Precisamos que todos deixem a sua contribuição. Dado o tamanho continental do Brasil, precisamos ouvir as vozes das pessoas que vivem em cada uma dessas regiões”.
Agatha Pessoa é uma artista, 20 anos, cantora carioca, reside no Rio de
Janeiro. Filha de Alessandro Márcio,
músico e compositor mineiro de sambas enredo. Conhecido como Araxá e de Patrícia Fabiana. Estudou numa escola de música chamada Centro de Formação
Artística Dança e Teatro de Rio das Ostras. Ela concedeu uma entrevista
exclusiva onde aborda temas ligados à cultura e meio ambiente.
Há uma simbologia em seu nome
muito interessante. Uma referência de uma pedra, elemento da natureza. Suas
respostas inteligentes e precisas retratam como a juventude vem encarando os
desafios socioambientais que o Brasil e o mundo atravessam.
O nome
Ágata tem origem no grego. Agatha uma variação de Agathos que significa –
bondade, perfeição, respeitável, virtuosa. Para algumas culturas como a
islâmica, as ágatas são pedras muito preciosas. Acredita-se que o portador de
um anel de ágata estará protegido contra vários infortúnios e gozará de longa
vida entre outros benefícios.
Pois bem, Agatha Pessoa tem muito a dizer a todos nós. Segue sua
entrevista exclusiva ao Jornal Oecoambiental e sua afirmação sobre “o agir
invisível”...
Jornal Oecoambiental:
Agatha, conte-nos um pouco da sua história.
Agatha: Eu canto desde, os 4, 5 anos de idade. Mas só entendi a
importância da arte e me enxerguei como artista e cantora a partir dos 16 anos.
Quando comecei a levar a sério e gravar vídeos para as redes sociais na
internet. Hoje tenho 20 anos. Então estou ha quatro anos nesta trajetória.
Quando eu comecei a cantar na igreja, a partir dos meus 12 anos até chegar aos
17 eu entendi que o que eu carregava dentro de mim poderia beneficiar outras
pessoas. Não só a mim. Porque cantar é um prazer para mim. Eu me sinto bem
cantando, envolvida no mundo da música. Além disso, existe um papel que eu
carrego quando eu canto as palavras, dependendo daquilo que eu falo. Existe uma
influência que gera sobre as outras pessoas. Quando eu entendi a importância e
a responsabilidade sobre isso foi um choque para mim. Eu comecei a ter medo.
Ainda tenho alguns problemas como à timidez e superar meus limites. Acreditar
em mim de uma forma que eu vou poder passar o que está dentro de mim. Então dos
meus 13 anos aos 17 foi um período bem conturbado em que eu tive que me
conhecer e que eu tive que olhar para mim, para dentro de mim e falar: “bom
você é capaz de mudar vidas através do canto, da música, da cultura. Seja o que
for.”
Jornal Oecoambiental: Quais são os estilos musicais que canta e
gosta? Quais são suas referências musicais?
Agatha:
Canto gospel, MPB, sou envolvida e apaixonada por outros estilos como MPB,
R&B, Pop, Rock (seculares ou não).
Esta pergunta é difícil porque tem muita gente
que eu acompanho. Muitos artistas tantos famosos ou não. Seculares, que não
fazem parte do meio gospel. Eu gosto muito de um grupo R&B brasileiro: Youn.
Eles têm um conhecimentomusical muito
grande. Acompanho muito Byoncé. Eu digo vocalmente falando. Whitney Houston, Jennifer
Hudson, Jacob Latimore, pessoas tanto do mundo do cinema quanto da arte
musical. Estou mais envolvida com estas pessoas, mas tem muito mais pessoas que
agora não consigo lembrar tanto.
Jornal
Oecoambiental: Como você avalia a importância da música e da cultura para a
população e a sociedade?
Agatha: Não existe uma pessoa no mundo que não seja envolvida pela música
e a cultura, mesmo sendo que a cultura e a música, muitas das vezes, não sejam valorizadas.
Mas todo mundo participa de algum jeito. Ou pelo menos aproveita de algum
jeito.Eu vi um estudo de algum tempo
atrás que mostrava que pacientes em hospitais, que passavam por seu período de
recuperação, com um método de musicalização, se recuperavam muito mais rápidos.
A importância da música e da cultura não é conhecer apenas novas coisas, mas
também respeitar outras culturas, outras pessoas e entender que o mundo é muito
amplo. Existem coisas que a gente tem que estar aberto a conhecer porque é fato
que nós vamos aprender. Assim a gente vai poder se tornar um todo. Acredito que
esta seja a meta que todos precisam. Abrir seus horizontes. Olhar com novos
olhares e entender que é necessário conhecer outras coisas, respeitar e
valorizar também a música e a cultura entre nós.
Jornal Oecoambiental: Como você avalia a importância do meio
ambiente?
Agatha: O meio ambiente é o que sustenta o mundo. É aonde a gente
vive. Cada dia que passa eu entendo a necessidade que o ser humano tem de estar
envolvido no meio ambiente, na natureza até mesmo porque o nosso corpo pede. A
nossa mente pede porque fazemos parte deste meio também. O ser humano não tem
levado isso a sério. Está tendo que ser da pior forma possível a gente entender
que é necessário cuidar, preservar e sustentar o meio ambiente da melhor forma
possível.
Jornal Ecoambiental: Você
tem em seu nome u ma referência da natureza: Agatha. Como vê a importância da
participação das pessoas e da juventude para que consigamos melhorar o meio
ambiente?
Agatha: Infelizmente acaba ficando muito oculto esta importância na
sociedade em si. Principalmente da juventude porque nós somos o futuro da
Nação. Mas está tudo muito oculto, muito silencioso. Era pra ser uma coisa mais
falada. Pra ser uma coisa que houvesse mais luta em relação a isso. Os jovens
não têm tido interesse em procurar saber o que é a sustentabilidade. O que a
gente tem feito diante o que tenham destruído aos poucos nosso meio ambiente.
Eu percebo que alguém tem que falar né?Para que todas as pessoas que lutam por isto, não desistam porque eu
acredito que em algum momento o mundo vai perceber que a sustentabilidade ela
tem pontos extremamente importantes. Que literalmente todo mundo tem uma culpa
nisso. Está tudo tão horrível, seja a água, a camada de ozônio que está
acabando. E existem responsabilidades nisso.
Jornal Oecoambiental:O que
pensa sobre a importância dos jovens se cuidarem diante as pandemias?
Agatha: É importante se cuidar
não somente pelas próprias vidas, mas também pela vida do próximo. Existem
pessoas com realidades conturbadas e sem uma boa condição de vida. Pessoas
doentes além do covid, que são grupos de
risco nessa situação. Então ser uma ponte de contaminação a uma pessoa nessa
realidade pode ser fatal. Fiquem em casa.
Jornal Oecoambiental: Existe uma frase do artista, escritor e
compositor Martinho da Vila, na apresentação de um DVD, onde ele diz: “nós
nascemos para melhorar o mundo”. O que você pensa a respeito desta afirmação?
Agatha: Eu concordo em partes. Atualmente sim. Todas as pessoas que
nascem, elas nascem para melhorar o mundo. Elas já nascem com esta carga de que
você precisa fazer alguma coisa também. Mas um dia o mundo foi bom e não fomos
nós mesmos que o destruímos. Então a gente só está colhendo o fruto daquilo que
foi plantado.
Jornal Oecoambiental: Como você avalia a importância da educação na
vida das pessoas, os saberes? E a sabedoria que os mais velhos adquirem em
determinadas culturas ao longo da vida?
Agatha: Quanto mais a gente se abre para conhecer outras culturas,
outras pessoas, a gente aprende a melhorar. Porque a gente percebe que somos
seres pequenos, limitados. A gente nunca vai saber tudo. Quem realmente entende
o valor disso tudo consegue alcançar lugares altos. Vejo como uma oportunidade
você poder conhecer, conviver, respeitar, aprender, com outras culturas e
outras pessoas. Quando você fica mais velho, acredito que faz vir um sentimento
de que valeu a pena viver tudo que se vive. Aprender tudo que eu aprendi. E
você não se sente arrependido de não ter aproveitado as oportunidades.
Jrnal Oecoambiental: Você
acredita que podemos realizar nossos sonhos? Qual mensagem você pode passar aos
jovens principalmente, que têm sonhos e metas a conquistar?
Agatha: Acredito sim. Confesso que nem sempre acreditei. Quando eu
entendi que existe o agir invisível, tudo se tornou mais tranqüilo para mim. Eu
aprendi a ter paciência no Senhor para esperar as coisas acontecerem dentro da
vontade dele. E o recado que eu tenho para vocês jovens, que têm metas, objetivos,
sonhos, acreditem no seu potencial. Corra atrás de seus objetivos. Mentalize
aquilo que você tanto deseja. E tenha fé no agir invisível. Você pode não estar
enxergando nada daquilo que você tanto deseja, mas está acontecendo. Porque o
mundo é muito além daquilo que a gente costuma enxergar. Não sei no que você
acredita qual sua fé, mas acredite que a sua mente tem um poder incrível e que
você é capaz de tudo.yv
Jornal Oecoambiental: Muito obrigado Agatha pela brilhante entrevista. Felicidades a você e sua família.
AAgência da ONU para Refugiados (ACNUR), em parceria com universidades da Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM), lançaram na quinta-feira (6) o podcast “Refúgio em Pauta”, que discute temas de integração das pessoas refugiadas no Brasil com profissionais de campo, pesquisadores e os próprios refugiados.
O primeiro episódio trata da segurança alimentar no contexto de pandemia da COVID-19. O coordenador de campo do ACNUR em Boa Vista (RR), Arturo de Nieves, fala sobre a resposta do ACNUR e de seus parceiros em um contexto de emergência humanitária.
A coordenadora do Programa de Atendimento a Refugiados (PARES) da Cáritas-RJ, Aline Thuller, discute a assistência prestada pela ONG no apoio às pessoas em situação de refúgio no Rio de Janeiro (RJ), vivendo em comunidades e no abrigo gerido pela Cáritas-RJ.
Fechando o episódio, o casal de empreendedores venezuelanos Carlos e Marifer relatam o processo de chegada ao Brasil e como está sendo a adaptação de seu empreendimento gastronômico à realidade da pandemia.
Todo mês, um diferente tema conduzirá os debates entre profissionais de campo, pesquisadores, refugiados e parceiros do ACNUR para que seja feita uma análise conjuntural do assunto proposto. O próximo episódio, a ser lançado em setembro, discutirá o tema dos refugiados indígenas que vivem no Brasil.
Para o representante do ACNUR no Brasil, Jose Egas, o podcast “Refúgio em Pauta” consolida os esforços do ACNUR em fazer com que o tema do refúgio seja tratado de forma inclusiva, trazendo os desafios enfrentados, mas também as amplas possibilidades de contribuição que os refugiados aportam no país.
“Os temas de cada episódio são debatidos entre especialistas e pessoas refugiadas, sendo um retrato da realidade que requer aprofundamento de discussão. Por isso o podcast é importante, pois pode ser acessado em diferentes localidades, por diferentes públicos e traz variadas perspectivas de análise que contribuem para uma melhor compreensão sobre o tema do refúgio como um todo, reduzindo a xenofobia e a discriminação”, afirma Egas.
O podcast “Refúgio em Pauta” é o resultado de um projeto de inovação do ACNUR, onde profissionais da agência de todo o mundo são convidados para trazerem dilemas dos mais variados campos de atuação para discutir soluções adequadas, de baixo investimento.
Como o programa de interiorização de venezuelanos promovido pelo governo federal já realocou mais de 38 mil pessoas desde Boa Vista para cerca de 600 municípios brasileiros, o podcast é uma ferramenta estratégica de informação atual e confiável, estando disponível nos diversos agregadores de podcast.
A produção conta com a participação de acadêmicos vinculados à Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM), uma iniciativa do ACNUR que existe desde 2003 e que atualmente reúne 23 instituições de ensino superior.
A Cátedra tem o objetivo de difundir no ensino universitário os temas relacionados ao refúgio, promover pesquisas e implementar iniciativas que facilitem o processo de integração das pessoas refugiadas no Brasil.
Os seguintes profissionais integram a equipe de produção do podcast:
Coordenação: Miguel Pachioni (ACNUR) Produção: ACNUR (Miguel Pachioni e William Laureano); PUC-Minas (Profs. Danny Zahreddine e Duval Fernandes); UFES (Profa. Brunela Vincenzi); UNICAMP (Profa. Ana Carolina Maciel e Mariana Hafiz); UFSM (Profa. Giuliana Redin, Gianlluca Simi e Nathália Costa) e Carlos Escalona (jornalista venezuelano) Arte: PUC-Minas (Daniele Batemarque e Camila Seabra) Edição de som: ACNUR (Miguel Pachioni), UNICAMP (Mariana Hafiz), UFSM (Gianlluca Simi) e UFES (Alex Rosa de Andrade e Hélio Marchioni) Vozes das vinhetas: Leonardo Matumona (músico da República Democrática do Congo) e Oula Al-Saghir (artista da Palestina/Síria)
A
COVID-19 é uma grave ameaça para os povos indígenas do mundo, num momento em
que muitos também estão lutando contra os danos ambientais causados pela ação
humana e várias formas de exploração econômica.
O alerta foi feito pela alta-comissária da ONU para os direitos
humanos, Michelle Bachelet, para a ocasião do Dia Internacional dos Povos
Indígenas do Mundo (9 de agosto).
Em quase todos os 90 países onde vivem, frequentemente em locais
remotos, muitas comunidades indígenas têm acesso inadequado a cuidados de
saúde, água potável e saneamento, salientou.
"O seu modo de vida comunitário pode aumentar a
probabilidade de contágio rápido, embora em todo o mundo tenhamos visto
exemplos inspiradores de comunidades indígenas tomando medidas baseadas na sua
forte organização interna para limitar a propagação do vírus e reduzir os seus
impactos."
"Aqueles que vivem em ambientes mais urbanos sofrem com
frequência com a pobreza multidimensional, danos que são agravados por uma
severa discriminação – inclusive no contexto dos cuidados de saúde",
declarou.
Nas Américas, mais de 70 mil indígenas foram infectados pela
COVID-19, sendo 23 mil integrantes de 190 povos da Bacia do Amazonas.
Houve mais de 1 mil mortes, entre elas a de vários anciãos com
profundo conhecimento de tradições ancestrais, incluindo a trágica morte no
Brasil esta semana do cacique Aritana, do povo Yawalapiti.
Nesta vasta região que abrange áreas de Brasil, Bolívia, Peru,
Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa, 420 ou mais
povos indígenas vivem em terras que estão cada vez mais danificadas e poluídas
pela mineração ilegal, exploração madeireira e agricultura de corte e queima.
Apesar de regulamentações restritivas, muitas destas atividades
econômicas ilegais têm continuado nos últimos meses. A movimentação de
missionários religiosos também expõe as comunidades a um elevado risco de
infecção.
"Os povos indígenas que vivem em isolamento voluntário das
sociedades modernas – ou que se encontram nas fases iniciais de contato – podem
ter uma imunidade particularmente baixa a infecções virais, criando riscos
especialmente agudos", disse Bachelet.
"As comunidades e povos que foram forçados a abandonar suas
terras são também muito vulneráveis, particularmente aqueles que vivem em
territórios transfronteiriços."
Em junho, o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os
Direitos Humanos (ACNUDH) emitiu orientações sobre os direitos humanos dos
povos indígenas no contexto da COVID-19.
O documento destaca práticas promissoras adotadas por vários
países – muitas em estreita consulta com os povos indígenas – e enfatiza
recomendações práticas com impacto imediato e a longo prazo sobre a saúde.
"De modo geral, a pandemia ressalta repetidamente a
importância de assegurar que os povos indígenas possam exercer os seus direitos
de autogoverno e autodeterminação", disse a alta-comissária da ONU.
"Eles devem também ser consultados e devem poder participar
na formulação e implementação de políticas públicas que os afetam, através de
suas entidades representativas, líderes e autoridades tradicionais."
Segundo ela, trata-se de salvar vidas e proteger "uma
preciosa rede de culturas, línguas e conhecimentos tradicionais que nos ligam
às raízes profundas da humanidade".
"Neste Dia Internacional dos Povos Indígenas, meu
escritório compromete-se a trabalhar com os povos indígenas, bem como com a
Organização Mundial de Saúde, as equipes das Nações Unidas nos países, os
mecanismos de direitos humanos da ONU, e os Estados, para apoiar uma melhor
proteção dos seus direitos humanos fundamentais", concluiu.
As informações
detalhadas sobre os treinamentos disponíveis serão compartilhadas com os 250
Centros UNESCO-UNEVOC, em mais de 160 Estados-membros. Foto: UNESCO
Fonte: ONU - BRASIL
UNESCO lança cursos online para
apoiar empregabilidade
de 1 milhão de jovens no mundo
A Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) lançou no mês passado
a Academia Mundial de Habilidades, cujo objetivo é apoiar a empregabilidade e
as habilidades de resiliência de 1 milhão
de jovens no mundo todo.
Os cursos online também visam
ajudá-los a encontrar trabalho durante a recessão iminente, quando as
perspectivas de emprego dos jovens parecem sombrias.
Os membros da Coalizão Global de
Educação da UNESCO, lançada em março para apoiar os países a desenvolver
soluções inclusivas de aprendizagem, estão se unindo para oferecer aos jovens
oportunidades de adquirir habilidades digitais e outras competências por meio
do acesso gratuito a programas de desenvolvimento de habilidades online.
As ofertas dos parceiros serão
agrupadas na Academia Mundial de Habilidades, de modo a fornecer um acesso
único às oportunidades de treinamento.
Contribuirão para o projeto os
parceiros fundadores, incluindo Coursera, Dior, Festo, Huawei, IBM, Microsoft,
Orange Digital Centers e PIX, além de organizações internacionais e outros
parceiros, como Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Torneio Internacional de
Educação Profissional.
A Academia
funcionará por meio de um processo de correspondência coordenado pelo Centro UNESCO-UNEVOC, a rede mundial da UNESCO
para instituições especializadas em educação técnica e vocacional.
As informações detalhadas sobre os
treinamentos disponíveis serão compartilhadas com os 250 Centros UNESCO-UNEVOC,
em mais de 160 Estados-membros.
Os Centros identificarão os
participantes interessados e os conectarão às plataformas de treinamento dos
membros da Coalizão. Uma prioridade será alcançar os estudantes desfavorecidos.
“A crise destacou a urgência de dotar
os jovens com as habilidades certas para acelerar a transição para economias
mais inclusivas, sustentáveis e resilientes”, disse Stefania Giannini,
diretora-geral adjunta de Educação da UNESCO.
“Isso requer um investimento maciço
em educação e capacitação, bem como parcerias ampliadas com os empregadores
para reduzir a distância entre a demanda por habilidades e os locais de
trabalho.”
O impacto da pandemia na educação e
no emprego tem sido dramático. Os estudantes matriculados em instituições de
treinamento e os aprendizes foram particularmente afetados pelo fechamento
dessas instituições, pois são mais dependentes do treinamento prático e do
acesso a máquinas e equipamentos (hardware), disponíveis apenas em centros de
treinamento e locais de trabalho.
Habilidades em áreas como análise de dados,
computação em nuvem, inteligência artificial e aprendizado de máquina são
procuradas nos mercados de trabalho em todo o mundo, mas muitos sistemas de
educação e treinamento carecem das capacidades necessárias para preparar os
jovens para o emprego nessas áreas.
As contribuições dos parceiros
fundadores são as seguintes:
Coursera: Iniciativa de Recuperação da Força de
Trabalho (Workforce Recovery Initiative), curso online para recapacitar
trabalhadores desempregados para que sejam capazes de entrar novamente no
mercado de trabalho.
Dior: programa Women@Dior,
um programa de liderança educacional em torno de quatro valores fundamentais:
autonomia, inclusão, criatividade e desenvolvimento sustentável.
Huawei: programa Tech4All, um treinamento de habilidades digitais e MOOCS, que
cobre áreas como inteligência artificial, big data e internet das coisas.
Festo: módulos de e-learning em tecnologia hídrica e gestão de águas residuais.
IBM: acesso gratuito a plataformas que fornecem treinamento sobre tecnologias
emergentes, aprimoramento e capacitação de jovens e adultos.
Microsoft: cursos online e ferramentas do mundo real, ambos gratuitos, para
desenvolver habilidades em tecnologias que ajudam estudantes e candidatos a
emprego a terem sucesso em um mundo pós-COVID.
Orange: Centros Digitais Orange para o desenvolvimento de habilidades digitais
e o Orange Campus Services, que permite acesso gratuito a cursos online, na
África e no Oriente Médio.
PIX: plataforma para avaliar, desenvolver e certificar habilidades digitais.
As energias renováveis são fundamentais para que o Brasil e o mundo sigam na direção da conquista da sustentabilidade. O sofrimento das sociedades causado pelo surgimento da pandemia do coronavirus, agravam o quadro da crise socioambiental, somadas as consequências das mudanças climáticas. Fatos comprovados com os recentes ciclones no sul do Brasil, as queimadas na Amazônia, o derretimento das calotas polares, dentre inúmeros outros indicadores da ação antrópica humana.
Implantar tecnologias sustentáveis são parte das soluções possíveis a esta crise.
A seguir divulgamos reportagem da ONU-Brasil sobre a energia eólica, uma destas alternativas.
O Brasil, que possui mais de 8 mil quilômetros de costa, tem um grande potencial para implantar a energia eólica, uma das mais modernas do mundo.
"O Brasil se destacou em um estudo recente produzido pelo Programa de Assistência Gerenciada do Setor de Energia (ESMAP, sigla em inglês), e pela Corporação Financeira Internacional (IFC), braço do Grupo Banco Mundial para o desenvolvimento do setor privado."
Além do Brasil os estudos incluíram " a Índia, Marrocos, Filipinas, África do Sul, Sri Lanka, Turquia e Vietnã. Estes países somados têm potencial eólico offshore (medido em 200 km de costa) de cerca de três vezes a capacidade instalada de geração de eletricidade de todos os países da União Européia."
A energia eólica offshore, usa turbinas fixas ou flutuantes instaladas no mar, enquanto na onshore os equipamentos ficam em terra.
Ainda segundo reportagem da ONU Brasil - "de acordo com os dados mais recentes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) a energia eólica corresponde a 7,6% da oferta interna brasileira, com 48.475 GWh produzidos em 2018, equivalente a um aumento de 14, 4% em relação ao ano anterior.
Salienta que "há também inúmeras questões para reflexão, como instrumentos de gestão ambiental, adequação da infraestrutura portuária e possíveis conflitos socioeconômicos entre a atividade eólica offshore e outras.
Faz menção sobre as metas de sustentabilidade :"levar tudo isso em conta será importante para definir as tecnologias a serem usadas pelo Brasil no cumprimento de uma das metas determinadas no Acordo de Paris contra as mudanças climáticas até 2030, fazer com que 45% da sua matriz energética seja composta por fontes renováveis, elevando para 23% a participação da energia eólica."