segunda-feira, 22 de março de 2021

A ÁGUA

 

ARTIGO: A água para o desenvolvimento sustentável justo e igual

  • No Dia Mundial da Água - 22 de março -, artigo de opinião de representantes de agências das Nações Unidas no Brasil apontam os principais dados do Relatório Mundial sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos e reafirmam o compromisso de atuar na transição rumo a economias verdes, com políticas hídricas integradas e eficientes.
  • O estudo mostra que o consumo de água doce aumentou seis vezes no último século e muitas regiões enfrentam a chamada "escassez econômica": a água está fisicamente disponível mas não há infraestrutura para o acesso.
  • No Brasil, a má qualidade da água em regiões de baixa renda por falta de saneamento básico afeta o sistema de saúde.
  • O texto é assinado por Marlova Jovchelovitch Noleto, diretora e representante da Unesco no Brasil; Rafael Zavala, representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil; e Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global. 
  • Leia a íntegra a seguir.
Cachoeira em  Ituporanga, Santa Catarina
Cachoeira em Ituporanga, Santa Catarina

A escassez de água é um dos maiores riscos para o futuro global. Em todo o mundo, o desaparecimento de rios e nascentes, a poluição, o desperdício, a dificuldade de acesso e o impacto das atividades humanas no meio ambiente dificultam uma governança responsável da água. Isso também limita o acesso da população às inovações tecnológicas para seu melhor aproveitamento, bem como reduz os espaços de inclusão e o diálogo efetivo para solucionar problemas. Assim, recuperar os recursos hídricos é imperativo para garantir um desenvolvimento sustentável capaz de suprir as necessidades das próximas gerações.

Nesta segunda-feira (22), Dia Mundial da Água, com o lançamento do Relatório Mundial sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2021, a Unesco, a FAO e a Rede Brasil do Pacto Global, com o apoio de mais de 20 agências do Sistema ONU, reafirmam o compromisso de atuar na conscientização e na transição rumo a economias verdes, trabalhando com os Estados-membros na construção de políticas hídricas integradas e eficientes.

Com o tema “O valor da água”, o relatório apresenta dados alarmantes. O consumo de água doce aumentou seis vezes no último século e continua a avançar a uma taxa de 1% ao ano, fruto do crescimento populacional, do desenvolvimento econômico e dos padrões de consumo. A qualidade do bem diminuiu exponencialmente, e o estresse hídrico, mensurado pela disponibilidade em função do suprimento, já afeta mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. Muitas regiões enfrentam a chamada “escassez econômica de água”: ela está fisicamente disponível, mas não há infraestrutura para o acesso. E isso ocorre em um horizonte de crescimento no consumo de quase 25% até 2030.

No Brasil, as fontes de captação – majoritariamente mananciais– não assistiram a avanços em inovações que pudessem evitar de forma significativa o desperdício, um dos principais problemas enfrentados. A má qualidade da água nas regiões de baixa renda, resultado da falta de saneamento básico e higiene, é um vetor que afeta todo o sistema de saúde. Em um momento de crise causada pela pandemia de Covid-19, a falta de condições para a higienização multiplica os riscos de contágio. Se isso acontece em um dos países com maior potencial hídrico em todo o mundo, o impacto é ainda maior em países semiáridos de baixa renda econômica.

Caso o cenário não se altere, o mundo vai enfrentar um déficit hídrico de 40% até 2030. A solução envolve ações integradas de governos, iniciativa privada, sociedade e organizações da sociedade civil (OSCs), com caráter preventivo e corretivo, que permitam o intercâmbio de expertise no campo da gestão. Isso significa investimentos em pesquisas e coleta de dados, para garantir a eficácia da utilização responsável e o reúso da água; em alternativas para o armazenamento e o fornecimento; no combate ao desperdício; e na preservação dos ecossistemas naturais.

O valor agregado da água para as diversas atividades econômicas é subestimado, e outros valores —como os ecossistêmicos, recreativos, culturais e espirituais— são frequentemente negligenciados. É preciso reconhecer que essa lacuna tem resultado em desigualdades no acesso aos recursos e aos serviços hídricos. Além disso, a necessidade de produzir mais alimentos com menos água também é urgente. Hoje, em várias partes do mundo, existe uma disputa entre a água para a agricultura e a água para as cidades –um conflito que deve ser resolvido nesses espaços de governança, sejam eles locais, regionais, nacionais ou supranacionais.

A água é um fator crítico para todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU. É o alimento básico da humanidade e a origem de todos os alimentos para todas as espécies. Uma governança responsável desse direito humano passa por uma mudança de educação e de comportamento. Este é um apelo global: ao garantirmos que as pessoas, em todos os lugares, tenham acesso à água com qualidade e em quantidade suficiente, também estaremos assegurando uma condição indispensável para um desenvolvimento socioeconômico mais justo e igualitário em que ninguém seja deixado para trás.

22 DE MARÇO - DIA MUNDIAL DA ÁGUA




ÁGUA  LIMPA 


 É  DIREITO  DE  TODOS

 

   O Dia Mundial da Água foi instituído em 1992 pela ONU – Organização das Nações Unidas e tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da Água.

   Um recurso natural que vem sendo poluído pelos seres humanos e que necessita de ser mais valorizado, respeitado e preservado com qualidade.

   Podemos fazer muito pela valorização das águas, uma delas é a preservação de nascentes. Recomposição de matas ciliares. O Jornal Oecoambiental vem trabalhando no sentido de informar a população sobre o que podemos fazer juntos em benefício do meio ambiente. Nossa campanha de plantio de árvores visa também a revitalização de matas ciliares.

  As moléculas de água unem-se por ligações de hidrogênio. Essas ligações acontecem em virtude da atração exercida pelos átomos de oxigênio aos átomos de hidrogênio das moléculas vizinhas. Essa atração acontece, pois o hidrogênio é levemente positivo e é atraído pelo oxigênio levemente negativo de outra molécula.

A água no estado sólido apresenta ligações mais duráveis. Já no estado líquido, as ligações de hidrogênio são desfeitas e refeitas rapidamente, o que garante a fluidez da água. No estado gasoso, as moléculas não estão ligadas por essas ligações, sendo encontradas, portanto, de maneira individual

 A água não é encontrada exclusivamente no meio ambiente, estando presente também na composição dos seres vivos. Algumas funções da água nos seres vivos:

·         Transporte de substâncias pelo corpo;

·         Eliminação de substâncias tóxicas ou em excesso;

·         Regulação térmica do organismo;

·         Diminuição de atrito por meio da lubrificação de superfícies;

·        Dissolução de substâncias para a realização de reações metabólicas

 

Cerca de 70% da superfície terrestre está coberta por água. Desse total, 97,5% corresponde à disponibilidade de água salgada e 2,5% corresponde à água doce disponível, totalizando aproximadamente 1,4 bilhão de km3” (Fonte: Mundo Escola)


quarta-feira, 17 de março de 2021

A ÁRVORE QUE DEU ORIGEM AO NOME BRASIL


  A identidade do Brasil está ligada inexoravelmente ao meio ambiente, pelas belezas naturais que aqui são encontradas e ainda pelo fato do nome do País estar ligado a uma arvore o "pau-brasil"  Saber valorizar as árvores, os recursos naturais, os seres humanos que habitam o Brasil é uma tarefa de educação socioambiental permanente. Plantar e cuidar de árvores educa. Religa cada brasileiro e brasileira a uma  identidade de proximidade com a natureza. 
 A campanha de plantio de árvores do Jornal Oecoambiental é permanente. Convidamos a todas as pessoas a valorizarem e cuidarem melhor dos recursos naturais, das árvores.



Árvore "pau-brasil - Paubrasilia echinata" - Praça Floriano Peixoto - BH - MG
Foto: Jornal Oecoambiental

   O pau-brasil é uma árvore típica da Mata Atlântica (Paubrasilia echinata) e que no século XVI era conhecida pelos índios tupis de ibirapitanga. É uma árvore que pode alcançar até 15 metros e possui galhos com espinhos. 

  A origem do nome é controversa, porém há um certo consenso entre historiadores de que a resina que se encontra no interior da madeira, que possui um tom avermelhado, faz referência a "brasil". O termo "brasil" e suas variações tem origem no termo latino "brasília" cujo significado é "cor de brasa", ou "vermelho"..  Esta resina gerada pela árvore pau-brasil era utilizada para produzir um corante para tingir tecidos.





 

terça-feira, 2 de março de 2021

COMO PLANTAR ÁRVORES FRUTÍFERAS


 

DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS - FAO PARTICIPA DE LIVRO DA CONAB

 

FAO participa de livro da CONAB sobre perda e desperdício de alimentos

  • A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) participa de livro lançado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) sobre perdas e desperdício de alimentos na segurança alimentar e nutricional . A obra Perdas em Transporte e Armazenagem de Grãos - panorama atual e perspectivas reúne textos de diversas instituições nacionais e internacionais.  

  • A publicação está disponível no Portal da Conab e pode ser baixada aqui. 
FONTE: ONU -BRASIL

Frutas e vegetais são os alimentos mais desperdiçados na América Latina
Frutas e vegetais são os alimentos mais desperdiçados na América Latina

 

Para Joao Intini, Oficial de Políticas de Sistemas Alimentares do Escritório da FAO para América Latina e o Caribe, a publicação ajuda a compreender os problemas existentes e indica soluções, como a inclusão do combate às perdas e desperdícios de alimentos na agenda das instituições públicas e privadas. “Enfrentar as perdas e desperdícios de alimentos é um compromisso ético, ambiental e social que todos nós devemos ter, afirma.

Dados da FAO mostram que a produção mundial de alimentos está mal distribuída e não é acessível a maioria das pessoas. Além disso, as perdas e desperdícios representam um grande desafio global. "Perder alimentos significa desperdiçar recursos naturais como a água e o solo”destaca João Intini.

Produtos desperdiçados - O artigo “Perdas e desperdícios de alimentos na segurança alimentar e nutricional”, assinado por Alan Bojanic, representante da FAO na Colômbia, ressalta que a questão das perdas e desperdícios está sendo posicionada de forma mais transversal e globalizada devido ao impacto ao longo de todo o sistema alimentar, gerando também implicações na segurança alimentar e nutricional. Bojanic informa que, na América Latina, o grupo de alimentos que mais se perde ou desperdiça inclui frutas e vegetais, chegando a quase 55%, seguido por 40% do grupo dos tubérculos e raízes.

Já o estudo Perdas em Transporte e Armazenagem de Grãos – panorama atual e perspectivas apresenta as perdas que ocorrem na estocagem de arroz e trigo e no transporte rodoviário de milho. Os dados foram levantados em pesquisas coordenadas pela CONAB em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e executadas por universidades nacionais e pela Embrapa. “Essas análises abrem as portas para que haja mais estudos, envolvendo outros grãos de relevância nacional, como café, soja e feijão”, explica o superintendente de armazenagem da CONAB, Stelito Assis dos Reis Neto. “Com isso poderíamos propor a atualização desses percentuais, que hoje são utilizados em diversas atividades de fiscalização, de remoção de estoques e outras políticas públicas”.

O livro conta ainda com participações do Ministério da Agricultura do Chile, da Associação Civil Solidagro (Argentina), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), das Universidades Federal de Pelotas (UFPel), da Grande Dourados (UFGD), de Mato Grosso (UFMT), de Lavras (UFLA), das unidades Trigo e Soja da Embrapa e da Emater do Rio Grande do Sul.

A publicação está disponível no Portal da Conab e pode ser baixada aqui. 

IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DA COVID NA AMÉRICA LATINA E CARIBE

 

CEPAL apresenta novos dados do impacto da COVID-19 sobre pobreza, desigualdade e emprego na América Latina e Caribe

Fonte: ONU - BRASIL
  • A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) apresentará na próxima quinta-feira (4) o relatório anual Panorama Social da América Latina 2020, em que analisa o impacto social da crise sem precedentes provocada pela pandemia da COVID-19 e fornece os dados mais recentes disponíveis sobre a pobreza, a desigualdade e o emprego na região.

Distribuição de alimentos para famílias vulneráveis na periferia de Curitiba
Distribuição de alimentos para famílias vulneráveis na periferia de Curitiba

O documento analisa também as tendências do gasto público social nos países da região, as medidas de proteção social adotadas pelos governos da América Latina e do Caribe em resposta aos efeitos da pandemia, o papel da economia do cuidado e o mal-estar social que existia na região antes da crise..

De acordo com o relatório, devido à pandemia, e apesar das medidas emergenciais de proteção social que vêm sendo adotadas para freá-la, a pobreza e a extrema pobreza atingirão níveis não observados nas últimas décadas. Estima-se, também, um aumento da desigualdade da renda total por pessoa, bem como uma forte contração da ocupação.

A coletiva de imprensa será transmitida ao vivo via Zoom pelo seguinte link: https://zoom.us/webinar/register/WN_VKof4E1TRaum-Ki3atocXw

A coletiva será transmitida no site da CEPAL, Twitter (@cepal_onu) e Facebook (https://www.facebook.com/cepal.onu).