FAO participa de livro da CONAB sobre perda e desperdício de alimentos
- A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) participa de livro lançado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) sobre perdas e desperdício de alimentos na segurança alimentar e nutricional . A obra Perdas em Transporte e Armazenagem de Grãos - panorama atual e perspectivas reúne textos de diversas instituições nacionais e internacionais.
- A publicação está disponível no Portal da Conab e pode ser baixada aqui.
Para Joao Intini, Oficial de Políticas de Sistemas Alimentares do Escritório da FAO para América Latina e o Caribe, a publicação ajuda a compreender os problemas existentes e indica soluções, como a inclusão do combate às perdas e desperdícios de alimentos na agenda das instituições públicas e privadas. “Enfrentar as perdas e desperdícios de alimentos é um compromisso ético, ambiental e social que todos nós devemos ter”, afirma.
Dados da FAO mostram que a produção mundial de alimentos está mal distribuída e não é acessível a maioria das pessoas. Além disso, as perdas e desperdícios representam um grande desafio global. "Perder alimentos significa desperdiçar recursos naturais como a água e o solo”, destaca João Intini.
Produtos desperdiçados - O artigo “Perdas e desperdícios de alimentos na segurança alimentar e nutricional”, assinado por Alan Bojanic, representante da FAO na Colômbia, ressalta que a questão das perdas e desperdícios está sendo posicionada de forma mais transversal e globalizada devido ao impacto ao longo de todo o sistema alimentar, gerando também implicações na segurança alimentar e nutricional. Bojanic informa que, na América Latina, o grupo de alimentos que mais se perde ou desperdiça inclui frutas e vegetais, chegando a quase 55%, seguido por 40% do grupo dos tubérculos e raízes.
Já o estudo Perdas em Transporte e Armazenagem de Grãos – panorama atual e perspectivas apresenta as perdas que ocorrem na estocagem de arroz e trigo e no transporte rodoviário de milho. Os dados foram levantados em pesquisas coordenadas pela CONAB em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e executadas por universidades nacionais e pela Embrapa. “Essas análises abrem as portas para que haja mais estudos, envolvendo outros grãos de relevância nacional, como café, soja e feijão”, explica o superintendente de armazenagem da CONAB, Stelito Assis dos Reis Neto. “Com isso poderíamos propor a atualização desses percentuais, que hoje são utilizados em diversas atividades de fiscalização, de remoção de estoques e outras políticas públicas”.
O livro conta ainda com participações do Ministério da Agricultura do Chile, da Associação Civil Solidagro (Argentina), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), das Universidades Federal de Pelotas (UFPel), da Grande Dourados (UFGD), de Mato Grosso (UFMT), de Lavras (UFLA), das unidades Trigo e Soja da Embrapa e da Emater do Rio Grande do Sul.
A publicação está disponível no Portal da Conab e pode ser baixada aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário