terça-feira, 16 de novembro de 2021

COP 26 - O FINANCIAMENTO PARA O CLIMA SERÁ EFETIVO OU RETÓRICA ?

 


  Um dos grandes entraves para que as iniciativas da sociedade civil, que são protagonistas nas ações climáticas, alcancem sustentabilidade efetiva, é a falta de financiamentos, incentivos fiscais e programas de incentivo e democratização de recursos para as ações climáticas locais, que contribuem para a solução das consequências danosas ao meio ambiente das ações antrópicas.

   Fazemos votos que as palavras do setor financeiro na COP 26 não se percam em retóricas e estes recursos anunciados cheguem de fato a todas as instituições, projetos e ações climáticas  que somadas e valorizadas se multipliquem na conquista de melhor qualidade de vida e meio ambiente mais justo e saudável para todos os segmentos da população mundial. 

   A seguir postamos as deliberações do setor que ficou conhecida como a "Aliança Financeira de Glascow". 

FONTE ; ONU - BRASIL

Durante o “Dia das Finanças” na COP26, banqueiros, seguradoras e investidores firmaram uma aliança que promete colocar a ação climática no centro das atividades do setor.

Agora conhecida como Aliança Financeira de Glasgow, o grupo inclui 500 empresas de serviços financeiros globais que prometeram alinhar 130 trilhões de dólares com as metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris. 

  O enviado especial da ONU para Ação Climática e Finanças, Mark Carney, responsável pela aliança, pontuou que os novos compromissos representam um fim do “blá blá blá” e caminham para uma ação climática com “foco no cliente, indo até onde estão as emissões para ajudar a reduzi-las”. 

As promessas também indicam o caminho para o setor privado, usando diretrizes científicas, para alcançar emissões líquidas zero até 2050 e se comprometer com metas de curto prazo para uma redução de 50% até 2030 e de 25% nos próximos cinco anos.

Uma cooperativa de mulheres no sul da Mauritânia está usando energia solar para operar o poço que fornece água para a horta.
Legenda: Uma cooperativa de mulheres no sul da Mauritânia está usando energia solar para operar o poço que fornece água para a horta
Foto: © Raphael Pouget/Climate Visuals Countdown

Um grande anúncio foi o destaque do 'Dia das Finanças' na COP26, quase 500 empresas de serviços financeiros globais concordaram  em alinhar 130 trilhões de dólares - cerca de 40% dos ativos financeiros mundiais - com as metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris, incluindo a limitação do aquecimento global a 1,5ºC.

Os membros da recente Aliança Financeira de Glasgow para as Emissões Zero, em inglês Glasgow Financial Alliance for Net Zero, que inclui um grupo de banqueiros, seguradoras e investidores, se comprometeram a colocar a mudança climática no centro de seu trabalho. O enviado especial da ONU para Ação Climática e Finanças, também ex-governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney, foi o responsável por reunir o grupo durante a Conferência. 

Transição global - “A mensagem central hoje é que o dinheiro está aí, o dinheiro está aí para a transição e não é blá-blá-blá”, disse Carney aos delegados durante um evento de finanças climáticas na COP26 .

O ex-governador do Banco da Inglaterra ressaltou que vê as Emissões Zero como a infraestrutura crítica do novo sistema financeiro.

“É uma questão de foco no cliente, indo até onde estão as emissões para ajudar a reduzi-las. Então, as empresas que têm planos para reduzir as emissões vão encontrar o capital, as que não têm, não vão. Portanto, é altamente recomendável colocar esses planos em prática ”, explicou.

O compromisso vem com um caminho pelo qual as empresas envolvidas, incluindo a maioria dos principais bancos ocidentais, devem usar diretrizes baseadas na ciência para alcançar emissões líquidas zero até 2050 e se comprometer com metas provisórias para uma redução de 50% até 2030, e também uma redução de 25% nos próximos cinco anos.  

Isso significa ajustar seus modelos de negócios, desenvolver planos confiáveis ​​para a transição e, em seguida, implementá-los. “E com relatórios anuais críticos, teremos o retorno sobre quem está indo bem, quem precisa fazer mais e em termos de política, o que existe e o que não existe”, destacou Carney. 

A importância do financiamento privado - De acordo com a Aliança, o financiamento privado pode alavancar iniciativas do setor privado e transformar bilhões prometidos em investimento climático em trilhões por meio de canais públicos. Mas desbloquear a mudança sistêmica exigirá compromissos ambiciosos e colaborativos e ações de curto prazo em todo o sistema financeiro.

“Até hoje não havia dinheiro suficiente no mundo para financiar a transição, este é um divisor de águas”, disse o enviado especial à plenária da COP.

De acordo com Patricia Espinosa , Secretária Executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), não há dúvida de que deve haver uma transformação profunda da economia mundial e o setor privado deve fazer parte dela.

“O setor privado está percebendo que os riscos climáticos são muito importantes para seus portfólios e precisam alinhá-los a uma forma mais sustentável de fazer as coisas”, disse ela a jornalistas em uma entrevista coletiva.

Mark Carney, enviado especial da ONU para Ação Climática e Finanças, fala na Conferência Climática COP26 em Glasgow, na Escócia
Legenda: Mark Carney, enviado especial da ONU para Ação Climática e Finanças, fala na Conferência Climática COP26 em Glasgow, na Escócia
Foto: © Miranda Alexander-Webber/UNRIC

Enquanto isso, para a chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Inger Andersen, a nova aliança com o setor privado é “uma causa absolutamente crítica”.

“Nosso Relatório de Lacunas de Emissões mostra isso: restam cerca de 500 gigatoneladas (de emissões de CO2), com os atuais NDCs (planos nacionais de redução de emissões), eliminamos 4 gigatoneladas (das emissões), mas estamos emitindo 55 por ano. A conta não bate... Existem algumas oportunidades reais para o setor financeiro, precisamos ficar longe do carvão, petróleo e gás”, explicou Andersen.  

A resposta das empresas - Guenther Thallinger, da multinacional alemã de serviços financeiros Allianz, expressou seu compromisso com Aliança financeira firmada em Glasgow.

“Tudo começa com a mudança da tomada de decisão que todos nós temos como instituições financeiras. O impacto do clima precisa ser integrado na tomada de decisão, por isso as metas intermediárias são tão importantes. Todos nós traçamos esse tipo de metas, e é muito importante que sejam de curto prazo”, disse ele a um painel reunido na Zona de Ação da COP26.

“Estamos literalmente aqui criando uma nova indústria, novas regras básicas para uma nova indústria que está priorizando ações climáticas. Para isso, precisamos de todas as coisas tradicionais, precisamos de medição, precisamos de métricas, precisamos de relatórios... Quero aproveitar a oportunidade para compartilhar que anunciaremos nossa primeira rodada de metas provisórias ”, acrescentou a diretora de sustentabilidade da Morgan Stanley, Audrey Choi. 

Falta empenho do setor público - Na COP15, em 2009, o financiamento do clima de 100 bilhões de dólares por ano até 2020 foi acordado para apoiar a resiliência, a adaptação e as transições de energia nos países em desenvolvimento. A promessa, até hoje não cumprida, foi oficialmente atrasada para 2023.

No entanto, o presidente da COP26, Alok Sharma, deu boas notícias: 90% da economia mundial possui uma meta de zero emissões líquidas. Apenas 30% tinham se comprometido no início de 2020.

“É lamentável que seja altamente improvável que cumpramos a meta de 100 bilhões em 2021, mas com base nas informações apresentadas pelos doadores, a análise mostra que os países desenvolvidos farão avanços significativos para a meta de 100 bilhões de dólares em 2022, e eu acredito que também oferece a confiança de que atingiremos a meta em 2023”, disse ele em entrevista coletiva na quarta-feira (03). 

No início do mesmo dia, e referindo-se ao mesmo assunto, o chanceler do Reino Unido, Rishi Sunak, pediu aos países desenvolvidos que aumentem seu apoio aos países em desenvolvimento, inclusive ajudando-os a aproveitar os trilhões de dólares comprometidos com o zero líquido pelo setor privado.

A chefe do clima da ONU, Patricia Espinosa, enfatizou que alguns avanços foram feitos nesse sentido. “Os Estados Unidos se juntaram a Grã-Bretanha, França, Alemanha e União Europeia em uma parceria multibilionária para apoiar a África do Sul no financiamento da transição igualitária do carvão. Essa iniciativa está avaliada em 8,5 bilhões de dólares ao todo”, afirmou.

A oficial da ONU acrescentou que o Japão e a Austrália anunciaram compromissos para dobrar seu financiamento de adaptação, e os Estados Unidos, Suíça e Canadá também aumentaram significativamente seu apoio financeiro à causa. 

Além disso, os países também se comprometeram a canalizar 12 bilhões de dólares para financiamento climático relacionado à florestas entre 2021-2025. 

“Novos compromissos foram assumidos pela Espanha, Irlanda, Luxemburgo, então espero que até o final desta conferência possamos realmente alcançar a meta de 100 bilhões talvez em 2022”, concluiu Espinosa.

Sobre a COP26 - O objetivo principal da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, ou COP26, é induzir líderes mundiais a firmarem compromissos verdadeiros e efetivos para reduzir as emissões que causam o aquecimento do planeta o suficiente para evitar que as temperaturas subam mais de 1,5º em comparação com os níveis pré-industriais.

 

  

COP 26 - RESULTADOS E DESAFIOS



https://youtu.be/A2lLskNj2MU 



RESOLUÇÕES DA CONFERÊNCIA DO CLIMA - COP 26


 

 O Jornal Oecoambiental, desde sua fundação vem acompanhando os principais eventos nacionais e internacionais relacionados ao meio ambiente.

   A COP 26, como a COP 21, são Conferências que analisam os problemas socioambientais causados pelas mudanças climáticas de um ponto de vista de urgência frente aos inúmeros desafios que a humanidade está tendo que enfrentar e resolver. A transição para a sustentabilidade exige de todos nós atitudes de valorização dos seres humanos, pela conquista de um meio ambiente mais saudável, justo e com melhor qualidade de vida para todos.

   Publicamos a seguir, as principais resoluções da COP 26.  Todos nós podemos realizar ações climáticas que conduzam o mundo a "emissões zero". Temos duas alternativas: agir pela valorização do meio ambiente sob o princípio da precaução com a urgência climática reiterada nas Conferências Climáticas ou esperar a situação socioambiental local e global se agravarem penalizando principalmente os mais pobres e a grande parcela da população brasileira e mundial que já sofre com as consequências da crise sanitária e econômica, que tem origem nos problemas socioambientais que o mundo enfrenta.

   Nós do Jornal Oecoambiental, nossos parceiros e todos que estão plantando árvores conosco, estamos fazendo nossa parte dentro do possível. Venham  plantar árvores com o Jornal Oecoambiental.  Plantar árvores e cuidar do manejo do plantio educa a todos nós. Fortalece nossa gratidão pela vida, pelo bem que a conquista de um meio ambiente mais saudável pode favorecer a toda população.


FONTE: ONU - BRASIL

   A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática encerrou no sábado e reuniu cerca de 50 mil participantes em busca de ação climática. No fechamento, os Estados-membros celebraram o Pacto Climático de Glasgow, que o chefe da ONU, António Guterres, descreveu como fruto dos “interesses, das contradições e do estado da vontade política no mundo hoje”. 

   Uma emenda proposta repentinamente pela China e Índia resultou na alteração do texto final do pacto, que substituiu "eliminar o uso de carvão" por “reduzir gradualmente”. Alok Sharma, presidente da COP26, lamentou a alteração, mas pontuou que as delegações mantiveram “com credibilidade” o objetivo de 1,5º C acima de níveis pré-industriais ao alcance, mas que “seu pulso é fraco”.

   A Conferência avançou em muitas áreas. 120 países se comprometeram a conter e reverter o desmatamento até 2030, mais de 100 países concordaram em reduzir as emissões dos gases de efeito estufa até 2030, e 500 empresas de serviços financeiros globais concordaram em levantar 130 trilhões de dólares para alcançar as metas do Acordo de Paris, entre outras conquistas.

Legenda: Guterres adicionou que é o momento de entrarmos em “ritmo de emergência”, eliminando os subsídios para todos os combustíveis fósseis
Foto: © Laura Quiñones/ONU News

   Depois de estenderem as negociações climáticas da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26) por mais um dia, os 197 países reunidos em Glasgow, na Escócia, aprovaram no sábado (13) um documento final que marca o fim da Conferência. De acordo com o secretário-geral da ONU, António Guterres, em seu discurso de encerramento, o texto final da Conferência “reflete os interesses, as contradições e o estado da vontade política no mundo hoje”.

  As negociações do chamado Pacto Climático de Glasgow foram até o último momento. Índia e China pediram ajuste no texto repentinamente, sugerindo o uso de “redução” em vez de “abandono” do uso de carvão no texto final. O presidente da COP26, Alok Sharma, lutou para conter a mudança de última hora, entretanto, no texto final adotado no sábado (13), a linguagem foi revisada para “reduzir gradualmente” o uso de carvão.

  O evento de duas semanas trouxe outras conquistas como compromissos na redução de desmatamento e emissões de gases de efeito estufa.

Insuficiente - O chefe das Nações Unidas destacou que o acordo é um passo importante, porém não será suficiente. Ele reafirmou a necessidade de acelerar as ações climáticas para manter viva a meta de limitar o aquecimento global em até 1,5 ºC.

Em vídeo enviado para o fechamento do evento, que aconteceu em Glasgow, na Escócia, durante as duas últimas semanas, Guterres acrescentou que é o momento de entrarmos em “ritmo de emergência”, eliminando os subsídios para todos os combustíveis fósseis.

Ele ainda lembrou da necessidade de fixar um preço para o carbono, proteger comunidades vulneráveis e alcançar o financiamento de 100 bilhões de dólares previstos para as ações de adaptação e mitigação das mudanças climáticas.

Guterres lamentou que esses objetivos não foram atingidos na Conferência, mas celebrou que foram alcançados importantes passos para o progresso da agenda.

Jovens indígenas e mulheres - Ao falar para jovens, indígenas, mulheres e outros líderes de movimentos climáticos, a autoridade máxima da ONU antecipou que o resultado não corresponde com suas ambições. 

Ele afirmou que o caminho para alcançar esses objetivos pode não ser linear, mas que são possíveis. Ele deu uma mensagem de ânimo, pedindo para que eles não desistam.

A secretária executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC), Patricia Espinosa, declarou que as negociações nunca são “fáceis”, afirmando que essa é a natureza do consenso e do multilateralismo.

O presidente da COP26, Alok Sharma, afirmou que as delegações poderiam dizer “com credibilidade” que mantiveram o objetivo de 1.5ºC ao alcance, mas que “seu pulso é fraco”. 

Segundo ele, as promessas só sobrevivem com ação rápida. Alok Sharma acrescentou que se forem cumpridas as expectativas será possível aumentar a ambição até 2030 e fechar a lacuna que resta. Sharma concluiu dizendo que Glasgow fez história. 

Detalhes do acordo - Uma emenda de última hora solicitada pela China e Índia modificou o texto preliminar sobre a redução do uso de carvão. Os países pediram que fosse documentada a “redução gradual” do recurso no lugar de “eliminação”, como indicava a proposta inicial.

Sobre o financiamento para ação climática, o texto enfatiza a necessidade de elevar os valores “de todas as fontes para atingir o nível necessário e chegar aos objetivos do Acordo de Paris, incluindo um aumento significativo do apoio para países em desenvolvimento, além de 100 bilhões de dólares por ano”.

O acordo pede que os governos antecipem os prazos de seus planos de redução de emissões e convida os 197 países participantes a reportar o progresso sobre as ações climáticas no evento do próximo ano, na COP27, que vai acontecer no Egito.

Repercussão - No início da última plenária de avaliação, muitos países lamentaram que o pacote de decisões não será suficiente. Alguns declararam estar desapontados, mas no geral, reconheceram que o texto era equilibrado. Países como Nigéria, Palau, Filipinas, Chile e Turquia disseram que, embora haja imperfeições, eles apoiavam o texto. Os representantes das Maldivas e da Nova Zelândia foram menos otimistas. Em declarações, afirmaram que o resultado foi o “menos pior”, embora não esteja em linha com o progresso necessário.

O enviado dos Estados Unidos, John Kerry, disse que o texto “é uma declaração poderosa” e garantiu aos representantes que o país se engajará construtivamente em um diálogo sobre perdas e danos bem como sobre adaptação, duas das questões que mais geram ambiguidades.

Principais conquistas - Além das negociações políticas e da Cúpula dos Líderes, a COP26 reuniu cerca de 50 mil participantes online e pessoalmente para compartilhar ideias, soluções, participar de eventos culturais e construir parcerias e coalizões.

A conferência apresentou anúncios encorajadores. Entre os destaques, líderes de mais de 120 países, representando cerca de 90% das florestas do mundo, se comprometeram a conter e reverter o desmatamento até 2030.

Houve também uma promessa sobre a redução de metano, liderada pelos Estados Unidos e pela União Europeia. Mais de 100 países concordaram em reduzir as emissões de gases do efeito estufa até 2030.

Enquanto isso, mais de 40 países, incluindo grandes usuários de carvão como Polônia, Vietnã e Chile, concordaram em abandonar o minério, um dos maiores geradores de emissões de carbono.

Cerca de 500 empresas de serviços financeiros globais concordaram em levantar 130 trilhões de dólares - cerca de 40% dos ativos financeiros mundiais – para alcançar as metas estabelecidas no Acordo de Paris, incluindo limitar o aquecimento global a 1.5ºC.

Outro importante acordo foi o compromisso conjunto dos Estados Unidos e da China em aumentar a cooperação climática na próxima década. As nações concordaram em tomar medidas para reduzir emissões de metano e carbono, fazendo transição para adotar energia limpa. Eles também reiteraram seu compromisso de manter viva a meta de 1.5 grau Celsius.

Com relação ao transporte, governos e empresas assinaram compromisso para encerrar a venda de motores de combustão interna até 2035 nos principais mercados em 2040 em todo o mundo. Pelo menos 13 nações também se comprometeram a acabar com a venda de veículos pesados movidos a combustíveis fósseis até 2040.

Por fim, países como Irlanda, França, Dinamarca e Costa Rica lançaram uma aliança inédita para definir uma data final para a exploração e extração nacional de petróleo e gás.

Legenda: Evento trouxe conquistas como compromissos na redução de desmatamento e emissões de gases de efeito estufa
Foto: © Laura Quiñones/ONU News

O caminho até aqui - Para simplificar, a COP26 foi o mais recente esforço e uma das etapas mais importantes nas últimas décadas, facilitada pela ONU para ajudar a evitar a emergência climática iminente.

Em 1992, a ONU organizou um grande evento no Rio de Janeiro, denominado Cúpula da Terra, em que foi adotada a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Nesse tratado, as nações concordaram em "estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera" para evitar a interferência perigosa da atividade humana no sistema climático. Hoje, o tratado tem 197 signatários.

Desde 1994, quando o tratado entrou em vigor, a cada ano a ONU reúne quase todos os países do planeta para as cúpulas globais do clima ou “COPs”, que significa 'Conferência das Partes'. Este ano deveria ter sido a 27ª cúpula anual, mas devido à COVID-19 , a Conferência foi  adiada ano passado, por isso em 2021 celebrou-se a 26ª edição do evento.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

COP 26 - ARMAZENAMENTO DE CARBONO NAS FLORESTAS DA TERRA




OBS.: Se as legendas não estiverem em seu idioma, configure abaixo à direita no canal do youtube: clique no ícone "detalhe", em seguida em "legendas", em seguida em "traduzir automaticamente" e aí escolha o idioma.

PAINEL Monitorando os Pulmões do Mundo do Espaço -
Armazenamento de Carbono nas Florestas da Terra
 
Os palestrantes deste evento são especialistas em inventários 
de carbono florestal globais e nacionais, observações da Terra 
do espaço e valor líquido zero. Elas vão:
• Explicar como as árvores e florestas fazem a diferença para 
o dióxido de carbono em nossa atmosfera.
• Mostrar como novas medições empolgantes de satélites informam
 nosso conhecimento sobre o conteúdo de carbono de florestas 
e árvores.
• Mostrar o status global das florestas e destacar exemplos
 de remoção de gases de efeito estufa 
em desenvolvimentos florestais / arbóreos sustentáveis.


COP 26 - MEIO AMBIENTE DE CONHECIMENTOS INDÍGENAS E DA CIÊNCIA OCIDENTAL



Os principais apresentadores deste workshop são:

 

 Merle Lefkoff, PhD (ela / ela) - Diretor Fundador do Center for Emergent Diplomacy, que falará sobre um novo projeto e “Playbook” que treina líderes comunitários emergentes para facilitar diálogos locais para se preparar para viver juntos de forma pacífica e sustentável em um mundo alterado.

 

 Mary Roessel, MD (ela / ela) - Psiquiatra Navajo, Conselho de Curadores da American Psychiatric Association - compartilhará o imenso valor, poder e resiliência dos conhecimentos indígenas e modos de ser. Os Povos Indígenas têm experiências de vida extensas e diversificadas que podem oferecer suporte para enfrentar a crise climática com esperança e resiliência.




https://www.youtube.com/watch?v=EjVMYXkEVn0&list=TLPQMTIxMTIwMjHuAQd59op18g&index=5

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COP 26 - DECLARAÇÃO DA COP 26 POR UMA TRANSIÇÃO JUSTA É SAUDADA PELA OIT

 


A OIT desempenhou um papel fundamental na formulação da Declaração para uma Transição Justa, adotada na Cúpula do Clima das Nações Unidas, a COP26, em Glasgow. O texto reconhece a necessidade de garantir que ninguém seja deixado para trás na transição para economias com emissão líquida zero — especialmente aquelas pessoas que trabalham em setores, cidades e regiões dependentes de indústrias e produções intensivas em carbono.

Mais de 30 nações, incluindo os principais países produtores de carvão, assinaram a Declaração, comprometendo-se a implementar estratégias que garantam que trabalhadores, trabalhadoras, empresas e comunidades recebam apoio à medida que os países fazem uma transição para economias mais verdes.

O documento reflete as Diretrizes para uma Transição Justa da OIT de 2015, que delineiam os passos necessários para economias e sociedades ambientalmente sustentáveis e bem administradas, trabalho decente para todas as pessoas, inclusão social e erradicação da pobreza.

Legenda: A OIT apoiará a implementação da Declaração por meio da promoção e aplicação das Normas Internacionais do Trabalho
Foto: © ONU

Durante a Conferência da ONU Sobre Mudanças Climáticas (COP26), mais de 30 nações, incluindo os principais países produtores de carvão, assinaram uma Declaração comprometendo-se a implementar estratégias que garantam que trabalhadores, trabalhadoras, empresas e comunidades recebam apoio à medida que os países fazem uma transição para economias mais verdes. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) reconheceu a importância do marco e contribuiu na formulação das novas diretrizes. 

Declaração para uma Transição Justa (tradução livre do título original em inglês, Just Transition Declaration), adotada na COP26, em Glasgow, na Escócia, reconhece a necessidade de garantir que ninguém seja deixado para trás na transição para economias com emissão líquida zero - especialmente aquelas pessoas que trabalham em setores, cidades e regiões dependentes de indústrias e produções intensivas em carbono.

O documento reflete as Diretrizes para uma Transição Justa da OIT de 2015 (disponível em inglês no link), que delineiam os passos necessários para economias e sociedades ambientalmente sustentáveis e bem administradas, trabalho decente para todas as pessoas, inclusão social e erradicação da pobreza. Os signatários da Declaração são Estados Unidos, Reino Unido, todos os 27 estados membros da UE, Noruega, Canadá e Nova Zelândia. Isso segue aos compromissos assumidos na Cúpula por mais de 40 países para abandonar o uso do carvão.

"Para a OIT, uma transição energética justa é urgente, indispensável e possível. [...] Há evidências claras de que haverá mais ganhos para a economia e para as pessoas do que perdas."

Vic Van Vuuren, diretor do departamento de Empresas da OIT

Atuação da OIT - No âmbito do Conselho de Transição de Energia da COP26, a OIT desempenhou um papel fundamental na elaboração da Declaração, que foi lançada em um evento da COP26 que incluiu representantes de países produtores de carvão, agências multilaterais e organizações não governamentais. Adicionalmente, a OIT apoiará a implementação da Declaração por meio da promoção e aplicação das Normas Internacionais do Trabalho.

“Uma transição justa significa maximizar os ganhos econômicos e sociais, ao mesmo tempo em que administra com eficácia os riscos na transformação econômica, tecnológica e social", disse o diretor do departamento de Empresas da OIT, Vic Van Vuuren.

“Há evidências claras de que haverá mais ganhos para a economia e para as pessoas do que perdas. Esta Declaração ajudará a assegurar que estruturas de políticas abrangentes e coerentes sejam implementadas para que ninguém seja prejudicado pela transição para economias mais verdes”, completou Vuuren.

https://youtu.be/_GHNTNP7Fzw

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Por meio da Declaração, os países se comprometem a:

  1. Apoiar trabalhadores, trabalhadoras, comunidades e regiões que são particularmente vulneráveis aos efeitos do abandono de economias intensivas em carbono.
  2. Promover o diálogo social e o engajamento entre governos, representantes de empregadores e trabalhadores e outros grupos afetados pela transição para economias verdes.
  3. Implementar estratégias econômicas que apoiem a energia limpa, promovam o crescimento econômico com eficiência de recursos, criem renda e empregos decentes e reduzam a pobreza e a desigualdade.
  4. Criar empregos decentes para as pessoas em suas áreas locais, juntamente com requalificação e treinamento e proteção social para as que necessitarem.
  5. Garantir que as cadeias de abastecimento existentes e novas criem trabalho decente para todas as pessoas, incluindo as mais marginalizadas, com respeito aos direitos humanos