sábado, 27 de novembro de 2021

A ARTE DE ADRIANA ARAÚJO - CULTURA AFROBRASILEIRA

https://www.youtube.com/watch?v=b-alHfDZ7ng 



A ARTE DE DONA IVONE LARA - CULTURA BRASILEIRA

    DONA IVONE LARA - UMA 'JOIA RARA...'  ÍCONE DA CULTURA BRASILEIRA - 

  https://youtu.be/1OY7W1VPBRg



AS VARIANTES DO CORONAVÍRUS E A NÃO DISCRIMINAÇÃO DOS PAÍSES QUE COMPARTILHAM DESCOBERTAS CIENTÍFICAS

 FONTE: ONU - BRASIL

f"Não discrimine os países que compartilham suas descobertas", disse uma líder técnica da OMS diante do fato que países como a Grã-Bretanha, França e Israel cancelaram voos diretos da África do Sul e nações vizinhas. O motivo foi a identificação de uma nova variante do coronavírus classificada como B 1.1.529, e identificada na África do Sul e em Botswana.

Um painel da agência de saúde da ONU se reuniu em Genebra para avaliar o impacto da descoberta. No momento, os pesquisadores estão tentando determinar se estão diante de uma nova variante de preocupação, onde as mutações estão localizadas no genoma do vírus e o que elas podem representar em termos de diagnósticos, terapias e vacinas. 

De acordo com as autoridades de saúde sul-africanas, até agora menos de 100 casos da nova variante foram confirmados, a grande maioria em pessoas mais jovens, que são o grupo com as taxas de vacinação mais baixas na região. Enquanto isso, os especialistas da OMS reforçam que, para proteger a si e aos outros, usar máscaras e evitar aglomerações ainda são as medidas mais recomendadas.

Legenda: Um teste drive governamental de COVID-19 em Joanesburgo, África do Sul, onde foi localizada a nova variante
Foto: © James Oatway/IMF

Um painel da Organização Mundial de Saúde (OMS) se reuniu na sexta-feira (26) para avaliar o impacto potencial da nova variante do coronavírus classificada como B 1.1.529, identificada na África do Sul e em Botswana. Durante o encontro, a agência de saúde das Nações Unidas também fez um apelo a todos países contra a discriminação das nações que descobrem novas variantes do vírus. A agência insistiu que toda restrição de viagem deve ser amparada por comprovação científica. 

  De acordo com a líder técnica do COVID-19 da OMS, Dra. Maria Van Kerkhove, as informações sobre a nova variante ainda são limitadas. “Existem menos de 100 sequências de genoma completas disponíveis, não sabemos muito sobre isso ainda. O que sabemos é que essa variante tem um grande número de mutações, e a preocupação é que quando você tem tantas mutações isso pode ter um impacto no comportamento do vírus”, disse ela, durante uma sessão de perguntas e respostas no Twitter.

  A especialista explicou que os pesquisadores estão tentando determinar onde as mutações estão e o que elas podem representar em termos de diagnósticos, terapias e vacinas. “Levará algumas semanas para entendermos o impacto que essa variante tem, há muito trabalho em andamento. É uma variante que está sendo monitorada. O grupo de assessoria técnica (OMS) vai discutir se isso se tornará uma variante de interesse ou uma variante de preocupação e, se for o caso, daremos um nome grego, mas é algo a se observar”, acrescentou.

  Contra a discriminação - Maria Van Kerkhove agredeceu aos pesquisadores da África do Sul e de Botswana pelo compartilhamento de informações com a agência de saúde da ONU, e fez um apelo contra a discriminação dos países que identificam novas variantes.

“Não discrimine países que compartilham suas descobertas abertamente”, a líder técnica da OMS insistiu, uma vez que países como Grã-Bretanha, França e Israel cancelaram voos diretos da África do Sul e nações vizinhas.

De acordo com as autoridades de saúde sul-africanas, até agora menos de 100 casos da nova variante foram confirmados, a grande maioria em pessoas mais jovens, que são o grupo com as taxas de vacinação mais baixas no país.

“Os países já podem fazer muito em termos de vigilância e sequenciamento para combater esta variante e entender mais sobre ela ... Então, neste momento, implementar medidas de viagem está sendo advertido contra", disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, a jornalistas em Genebra.

Proteger a si e aos outros - Os especialistas da OMS reforçaram que, para proteger a si e aos outros, usar máscaras e evitar aglomerações ainda são as medidas mais recomendadas. 

"Precisamos entender de uma vez por todas que quanto mais esse vírus vicioso circula mais oportunidades ele tem de se reproduzir e mais mutações vão aparecer" - Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS.

"Vacine-se assim que possível, se certifique de tomar as duas doses e garanta que tomará todas as medidas para reduzir a sua exposição e não passar o vírus adiante", acrescentou a especialista.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

SONS DA NATUREZA

https://www.youtube.com/watch?v=ir0dlzAvs2A 



A SOCIOLOGIA E O MEIO AMBIENTE


  O Jornal Oecoambiental que trabalha na comunicação e educação socioambiental, contextualiza definições conceituais sobre a realidade do mundo pós-pandemia, das crises econômicas e conflitos socioambientais no século XXI.

   Todas as áreas da ciência e dos saberes humanos procuram compreender, estudar e agir na busca de soluções aos conflitos socioambientais. No caso da crise sanitária da pandemia atual, houve uma mobilização de várias áreas científicas para a produção de vacinas. A pandemia e suas variantes são efeitos da ação antrópica (ação humana que tem alterado as condições socioambientais da Terra).

  Agravando este quadro temos a crise humanitária: do crescente aumento da miséria, da pobreza e desigualdades sociais e econômicas, na maioria das sociedades, e os efeitos que as mudanças climáticas estão provocando em populações, afetando a vida de todos os seres humanos, o meio ambiente. O mundo necessita cada vez mais “vacinas” que vençam a miséria e a fome que assolam a humanidade.

   Os problemas e conflitos socioambientais são um desafio para a ciência, os saberes e todas as sociedades. A valorização da informação, educação, cultura, saberes socioambientais que possam dar subsídios e alternativas de superação destes conflitos são fundamentais. São problemas de toda a sociedade: sociedade civil, pessoas, instituições,  setores empresariais, governamentais.

   O mundo está em transição para sociedades de tecnologias, de relações socioambientais sustentáveis. O desafio é realizar esta transição produzindo soluções imediatas e eficazes para construir a sustentabilidade, que se baseia na valorização dos seres humanos e do meio ambiente, do qual fazemos parte.

 

As Ciências Sociais e o Meio Ambiente

 

As Ciências Sociais

   A Sociologia é o estudo das relações ou interações entre as pessoas no tempo e no espaço. À medida que essas relações se repetem e se tornam estáveis, elas configuram padrões ou estruturas sociais. Algumas destas estruturas sociais são: as famílias, os grupos, as associações, as empresas, as sociedades, os Estados.

  



SOCIOLOGIA E MEIO AMBIENTE

Algumas definições:

  Autores clássicos das Ciências Sociais como: Marx e Engels (1961), Weber e Durkheim (1954,1982), todos escreveram sobre o relacionamento entre sociedades humanas e o meio ambiente natural. Contudo, o termo "Sociologia do meio ambiente" não foi utilizado até 1971. Em 1976, A Sociedade Americana de Sociologia designou uma seção para a área. Em 1978, Catton e Dunlop publicaram a primeira tentativa de proporcionar uma definição explícita da área de sociologia do meio ambiente. E, não foi antes de 1990 que a Sociedade Internacional de Sociologia formou o seu primeiro grupo com interesse específico em sociologia do meio ambiente.

  Hoje em dia, a sociologia do meio ambiente procura incorporar mais variáveis científicas naturais, perspectivas e até paradigmas em seus métodos, teorias e literatura.

   O aumento do crescimento e do interesse em perspectivas multi e interdisciplinares também acrescentou em amplitude para o aprofundamento da sociologia do meio ambiente. (CATTON & DUNLAP, 1978 a; REDCLIFT & WOODGATE, 1997).

  A Sociologia do meio ambiente tem sido definida de diversas maneiras. Entre as várias definições, Buttel (1996) proporciona um começo útil. Ele nota que hoje em dia a essência da sociologia do meio ambiente tem sido de recuperar e revelar a materialidade da estrutura e vida social, e o faz de maneira a produzir entendimentos relevantes de modo a resolver problemas ambientais. Esta definição reconhece ao mesmo tempo a centralização da verdadeira natureza física do meio ambiente e o papel representado pelas construções sociais da natureza.

 A união da natureza física e das construções sociais da natureza permanece atualmente como a principal preocupação para a sociologia ambiental. Na verdade, a habilidade de unir estes conceitos aparece como o centro da pretensão da área de ser a melhor das áreas da sociologia a se aplicar a um dos maiores problemas mundiais - o declínio do meio ambiente. Com o final da Guerra Fria, as preocupações sobre o aquecimento global e mudanças no meio ambiente mundial tomaram o lugar das preocupações com a guerra nuclear. Sendo assim, a sociologia do meio ambiente tem ocupado o cenário central na relação dos problemas mundiais (VAILLANCOURT, 1995). Neste contexto, a sociologia do meio ambiente está preocupada com uma vasta gama de questões, campos de estudo e disciplinas. (Samuel A. McReynolds).



   O QUE É  SOCIOAMBIENTAL
 
   É a relação entre os seres humanos, 
a sociedade e o meio ambiente. Nas sociedades
contemporâneas complexas, encontramos
uma variedade de possibilidades de estruturas
sociais.   Diante as ações antrópicas que estão 
interferindo nas condições de meio
ambiente atuais, as ciências sociais, assim
como todas as ciências, focam os conflitos
ou problemas socioambientais, como objeto 
de pesquisa e estudos científicos. O saber
científico e os saberes de povos originários
que valorizam e respeitam o meio ambiente,
estão produzindo conhecimentos sobre os 
conflitos socioambientais, gerando soluções
 em direção da construção da
 sustentabilidade. 

 O QUE É 
O ANTROPOCENO

   Devido às alterações que os humanos estão gerando no clima e na biodiversidade do planeta, alguns especialistas consideram que entramos no antropoceno, uma nova época geológica que se seguiria ao holoceno, o período com temperaturas mais quentes após a última glaciação. O conceito "antropoceno" — do grego anthropos, que significa humano, e kainos, que significa novo — foi popularizado em 2000 pelo químico holandês Paul Crutzen, vencedor do Prêmio Nobel de química em 1995, para designar uma nova época geológica caracterizada pelo impacto do homem na Terra.

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

MIGRAÇÃO INTERNACIONAL - A POBREZA E VIOLÊNCIA DESLOCAM 378 MIL CENTRO AMERICANOS TODOS OS ANOS


FONTE: ONU - BRASIL

  Novo relatório do Programa Mundial de Alimentos (WFP) divulgado nesta semana revela que nos últimos dois anos a porcentagem de pessoas que consideraram a migração internacional aumentou mais de cinco vezes, saltando de 8% em 2019 para 43% em 2021. A publicação se baseia em uma pesquisa com milhares de famílias centro-americanas em El Salvador, Guatemala e Honduras.

Para 89% dos consultados, os Estados Unidos eram o país de destino pretendido. Cerca de 378 mil centro-americanos são forçados anualmente a ir para os Estados Unidos devido à pobreza, à insegurança alimentar, aos choques climáticos e à violência.

Como solução, o WFP apresentou algumas recomendações, entre elas, iniciativas de desenvolvimento econômico e investimento adaptadas às necessidades da comunidade local. Também foram discutidos programas de treinamento profissional para jovens e mulheres em áreas rurais e urbanas. O relatório não se bastou aí, e fez recomendações a países de destino, como é o caso dos EUA, pedindo que expandam as vias legais de migração para os centro-americanos.

 

Legenda: Um migrante está sentado em uma caravana em Honduras, perto da fronteira de Corinto com a Guatemala
Foto: © Julian Frank/WFP

De acordo com um novo relatório lançado na terça-feira (23) pelo Programa Mundial de Alimentos (WFP), aproximadamente 378 mil centro-americanos foram forçados para os Estados Unidos devido à pobreza, insegurança alimentar, aos choques climáticos e à violência. O estudo é resultado de uma colaboração entre a agência alimentar da ONU, o Migration Policy Institute (MPI) e o Civic Data Design Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Aumento do fluxo migratório - A publicação se baseia em uma pesquisa exclusiva com milhares de famílias centro-americanas em El Salvador, Guatemala e Honduras. Estima-se que pelo menos 2,2 bilhões de dólares anuais foram gastos em viagens regulares e irregulares. 

O relatório revela também que em apenas dois anos a percentagem de pessoas que considerou a migração internacional aumentou mais de cinco vezes, saltando de 8% em 2019 para 43% em 2021. No entanto, apenas 3% haviam feito planos concretos. A separação da família e os altos custos associados à migração foram citados como obstáculos. 

A maioria dos migrantes, 55%, relatou contratar contrabandistas a um custo médio de 7.500 dólares por pessoa, enquanto a passagem pelos canais legais custa 4.500 dólares. Para 89% das pessoas, os Estados Unidos eram o país de destino pretendido. 

Como muitas famílias preferem ficar em casa, os programas do WFP estão apoiando meios de vida sustentáveis ​​e oferecendo esperança e oportunidade às pessoas em suas comunidades locais. 

“Precisamos de novos fundos para alcançar os milhões que planejam partir, caso não recebam ajuda em breve”, alertou o diretor-executivo do WFP, David Beasley.  

Legenda: Em Honduras, perto da fronteira de Corinto com a Guatemala, a polícia para os ônibus que transportava migrantes para verificar a documentação e os resultados dos testes COVID
Foto: © Julian Frank/WFP

Motivações - De acordo com o relatório, pessoas que vivem com insegurança alimentar têm três vezes mais chances de fazer planos concretos para migrar do que pessoas que não sofrem com esse tipo de conjuntura. A falta de segurança para a alimentação testemunhou um aumento dramático na América Central, à medida que as consequências econômicas da pandemia de COVID-19 e a pobreza continuam a dificultar a alimentação das famílias. 

No mês passado, o WFP estimou que o número de pessoas com insegurança alimentar em El Salvador, Guatemala e Honduras triplicou, de 2,2 milhões para 6,4 milhões em 2019. Os fluxos migratórios também foram impactados pela violência e insegurança, assim como por choques climáticos, como fortes secas no Corredor Seco da América Central e tempestades mais frequentes e mais fortes no Atlântico. 

Abordando a raíz do problema - O relatório também apresentou aos governos um plano para enfrentar o problema. A expansão dos programas nacionais de proteção social pode ajudar a aliviar a pobreza e erradicar a fome das populações em risco. 

As transferências baseadas em dinheiro, por exemplo, são uma tábua de salvação para as pessoas necessitadas, permitindo que as famílias atendam às necessidades essenciais. Os programas de alimentação escolar também apoiam a agricultura local e representam economia para famílias pobres. 

O relatório recomendou iniciativas de desenvolvimento econômico e investimento adaptadas às necessidades da comunidade, incluindo programas agrícolas para construir resiliência aos choques climáticos, diversificar plantações e aumentar a produção e programas de treinamento profissional para jovens e mulheres em áreas rurais e urbanas. 

Criar incentivos para que a diáspora investisse em obras públicas nas comunidades locais também foi uma das recomendações. Assim como que os Estados Unidos e outros países de destino de migrantes expandirem as vias legais para os centro-americanos, por exemplo, aumentando o acesso a vistos de trabalho temporários