sexta-feira, 24 de julho de 2009

ASSEMBLÉIA GERAL DA ONU - LEONARDO BOFF


ASSEMBLEIA GERAL DA ONU / UN GENERAL ASSEMBLY / ASAMBLEA GENERAL DE LA ONU

Discurso de Leonardo Boff no dia 22 de abril de 2009, Dia Internacional da Mãe Terra


Senhor Presidente Miguel d’Escoto Brockmann
Senhor Presidente do Estado Plurinacional de Bolivia, Sua Excelencia Evo Morales Ayma


- Distinguidos delegados
Irmãos e Irmãs todos no ano de 2000 a Carta da Terra nos fazia esta severa advertência:: «Estamos num momento crítico da história da Tierra, na qual a humanidade deve escolher o seu futuro...A escolha nossa é: ou formamos uma aliança global para cuidar da Tierra e cuidarnos uns dos outros ou arriscamos a nossa própria destruição e a da diversidade da vida.

- Se a crise econômico-financeira é preocupante, a crise da não-sustentabilidade da Terra se apresenta ameaçadora. Os cientistas que acompanham o estado da Terra, especialmente a Global Foot Print Network têm falado do Earth Overshoot Day, do dia em que foram ultrapassados os limites da Terra. E isso ocorreu exatamente no dia 23 de setembro de de 2008, uma semana após o estouro da crise econômico-financeira nos EUA. A Terra ultrapassou em 40% sua capacidade de reposição dos recursos necessarios para as demandas humanas. Neste momento necessitamos mais de uma Terra para atender a nossa subsistência.
- Como garantir a sustentabilidade da Terra já que esta é a premissa para resolver as demais crises: a social, a alimentária, a energética e a climática? Agora já não temos uma Arca de Noé que salve alguns e deixa perecer os demais. Todos devemos nos salvar juntos.

- Como asseverou recentemente com muita propriedade o Secretário Geral desta Casa, Ban Ki-Moon:"não podemos deixar que o urgente comprometa o esencial". O urgente é resolver o caos econômico, mas o esencial é garantir a vitalidade e a integridade do planeta Terra. É decisivo superar a crise financiera, porém o imprescindível e essecial é: como vamos salvar a Casa Comum e a Humanidade que é parte dela?

- Esta é a razão para termos adotado a resolução sobre o Dia Internacional da Mãe Terra que, a partir de agora, se celebrará no dia 22 de abril de cada ano.

- Dado o agravamento da situação ambiental, especialmente do aquecimento global, temos que atuar juntos e rápido. Não temos tempo a perder nem nos é permitido errar. Caso contrário, há o risco de que a Terra possa continuar mas sem nós.

- Em nome da Terra, nossa Mãe, de seus filhos e filhas sofredores e dos demais membros da comunidade de vida, quero agradecer a esta Assembléia Geral por haver sabiamente aprovado esta resolução.

- Neste contexto, me permito fazer uma breve apresentação do fundamento que sustenta a idéia da Terra como nossa Mãe.

- Desde da mais alta ancestralidade, as culturas e religiões sempre têm testemunhado a crença na Terra como Grande Mãe, Magna Mater, Inana e Pachamama.
- Os povos originários de ontem e de hoje tinham e têm clara consciencia de que a Terra é geradora de todos os viventes. Somente um ser vivo pode produzir vida em suas mais diferentes formas. A Terra é, pois, nossa Mãe universal.

- Durante séculos e séculos prevaleceu esta visão até a emergência recente do espírito científico no século XVI. A partir de então, a Terra já não é mais considerada como Mãe, senão como uma realidade sem espírito, entregue ao ser humano para ser submetida, mesmo com violência. A mãe-natureza que devia ser respeitada se transformou em naturaza-selvagem que deve ser dominada. A Terra se viu convertida num baú cheio de recursos naturais, disponíveis para a acumulação e o consumo humano.

- Neste novo paradigma não se coloca a questão dos limites de suportabilidade do sistema-Terra nem dos recursos naturais não renováveis. Pressupunha-se que os recursos seriam infinitos e que poderíamos ir crescendo ilimitadamente na direção do futuro. O que efetivamente é uma grande ilusão.
- A preocupação principal era e é: como ganhar mais no tempo mais rápido possível e com um investimento menor? A realização histórica deste propósito fez surgir um arquipélago de riqueza rodeado por um mar de miséria.

- O PNUD de 2007-2008 o confirma: os 20% mais ricos do mundo absorvem 82,4% de todas as riquezas da Terra enquanto os 20% mais pobres têm que se contentar com apenas 1,6%. Estes dados provam que uma ínfima minoria monopoliza o consumo e controla os processos econômicos que implicam pilhagem da naturaza e grande injustiça social. Entretanto, a partir dos tardios anos 70 do século passado se tem imposto a constatação de que um planeta pequeno, velho e limitado como a Terra já não pode suportar um projeto ilimitado. Faz-se urgente outro modelo que tenha como eixo a Terra, a vida e o bem viver planetário no quadro de um espírito de colaboração, de responsabilidade coletiva e de cuidado.

- Agora a preocupação central é: como viver e produzir em harmonía com a Terra, com os seres humanos, como o universo e com a Última Realidade, distribuindo equitativamente os beneficios entre todos e alimentando solidariedade para com as gerações presentes e futuras? Como viver mais com menos?

- Foi neste contexto que se resgatou a visão da Terra como Mãe. Já não é mais a percepção dos antigos mas uma constatação empírica e científica. Foi mérito dos cientistas e sábios como James Lovelock, Lynn Margulis e José Lutzenberger nos anos 70 do século passado, ter demostrado que a Terra é um superorganismo vivo que se autoregula. Ela articula permanentemente o físico, o químico e o biológico de forma tão sutil e equilibrada que, sob a luz do sol, propicia a produção e a manutenção de todas as formas de vida. Por milhões de anos o nível do oxigênio, essencial para a vida, se mantem em 21%, o nitrogênio, decisivo para o crescimento, em 79% e o nivel de sal dos oceanos em 3,4%. E assim todos os elementos necessários para a vida. Não é que sobre a Terra haja vida. A Terra mesma é viva, chamada de Gaia, a deusa grega para significar a Terra viva.

- Que toda a Terra está cheia de vida no-lo comprova o conhecido biólogo Edward O. Wilson. Escreve ele:"Num grama de terra ou seja, em menos de um punhado, vivem cerca de dez bilhões de bactérias pertencentes até a seis mil espécies diferentes". Efetivamente, a Terra é Mãe fecunda.

- A Terra existe já há 4, 4 bilhões de anos. Num momento avançado de sua evolução, de sua complexidade e de sua auto-organização, começou a sentir, a pensar e a amar. Foi quando emergiu o ser humano. Com razão nas linguas ocidentais homo/homem vem de húmus, terra fecunda. E em hebraico Adam se deriva de adamah, terra cultivável. Por isso, o ser humano é a própria Terra que anda, que sente, que pensa e que ama, como dizia o poeta indígena e cantador argentino Atahualpa Yupanqui.

- A visão dos astronautas confirma a simbiose entre Terra e Humanidade. De suas naves espaciais testemunhavam de forma comovedora: "daqui, contemplando este resplancedente planeta azul-branco, não se percebe nenhuma diferenta entre Terra e Humanidade. Formam uma única entidade". Mais que como povos, nações e etnias devemos nos entender como criaturas da Terra, como filho e filhas da Mãe comum. Entretanto, olhando a Terra mais de perto, nos damos conta de que ela se encontra crucificada. Possui o rosto do terceiro e quarto mundo, porque vive sistematicamente agredida. Quase a metade de seus filhos e filhas padecem fome e sede e são condenados a morrer antes do tempo. A cada quatro segundos, consoante dados da própria ONU, morre uma pessoa estritamente de fome.

- Por isso, são expressões de amor à Mãe Terra, as políticas sociais de muitos paises, como por exemplo, de meu pais, o Brasil, sob o governo do Presidente Luis Inácio Lula da Silva, particularmente o programa Fome Zero e Bolsa Familia. Em seis anos se devolveu vida e dignidade a 50 milhões de pessoas que antes viviam na pobreza e na fome.

- Temos que baixar a Terra da cruz e ressuscitá-la. Para esta tarefa gigantesca somos inspirados por um documento precioso: a Carta da Terra. Nasceu da sociedade civil mundial. Em sua elaboração envolveu mais de cem mil pessoas de 46 paises. Em 2003 uma resolução da UNESCO a apresentou "como um instrumento educativo e uma referência ética para o desenvolvimento sustentável". Participaram ativamente de sua concepção Mikhail Gorbachev, Maurice Strong e Steven Rockfeller e eu mesmo entre otros. A Carta entende a Terra como dotada de vida e como nosso Lar Comum. Apresenta pautas concretas que podem salvá-la, cuidando-a com comprensão, com compaixão e com amor, como cabe a toda mãe. Oxalá, um dia, esta Carta da Terra, possa ser apresentada, discutida e enriquecida por esta Assembléia Geral. Caso seja aprovada, teríamos um documento oficial sobre a dignidade da Terra junto com a declaração sobre a dignidade da pessoa humana.

- Mas cabe fazer uma advertencia. Para sentir a Terra como Mãe não é suficiente a razão dominante que é funcional e instrumental. Necesitamos enriquecê-la com a razão sensível, emocional e cordial, pois ai se enraiza o sentimento profundo, se elaboram os valores, se cultivam o cuidado essencial, a compaixão e os sonhos que nos inspiram ações salvadoras. Nossa missão, no conjunto dos seres, é a de ser os guardiães e cuidadores desta sagrada herança que recebemos do universo: a Terra, nossa Mãe.

- Para terminar permito-me fazer uma sugestão: que se coloque na cúpula interna da Assembléia uma destas imagens belíssimas e plásticas da Terra vista a partir de fora da Terra. Suspensa no transfundo negro do universo, ela evoca em nós sentimentos de reverência e de mútua pertença. Ao contemplá-la, tomamos conciência de que ai está o nosso Lar Comum.

- Pediria ainda que fosse aprovada uma recomendação de que no dia 22 de abril, dia Internacional da Mãe Terra, se fizesse um momento de silêncio em todos os lugares públicos, nas escolas, nas fábricas, nos escritorios, nos parlamentos para que nossos corações entrem em sintonia com o coração de nossa Mãe Terra.

- Concluo. Tal como está, a Terra não pode continuar. É urgente que mudemos nossas mentes e nossos corações, nosso modo de produção e nosso padrão de consumo, caso quisermos ter um futuro de esperança. A solução para a Terra não cái do céu. Ela será o resultado de uma coalizão de forças em torno a uma consciência ecológica integral, uns valores éticos multiculturais, uns fins humanísticos e um novo sentido de ser. Só assim honraremos nossa Casa Comum, a Terra, nossa grande generosa Mãe.

Muito obrigado.

Leonardo Boff - Representante do Brasil e da Comissão da Carta da Terra.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

COMBATE ÀS QUEIMADAS NA AMAZÔNIA

Foto: divulgação - queimadas Acre


Justiça Federal avança no combate à destruição da floresta amazônica20/07/2009
Queimadas também trazem muitas doenças para os habitantes dos estados amazônicos


Kaxiana (*)

Cresce na Amazônia a ação da Justiça Federal contra os destruidores da floresta, seja pelas derrubadas ou pela ação devastadora do fogo. Depois de o Ministério Público pedir e a Justiça Federal conceder liminar proibindo progressivamente a autorização de queimadas no Acre, agora é a vez da Justiça Federal de Marabá (PA) obrigar proprietários rurais da região a aderirem à política do desmatamento zero, proposta pelo Ministério Público Federal nas ações contra fazendeiros e frigoríficos que devastaram milhares de hectares de floresta no estado.
Pela decisão da Justiça Federal, além de não poderem derrubar novas áreas, os fazendeiros também deverão fazer as regularizações ambiental e fundiária dos imóveis, em alguns casos em prazos mais rígidos que os sugeridos pelo Ministério Público na proposta geral encaminhada ao setor.
Pelo que informou a Procuradoria Geral da República, a decisão tomada pelo juiz federal Carlos Henrique Haddad na última quinta-feira, 16/07, vale para as propriedades dos grupos Santa Bárbara (fazendas Maria Bonita, Cedro, Espírito Santo e Castanhais) e Agropastoril do Araguaia (fazenda Santa Fé).
De acordo com o Ministério Público, as empresas haviam pedido a suspensão de embargos propostos pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). O juiz Carlos Haddad suspendeu os embargos, mas condicionou a manutenção da suspensão ao atendimento das propostas feitas pelo Ministério Público.
Pela decisão tomada pelo juiz federal, a manutenção da suspensão do embargo para as fazendas do Grupo Santa Bárbara depende da solicitação de obtenção do CAR (Cadastro Ambiental Rural) da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) em até seis meses e a apresentação, até 11 de dezembro, de pedido de licenciamento ambiental à Sema, com a regularização da reserva legal. As fazendas deverão ainda obter a licença ambiental em até dois anos e regularizar a situação fundiária em até três anos.
Em seu despacho, o juiz federal assina que, entre outras condições, para manter a suspensão do embargo, a empresa não poderá constar entre as processadas por trabalho escravo ou ter condenação judicial em primeiro grau até que está seja reformada por instância superior. Para as áreas do grupo Agropastoril do Araguaia as exigências são as mesmas. Só há diferenças nos prazos concedidos para o licenciamento ambiental, que é de 12 meses, e para a regularização fundiária, que é de cinco anos.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

CNMA e SMCQ realizam seminários sobre

mudanças climáticas



A Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA/DRCS/SAIC) e a Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ), em parceria com o Instituto Banco Mundial, realizam de julho a dezembro cinco Seminários Temáticos sobre Mudança do Clima. O objetivo é contribuir no processo de conscientização sobre as ações necessárias para o enfrentamento às mudanças do clima. O primeiro encontro acontecerá no dia 21 de julho - terça-feira, das 15h às 18h (horário de Brasília).
Os debates acontecerão por meio de videoconferências e os estados sem sala de conexão participarão por webstreaming e chat nos endereços:
http://vcg01.worldbank.org/GDLN
(http://vcg01.worldbank.org/vc/index.php) (http://streaming7.worldbank.org/vv/Livestream13).

Confira a agenda:
1. A Ciência das Mudanças Climáticas ? 21 de julho
2. Vulnerabilidade e Impactos ? 15 de setembro
3. Adaptação e Mitigação ? 06 de outubro
4. As Instituições Internacionais de Mudanças Climáticas ? 03 de novembro
5. O Brasil e as Mudanças Climáticas ? Plano Nacional sobre Mudança do Clima ? 1º de dezembro

Os interssados devem se inscrever até o dia 20 de julho. Inscrições limitadas.
Informações pelo telefone 61.3317.1500.
Contato:
Suzane Durães e Larissa Gomes? assessoria de imprensa/CNMA ? Tel: 61 3317.1067 / 8171.4275

SEMINÁRIO INTERNACIONAL RESÍDUOS


quarta-feira, 15 de julho de 2009

PROTEÇÃO ÀS FLORESTAS

DIA 17 DE JULHO

É O DIA DA CONSCIENTIZAÇÃO


PELA PROTEÇÃO

ÀS FLORESTAS





Floresta nas Montanhas do Parque Nacional de Tumucumaque
no Corredor da Biodiversidade do Amapá, Brasil. Imagem Cortesia: Enrico Bernard/CI.

É sempre bom lembrarmos que o nome de nosso país tem origem em uma madeira (pau-brasil) presente em nossa Mata Atlântica, hoje reduzida a 5%, na cronologia do Prof. Genebaldo, apresentada na matéria anterior. Onde erramos ? Onde ainda estamos errando ?
No dia 13 de maio na vigília em defesa da Amazônia no Senado Federal em Brasília, presenciamos que atitudes no Brasil estão sendo tomadas, pelo povo brasileiro em defesa da floresta. Mas muito ainda temos que fazer. Continuamos acreditando que quando o povo brasileiro for devidamente informado de como nós brasileiros estamos cuidadando da Amazônia e como podemos melhorar estas ações, vamos compreender como é fundamental na área urbana todos nós brasileiros nos unirmos cada dia mais na defesa do meio ambiente. Um pai e mãe de família, nossos filhos, netos, todos somos parte do meio ambiente. Que no dia 17 Julho Dia de Conscientização pela Proteção as Florestas, possamos defendê-las como parte de nossas famílias em todos dias do ano.


MEIO AMBIENTE E HISTÓRIA


O MEIO AMBIENTE NO TEMPO

O Jornal Oecoambiental trabalha para difundir a informação socioambiental, as atitudes das pessoas, instituições e governos para garantirmos que o artigo 225 da Constituição Brasileira seja implantado, juntamente com a Agenda 21 que pode defender a população e o restante do meio ambiente construindo a sustentabilidade.
A atual situação socioambiental de crise que o Brasil e o mundo atravessam possui uma origem e raízes históricas. A informação socioambiental é direito de todos nós brasileiros. Aprender com nossos erros e acertos é fundamental para vencermos a crise ambiental.
O Jornal Oecoambiental divulga a partir de hoje uma cronologia que tem por base um estudo organizado pelo Sr. Genebaldo Freire Dias, doutor em Ecologia. Serão acrescidas informações, observaçõess e acontecimentos sugeridos pelos nossos leitores ao longo do tempo. Seguindo o princípio de saberes ambientais, outras datas e acontecimentos, de nossa diversidade cultural, podem enriquecer e agregar conhecimento a esta cronologia proposta. Que possamos juntos construirmos e produzirmos estes acontecimentos vencendo os desafios ambientais. Trabalhamos com o princípio de que as pessoas são sujeitos históricos. Nossas ações podem degradar ou defenderem nossa espécie humana e o ambiente.
Uma análise da atitude humana no tempo é fundamental para compreendermos a importância de cada dia mais, melhorarmos e dinamizarmos a qualidade de nossas ações em defesa de uma sociedade mais justa e ambientalmente sadia para todos.

CRONOLOGIA SOCIOAMBIENTAL
Ano de 1500

“ Em 22 de abril, chegaram os portugueses ao litoral brasileiro – cerca de 1.100 homens em doze naus.
- Em 23 de abril, os portugueses desembarcaram e foram gentilmente recebidos pelos indígenas.
- No dia 1 de maio, para realizar a segunda missa, foi feita uma gigantesca cruz de madeira e uma clareira – prenúncio da devastação das nossas florestas através da exploração predatória. Os indígenas foram levados a participar do culto – prenúncio da sua aculturação pelos colonizadores europeus e consequentemente da sua quase dizimação (dos quatro milhões de indígenas brasileiros restam apenas duzentos mil).
- Em 2 de maio, Gaspar de Lemos voltou a Portugal levando a carta de Pero Vaz de Caminha, que relatava a D. Manoel 1, rei de Portugal, a exuberância da “nova” terra. Inaugurando o contrabando dos nossos recursos naturais, foram levados também exemplares da nossa flora, principalmente toras de pau-brasil, e da nossa fauna, principalmente papagaios.
1503

- Fernão de Noronha iniciou a comercialização do pau-brasil, no início um monopólio da coroa portuguesa. Em seguida participaram a Inglaterra, a França, a Espanha e a Holanda. Atualmente a pilhagem continua (Japão, Inglaterra e EUA, principalmente). Dos 200 mil km da Mata Atlântica originais, restam apenas 10 mil km (5%), que continuam ameaçados.
1542

- A primeira Carta Régia do Brasil, estabelecia normas disciplinares para o corte de madeira e determinava punições para os abusos que vinham sendo cometidos.
1794

Joseph Priestley descobriu o oxigênio.

1827

Carta
de Lei de Outubro, do império, delegava poderes aos juízes de paz das províncias para a fiscalização das matas.
1850

- D. Pedro II editava a Lei 601 proibindo a exploração florestal em terras descobertas e dando poderes às províncias para sua aplicação. Na época, a Lei foi ignorada, e verificou-se uma grande devastação de floresta (desmatamento pelo fogo) para a instalação de monocultura do café para alimentar as exportações brasileiras.

terça-feira, 14 de julho de 2009

NÃO HÁ CIDADE MELHOR QUE BH

2014 É A COPA DO MEIO AMBIENTE: SER A SEDE

DE ABERTURA DESTA COPA É MANIFESTAR

QUE QUEREMOS UM BRASIL E UM MUNDO

DE UM BELO HORIZONTE SUSTENTÁVEL











- Está no ar, no portal do Ministério do Turismo, um link especial sobre a Copa do Mundo de 2014. No qual existe uma enquete “Qual deve ser a cidade de abertura da Copa?”
- Convidamos todos a votarem na nossa querida Belo Horizonte. Vamos nos unir e mostrar que estamos juntos fortalecendo a importância da Capital Mineira como cidade sede da Copa do Mundo de 2014.
- Acessem www.copa2014.turismo.gov.br. Do lado direito, no fim da página, tem um box onde deverão votar.
Se estiverem de acordo, votem e divulguem!!

BH tá ganhando.

sexta-feira, 10 de julho de 2009




CONVERSANDO SOBRE A AMAZÕNIA

A AMAZÔNIA SOMOS TODOS NÓS BRASILEIROS


A chamada Amazônia Legal brasileira está formada por dez Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso. O território compreende 5.030.730 km2, 59% do território nacional e 65% de toda a bacia amazônica. Tem 11.248 km de fronteiras internacionais, 1.482 km de costa atlântica, 22 mil km de rios navegáveis, com 23 milhões de habitantes, dentre os quais 163 povos indígenas, que totalizam 208 mil pessoas ou 60% da população indígena brasileira.
A maior floresta tropical do mundo, um dos mais ricos, complexos e diversos biomas do mundo, ocupa uma área de 7,01 milhões de km2 e corresponde a 5% da superfície da Terra, 40% da América do Sul. Contém 20% da disponibilidade mundial de água doce não-congelada e 80% da água disponível no território brasileiro. Abriga 34% das reservas mundiais de florestas e uma gigantesca reserva de minérios. Sua diversidade biológica de ecossistemas, espécies e germoplasma é a mais intensa e rica do planeta: cerca de 30% de todas as espécies de fauna e flora do mundo encontram-se nessa região. O sistema fluvial Amazonas-Solimões-Ucayalli representa o mais extenso rio do mundo, com 6.671 km; a bacia hidrográfica do rio Amazonas é constituída por cerca de 1.100 rios, e o rio Amazonas joga no Oceano Atlântico entre 200 e 220 mil m3 de água por segundo, o que representa 15, 5% de toda a água doce que entra diariamente nos oceanos. Ele leva para o Oceano uma gigantesca quantidade de sedimentos, calculada em um bilhão de toneladas por ano. As correntes do Atlântico Norte distribuem esses sedimentos férteis ao longo da costa até a Venezuela e algumas ilhas do Caribe.
Saiba mais sobre a Amazônia. Acesse www.kaxiana.com.br

sexta-feira, 3 de julho de 2009

ECONOMIA SOLIDÁRIA E MEIO AMBIENTE


A ECONOMIA SUSTENTÁVEL


Defender o meio ambiente é defender novas relações de produção e consumo. Tão desafiante como deter o desmatamento da Amazônia, os conflitos urbanos e rurais, a defasagem entre o que se produz e a ausência do consumo mínimo para bilhões de seres humanos e a qualidade do que se consome é a implantação de uma economia solidária. A defesa de nossa própria espécie humana. Como ser solidário em um mundo cada vez mais egoísta e voltado ao consumo sem qualidade ?
Meio ambiente somos todos nós. A sociedade massificada busca na ostentação individualista os prazeres narcisistas de uma economia degradante. Por que degradante ? Onde está a tão propalada capacidade e inteligência das economias dos países do norte se nossa espécie humana se gaba por manter privilégios de consumo e energia de classe, de etnias, de castas, as custas da negação do direito a uma vida digna para a maioria de bilhões de pessoas, seus semelhantes no mundo ?
Essa forma degradante de produção é exportada como ideal de vida, a ideologia do consumo dos "fest foods", dos vícios de consumo, que oprimem os que "podem" consumir, pois precisam se esconder em casas e apartamentos que consomem a "segurança" de se acharem mais, melhores, porque consomem mais e por isso se julgam melhores. Se empanturram da violência da exclusão. Vivem como deuses, fazem deuses para si. Criam seitas que os elevam a uma condição sobrenatural, supra humana de serem melhores, por isso podem, para manter a "vontade de deuses", consumirem sem limites e sem culpa. Fabricam-se seitas, religiões, meditações para se neutralizarem a capacidade humana de lutarmos por meio ambiente solidário. Fabricam-se seitas do egoísmo e da deificação do mercado. Alimentam-se da arrogância, da indiferença e como abutres das vidas dos que não tem o que comer e pouco se lixam para isso. Não criamos sociedades e sim antropófagos. Pois a moda é não estar nem aí para nada. E haja meditação para dar conta. Conhecer a si mesmo é tão importante quanto ao meio ambiente que nos cerca. Nos conflitos ambientais que o Brasil e o mundo atravessam de que nos adianta nos fecharmos no individualismo se os recursos naturais e humanos para se garantir a vida estão ameaçados cotidianamente ?
Já que os economistas neoclássicos, fordistas, vivem evocando a razão do mercado, dizemos que a razão ambiental da degradação atual da sociedade, do "não tenho nada a ver com isso", leva-nos a uma constatação: é justo e racional dizermos sim, não é apenas comigo é com a espécie humana nossa degradação ambiental.
Não defendemos o fatalismo dos G8, pois esta é uma forma ideológica de buscar-se neutralizar as atitudes, as ações em favor da defesa da vida e do meio ambiente. São fatalistas quanto aos diagnósticos do meio ambiente, mas não reduzem nem transformam suas relações de produção e consumo. Querem que nós brasileiros e muitas outras economias paguemos o ônus de uma degradação que insistem em exportar como a tecnologia do "primeiro mundo". Uma insanidade. Vivermos em mundos divididos G8, G20 e outras estratificações, num mundo que é habitado por uma mesma espécie humana.
Felizmente como já refletimos, temos culturas diferentes. E a união dos que acreditam em um só mundo para todos, com dignidade de vida para todos está vencendo e vai vencer. Por isto continuamos nosso trabalho de implantarmos o Projeto Oecoambiental www.oecoambiental.com.br - wwwoecoambiental.blogspot.com . Estamos e queremos nos unir cada vez mais a outras pessoas, atitudes, projetos, ações que digam sim a justiça socioambiental. Temos certeza do caminho que estamos trilhando de buscarmos uma economia solidária. Por isto estamos implantando nosso Jornal, nosso Projeto através da argumentação com pessoas e instituições, que sabem que podemos vencer esta crise. Estamos mobilizando atitudes que não são coniventes com esta situação degradante em que o Brasil e o mundo se encontram.
Nosso projeto e jornal estão baseados na economia solidária. Nestes anos de trabalho nos orgulhamos sim de cada jornal e informação que pudemos divulgar em defesa da vida e de uma sociedade ambientalmente mais justa. O fazemos implantando a justiça ambiental. Todos temos direito a informação ambiental. O direito a informação é um fundamento do artigo 225 da Constituição brasileira, pois a informação socioambiental salva vidas.
Nosso propósito desde a fundação de nosso Jornal Oecoambiental é agirmos na difusão da informação socioambiental que defenda um meio ambiente mais justo e com qualidade de vida para todos. Por isto você leitor(a) venha fazer parte dos que buscam consolidar esta economia solidária. Ela vem acontecendo na construção da sustentabilidade no Brasil.
Jornal Oecoambiental

quarta-feira, 1 de julho de 2009

SEJA UM ASSINANTE/APOIADOR DO PROJETO OECOAMBIENTAL www.oecoambiental.blogspot.com

QUE FAZER DIANTE A CRISE AMBIENTAL ?

TOME UMA ATITUDE:
DEFENDA - SE DA CRISE AMBIENTAL ACREDITE QUE COM NOSSA UNIÃO PODEMOS VENCER OS PROBLEMAS AMBIENTAIS EM NOSSO PAÍS E NO MUNDO


PLANTE UMA ATITUDE

- Participe de nossa campanha de assinantes/apoiadores do Projeto e Jornal O Ecoambiental. Envie-nos um e-mail dizendo que deseja ser assinante/apoiador. A assinatura tem um valor de R$ 17,00 para receber quatro edições de nosso jornal impresso por ano. Você também pode definir um valor de assinatura como apoio, acima deste valor, na quantia que desejar e da forma que desejar. Basta enviar-nos um e-mail com a forma de assinatura que você deseja realizar: 15% destes recursos vamos destinar ao apoio a projetos sustentáveis que defendam a valorização dos seres humanos e de todo meio ambiente,como os produtores da agricultura familiar que produzem alimentos agroecológicos e orgânicos.


QUEM DEFENDE O MEIO AMBIENTE,  DEFENDE A SI MESMO, A SUA FAMÍLIA, TODA COMUNIDADE LOCAL, MUNDIAL

Qual é nosso trabalho  ?


   Além de trabalharmos na difusão da comunicação e educação socioambiental da sociedade, realizamos cursos e seminários, palestras com o tema: O Cidadão e o Meio Ambiente, fundamentados na Agenda 21, no Artigo 225 da Constituição brasileira e na economia solidária.


Como participar?


   Você pode participar de nossos eventos, também nos enviando matérias, artigos, textos sobre meio ambiente para serem divulgados em nosso blog:WWW.oecoambiental.blogspot.com .  Você pode ser assinante/apoiador  como explica este texto. Também deixamos a você a possibilidade de participar de nossa campanha permanente de plantio de árvores.

 “PLANTAR ÁRVORES PARA A CONSTRUÇÃO DE SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS”



   O Jornal e Projeto O Ecoambiental convida você a ser um plantador de atitudes que protegem e defendem a valorização do ser humano e todo meio ambiente.


   Estamos lançando uma campanha para plantar árvores, unindo esforços e atitudes que fazem a diferença.

  Temos que reverter o aquecimento global, valorizar os seres humanos diante os conflitos socioambientais que se agravam no Brasil e no mundo.


   Estamos no século XXI, um século de mudanças, de transição de sociedades insustentáveis para sustentáveis. Vamos construir juntos projetos, ações, fundamentados na Agenda 21, divulgá-los, unir e apoiar iniciativas de pessoas e instituições que acreditam que é possível construirmos sociedades sustentáveis.


QUEM DEFENDE O MEIO AMBIENTE DEFENDE A HUMANIDADE

    O que podemos fazer para edificarmos estas novas sociedades? Dar seqüência a pequenas ações que nos colocam em contato com nossa energia vital que está na natureza. Nós somos parte da natureza.  Nossa proposta é desde já convidarmos pessoas a plantarem árvores. Não importa em que região do Brasil ou país você esteja.  Envie-nos uma foto para divulgarmos você plantando uma árvore e incentivando outras pessoas a fazerem o mesmo. Uma atitude pacífica, com um significado simbólico de que a união de pessoas e atitudes pode reverter à crise ambiental que atravessamos.


PLANTE UMA ÁRVORE

SEJA APOIADOR DO JORNAL E PROJETO O ECOAMBIENTAL


  A simbologia da atitude de plantar árvores, defender a biodiversidade, o meio ambiente unindo pessoas, atitudes, recursos humanos, financeiros dentro de uma perspectiva de economia solidária é nos educarmos individual e coletivamente para a construção de sociedades sustentáveis.



Como fazer?


- Convidamos você para plantar uma árvore e nos enviar uma foto via o e-mail: oecoambiental@hotmail.com de sua atitude com o seu nome e local onde realizou este plantio. Recomendamos que antes de efetuar o plantio da árvore, que consulte uma assessoria técnica sobre onde plantar e que espécie de árvore pode ser plantada em sua cidade ou comunidade. Se você for da região metropolitana de BH, inscreva-se nos enviando um e-mail, para receber uma muda com orientações técnicas de onde e como poderá plantar árvores. Se for de outras regiões do Brasil e exterior, plante uma árvore nos envie uma foto, procurando as mesmas orientações técnicas e nos enviando uma citação do significado para você de sua atitude. Vamos divulgar em nosso blog: www.oecoambiental.blogspot.com e no Facebook de nosso Jornal O Ecoambiental. Nosso propósito é estimular a espontaneidade de atitudes que promovam a valorização dos seres humanos e de todo meio ambiente.


SEJA UM ASSINANTE/APOIADOR DO JORNAL O ECOAMBIENTAL,

MULTIPLIQUE ATITUDES EM DEFESA DA VALORIZAÇÃO DA VIDA E DE TODO  O MEIO AMBIENTE

terça-feira, 30 de junho de 2009

A CONSTRUÇÃO DA SUSTENTABILIDADE NO BRASIL

A ideologia da sustentabilidade brasileira

Segundo um dos mestres brasileiros Paulo Freire, a palavra é o resultado da leitura do mundo. Somos resultado do meio ambiente em que vivemos. Esta seria uma dedução lógica ao pensamento do mestre. O Brasil em sua história quando sistematiza a leitura dos conflitos socioambientais escreve um Brasil de várias ideologias ambientais. Segundo a filosofa brasileira Marilena Chauí, o termo ideologia aparece pela primeira vez em 1801 no livro de Destutt de Tracy, Eléments d'Idéologie (Elementos de Ideologia). "Pretendia elaborar uma ciência da gênese das idéias, tratando-as como fenômenos naturais que exprimem a relação do corpo humano, enquanto organismo vivo, com o meio ambiente." Esta gênese da ideologia seria já um ponto de partida para percebermos que o Brasil possui uma identidade da sustentabilidade, somos resultado de onde pisamos, vivemos, convivemos e de tudo que recebemos de informação. Se recebemos alienação diante a opressão vivida pela maioria do povo brasileiro, excluído da distribuição justa e sustentável da riqueza produzida no país, temos o direito de produzirmos nossa ideologia da sustentabilidade que promova a Justiça socioambiental no Brasil Estamos construindo um país ambientalmente, mais justo, para todos vencendo a opressão da degradação das idéias, da importação aculturada e degradada daqueles que estão destruindo pessoas e o meio ambiente em nosso país e no mundo.
O Brasil hoje é na geopolítica mundial um país cada vez mais importante porque detemos boa parte dos recursos naturais que são escassos na Terra. A questão fundamental é como valorizamos um de nossos mais importantes recursos: o povo brasileiro. Ser brasileiro é algo singular. É fascinante. Saber do potencial criativo, dinâmico e da capacidade que o brasileiro possui para conviver com estes recursos naturais, que felizmente fomos presenteados na geografia de Deus, que nos cedeu esta convivência é antes de tudo respeitar quem luta por um Brasil sustentável. O Brasil sustentável consideramos o Brasil dos que não se apegam, não reproduzem, agridem ou oprimem nosso povo através de ideologias e atitudes fatalistas, catastróficas, intolerantes com o povo brasileiro. Como um outro grande brasileiro chamado Geraldo Vandré somos pelo Brasil que "Faz a hora e não espera acontecer".
A produção da ideologia da sustentabilidade no Brasil vem se construindo pelas nossas compreensões da formação do Estado brasileiro, das relações étnicas, de classe, dos conflitos socioambientais de nossa história nacional e mundial. Se valorizarmos esta produção da sustentabilidade brasileira, vamos com certeza elevar nossa qualidade de vida, de forma bem brasileira. Nossa "ginga intelectual" . Somos muito mais que mestres no futebol e no carnaval. Nossos mestres podem ou não passarem pela formação acadêmica. Temos múltiplas formas de educação socioambientais como nossa música, nossos grupos culturais, as Escolas de Sambas, os Grupos de Capoeira, os Povos Indígenas, as Comunidades Tradicionais, Quilombolas, porque não dizer nossos campos de futebol que gestam talentos, craques que o mundo aplaude em várias modalidades esportivas. Nossas festas como o Carnaval, o festival de Parintins na Amazônia brasileira, as festas de São João, os Congados, as Folias de Reis, Maracatu, o Vanerão do sul do Brasil, Bumba Meu Boi, entre tantas manifestações culturais e não folclóricas como ideologicamente são nominadas. Tudo isto é meio ambiente. Todos nós somos meio ambiente. Fazemos parte, somos protagonistas, sujeitos e não objetos de consumo, seres sem alma, sem identidade, sem raízes. Produzimos excelência em várias áreas que se enriquecem com nossas florestas, nossa fauna, todos nossos recursos naturais.Os mestres desta vasta e rica cultura socioambiental precisam ser valorizados, são nossas raízes. Referências da dignidade e da singularidade do povo brasileiro. A tecnologia da sustentabilidade no Brasil não será construída pela arrogância dos que fazem da palavra uma forma de empobrecer maiorias. Aqui no Brasil temos cultura, raízes. Uma nação só será livre se souber de suas raízes culturais, de sua história, da formação de nossa identidade. Temos uma identidade de povo brasileiro de muito valor que merece ser respeitada. Temos uma gestão aqui no Brasil de um mundo que quer ser livre, sustentável, com dignidade de vida e acesso justo para maioria do povo brasileiro aos nossos recursos naturais. Estamos produzindo riquezas que queremos: sejam melhor distribuídas entre nós brasileiros. Trabalhamos para valorizar as patentes brasileiras de nossa capacidade intelectual, de produção de conhecimentos, ideológica e tecnológica. Podemos ser um dos primeiros países que implante uma Agenda 21 que saiba aprender com a história, nossa cultura, acreditando em nossa capacidade humana de respeitar, valorizar, buscar harmonizar o povo brasileiro e os recursos naturais que felizmente ainda existem no Brasil. Nossas raízes culturais iluminam nossa tecnologia socioambiental em todas as áreas do saber, das ciências humanas, biológicas, exatas. Vamos além desta visão limitada e cartesiana que o neoliberalismo arcaico e opressor tenta aqui ideologicamente desagregar a cultura brasileira. Podemos sim aprender a valorizar principalmente o povo brasileiro. Vencer os problemas socioambientais do racismo, da péssima distribuição de renda, da falta de informação ambiental. Somos capazes em todas áreas da produção do conhecimento humano. Temos uma agenda de excelentes seres humanos sim, daquelas pessoas que lutaram e lutam em nossa história para que sejamos um pais para todos e não para pequenas minorias empobrecedoras. Minorias excludentes que dão a nossa juventude, filhos, família, o péssimo exemplo da corrupção e da intolerância ao povo brasileiro que constrói há séculos a riqueza do país.
Chamamos de sustentabilidade a valorização da pessoa humana e de todo nosso ambiente. Valorizar o povo brasileiro é um ponto de partida para nossa vitoriosa caminhada por um Brasil ambientalmente mais justo. Todo aquele que é intolerante com o povo brasileiro, que não nos respeita como cidadãos e como nação, está degradando o meio ambiente no Brasil e porque não dizer no mundo. Estes produzem suas ideologias do "desenvolvimento sustentável" mas possuem a prática daqueles que degradam e insistem em destruir a pessoa humana, o meio ambiente. Alguns ainda vivem a síndrome da neocolonização. Acham que o que vem de fora do Brasil é melhor. Tentam oprimir o povo brasileiro em nossa própria terra. Estas pessoas estão cada dia mais empobrecidas porque acham que desfazer do nosso povo, de nossa cultura, de nossa história reafirma o saber "universal" da opressão neoliberal colonizadora. Por isto insistem em fazer da palavra apenas uma opressão. Estão escravizadas e tentando escravizar o povo brasileiro. Criam um vocabulário "ambientalês" que afastam as pessoas, excluem a maioria do povo a reafirmação de nossa auto-estima e competência como nação. Redigem a exclusão, promovem o vocabulário da academia que aliena, perdida em conceitos dos chamados ideólogos ambientais da alienação. Conceitualizam e sistematizam uma crise ambiental gerada pela ideologia do academicismo, do burocratismo, da opressão intelectual, dos jargões "acadêmicos", que copiam em xerox o referencial cartesiano da razão neoliberal estagnada, em crise. Estas não criam outra coisa senão a degradação e a destruição de pessoas e do meio ambiente em nosso país e no planeta.
Nada vai deter a caminhada do povo brasileiro para a valorização de nossa auto-estima como povo e como nação. Os porta-vozes da degradação vivem tentanto desqualificar o povo brasileiro dizendo que não tomamos conta da Amazônia. Tentam desqualificar nossas atitudes, ações, projetos sustentáveis. Por isto estes ideólogos que se dizem passar por ambientalistas, formados em grupos e universidades neocolonizadoras divorciadas do Brasil, querem oprimir nosso povo. Se nossa palavra é nacionalista não tenham dúvida: é brasileira sim. A palavra que está sendo escrita com nossa luta diária, em projetos, cursos de educação ambiental, seminários, eventos, conferências, transformações locais, com resultados de melhores níveis de qualidade de vida para todos. Que não excluem mas elegem nossos mestres, nossa história cultural como referência. Implantamos sim ações sustentáveis que valorizem o povo brasileiro, nossa capacidade intelectual, o meio ambiente e a construção de um país cada vez mais vitorioso e vencedor.
Participando da vigília em defesa da Amazõnia percebemos como o Brasil vem atuando na Amazônia produzindo e construindo a sustentabilidade. Estamos sim construindo um Brasil que produz nossa ideologia da sustentabilidade. Na medida em que o Brasil toma conhecimento como temos sim capacidade de fazermos a gestão sustentável da Amazônia, como podemos melhorar a cada dia esta gestão, vamos com certeza, melhorar a gestão da sustentabilidade de nossas cidades, nossas comunidades, locais de trabalho, escolas, famílias. Não podemos mais admitir que sejamos tratados com tanta intolerância em nosso próprio país. Não podemos aceitar mais a agressão em ambientes, espaços e infraestruturas que foram construídas pelos brasileiros nas quais as pessoas de nosso país não sejam respeitadas. Por isso precisamos elevar e melhorar nossa qualidade de vida em todos ambientes do Brasil. . Como a palavra ecologia (do grego Oikos + Logos) significa conhecer nossa casa, nosso país precisa cuidar melhor dos brasileiros nascidos aqui. Há séculos estamos construindo um país que ainda precisa em muito valorizar sua própria população. Cada pessoa oprimida, que passa fome de pão e de vida digna, nas ruas, nas residências, famílias, locais de trabalho, escolas, instituições, comunidades do campo e das cidades, excluídas por este modelo neocolonizador e degradado que tenta escravizar nosso povo, nosso meio ambiente, clamamos por libertação. Precisamos nos unir pela vida, pelo bem, pela Agenda 21 de uma sociedade digna para todos. Lutamos para que a Justiça Socioambiental no Brasil seja implantada.
O Brasil merece o Brasil porque somos uma nação e um povo que sabe vencer a opressão. Estamos e vamos vencer este jogo, construindo um Brasil sustentável.
Editorial do Jornal Oecoambiental

quarta-feira, 24 de junho de 2009

CONJUNTURA SOCIOAMBIENTAL

Recebemos esta nota pública da SOS CLIMA DA TERRA :
Nota pública contra o desmonte da política ambiental brasileira


Vimos a público manifestar, durante a semana do meio ambiente, nossa extrema preocupação com os rumos da política socioambiental brasileira e afirmar, com pesar, que esta não é uma ocasião para se comemorar. É sim momento de repúdio à tentativa de desmonte do arcabouço legal e administrativo de proteção ao meio ambiente arduamente construído pela sociedade nas últimas décadas. Recentes medidas dos poderes Executivo e Legislativo, já aprovadas ou em processo de aprovação, demonstram claramente que a lógica do crescimento econômico a qualquer custo vem solapando o compromisso político de se construir um modelo de desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente adequado e economicamente sustentável.

1. Já em novembro de 2008 o Governo Federal cedeu pela primeira vez à pressão do lobby da insustentabilidade ao modificar o decreto que exigia o cumprimento da legislação florestal (Decreto 6514/08) menos de cinco meses após sua edição.

2. Pouco mais de um mês depois, revogou uma legislação da década de 1990 que protegia as cavernas brasileiras para colocar em seu lugar um decreto que põe em risco a maior parte de nosso patrimônio espeleológico. A justificativa foi que a proteção das cavernas, que são bens públicos, vinha impedindo o desenvolvimento de atividades econômicas como mineração e hidrelétricas.

3. Com a chegada da crise econômica mundial, ao mesmo tempo em que contingenciava grande parte do já decadente orçamento do Ministério do Meio Ambiente (hoje menor do que 1% do orçamento federal), o governo baixava impostos para a produção de veículos automotores. Fazia isso sem qualquer exigência de melhora nos padrões de consumo de combustível ou apoio equivalente ao desenvolvimento do transporte público, indo na contramão da história e contradizendo o anúncio feito meses antes de que nosso País adotaria um plano nacional de redução de emissões de gases de efeito estufa.

4. Em fevereiro deste ano uma das medidas mais graves veio à tona: a MP 458 que, a título de regularizar as posses de pequenos agricultores ocupantes de terras públicas federais na Amazônia, abriu a possibilidade de se legalizar a situação de uma grande quantidade de grileiros, incentivando, assim, o assalto ao patrimônio público, a concentração fundiária e o avanço do desmatamento ilegal. Ontem (03/06) a MP 458 foi aprovada pelo Senado Federal.

5. Enquanto essa medida era discutida - e piorada - na Câmara dos Deputados, uma outra MP (452) trouxe, de contrabando, uma regra que acaba com o licenciamento ambiental para ampliação ou revitalização de rodovias, destruindo um dos principais instrumentos da política ambiental brasileira e feita sob medida para se possibilitar abrir a BR 319 no coração da floresta amazônica, com motivos por motivos político-eleitorais. Essa MP caiu por decurso de prazo, mas a intenção por trás dela é a mesma que guia a crescente politização dos licenciamentos ambientais de grandes obras a cargo do Ibama, cuja diretoria reiteradamente vem desconhecendo os pareceres técnicos que recomendam a não concessão de licenças para determinados empreendimentos.

6. Diante desse clima de desmonte da legislação ambiental, a bancada ruralista do Congresso Nacional, com o apoio explícito do Ministro da Agricultura, se animou a propor a revogação tácita do Código Florestal, pressionando pela diminuição da reserva legal na Amazônia e pela anistia a todas as ocupações ilegais em áreas de preservação permanente. Essa movimentação já gerou o seu primeiro produto: a aprovação do chamado Código Ambiental de Santa Catarina, que diminui a proteção às florestas que preservam os rios e encostas, justamente as que, se estivessem conservadas, poderiam ter evitado parte significativa da catástrofe ocorrida no Vale do Itajaí no final do ano passado.

7. A última medida aprovada nesse sentido foi o Decreto 6848, que, ao estipular um teto para a compensação ambiental de grandes empreendimentos, contraria decisão do Supremo Tribunal Federal, que vincula o pagamento ao grau dos impactos ambientais, e rasga um dos pontos principais da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, assinada pelo País em 1992, e que determina que aquele que causa a degradação deve ser responsável, integralmente, pelos custos sociais dela derivados (princípio do poluidor-pagador) . Agora, independentemente do prejuízo imposto à sociedade, o empreendedor não terá que desembolsar mais do que 0,5% do valor da obra, o que desincentiva a adoção de tecnologias mais limpas, porém mais caras.

8. Não fosse pouco, há um ano não são criadas unidades de conservação, e várias propostas de criação, apesar de prontas e justificadas na sua importância ecológica e social, se encontram paralisadas na Casa Civil por supostamente interferirem em futuras obras de infra-estrutura, como é o caso das RESEX Renascer (PA), Montanha-Mangabal (PA), do Baixo Rio Branco-Jauaperi (RR/AM), do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Tibagi (PR) e do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pelotas (SC/RS).

Diante de tudo isso, e de outras propostas em gestação, não podemos ficar calados, e muito menos comemorar. Esse conjunto de medidas, se não for revertido, jogará por terra os tênues esforços dos últimos anos para tirar o País do caminho da insustentabilidade e da dilapidação dos recursos naturais em prol de um crescimento econômico ilusório e imediatista, que não considera a necessidade de se manter as bases para que ele possa efetivamente gerar bem-estar e se perpetuar no tempo.

Queremos andar para frente, e não para trás. Há um conjunto de iniciativas importantes, que poderiam efetivamente introduzir a variável ambiental em nosso modelo de desenvolvimento, mas que não recebem a devida prioridade política, seja por parte do Executivo ou do Legislativo federal. Há anos aguarda votação pela Câmara dos Deputados o projeto do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) Verde, que premia financeiramente os estados que possuam unidades de conservação ou terras indígenas. Nessa mesma fila estão dezenas de outros projetos, como o que institui a possibilidade de incentivo fiscal a projetos ambientais, o que cria o marco legal para as fontes de energia alternativa, o que cria um sistema de pagamento por serviços ambientais, dentre tantos que poderiam fazer a diferença, mas que ficam obscurecidos entre uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e outra. E enquanto o BNDES ainda tem em sua carteira preferencial os tradicionais projetos de grande impacto ambiental, os pequenos projetos sustentáveis não têm a mesma facilidade e os bancos públicos não conseguem implementar sequer uma linha de crédito facilitada para recuperação ambiental em imóveis rurais.

Nesse dia 5 de junho, dia do meio ambiente, convocamos todos os cidadãos brasileiros a refletirem sobre as opções que estão sendo tomadas por nossas autoridades nesse momento, e para se manifestarem veementemente contra o retrocesso na política ambiental e a favor de um desenvolvimento justo e responsável.

Brasil, 05 de junho de 2009.

SOS CLIMA TERRA

Povo Indígena Awá-Guajá

OS AWÁ-GUAJÁ
São Luís(MA), 23/06/09
Para conhecer os homens é preciso vê-los atuar, Jean - J. Rousseau. Você faz suas escolhas, e suas escolhas fazem você, Steve Beckman. Você já ouviu falar de um povo indígena nômade que vai ao céu? Que no MA vive um dos últimos povos nômades do Brasil? Que no MA ainda existe indígenas sem contato e que se encontram em situação de risco? O Maranhão tem a grandeza de abrigar em seu território um povo indígena com essa característica e com uma realidade gritante. Estamos falando do povo indígena Awá-Guajá. Este povo precisa de sua ajuda para continuar a existir. A população Awá-Guajá é de 350 a 400 pessoas, incluindo os grupos livres ou sem contato. De língua Tupi-Guarani o povo se autodenomina Awá – que significa gente. Uma sociedade de caçadores e coletores que vive exclusivamente da floresta e dela depende para continuar a existir e praticar suas atividades nômades. Seu nomadismo é tido como estratégia de sobrevivência frente, primeiramente, a outros indígenas, e depois aos não-índios em disputa por território. A população compreendida como contatada ou aldeada está distribuída em 04 aldeias: Awá, Tiracambu e Juriti, ambas na T.I. Caru e Guajá, na T.I. Alto Turiaçú. População que lentamente vem crescendo e se recompondo das drásticas conseqüências que o contato representou nas décadas de 70 e 80. Estão a experimentar o contato, mas sem um plano ou projeto de futuro claro por parte da Funai. Sofrem com a exploração ilegal de madeira em sua terra. A população dos grupos livres ou sem contato estima-se que ultrapasse 60 pessoas. Esses grupos ainda praticam o nomadismo e vivem única e exclusivamente dos recursos naturais. Grupos que correm sérios riscos de desaparecimento devido à invasão e destruição de seus territórios pelos interesses madeireiros e do agro negócio. A situação enfrentada por esses grupos é de urgência. Dos riscos e ameaças:Terra Indígena AraribóiaHabitada por indígenas Guajajara é regularizada, mas enfrenta sérios problemas de invasão pela ação dos madeireiros e das carvoarias da região. Os grupos de Awá-Guajá isolados estão totalmente desprotegidos. “Os Awá moram no coração da mata e estão ameaçados pelas queimadas. Vivem fugindo do fogo e dos invasores. Tem até gente falando que os madeireiros estão atirando nos Awá Guajá, queimando seus barracos e roubando seus potes de carregar mel, redes e tipóias, achamos esses objetos até no caminhão de madeireiro”. (depoimento de Itamar Guajajara) Terra indígena Caru Regularizada e habitada pelos Guajajara e Awá-Guajá também apresenta a mesma situação de invasão, retirada e venda ilegal de madeira. O resultado é um território cortado por estradas, escassez de caças, grandes áreas de capoeiras e conflitos.Terra Indígena AwáEsta terra é um caso emblemático a ser resolvido em decorrência da invasão por ocupantes de má fé, grupos econômicos e políticos da região. O processo de reconhecimento da terra teve início em 1979 e só foi homologada em 2005. No entanto, até o momento não foi registrada por conta de pendências judiciais impetradas por grupos econômicos que contestam a homologação. Enfim, são problemas que requerem a colaboração da sociedade por se tratar de um povo ainda sem condições autônomas de buscar melhorias, pois os seus diretos fundamentais, dentre os quais o essencial, a vida, não estão sendo respeitados e defendidos. Assim, o CIMI convida você a ser um amigo apoiador da causa indígena, em particular desse povo. Neste sentido, convidamos você para uma primeira reunião no dia 23/06, terça-feira, as 9:00 hs, no salão da Igreja São João, na Rua da Paz, para tratarmos dessa situação, pois entendemos que a defesa da vida do povo Awá e do meio ambiente onde eles vivem, é uma questão de todos nós. Desde já agradecemos pela atenção e esperamos contar com a sua valiosa presença.
Atenciosamente,
Por:Rosimeire Diniz, Humberto Capucci, Ir. Ana Amélia – coordenação regional do CIMI MA.
Luzenice Macedo

quinta-feira, 18 de junho de 2009

MENSAGEM DA SENADORA MARINA SILVA

Uma mensagem a todos os membros de movimento MARINA SILVA PRESIDENTE por MARINA SILVA

Acumulam-se as evidências de que a ação humana está mudando o clima da Terra em velocidade maior do que sepensava, acelerando a transformação de todos os ecossistemas. Foi o que me disse há alguns dias Carlos Nobre, respeitado especialista em climatologia, pesquisador doInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e membro do IPCC, o Painel de Mudanças Climáticas da ONU. Segundo Nobre, as previsões estão sendorevistas para pior. O mundo terá que tomar medidas enérgicas para conter o aquecimento global, cuja face mais visível é o derretimento crescente da cobertura degelo do Ártico, no Polo Norte. "Isso é muito sério, e terá reflexos no clima de todo o planeta e em toda a biologia marinha", disse ele. "Antes, a previsão era de que isso poderia acontecer no ano 2100. Agora já se pensa em algo como 2030 a 2050". Que no fim do século 21 a Terra será mais quente não há mais dúvidas. Há uma previsão de aumento médio da temperatura entre 1,8C e 4,5C. Acima de 2C já poderá ser catastrófico, mas muitos, numa atitude que poderíamos chamar de síndrome de Poliana,preferem pensar que o aumento será de apenas 1,8C e tudo terminará bem. No entanto, ninguém pode garantir que não chegará a 4,5C. No encontro de Copenhague, chegou-se a falar em corte, até 2050, de 100% nas emissões dos países ricos. Na média global, essa "descarbonização", como chamam os cientistas, terá que chegar a 80% em meados do século. Percentuais à parte, o Brasil não pode se eximir de fazer o seu papel. Nesse quesito, Poliana precisa ser avisada de que nem tudo vai bem. Volta atrás em caminhos penosamente percorridos e abre o flanco a riscos enormes de aumentar desmatamentos -nossa maior fonte deemissão de gases do efeito estufa-, e o Estado não induz a uma cultura de sustentabilidade. Acorde, Poliana! A situação é grave, e hoje em dia não basta o pensamento positivo. Ele ajuda muito, mas apenas quando somado à coerência e à ação.

Visite movimento MARINA SILVA PRESIDENTE em: http://marinasilvapresidente.ning.com

quarta-feira, 17 de junho de 2009

BRASIL REALIZA SUA I CONFERÊNCIA DE SAÚDE E MEIO AMBIENTE


Decreto convoca Conferência de Saúde Ambiental para dezembro

Foi publicado no Diário Oficial da União o decreto presidencial que convoca a 1ª Conferência de Saúde Ambiental (CSA). A Conferência será realizada entre os dias 8 e 12 de dezemro de 2009, em Brasília, pelos Ministérios da Saúde, Meio Ambiente e das Cidades. As etapas preparatórias (seminários, fóruns e conferências nos estados) terão início em maio, após a publicação do regimento interno.
Com o tema Saúde e Ambiente: vamos "cuidar da gente!" e o subtema "A saúde ambiental na cidade, no campo e na foresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis?, a Conferência tem o objetivo de definir diretrizes para políticas públicas integrads no campo da saúde ambiental, a partir da atuação dos segmentos envolvidos com o tema
A realização da Conferência de Saúde Ambiental foi deliberada pelos delegados da III Conferência Nacional de Meio Ambiente (maio/2008)13ª Conferência Nacional de Saúde (novembro/2007), a 3ª Conferência Nacional das Cidades (ovembro/2007). Além disso, foi aprovada nos Conselhos Nacionais de Saúde (CNS), de Meio Ambiente (COAMA) e das Cidades (ConCidades).
O processo da conferência demonstra a forte intersetorialidade e a participação social que vem permeando a realização da 1ª. CNSA, que envolve os diversos setores da sociedade brasileira e a articulação dos gestores públicos nas três esferas de governo.
Contato:

Suzane Durães - assessora de imprensa CNMA - (61) 3317-1067 / 9982-6047
Confira o decreto na integra:

DECRETO DE 14 DE MAIO DE 2009
Convoca a 1a Conferência Nacional de Saúde Ambiental.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea "a", da Constituição, D E C R E T A :

Art. 1o Fica convocada a 1a Conferência Nacional de Saúde Ambiental, a realizar-se em Brasília, istrito Federal, entre os dias 8 e 12 de dezembro de 2009, pelos Ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e das Cidades.

§ 1o O Ministro de Estado da Saúde será o presidente da 1a Conferência Nacional de Saúde Ambiental e osinistros de Estado do Meio Ambiente e das Cidades, os vice-presidentes.
§ 2o A realização da 1a Conferência Nacional de Saúde Ambiental será coordenada por uma comissão organiadora, a ser instituída mediante ato conjunto dos titulares dos órgãos referidos no caput.
§ 3o A 1a Conferência Nacional de Saúde Ambiental conará com etapas preparatórias que se iniciarão a partir do mês de maio de 2009, após a publicação do seu regimento interno, aprovado pelos Ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e ds Cidades, dispondo sobre
organização, funcionamento e processo de escolha dos delegados.

Art. 2o A 1a Conferência Nacional de Saúde Ambiental terá como objetivo gral a definição de diretrizes para políticas públicas integradas no campo da saúde ambientala partir da atuação transversal e intersetorial dos vários atores envolvidos com o tema.

Parágrafo único. O tema da 1a Conferência Nacional de Súde Ambiental será "Saúde e Ambiente: vamos cidar da gente!" e o subtema "A saúde ambiental na cidade,no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis."

Art. 3o As despesas com a realização da 1a Conferência Nacional de Saúde Ambiental correrão à conta de recursos orçamentários dos Ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e das Cidades.

Art. 4o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 14 de maio de 2009; 188o da Independência e 121o da República.


LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
José Gomes Temporão
Carlos Minc
Marcio Fortes de Almeida



CONFIRA AGORA AS DIRETRIZES PROPOSTAS PELA COMISSÃO NACIONAL DE ORGANIZAÇÃO DA I CNSA:

1ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE AMBIENTAL (1ª CNSA)


Brasília, 08 a 12 de dezembro de 2009

Comissão Nacional Organizadora
Convocatória

O Presidente da República, por meio do Decreto Presidencial n°........ ,
convoca a 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental-CNSA, atendendo às deliberações das Conferências Nacionais de Saúde, Cidades e Meio Ambiente. Esta Conferência traz como lema “Saúde e Ambiente: vamos cuidar da gente!“ e tema “A saúde ambiental na cidade, no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis”, e será presidida pelo Ministro da Saúde e vice-presidida pelo Ministro do Meio Ambiente e pelo Ministro das Cidades.
A 1ª CNSA será organizada por uma Comissão Organizadora Nacional composta por membros do Conselho Nacional de Saúde, Conselho Nacional de Meio Ambiente, Conselho Nacional de Recursos Hídricos, Conselho Nacional das Cidades, Ministério da Educação, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério do Desenvolvimento Agrário, e Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.

A proposta de realização da Conferência Nacional foi antecedida por um processo de debate sobre a construção de uma política pública de saúde ambiental, iniciado com o “Plano Nacional de Saúde e Ambiente no Desenvolvimento Sustentável” - a contribuição do Brasil à Conferência Pan-Americana sobre Saúde, Ambiente e Desenvolvimento -
COPASAD (1995), e outras iniciativas que culminaram com a elaboração do documento “Subsídios para a construção da Política Nacional de Saúde Ambiental”, publicado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em 2007. As discussões coletivas das últimas décadas possibilitaram o crescente entendimento da importância das questões ambientais na determinação do processo saúde-doença dos grupos humanos, explicitando a necessidade
de formulação de políticas públicas, programas e ações relacionados à interação entre a saúde e meio ambiente, com vista a assegurar a qualidade de vida do ser humano e a sustentabilidade.

Embora a ação humana sobre a Natureza faça parte da história desde os primórdios da civilização, jamais os impactos sobre a saúde humana e dos ecossistemas alcançaram a gravidade e a escala dos tempos atuais. Além dos riscos ambientais à saúde, a permanência ou agravamento das iniqüidades em várias regiões do planeta vêm marcando as discussões sobre a insustentabilidade sócio-ambiental do atual modelo de desenvolvimento econômico e seus impactos sobre a saúde das populações.

Alguns exemplos da gravidade e complexidade da atual crise socioeconômica e
ambiental são: a enorme velocidade de extinção de espécies; o esgotamento de vários recursos naturais, incluindo sistemas de suporte à vida como a água; os processos de desmatamento e desertificação; a crise urbana, relacionada ao saneamento básico, habitação, transporte e segurança pública; a emergência de inúmeras epidemias em contextos complexos de circulação de vetores e a degradação sócio-ambiental; a poluição química em ambientes urbanos e rurais, através dos agrotóxicos, domisanitários e outros produtos químicos; a mudança climática global; e os acidentes e desastres tecnológicos que afetam a saúde dos trabalhadores e a população em geral.

Vários destes problemas podem ser demarcados no nível local em termos de gênese e efeitos, mas a maioria encontra-se inserido em complexas relações de causalidade e determinação do processo saúde-doença ultrapassando o nível local, tornando-se regionais, transfronteiriços e/ou globais, com cenários temporais mais longos. Os modelos tradicionais de produção de conhecimento científico, formulação e gestão das políticas públicas devem permitir processos de trabalho efetivos que incorporem a complexidade na análise e intervenção sobre os problemas de saúde e ambiente por meio de abordagens interdisciplinares, sistêmicas, participativas e territorializadas. Somos uma nação complexa em termos de ecossistemas, culturas, grupos étnicos, processos produtivos e econômicos, portanto as situações de saúde devem ser compreendidas no interior de territórios concretos, suas populações e possíveis cenários de desenvolvimento, sejam eles urbanos, rurais, indígenas, de quilombolas, dentre outros.

Associado à ameaça ambiental, os modelos prevalentes de desenvolvimento
econômico, na atual era de globalização, têm mantido ou mesmo agravado cenários de iniqüidade social, em escala global, nacional, regional e local. Conforme aponta o relatório de 2008 da Comissão Nacional de Determinantes Sociais da Saúde, as desigualdades sociais e suas implicações na situação de saúde entre grupos da população ainda se constituem num dos principais desafios da agenda social e sanitária brasileira.
Atualmente encontram-se em curso profundas alterações nos mecanismos de
funcionamento e organização da vida no planeta, seja para as atuais ou futuras gerações, as quais ocasionam diferentes impactos para a saúde das populações, em especial aquelas mais vulneráveis em territórios nos quais os vários impactos se materializam. A compartimentalização das ações entre os vários setores, dentro ou entre os três níveis de governo, coloca para a sociedade o desafio de construirmos estratégias integradas, interdisciplinares e intersetoriais que permitam enfrentar os graves e complexos problemas de saúde e ambiente. Neste sentido é sabido que melhores níveis de saúde dependem de transformações que ultrapassem o setor saúde, e envolvam outras áreas igualmente comprometidas com as necessidades sócio-ambientais e com os direitos de cidadania. Para tanto, é necessária a atuação intersetorial e, em consonância com os princípios democráticos, é urgente encarar o desafio de aumentar a participação e o controle social no enfrentamento da injustiça social, de forma que o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento territorial urbano e rural, as ações de saúde, as ações em meio ambiente caminhem rumo à sustentabilidade sócio-ambiental de forma integrada e integral.

A 1ª CNSA foi concebida e construída coletivamente e dentre outras coisas definiu que, nas esferas municipais, estaduais e do Distrito Federal os setores de saúde, meio ambiente, infra-estrutura, saneamento, educação, trabalho, entre outros, deverão se articular para realizar suas etapas de conferência de acordo com o seguinte cronograma:

conferências municipais até 15 de agosto de 2009 e conferências estaduais e do Distrito Federal até 15 de outubro.
A etapa nacional da Conferência de Saúde Ambiental deverá ocorrer até 15 de dezembro de 2009.
As Comissões Organizadoras de cada etapa devem buscar envolver, além das diversas instituições públicas responsáveis pelas políticas acima mencionadas, os distintos movimentos sociais, entidades e ONG que se dedicam a estas questões, num esforço de ampliar significativamente a participação da sociedade organizada na Conferência.
A 1ª CNSA deve tomar como ponto de partida para o debate, as características
demográficas, epidemiológicas, socioeconômicas, geográficas, ambientais, culturais que compõem a singularidade do território onde está sendo realizada. Deve também apontar para a construção de agendas integradas de ação que, a partir da articulação transversal, intersetorial e democraticamente participativa, produzam e encaminhem respostas para as questões consideradas estratégicas e prioritárias para garantir a cidadania, a qualidade de vida e territórios sustentáveis nas cidades, no campo e na floresta.

Neste sentido, os objetivos que nortearão a 1ª CNSA são:

I –definir diretrizes para a política pública integrada no campo da saúde ambiental, a partir da atuação transversal e intersetorial dos vários atores envolvidos com o tema;

II –promover e ampliar a consciência sanitária, política e ambiental da população sobre os determinantes socioambientais num conceito ampliado de saúde;

III –promover o debate social sobre as relações de saúde, ambiente e
desenvolvimento, no sentido de ampliar a participação da sociedade civil na construção de propostas e conhecimentos que garantam qualidade de vida e saúde das populações em seus territórios;

IV – identificar na sociedade civil as experiências positivas que estão sendo feitas
territorialmente e em contexto participativo, os problemas referentes ao binômio saúdeambiente e as demandas da sociedade para o poder público; e

V – promover o exercício da cidadania e a garantia do direito à saúde junto ao poder público no sentido de que o aparelho do Estado adote instrumentos e mecanismos institucionais sustentáveis (sistemas integrados) relacionados à saúde ambiental. Visando orientar a temática das conferências, de acordo com o lema, tema e objetivos da I CNSA, foram identificados três eixos para o debate, que compreendem:

I - Desenvolvimento e sustentabilidade sócio-ambiental no campo, na cidade e na
floresta;
II - Produção, ambiente e saúde: desafios dos processos de trabalho e consumo nos
territórios; e
III - Democracia, educação, saúde e ambiente: políticas para a construção de
territórios sustentáveis.

Finalmente, vale ressaltar que, o sucesso na construção de uma proposta estratégica em saúde ambiental para o Brasil depende da participação e representatividade dos movimentos sociais da cidade, do campo e da floresta; dos trabalhadores formais e informais; do setor empresarial; das entidades de profissionais, acadêmicas e de pesquisa, das Organizações Não-Governamentais; e do poder público federal, estadual e municipal.

Saúde e Ambiente: vamos cuidar da gente!

Comissão Nacional Organizadora – I CNSA
31 de Março de 2009

terça-feira, 16 de junho de 2009

É PARA RIR ....

Recebemos estas piadas....

As melhores do Manoel Português..

AMOR OU INTERESSE ?

- Diga-me, Manoel, tua mulher faz sexo com você por amor ou por interesse?- Olha, Joaquim, eu acho que é por amor...- Como é que você sabe?- Porque ela não demonstra nenhum interesse!!
-----------------------------------------------------------


MANOEL NO RESTAURANTE

O Manoel entra no restaurante e pergunta:-Por favor, me dá uma bacalhoada!- Ao que o atendente pergunta:- Já sei! O senhor é português?- Como descobriste? Foi por causa do meu sotaque ou pelo fato de eu ter pedido bacalhoada?- Nem um nem outro... É que aqui é o Mc Donald's!!! ------------------------------------------------------------

MANOEL NO BRASIL

O Manoel estava voltando da viagem que fizera ao Brasil.Chegando no aeroporto, seu amigo Joaquim o esperava.- E aí,Manoel, como foi de viagem?- Muito bom...- E o que tu mais gostaste no Brasil??- Ah, das praias, da mulherada! É uma maravilha!!!!- E do que tu não gostaste???- Ah, das escadas rolantes...Tu acreditas que, um dia, eu estava subindo e acabou a energia elétrica...Eu fiquei lá, parado, em pé, por mais de 2 horas!!!- Ê, Manoel, mas tu és burro. hein!!!! Por que tu não te sentaste???

MP 458

Na quarta-feira, dia 02/06, o senado brasileiro aprovou a MP 458. Esta medida presenteia todos aqueles que fizeram grilagem na Amazônia com a regularização de terras ocupadas ilegalmente. Se o presidente assinar a MP 458, 67 milhões de hectares de terras públicas da Amazônia serão privatizados. Um patrimônio estimado em 70 bilhões de reais irá parar nas mãos dos grileiros. O Gabinete de Lula está recebendo milhares de ligações pedindo para que a MP 458 não seja aprovada. Faça sua parte, ligue e espalhe os números e o e-mail do presidente Lula para seus amigos. Peça para que eles digam NÃO A MP 458.Telefone do Gabinete do Lula:(61) 3411.1200 ou (61) 3411.1201Ou envie um e-mail através do link:https://sistema.planalto.gov.br/falepr2/index.php