segunda-feira, 6 de setembro de 2021

JOVENS AFRODESCENDENTES REPRESENTAM O BRASIL EM FÓRUM INTERNACIONAL

 

Jovens lideranças negras representam o Brasil em Fórum Internacional na Costa Rica

FONTE: ONU - BRASIL
  • O governo da Costa Rica realizou o “Fórum Internacional de Alto Nível: Reafirmando o Compromisso das Pessoas Afrodescendentes por Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”.
  • O evento, que tem apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), marcou o primeiro Dia Internacional de Pessoas Afrodescendentes, celebrado em 31 de agosto.
  • Para o secretário-geral da ONU, a data é, ao mesmo tempo, uma celebração das enormes contribuições dos afrodescendentes, um reconhecimento há muito esperado das profundas injustiças e discriminação sistêmica enfrentados por eles até hoje; e um apelo urgente à ação de todos, em todos os lugares, para se comprometerem a erradicar o mal do racismo.
  • Os brasileiros Daniel Paixão, fundador do projeto Fruto de Favela, de Pernambuco, e a ativista, pesquisadora e assistente de programa do UNFPA Brasil Midiã Noelle compartilharam experiências durante o evento, a convite do UNFPA.
Legenda: A assistente de programa do UNFPA, Midiã Noelle (ao centro) e o ativista Daniel Paixão (à direita) foram convidados pelo UNFPA
Foto: © Fórum Alto Nível

   Em celebração ao último 31 de agosto, comemorado pela primeira vez como o Dia Internacional de Pessoas Afrodescendentes, o governo da Costa Rica realiza o “Fórum Internacional de Alto Nível: Reafirmando o Compromisso das Pessoas Afrodescendentes por Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”. O evento, que tem apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), contou com a participação de jovens lideranças negras brasileiras, que falaram, a convite do UNFPA, sobre enfrentamento ao racismo, violência contra a comunidade negra e ações afirmativas, entre outras coisas.

   O fundador do projeto Fruto de Favela, Daniel Paixão, compartilhou um pouco de sua trajetória como um jovem ativista em sua comunidade, na cidade de Paulista, em Pernambuco, e ressaltou a importância dos investimentos na juventude e em seus potenciais.

   Daniel é integrante do Observatório da Juventude e participou da Roda das Juventudes Já!, promovidas pelo Fundo de População da ONU em parceria com outras organizações. “Fico muito grato de ter oportunidade de poder dialogar e compartilhar experiências com jovens de outras nações, para construir soluções e ações afirmativas com o objetivo de combater as problemáticas raciais e as desigualdades, que acabam dificultando nossas vivências em diversos territórios. Estou lisonjeado de poder estar nesse espaço e por aprender, sobretudo. Vou retornar ao Brasil com mais garra e energia”, afirmou.

Legenda: Representantes de vários países que se apresentaram no Fórum ao lado do diretor regional do Fundo de População da ONU, Harold Robinson (à esq)
Foto: © UNFPA

   Também integrou o fórum como convidada a ativista e assistente de programa do UNFPA Brasil Midiã Noelle, que é mestre em cultura e pesquisadora dos temas de violência, comunicação e juventude. “Durante o evento, falei sobre como o racismo é estrutural e se encontra de forma institucionalizada nos setores público e privado, afetando diretamente a vida dos e das jovens”, acrescenta.

   Ela partilhou ainda boas práticas de oportunidades para jovens negros e negras. “Nesse sentido, compartilhei a experiência do UNFPA Brasil com o Estágio Afirmativo, assim como outras ações que viabilizem o acesso e permanência de pessoas negras em espaços de tomada de decisão e poder”, conclui.

   Dia Internacional - Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, o primeiro Dia Internacional de Pessoas Afrodescendentes é, ao mesmo tempo, uma celebração das enormes contribuições dos afrodescendentes em todos os campos da atividade humana, um reconhecimento há muito esperado das profundas injustiças e discriminação sistêmica que os afrodescendentes têm sofrido por séculos e continuam a enfrentar hoje; e um apelo urgente à ação de todos, em todos os lugares, para se comprometerem a erradicar o mal do racismo.

"Reconhecer o legado entrincheirado da escravidão, reparar os erros da história e destruir a mentira maligna da supremacia exige persistência e ação todos os dias, em todos os níveis, em todas as sociedades", destacou Guterres, em seu discurso.

   O secretário-geral lembrou projeto e iniciativas da ONU para combater o racismo, como o projeto Rota dos Escravos da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e a iniciativa do Fundo das Nações Unidas para Atividades Populacionais (UNFPA) para investir em jovens afrodescendentes.

   Guterres também citou a Agenda Rumo a Mudanças Transformativas para Justiça e Igualdade Racial lançada pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (ACNUDH), que busca desmantelar o racismo sistêmico, garantir a responsabilização e fornecer justiça reparatória. Além disso, a Assembleia Geral iniciou o Fórum Permanente sobre Afrodescendentes e Conselho de Direitos Humanos estabeleceu um novo mecanismo independente para promover a justiça racial e a igualdade na aplicação da lei.

   "Juntos, vamos nos comprometer a fazer nossa parte e levar adiante a promessa de igualdade, justiça e dignidade para todos", conclamou Guterres.

   O evento - O “Fórum Internacional de Alto Nível: Reafirmando o Compromisso das Pessoas Afrodescendentes por Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento” tem o objetivo de avaliar os avanços e os desafios da implementação da agenda da Década Internacional de Pessoas Afrodescendentes, que começou em 2014 e segue até 2015. O Fórum também discute outros compromissos pactuados internacionalmente em defesa dos direitos das pessoas afrodescendentes, como a Conferência de Durban e a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD). O evento segue sendo realizado até 4 de setembro.

EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL REVITALIZANDO O MEIO AMBIENTE

OBS.: Vídeo retrata acontecimentos antes do surgimento da pandemia. 


 

OS ESCOTEIROS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL


OBS.: Vídeo retrata acontecimentos antes do surgimento da pandemia. 


 

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

MAIS DE 4 BILHÕES DE PESSOAS NO MUNDO CONTINUAM SEM ACESSO A PROTEÇÃO SOCIAL, SEGUNDO OIT


Fonte: ONU- BRASIL

  • A pandemia da COVID-19 revelou e exacerbou a disparidades entre os países de alta renda e os de baixa renda, destaca a Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Relatório Mundial sobre Proteção Social 2020-22.
  • Atualmente, apenas 47% da população mundial está efetivamente coberta por, ao menos, um benefício de proteção social,
  • Os benefícios incluem o acesso à assistência médica e à segurança de renda, particularmente em casos de velhice, desemprego, doença, invalidez, acidente de trabalho, maternidade ou perda da principal pessoa responsável pela renda, bem como para famílias com crianças.
  • De acordo com a publicação, a Europa e a Ásia Central têm as taxas de cobertura mais altas, com 84% da população coberta por pelo menos um benefício.
  • As Américas também estão acima da média global, com 64,3%. A Ásia e o Pacífico (44%), os Estados Árabes (40%) e a África (17,4%) têm evidentes deficiências em matéria de cobertura. Apesar da expansão sem precedentes da proteção social durante a crise deflagrada pela COVID-19, mais de 4 bilhões de pessoas em todo o mundo permanecem totalmente desprotegidas, afirma um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).



O relatório constata que a resposta à pandemia foi desigual e insuficiente, o que aprofundou a distância entre os países com altos e baixos níveis de renda e falhou em oferecer a proteção social tão necessária que todas as pessoas merecem.

A proteção social inclui o acesso à assistência médica e à segurança de renda, particularmente em casos de velhice, desemprego, doença, invalidez, acidente de trabalho, maternidade ou perda da principal pessoa responsável pela renda, bem como para famílias com crianças.

“Os países estão em uma encruzilhada”, disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. “Este é um momento crucial para aproveitar a resposta à pandemia e construir uma nova geração de sistemas de proteção social baseados em direitos. Esses sistemas podem proteger as pessoas de crises futuras e dar aos trabalhadores e às empresas a segurança para enfrentar as múltiplas transições à diante com confiança e esperança. Devemos reconhecer que uma proteção social eficaz e abrangente não é apenas essencial para a justiça social e o trabalho decente, mas também para a criação de um futuro sustentável e resiliente ”.

O “Relatório Mundial sobre Proteção Social 2020-22: A proteção social numa encruzilhada - em busca de um futuro melhor” oferece um panorama mundial da evolução recente dos sistemas de proteção social, incluindo os pisos de proteção social, e a aborda as consequências da pandemia da COVID-19. O relatório identifica déficits em matéria de proteção social e apresenta recomendações políticas essenciais, especialmente com relação aos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Atualmente, apenas 47% da população mundial está efetivamente coberta por, ao menos, um benefício de proteção social, ao passo que 4,1 bilhões (53%) não são protegidas por qualquer segurança de renda de seu sistema nacional de proteção social.

Existem desigualdades regionais significativas em termos de proteção social. A Europa e a Ásia Central têm as taxas de cobertura mais altas, com 84% da população coberta por pelo menos um benefício. As Américas também estão acima da média global, com 64,3%. A Ásia e o Pacífico (44%), os Estados Árabes (40%) e a África (17,4%) têm evidentes deficiências em matéria de cobertura.

Em todo o mundo, a grande maioria das crianças ainda não tem cobertura de proteção social efetiva - apenas uma em cada quatro crianças (26,4%) recebe um benefício de proteção social. Apenas 45% das mulheres com crianças recém-nascidas recebem um auxílio maternidade em espécie.  Apenas uma em cada três pessoas com deficiência grave (33,5%) em todo o mundo recebe um benefício por deficiência. A cobertura do seguro-desemprego é ainda mais baixa; apenas 18,6% dos(as) trabalhadores(as) desempregados(as) em todo o mundo estão efetivamente cobertos(as). E embora 77,5% das pessoas acima da idade de aposentadoria recebam alguma forma de pensão por idade, grandes disparidades permanecem entre as regiões, entre áreas rurais e urbanas e entre mulheres e homens.

Os gastos públicos com proteção social também variam significativamente. Em média, os países gastam 12,8% de seu produto interno bruto (PIB) em proteção social (excluindo saúde), porém os países de alta renda investem 16,4% de seu PIB em proteção social e os de baixa renda apenas 1,1%.

O relatório observa que a lacuna de financiamento - os gastos adicionais necessários para garantir pelo menos uma proteção social mínima para todas as pessoas - aumentou cerca de 30% desde o início da crise da COVID-19.

Para garantir pelo menos uma cobertura de proteção social básica, os países de baixa renda deveriam investir 77,9 bilhões de dólares adicionais por ano, países de renda média baixa, um adicional de 362,9 bilhões de dólares por ano, países de renda média alta, um adicional de 750,8 bilhões de dólares por ano. Isso é respectivamente 15,9%; 5,1% e 3,1% do PIB.

“Há uma enorme pressão para que os países alcancem uma consolidação fiscal, após os grandes gastos públicos relacionados às suas medidas de resposta à crise, mas seria extremamente prejudicial reduzir os gastos com proteção social; É preciso investir agora ”, disse a diretora do Departamento de Proteção Social da OIT, Shahra Razavi.

“A proteção social é uma ferramenta importante que pode gerar benefícios econômicos e sociais de grande alcance para os países em todos os níveis de desenvolvimento. Pode favorecer uma melhor saúde e educação, maior igualdade, sistemas econômicos mais sustentáveis, uma melhor gestão da migração e o respeito aos direitos fundamentais. A construção de sistemas que possam gerar esses resultados positivos exigirá uma combinação de fontes de financiamento e maior solidariedade internacional, especialmente com apoio aos países mais pobres. Mas os benefícios do sucesso vão além das fronteiras nacionais para beneficiar todas as pessoas”, disse ela.

Medidas específicas para promover uma proteção social universal foram apresentadas no Chamado Global à Ação para uma recuperação da crise da COVID-19 centrada nas pessoas. Esse Chamado à Ação, que define um programa abrangente de recuperação, foi adotado por unanimidade em junho de 2021 pelos Estados membros da OIT, representando governos, organizações de trabalhadores e empregadores.

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO INDÍGENA PARA O FUTURO DO PLANETA



POVO XAVANTE                       Foto: Divulgação

Como o conhecimento indígena pode ajudar a prevenir crises ambientais

Foto: UNEP / 09 de agosto de 2021

Por que o conhecimento indígena é crucial para o 

futuro do planeta ?

Algumas comunidades indígenas vivem em 

harmonia com a natureza há milênios. Essa 

experiência, dizem os especialistas, pode ajudar a colocar o mundo em um caminho mais verde.


FONTE: ONU

Nemonte Nenquimo passou anos rechaçando mineradores,

 madeireiros e empresas de petróleo que pretendem 

desenvolver a floresta amazônica.

Líder do povo indígena Waorani do Equador, 

ela liderou um processo de 2019 que proibiu a extração 

de recursos em 500.000 acres de suas terras ancestrais

 - uma vitória judicial que deu esperança às comunidades

indígenas em todo o mundo.

Mas Nenquimo, Campeão da Terra das Nações Unidas

 em 2020 , não espera apenas salvar os Waorani.

 Ao proteger a Amazônia, um importante estoque de

 gases de efeito estufa, ela espera salvar o planeta.

“Se permitirmos que a Amazônia seja destruída ...

 isso nos afeta como povos indígenas, mas também 

afetará a todos por causa das mudanças climáticas”, 

diz Nenquimo. 

“A luta que fazemos é por toda a humanidade.”

No Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo , 

especialistas dizem que os governos devem aprender 

com os exemplos ambientais dados pelas comunidades 

indígenas, algumas das quais viveram em harmonia

 com a natureza por milhares de anos . Caso contrário,

corremos o risco de acelerar a tripla crise planetária

 que o mundo enfrenta devido às mudanças climáticas, perda de biodiversidade e poluição.

"A perda de biodiversidade e as mudanças

 climáticas, em combinação com a gestão insustentável 

de recursos, estão levando os espaços naturais ao

 redor do mundo, de florestas a rios e savanas, ao 

ponto de ruptura", disse Siham Drissi, oficial do 

programa de gestão de biodiversidade e terras da

 United Programa das Nações Unidas para o

 Meio Ambiente (PNUMA). “Precisamos absolutamente 

proteger, preservar e promover o conhecimento tradicional,

 o uso sustentável habitual e a experiência das 

comunidades indígenas se quisermos interromper os

 danos que estamos causando - e, em última instância,

 salvar a nós mesmos.”

Se permitirmos que a Amazônia seja destruída ...

 isso nos afeta como povos indígenas, mas também 

afetará a todos por causa das mudanças climáticas.

Nenquimo Nenquimo, líder do povo indígena Waorani 

do Equador.

 

Uma terra doente

 

O planeta abriga mais de 476 milhões de indígenas que 

vivem em 90 países. Juntos, eles possuem, administram 

ou ocupam cerca de um quarto das terras do mundo . 

É um território que se saiu muito melhor do que a maioria 

do resto da Terra.

 

Um relatório histórico de 2019 da Plataforma de 

Política Científica Intergovernamental sobre Biodiversidade

 e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), apoiada pelas Nações 

Unidas, descobriu que o mundo natural está diminuin

do a um ritmo sem precedentes na história humana. 

Cerca de  três quartos da terra seca do planeta foram 

“significativamente  alterados” pelas ações humanas, 

o que colocou em perigo  ecossistemas cruciais, incluindo 

florestas, savanas e oceanos, enquanto empurrava 

1 milhão de espécies para a extinção.

 

Embora o declínio ambiental esteja se acelerando em 

muitas comunidades indígenas, tem sido “menos severo” 

do que em outras partes do mundo, concluiu o relatório.

 

Especialistas dizem que isso se deve em parte a séculos 

de conhecimento tradicional e, em muitas comunidades, 

a uma visão predominante de que a natureza é sagrada. 

Este conhecimento, “engloba formas práticas de garantir

o equilíbrio do meio em que vivemos, para que possa 

continuar a prestar serviços essenciais como água, solo

fértil, alimentação, abrigo e medicamentos”, afirma Drissi.

 

Líderes conservacionistas

 

Em muitas partes do mundo, as comunidades indígenas

 estão na vanguarda da conservação, de acordo com

 um relatório recente apoiado em parte pelo PNUMA.

 Na República Democrática do Congo, a comunidade 

Bambuti-Babuluko está ajudando a proteger uma das

 últimas áreas remanescentes de floresta tropical primária

 da África Central. No Irã, o semi-nômade Chahdegal Balouch 

supervisiona 580.000 hectares de frágil matagal e deserto . 

E no extremo norte do Canadá, os líderes Inuit estão trabalhando

 para restaurar os rebanhos de caribu , cujos números

 estavam em declínio acentuado.

 

Incluir povos indígenas e comunidades locais na governança 

ambiental e aproveitar seus conhecimentos melhora sua

 qualidade de vida. Também melhora a conservação, 

restauração e uso sustentável da natureza , o que beneficia 

a sociedade em geral.

 

   Os grupos indígenas geralmente estão em melhor posição 

do que os cientistas para fornecer informações sobre a

 biodiversidade local e as mudanças ambientais, e são

 contribuintes importantes para a governança da biodiversidade 

nos níveis local e global, observou o relatório do IPBES.

 

   Apesar disso, grupos indígenas costumam ver suas terras

 exploradas e desapropriadas e lutam para ter uma palavra

 a dizer sobre o que acontece em seus territórios.

 

“Os governos precisam reconhecer que a herança cultural

 e o conhecimento tradicional dos povos indígenas e 

comunidades locais contribuem significativamente 

para a conservação e  podem melhorar a ação nacional 

e global sobre a mudança  climática”, disse Drissi.

 

Uma parte fundamental desse processo, acrescentou ela, 

é reconhecer as reivindicações de terras indígenas e abraçar 

as formas tradicionais de gestão da terra.

 

Ameaças crescentes

 

   Como suas vidas costumam estar intimamente ligadas

 à terra, as comunidades indígenas estão entre as primeiras 

a enfrentar as consequências das mudanças climáticas. 

Do deserto do Kalahari às montanhas do Himalaia e à floresta 

amazônica, secas, inundações e incêndios afetaram comunidades 

que já lutam contra a pobreza e incursões em suas terras. 

Isso torna ainda mais imperativo para o mundo exterior 

reconhecer os direitos e as práticas das comunidades

indígenas, disse Nenquimo.

 

   “Os extrativistas, os capitalistas, o governo - eles dizem

 que os indígenas são ignorantes”, diz ela. “Nós, povos indígenas,

 sabemos por que as mudanças climáticas estão acontecendo ..

 [a humanidade] danificando e destruindo nosso planeta. 

Como indígenas, devemos nos unir em um único objetivo:

 exigir que eles nos respeitem ”.

 

é comemorado globalmente em 9 de agosto. 
Povos Indígenas exige que o consentimento livre, prévio
 e informado dos povos indígenas seja obtido em questões
 de importância fundamental para seus direitos, sobrevivência, 
dignidade e bem-estar. Marcando o início da Década das Nações 
 o PNUMA está trabalhando com o Fórum Permanente das 
 sobre o conhecimento tradicional para restauração e resiliência
 de ecossistemas. O PNUMA também estabeleceu uma 
e envolve líderes religiosos e comunidades para trabalhar com 
os povos indígenas para defender políticas florestais sólidas 
e a proteção dos direitos de seus tutores por meio da