terça-feira, 12 de março de 2019

CHUVAS EXTREMAS EM SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO EM FEVEREIRO E MARÇO DE 2019 - CONSEQUÊNCIAS PREVISTAS POR ESPECIALISTAS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS



    Em outubro de 2018 na Coréia do Sul, foi divulgado um relatório científico de 400 páginas, elaborado pelos maiores especialistas do mundo sobre as conseqüências das mudanças climáticas e as medidas urgentes que devem ser tomadas por Governos em todo o mundo para deter o aquecimento global como: transformações radicais no modo como vivemos, desde as fontes energéticas que utilizamos aos alimentos que consumimos, para limitar o aquecimento do planeta em 1,5ºC.  Este documento ressalta que as promessas sob o Acordo de Paris a COP 21, não são suficientes para limitar o aquecimento global a 2º C, muito menos a 1,5ºC e que quanto mais se adiam medidas de combate as emissões de gases de efeito estufa, maiores estão sendo os impactos climáticos, alguns dos quais irreversíveis.

     A sociedade civil e os mais pobres,  continuam sendo as parcelas mais vulneráveis diante as mudanças climáticas. Podemos constatar estas conseqüências pelos extremos climáticos que neste início de ano 2019 se tornam infelizmente causa de sofrimento e perda de vidas para a população, aqui no Brasil nas chuvas de fevereiro e março  no Rio de Janeiro e em São Paulo.
   Lembramos algumas  das conseqüências destas mudanças climáticas segundo o relatório da ONU:
1 – Impactos climáticos em regiões do Planeta – extremos de temperatura na maioria das cidades habitadas, extremos de precipitação de chuvas, nevascas ou secas em várias regiões. Cidades como Rio de Janeiro, em 2019 calor a mais de 40º no verão e chuvas, São Paulo (chuvas extremas em poucos minutos) ou na costa leste dos EUA e na Europa (nevascas com menos 50ºC) estão nos últimos anos, sofrendo com estas conseqüências.

2 – Impactos na biodiversidade e ecossistemas- várias espécies ameaçadas de extinção e perda de ecossistemas.
3 – Aumento do nível do mar – cientistas e especialistas estimam que até 2100 se medidas de contenção do aquecimento global não forem tomadas pelos Governos cerca de mais 275 milhões de pessoas no mundo estão vivendo hoje,  em áreas que correm o risco de serem inundadas com a elevação do nível dos oceanos.
   Dentre as cidades que poderão estar sofrendo estes impactos estão: Alexandria (Egito), Osaka (Japão), Rio de Janeiro (Brasil), Shangai (China), Miami (Estados Unidos), algumas destas cidades já estão adotando medidas de drenagem das águas, estações de bombeamento, construção de muros para prevenção de inundações.
4 –Aumento da pobreza - as parcelas mais pobres da população são o segmento mais vulnerável ao aquecimento, sendo que vem se registrando um aumento das desigualdades sociais.
5- Problemas de saúde – aumento das epidemias, vetores de doenças se proliferando como mosquitos, ocasionado pela perda de biodiversidade e ecossistemas.   Doenças como dengue e malária vêm crescendo, principalmente em áreas tropicais.
6 – Aumento da fome –  a perda da capacidade produtiva dos solos, seja pelas chuvas torrenciais extremas, pela seca ou desertificação. Havendo cada vez mais dificuldade de acesso a água potável, especialmente nas regiões tropicais.
7 – Perda de infraestrutura dos centros urbanos  e crise econômica – os extremos das mudanças climáticas ocasiona perda de bens e serviços básico para a população. Como dificuldades de mobilidade urbana e todas as perdas de vidas em encostas e áreas de risco nos grandes centros urbanos. Como o que vem ocorrendo no caos de cidades brasileiras quando chuvas torrenciais em poucos minutos transtornam a vida da população.


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