Em outubro de 2018 na Coréia
do Sul, foi divulgado um relatório científico de 400 páginas, elaborado pelos
maiores especialistas do mundo sobre as conseqüências das mudanças climáticas e
as medidas urgentes que devem ser tomadas por Governos em todo o mundo para
deter o aquecimento global como: transformações radicais no modo como vivemos,
desde as fontes energéticas que utilizamos aos alimentos que consumimos, para
limitar o aquecimento do planeta em 1,5ºC. Este documento ressalta que as promessas sob o
Acordo de Paris a COP 21, não são suficientes para limitar o aquecimento global
a 2º C, muito menos a 1,5ºC e que quanto mais se adiam medidas de combate as emissões
de gases de efeito estufa, maiores estão sendo os impactos climáticos, alguns dos
quais irreversíveis.
A sociedade civil e os mais
pobres, continuam sendo as parcelas mais
vulneráveis diante as mudanças climáticas. Podemos constatar estas conseqüências
pelos extremos climáticos que neste início de ano 2019 se tornam infelizmente
causa de sofrimento e perda de vidas para a população, aqui no Brasil nas
chuvas de fevereiro e março no Rio de
Janeiro e em São Paulo.
Lembramos algumas das conseqüências destas mudanças climáticas
segundo o relatório da ONU:
1 – Impactos climáticos em regiões do Planeta – extremos de temperatura
na maioria das cidades habitadas, extremos de precipitação de chuvas, nevascas
ou secas em várias regiões. Cidades como Rio de Janeiro, em 2019 calor a mais
de 40º no verão e chuvas, São Paulo (chuvas extremas em poucos minutos) ou na costa
leste dos EUA e na Europa (nevascas com menos 50ºC) estão nos últimos anos,
sofrendo com estas conseqüências.
2 – Impactos na biodiversidade e ecossistemas- várias espécies
ameaçadas de extinção e perda de ecossistemas.
3 – Aumento do nível do mar – cientistas e especialistas estimam que até
2100 se medidas de contenção do aquecimento global não forem tomadas pelos
Governos cerca de mais 275 milhões de pessoas no mundo estão vivendo hoje, em áreas que correm o risco de serem inundadas
com a elevação do nível dos oceanos.
Dentre as cidades que poderão
estar sofrendo estes impactos estão: Alexandria (Egito), Osaka (Japão), Rio de
Janeiro (Brasil), Shangai (China), Miami (Estados Unidos), algumas destas
cidades já estão adotando medidas de drenagem das águas, estações de
bombeamento, construção de muros para prevenção de inundações.
4 –Aumento da pobreza - as parcelas mais pobres da população são o
segmento mais vulnerável ao aquecimento, sendo que vem se registrando um
aumento das desigualdades sociais.
5- Problemas de saúde – aumento das epidemias, vetores de doenças se proliferando
como mosquitos, ocasionado pela perda de biodiversidade e ecossistemas. Doenças como dengue e malária vêm crescendo,
principalmente em áreas tropicais.
6 – Aumento da fome – a perda da
capacidade produtiva dos solos, seja pelas chuvas torrenciais extremas, pela
seca ou desertificação. Havendo cada vez mais dificuldade de acesso a água
potável, especialmente nas regiões tropicais.
7 – Perda de infraestrutura dos centros urbanos e crise econômica – os extremos das mudanças
climáticas ocasiona perda de bens e serviços básico para a população. Como
dificuldades de mobilidade urbana e todas as perdas de vidas em encostas e áreas
de risco nos grandes centros urbanos. Como o que vem ocorrendo no caos de
cidades brasileiras quando chuvas torrenciais em poucos minutos transtornam a
vida da população.
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