terça-feira, 19 de novembro de 2013
domingo, 17 de novembro de 2013
A COP-19 E A CONSTRUÇÃO DA SUSTENTABILIDADE
Manifestação dos jovens na COP-19 em Varsóvia - Polônia
A Conferência das Partes (COP) é um foro internacional de negociação das regras e políticas referentes à implementação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (CQMC), em vigor desde 1994. A COP - 19 acontece nesta semana de 11 a 22 de novembro em Varsóvia, capital da Polônia, com representantes de mais de 190 países.
A sustentabilidade é para todos. Na COP – 19 os países
ditos do primeiro mundo continuam relutantes em reduzir as emissões de gases de
efeito estufa. Quando é dito “primeiro mundo” o que parece é que existiriam vários
planetas Terra. Um para o “primeiro mundo” outros para o “segundo e terceiros
mundos”. Sabemos que não existiriam países de “primeiro mundo” sem a exploração
de bilhões de seres humanos neste mesmo mundo, que ainda vivem em péssimas
condições de vida. Para os céticos que não acreditam na tese do aquecimento
global, podemos lembrar que as desigualdades de acesso à qualidade de vida em
cada país e entre as Nações do mundo são evidentes. Os seres humanos precisam construir
sociedades sustentáveis, caso contrário, fatos como o drama dos Filipinos
continuarão se repetindo. Mesmo o caos que observamos nos grandes centros
urbanos pelas cidades acumulando lixo, resíduos, sujando e contaminando os
cursos de água, lagoas, rios, poluindo o ar. Os conflitos socioambientais estão presentes no Brasil e em todo mundo. Precisamos valorizar as pessoas e o que de bom podemos construir através de nossa inteligência em defendermos cada ser humano como membro de nossa própria família. Todos estamos ligados a tudo. A Terra como já foi dito é um organismo vivo.
O que se constata é como as sociedades insustentáveis estão destruindo a saúde, educação
pública, a qualidade de vida de todos seres humanos. Nós seres humanos estamos ambientalmente poluídos. Os seres
humanos hoje são uma mercadoria como outra qualquer. As tecnologias
deveriam existir para proteger e valorizar os seres humanos, mas o que temos
hoje são tecnologias voltadas para o mercado. O debate ou versão do que a ciência já provou
ou não sobre o aquecimento global não pode negar como bilhões de seres humanos
são tratados como seres inferiores, como se não fossem da mesma espécie humana. O que não perderemos nunca é a crença de que
temos inteligência humana capaz de vencer esse caos global da
insustentabilidade que o mundo atravessa. O caminho é nos unirmos cada vez mais
em defesa da vida, através de ações concretas que resgatem o valor dos seres
humanos ( seres humanos... seres humanos... seres humanos...) e de todo o meio ambiente.
A COP –
19 - Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) teve um pronunciamento
marcante do negociador- chefe das Filipinas – Yeb Saño, na plenária de abertura da COP-19, que
tocou o coração de muitas pessoas em Varsóvia (Polônia). Ele reavivou a lembrança
das pessoas que perderam suas vidas na passagem do mega tufão Haiyna que
devastou seu país nos últimos dias.
Segue o pronunciamento de Yeb Saño na COP - 19:
Após a fala comovente na COP - 19, o
presidente da mesa pediu um minuto de silêncio para demonstrar luto pelos
afetados na tragédia. Do fundo da sala, membros da sociedade civil gritavam
“Nós estamos com você”. Na saída, um grupo de jovens levantou cartazes de
apoio. Entre as mensagens, a pergunta: “Quantas vidas mais?”. A faixa,
entretanto, não possuía autorização e por isso os três jovens que a seguravam
foram banidos da COP.
Saño está em greve de
fome desde o primeiro dia da conferência, e deve permanecer até que alguma ação
efetiva seja tomada. Cerca de cem membros da sociedade civil já se juntaram a
ele no jejum, em solidariedade ao povo filipino.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
COP 19 EM VARSÓVIA - POLÔNIA
A
Conferência das Partes (COP) é um foro internacional de negociação das regras e
políticas referentes à implementação da Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudanças do Clima (CQMC), em vigor desde 1994.
Representantes
de mais de 190 países estão reunidos desde o dia 11 de novembro na capital
polonesa até o dia 22, para participarem da 19º Conferência das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-19), com o objetivo de definirem as bases
para um acordo em 2015 que tentará minimizar as mudanças climáticas. A ambição
é ter sucesso no grande encontro climático previsto para Paris em menos de dois
anos, onde Copenhague fracassou em 2009: selar um acordo sobre uma redução das
emissões de gases do efeito estufa (GEE) suficiente para limitar o aquecimento
global.
MESTRE PASTINHA - NOSSA HOMENAGEM
Vicente Ferreira Pastinha nasceu em cinco de abril de 1889.
Fruto da união entre um espanhol, José Señor Pastinha e de uma baiana, Eugênia
Maria de Carvalho, nasceu na Rua do Tijolo em Salvador, Bahia.
Mais conhecido por Mestre Pastinha dizia não ter aprendido a Capoeira em escola, mas "com a
sorte". Afinal, foi o destino o responsável pela iniciação do pequeno
Pastinha no jogo, ainda garoto. Em depoimento prestado no ano de 1967, no
'Museu da Imagem e do Som', Mestre Pastinha relatou a história da sua vida: "Quando eu tinha uns dez anos
- eu era franzininho - um outro menino mais taludo do que eu tornou-se meu
rival. Era só eu sair para a rua - ir na venda fazer compra, por exemplo - e a
gente se pegava em briga. Só
sei que acabava apanhando dele, sempre. Então eu ia chorar escondido de
vergonha e de tristeza." A
vida iria dar ao moleque Pastinha a oportunidade de um aprendizado que marcaria
todos os anos da sua longa existência.
"Um dia, da janela
de sua casa, um velho africano assistiu a uma briga da gente. Vem cá, meu filho, ele me disse, vendo que eu chorava de
raiva depois de apanhar. Você
não pode com ele, sabe, porque ele é maior e tem mais idade. O tempo que você
perde empinando raia vem aqui no meu cazuá que vou lhe ensinar coisa de muita
valia. Foi isso que o velho
me disse e eu fui". Começou então a formação do mestre que dedicaria sua
vida à transferência do legado da Cultura Africana a muitas gerações. Segundo
ele, a partir deste momento, o aprendizado se dava a cada dia, até que aprendeu
tudo. Além das técnicas, muito mais lhe foi ensinado por Benedito, o africano
seu professor. "Ele costumava dizer: não provoque, menino, vai botando
devagarinho ele sabedor do que você sabe (…). Na última vez que o menino me
atacou fiz ele sabedor com um só golpe do que eu era capaz. E acabou-se meu
rival, o menino ficou até meu amigo de admiração e respeito.
“EU NASCI COM A CAPOEIRA” – Mestre Pastinha
Nós brasileiros nos
valorizamos quando valorizamos nossa cultura, nossas raízes. Ser brasileiro é
ter história é fazer história. Uma história que nos possibilita
avançarmos diante a pluralidade cultural. Na área de meio ambiente dizemos que
o Brasil é megadiverso, porque abrigamos em nosso território uma das maiores
biodiversidades e belezas do planeta. Também podemos dizer que o Brasil é
megacultural. São inúmeras manifestações culturais, regionais, locais que nos
ligam a nossa identidade brasileira.
Um dos maiores legados
culturais de nosso país é a Capoeira. “Todos os dias são dias da Capoeira” disse-nos
Mestre Primo do Grupo Iúna de Capoeira Angola de BH, durante a Roda de Capoeira
promovida dia 13 de novembro na Praça 7 em BH pelos grupos de Capoeira Angola
em lembrança a morte de Mestre Pastinha. A Capoeira Angola está mais viva que
nunca. Fortalecida pela dedicação e empenho dos Mestres e Contra-Mestres,
capoeiristas de BH, de todo país e do mundo.
Nosso respeito e agradecimento:
muito obrigado ao Mestre Africano Benedito ao Mestre Pastinha e todos os Mestres de Capoeira Angola no Brasil e do mundo pelo trabalho que realizam de valorização do
povo brasileiro defendendo nossa cultura.
Mestre Cobra Mansa - Fundação Internacional de Capoeira Angola - Foto: Jornal O Ecoambiental
No 19º Encontro Internacional de Capoeira
Angola realizado em
Belo Horizonte na Lagoa do Nado, Mestre Cobra Mansa fala
sobre o meio ambiente:
Mestre Cobra Mansa: "Eu
acredito que os Mestres de Capoeira podem contribuir com o meio ambiente,
conversando com seus alunos e fazendo-os entender da importância que é a
preservação do planeta. Temos uma noção errada, dizemos “vamos proteger o
planeta” na verdade o planeta não precisa ser protegido. O que precisa ser
protegido é a raça humana. Somos nós é que estamos correndo risco de extinção.
A Mãe Terra sempre teve uma maneira de eliminar aquilo que está prejudicando a
natureza. Eu acho que se o ser humano continuar do jeito que está, nós seremos
a próxima espécie a ser extinta. A Terra
vai continuar aí. “Nós temos que lutar hoje é pela preservação da raça humana
na Terra.”
Mestre Primo - Grupo Iúna de BH - Foto: Jornal O Ecoambiental
Mestre Primo na Roda de Capoeira em homenagem a Mestre Pastinha na Praça 7 em Belo Horizonte: " De hoje até o dia 20 de novembro vamos estar lembrando nomes importantes da cultura que preservaram a ancestralidade todos os dias. Hoje no caso é Mestre Pastinha dia 13 de novembro. Estamos comemorando a existência de Mestre Pastinha. Ele deixou para todos nós essa ciência, essa sabedoria. Para nós aqui hoje estar podendo contar tudo isso é muito importante."
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