sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
RESULTADO DA COP 25 EM MADRI
A COP25
realizada em Madri, na avaliação geral de especialistas adiou para a COP 26
resoluções de maior impacto para conter as mudanças climáticas e/ ou
aquecimento global. Cerca de quase
duzentos países que participaram da Conferência, aprovaram o documento
intitulado: “Chile-Madri, hora de agir”.
Destacamos alguns pontos do documento:
a necessidade de maior ambição dos países no combate às mudanças climáticas.
Considerando que até agora os compromissos assumidos pelos países são insuficientes.
E fazem referência para que na próxima
COP 26, novos compromissos mais efetivos sejam assumidos pelos países para se
combater o aquecimento global.
O acordo de Madri destaca ainda: a
importância do papel da ciência, bem como do (IPCC) Painel Intergovernamental
de Especialistas sobre a Mudança Climática.
A transversalidade, argumentando que a questão
climática afeta todos os setores: ciência, indústria, energia, mercado
financeiro, agricultura, transporte, e demais segmentos socioambientais.
Enfatiza maior participação das mulheres nas negociações climáticas. Madri
também debateu o impacto dos oceanos e uso do solo com relação às mudanças
climáticas, onde voltará ser analisado em reunião específica em junho 2020.
Prevê o acordo, a criação do “Fundo
Verde do Clima” onde serão destinados recursos aos países mais vulneráveis aos
fenômenos climáticos extremos, reivindicação essa dos países insularem. O
multilateralismo e a cooperação internacional foi um dos pontos destacados do
documento. Enfatizou a importância da criação de empregos decentes, e da valorização
da questão social, colocando os seres humanos como centro de promoção de
melhorias para conquista de melhor qualidade de vida para todos. Fez menção a
importância da participação e atuação de setores não governamentais nas ações
de combate as mudanças climáticas, e a importância do Acordo de Paris como novo
ciclo visando ampliar as ações globais de combate as mudanças climáticas. Já os
acordos referentes ao mercado de carbono foram adiados para a próxima COP 26,
que será realizado em dezembro de 2020 em Glasgow, Escócia.
domingo, 1 de dezembro de 2019
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
COP 25 SERÁ REALIZADA EM MADRI
A Conferência do Clima COP25 que começa nesta segunda feira dia 2
de dezembro seria realizada no Chile, mas pelos protestos que acontecem naquele
país atualmente, a cidade de Madri abrigará a Conferência. Cerca
de duzentos países que assinaram o acordo de Paris em 2015 (este acordo previa
limitar o aquecimento global em 1,5 %), se comprometeram a realizar uma redução
das emissões de gases de efeito estufa até 2020. Especialistas do clima afirmam
que muitos países adiarão suas medidas de redução de emissões. Cerca
de 8%, 68 países até o momento, se comprometeram em revisar suas
metas. Há, no entanto, expectativas com relação à China e União
Europeia para que divulguem suas metas, pois respondem por boa parte
das emissões, além dos Estados Unidos que infelizmente anunciou sua retirada do
acordo de Paris em 2020.
Vale ressaltar que
esta Conferência seria realizada primeiramente no Brasil, mas o Chile assumiu a
presidência após a desistência do Brasil em sediá-la.
Não há um ser humano e
toda a biodiversidade do mundo que não venham sendo afetados pelas
consequências das mudanças climáticas, sejam pelas mudanças bruscas de
temperatura (secas acima da média com verões escaldantes na Europa, por
exemplo, enchentes em várias partes do mundo onde ocorrem chuvas torrenciais,
tufões, furacões ou nevascas de baixíssimas temperaturas nos EUA e Europa no
inverno); seja pelo derretimento das calotas polares; o aumento do uso de
combustível fóssil que vem poluindo oceanos; a escassez de água em áreas
urbanas e rurais; as queimadas, desmatamento ilegal na Amazônia; agravam
problemas socioambientais, como o aumento da pobreza, das desigualdades sociais
de vetores de doenças, como dengue,
malária; há uma degradação contínua das relações humanas inclusive com a
intolerância com várias etnias e culturas, com as populações tradicionais, os
povos indígenas e do meio ambiente de que somos parte, provocada
pela ação antrópica predadora.
Desde a era pré-industrial
o mundo já aqueceu mais de 1% e a cada ano ou décadas e este índice aumenta e
os desequilíbrios climáticos se intensificam em todo o mundo. Para que a meta
de Paris de limitar em 1,5% o aquecimento global se concretize, o mundo deveria
anualmente reduzir as emissões de CO2 em 7,6% entre 2020 e 2030. Mas ao
contrário o uso de fontes de energia fóssil aumenta a cada ano.
Daí vem à imperiosa
necessidade de se implantar tecnologias de matrizes energéticas limpas, que
reduzam as emissões de gases de efeito estufa. Reduzir o desmatamento da
Amazônia, as queimadas, a perda de biodiversidade no Planeta.
Façamos votos que os países
na COP 25 avancem no sentido de conquistarmos melhores condições de vida e meio
ambiente para todos. Sabemos da lentidão de vários países em se comprometerem
na redução de emissões de gases de efeito estufa. É
fundamental a participação da sociedade civil juntamente com governos, setor
privado e instituições no sentido de se unirem na busca de soluções aos graves
problemas socioambientais que o mundo vem atravessando.
O que é o efeito estufa
É um fenômeno natural ocasionado
pela concentração de gases na atmosfera. Eles formam uma camada que permite a
passagem dos raios solares e a absorção de calor. Este processo é
que mantêm a Terra numa temperatura mais adequada. Sem este processo a Terra
seria muito fria e comprometeria a vida e sobrevivência de várias espécies.
Quando os raios solares
atingem a superfície terrestre, devido à camada de gases de efeito estufa, em
torno de 50% deles ficam retidos na atmosfera. A outra parte atinge a
superfície terrestre, irradiando calor, aquecendo-a.
Nas últimas décadas a
liberação de gases de efeito estufa aumentou devido às ações humanas, em sua
maioria, predatórias. Está havendo um acúmulo de gases de efeito
estufa - os principais gases são: dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o
óxido nitroso (N2O), clorofluorcarbonos (CFCs) e ozônio (O3) - e uma maior
quantidade de gases está sendo retidos na atmosfera, o que vem ocasionando um
aumento da temperatura da Terra. Este aumento de temperatura vem
sendo chamado de aquecimento global.
Para reduzir estas emissões
globais de gases de efeito estufa é que na ECO/92 foi assinado um acordo de
global sobre o clima. Hoje são as COPs .
O que é a COP - Conferência do clima
COP- significa Conferência das Partes da
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. É a
autoridade máxima para realizar acordos globais e tomada de decisões sobre a
redução das emissões de gases de efeito estufa. Foi criada na ECO/92 no Brasil
na Conferência da ONU e teve seu primeiro encontro em 1995, em Berlim na Alemanha.
Desde então ocorre anualmente. Todos os 196 países que ratificaram a
Convenção podem participar da COP. Eles são separados por Estados Partes, e
observadores como o Vaticano e Andorra.
O acordo de Paris
196 países negociaram o Acordo de
Paris em 2015, onde se comprometeram a tomar medidas para limitar o aumento da
temperatura média da Terra neste século para bem abaixo de 2 graus Celsius em
relação aos níveis pré-industriais. Para limitar esse aumento em 1,5 graus C.
cada signatário enviou seu próprio plano nacional e estabeleceu metas para
redução de emissões, especificando caminhos pelos quais pretendem atingi-las.
Ações antrópicas
São ações exercidas pelo ser humano. Com relação ao meio ambiente a espécie humana tem provocado alterações no meio ambiente que vem causando impactos. O espaço geográfico é produzido pela relação entre a sociedade e a natureza, sendo que, a ação humana tem gerado mudanças no meio ambiente. Estas ações em grande parte predatórias, vem causando vários conflitos socioambientais (relações dos problemas sociais com o meio ambiente).
Ações antrópicas
São ações exercidas pelo ser humano. Com relação ao meio ambiente a espécie humana tem provocado alterações no meio ambiente que vem causando impactos. O espaço geográfico é produzido pela relação entre a sociedade e a natureza, sendo que, a ação humana tem gerado mudanças no meio ambiente. Estas ações em grande parte predatórias, vem causando vários conflitos socioambientais (relações dos problemas sociais com o meio ambiente).
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
HIPÓTESES E CONTROVÉRSIAS NA ORIGEM DO VAZAMENTO DE ÓLEO NO NORDESTE BRASILEIRO
Foto divulgação Lapis |
Em meio a controvérsias sobre a origem dos
vazamentos de óleo no nordeste do Brasil, a população litorânea da costa
brasileira sofre cada vez mais com os danos ao meio ambiente causados por mais esta devastação socioambiental.
Segundo análises do laboratório (Lapis), ligado
à Universidade Federal de Alagoas (UFA), foram detectados padrões
característicos de manchas de óleo no oceano localizado no sul da Bahia, a 54
km de distância da costa, nas proximidades das cidades de Itamaraju e Prado.
Estas manchas indicam vazamentos de petróleo abaixo da superfície do mar,
possivelmente em decorrência da perfuração de um campo de exploração não
identificado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Estas informações foram
veiculadas pela Folha de Pernambuco, que entrevistou o pesquisador Humberto Barbosa.
Foi levantada a hipótese anteriormente de que um
petroleiro grego seria o responsável pelo vazamento de óleo, mas esta recente
análise científica realizada pelo laboratório Lapis, aponta que o vazamento
ocorreu antes da passagem do petroleiro grego pela costa brasileira. A mancha que foi detectada pelas
imagens do satélite Sentinel-1A, da Agência
Espacial Europeia (ESA), tem um formato de meia-lua e aproximadamente 55
quilômetros de extensão e seis quilômetros de largura.
Segundo o Ibama, órgão vinculado ao
Ministério do Meio Ambiente, o óleo poluente já foi identificado em nove
estados do Nordeste e em cerca de 353 praias, causando danos socioambientais
da maior gravidade, uma vez que afeta não apenas a biodiversidade marinha de
nossa costa litorânea, mas as economias locais, desde o trabalho de pescadores,
ao comércio e toda cadeia produtiva que sobrevive da pesca e turismo. Mas na verdade é muito confusa e há muita especulação sobre a origem ou origens dos vazamentos de óleo na costa brasileira.
Somos solidários às populações ribeirinhas
do litoral nordestino e lamentamos uma devastação socioambiental desta
magnitude ocorrer em nosso país. Os conflitos socioambientais gerados pelas ações
antrópicas (ações humanas que alteram o meio ambiente) carecem de uma união de todos:
sociedade civil e governos para solucioná-los. Todos os segmentos da sociedade
são fundamentais para a busca de soluções destes conflitos. A participação da
população é fundamental. Como podemos constatar nas ações imediatas das populações
locais, chegando às praias do nordeste brasileiro para retirar o óleo. Contudo é preciso se
precaver utilizando equipamentos de proteção adequados para se evitar a
contaminação e danos à saúde humana.
Que possamos ser mais solidários, agir de forma
preventiva e mais imediata para se evitar tantos danos socioambientais ao meio
ambiente. O Brasil ultimamente vem sofrendo com as queimadas, o rompimento de
barragens, as mudanças climáticas, a questão do desmatamento ilegal na
Amazônia. Que vem gerando inúmeros
conflitos socioambientais. É preciso
colocar-se em prática o princípio da precaução do direito ambiental. Nunca é
demais lembrar o Artigo 225 da Constituição brasileira:
“Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e de preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
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