segunda-feira, 9 de novembro de 2015

DEVASTAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DE MARIANA AO OCEANO ATLÃNTICO



DISTRITO DE BENTO RODRIGUES - MARIANA - MG -  APÓS LAMA DE REJEITO


  As crises socioambientais que o Brasil e o mundo enfrentam  ganham tristes manchetes nestes dias,  com a avalanche de rejeito de minério a partir de Mariana, que destrói vidas humanas, a fauna , flora e  chegam até o Oceano Atlântico.  É  uma realidade  anunciada  e cada vez mais presente nas sociedades neste início de século XXI,  com conseqüências destrutivas para nossa espécie e todo o meio ambiente.
   A gravidade da crise socioambiental que vivenciamos alcança proporções de esgotamento das sociedades atuais. Conseguimos visualizar a devastação ambiental através do olhar, pelas redes sociais, TVs, em tempo real.   A grande questão é como visualizar, analisar e transformar  a alienação e degradação da própria condição ética. socioambiental da espécie humana.  Como medir a degradação do próprio ser humano, que  através da grande mídia,  é estimulado a ser  cada vez mais individualista, predador e consumista ao extremo. Os conflitos socioambientais estão aí visíveis, previsíveis e  atinge proporções de devastação.  Em poucos minutos risca-se do mapa, vidas, comunidades inteiras, tragadas pela voracidade do capital.
  Diante a vulnerabilidade dos seres humanos ergue-se uma montanha de rejeitos que nos faz pensar: quanto ouro, quanta riqueza é extraída diariamente das Minas Gerais, do Brasil e do mundo e quão pouco ou nada valem:  as vidas humanas para alguns, as águas limpas, os outros seres vivos, a biodiversidade, o meio ambiente nas sociedades insustentáveis atuais.    
   Uma avalanche de lama é o que resta a algumas comunidades, ao meio ambiente. Muito importante é a solidariedade humana, o que o sofrimento das vidas provoca ainda em algum lugar do cérebro humano.  Será que nossa espécie é boa ? Podemos encontrar em cada um de nós algum lugar comum  nesta harmonia de beleza,  com este exuberante Planeta em que fomos presenteados habitar  ?   A grande questão é como despoluir as mentes, a irracionalidade de construir sociedades insustentáveis em detrimento da dignidade humana, da felicidade e de valorização da beleza da vida: da natureza agredida.  Por que esta solidariedade em Mariana e para com outras comunidades, não se estende para tirarmos todos os mendigos que lotam as ruas do Brasil  ?  Por que não nos unimos para despoluir e tirarmos os rejeitos, a sujeira, a poluição do Rio Tietê, da Lagoa da Pampulha em MG e em tantas regiões do Brasil e do mundo  ? 

    São tantos conflitos e contradições socioambientais que a própria natureza está nos devolvendo os “rejeitos” que represamos. O Tsunami da mineração expõe as riquezas extraídas, do ouro exportado, que mantêm a contradição de poucos ricos e bilhões de pobres, sem rumo, sem lenço, nem documento.  Do Brasil que exporta minérios através dos minerodutos  com água e pede ao cidadão para economizar água. Sim estamos buscando economizar a água. Que possamos então limpar as águas e mantê-las potáveis para que nossa espécie sobreviva.  O Brasil que diz estar numa crise e expõe ao mundo suas chagas, o ouro de Minas que continua forjando  poucos bilionários e condenando a maioria dos humanos e do meio ambiente a degradação.  E pensar que o Brasil ainda ostenta o título de uma das piores distribuições de renda do mundo. Fica a pergunta: para onde foi e vai todo este ouro, este minério que condena há séculos nosso povo a miséria ?   E as conseqüências da degradação socioambiental continuam atingindo os mais pobres. Ou será que havia muitas mansões nos distritos de Mariana encobertos pelo rejeito? Até quando vamos aceitar este rejeito da exclusão?
    Ser solidário ao ser humano e ao meio ambiente que clama em Mariana e no percurso da devastação de rejeitos é comprometermos com a construção da sustentabilidade.   Temos que refazer a organização de nossas sociedades.  A sociedade civil é a grande protagonista da construção da sustentabilidade.  Por isto, os movimentos socioambientais no Brasil e no mundo são fundamentais. Embora quase sempre não sejamos ouvidos, ou mesmo ficamos horas, dias, meses, anos lutando para sermos ouvidos e por respeito ao nosso trabalho.  Não se ouviu na maioria da grande mídia a palavra  dos movimentos socioambientais de MG  que lutam há anos pela melhoria da qualidade de vida e meio ambiente sobre o caos da mineração em Mariana e em MG. É importante ouvir sem dúvida a todos, inclusive que se valorize e respeite quem trabalha como sociedade civil nos princípios da precaução e prevenção.  
    Precisamos acreditar na força de cada ser humano que busca encontrar em si mesmo o que há de melhor. Unir o que há de melhor nas pessoas é o primeiro passo para a construção de comunidades sustentáveis.  Temos que dizer um basta à degradação do consumo além da medida.  Precisamos como diz a sabedoria de alguns povos, descobrir o que é ser suficiente. O que significa manter, apoiar-se,  ser sustentável.  Unir as famílias não pelo consumo, seja de bens, seja do consumo de crenças mercantilizadas.  Precisamos nos unir porque se olharmos bem para nossa essência, ainda possuímos algo de bom em  cada um de nós. É preciso que vençamos o ódio sobre nossa própria condição humana. Erramos sim,  como pessoa e como sociedade, mas podemos e temos condição de vencer nossos erros.
   Com toda tecnologia que nos leva a sonhar se há vida em Marte. Precisamos nos dar conta de que ainda há água aqui na Terra. E que se estamos percebendo com tristes acontecimentos, tsunamis forjados pelos seres humanos que erramos, precisamos corrigir o caminho. Temos que nos unir não só às vésperas da Conferência do Clima – Paris 21, que traz todos os estudos científicos  e evidências cotidianas de que vamos enfrentar períodos cada vez mais complicados com relação à atitude do ser humano frente ao meio ambiente.

                          A ÁGUA COMO ELA É ... E COMO A QUEREMOS... 




    Precisamos nos unir porque acreditamos na beleza da vida, no mistério de estarmos habitando este Planeta exuberante e porque como parte do meio ambiente podemos cuidar melhor de nossa própria espécie.  Melhor que alimentar o ódio é alimentar o ser humano de pão e da busca de mais felicidade para todos e não apenas para poucos. Se aprendermos estas lições, vamos dar sentido a nossa existência com a dignidade que possuímos e o respeito e a gratidão que todo o meio ambiente e a Terra merecem. 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

BRASIL 2040 - AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS













   A mudança do clima global é o maior desafio à ação consertada da humanidade neste início de século. A trajetória de desenvolvimento do Brasil e dos demais países depende do grau de alteração das variáveis climáticas e de sua distribuição no espaço. Há consenso em que, mesmo ante a incerteza relativa a dimensão e distribuição dos fenômenos climáticos, é preciso avançar em ações que aumentem a resiliência das estruturas que balizam a vida e a economia.
   A Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR) encomendou a instituições de reconhecida competência simulações a partir de modelos climáticos globais. O objetivo é estimar como as mudanças climáticas afetariam os setores econômicos em diferentes horizontes e sugerir estratégias de prevenção e de aumento de resiliência de diferentes sistemas que poderiam ser afetados.
   O estudo denominado “Brasil 2040: cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima” é constituído por quatro etapas. A primeira etapa consiste na aplicação de dois dos mais de quarenta modelos de clima global disponíveis para, a partir de suas projeções e com base em dois cenários distintos, derivar hipóteses de comportamento climático para o território brasileiro em 2040.
   A segunda etapa do estudo identificou os impactos de cada um dos cenários climáticos sobre os recursos hídricos. Isso é crucial, pois quase todos os setores econômicos e as concentrações humanas sofrem impactos, não somente por variações de temperatura, mas, sobretudo, por variações na disponibilidade hídrica.
   A terceira etapa consistiu em analisar os impactos sobre a população, sobre os recursos naturais e sobre alguns setores econômicos, considerando variações climáticas e disponibilidade de recursos hídricos. Isso foi feito relacionando as alterações das principais variáveis climáticas – temperatura e pluviosidade – com produção dos setores econômicos, infraestrutura, saúde humana, etc.
   A quarta etapa do estudo consistiu na identificação de algumas medidas de adaptação ao cenário associado às projeções. Tais medidas envolvem estruturas caras (por exemplo: barragens para armazenar água ou construção de diques em zonas costeiras), mas contemplam também medidas mais simples como, por exemplo, sistemas de alerta de riscos, mudanças de práticas agrícolas, organização de grupos sociais, etc.
   As dificuldades e desafios para elaborar um estudo tão abrangente são grandes e requerem o envolvimento de diversas áreas do conhecimento humano: engenharias, agricultura, economia, recursos hídricos, climatologia e sociologia. Os estudos foram desenvolvidos por instituições nacionais renomadas com o objetivo primário de subsidiar processos relevantes no âmbito da Política Nacional sobre Mudança do Clima, em particular, e no Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, em fase de conclusão no governo federal.

   De particular importância é a especificação dos diversos níveis de incerteza associados às projeções. A modelagem climática global é um campo de desenvolvimento recente, caracterizado tanto pelo elevado número de variáveis naturais em processo de co-interação, quanto pela incerteza sobre o comportamento futuro de variáveis antrópicas, a mais importante delas relativa aos níveis de CO2 equivalente na atmosfera. A tradução da escala em que são elaborados os modelos globais para uma escala menor do território brasileiro também depende de metodologia desenvolvida recentemente e em processo de ajuste e refinamentos. Da mesma forma, as variáveis de disponibilidade hídrica padecem das mesmas restriçoes. Avaliar e expressar de forma clara e compreensível a incerteza associada a tais modelagens é essencial para que os resultados das simulações sejam vistos, compreendidos e utilizados na exata dimensão de sua capacidade preditiva e para evitar a exploração sensacionalista de dimensões seletivas das simulações. (Fonte: SAE)

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

I JOGOS MUNDIAIS INDÍGENAS - PALMAS 2015


   A primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas acontece em Palmas – Tocantins até 1º de novembro, reunindo 24 etnias brasileiras e de outros 23 países. Além de indígenas das Américas, estão presentes povos das Filipinas, Nova Zelândia, Rússia, Congo, Mongólia, dentre outros. Segundo lideranças dos povos indígenas, este evento fortalece a cultura indigena no Brasil e no mundo.

    Segue modalidades típicas do I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas:


terça-feira, 20 de outubro de 2015

COP 21:DECLARAÇÃO E COMPROMISSO FÉ NO CLIMA


























Comunidades Religiosas e Mudanças Climáticas


Introdução
·         Reunidos a convite do Instituto de Estudos da Religião (ISER), em parceria com Gestão de Interesse Público (GIP), no Encontro Internacional Fé no Clima, ocorrido em 25 de agosto de 2015 no Rio de Janeiro, enquanto representantes de diversas comunidades religiosas regionais, nacionais, internacionais e transnacionais, vimos compartilhar nossas convergências de percepções e aspirações em torno do tema das mudanças climáticas.
·         Consideramos que essas percepções e aspirações, na medida em que sejam conhecidas e disseminadas no interior das nossas comunidades religiosas, contribuirão de maneira substantiva para promover na esfera local mudanças comportamentais e éticas — individuais e coletivas —, que se somarão aos compromissos sociais, econômicos e políticos a serem assumidos pelos governos em suas esferas regionais, nacionais e nos fóruns internacionais.
·         O debate sobre as mudanças climáticas não pode se dar descontextualizado das questões sociais, econômicas e ambientais. O risco que se corre com isso é o de que este importante desafio de lidar com a mudança do clima se torne apenas mais uma “bandeira”, sem uma reflexão mais profunda sobre seus impactos no aprofundamento das desigualdades e na geração de disputas de política econômica global. Esse debate deve ser apreciado à luz da justiça social, das questões ambientais mais amplas e da busca de equidade econômica.
·         O grupo de lideranças comunitárias e religiosas, comprometido com a agenda ambiental, reunido na iniciativa Fé no Clima espera dar um testemunho vivo da possibilidade de comunhão de percepções, aspirações e ações concretas para a construção de um mundo mais saudável e respeitoso, mesmo em face da mais ampla diversidade de crenças e pertenças e inclusive de não crenças.

Percepções comungadas
·         A Ciência vem demonstrando que o estado de dilapidação do planeta Terra e o agravamento das mudanças climáticas foram provocados pela ação humana recente (Antropoceno). O conjunto de ações que conduziram o planeta à situação presente foi baseado em uma mentalidade dominante que acreditava e agia como se o ser humano fosse algo isolado das complexas relações que possibilitam a vida. Nossos fundamentos sagrados, no entanto, encontram uma forte convergência na percepção de que o ser humano é tão importante no planeta Terra (Mamapacha, Irê, Casa Comum) quanto os outros entes animados e não animados que aqui vivem. A interdependência entre todos os seres é a consciência que devemos promover em nossas comunidades, se quisermos propiciar uma transformação ética e comportamental sistemática e planetária.
·         Consideramos que enquanto a lógica da competição dominar a vida humana em sociedade e prevalecer na base das razões dos Estados e nos campos de negociação da diplomacia global, pouco ou nenhum avanço conseguiremos no sentido de tornar a vida planetária mais justa e segura. Baseados em nossos fundamentos sagrados comungamos a ideia de que o espírito de colaboração e cooperação pavimentam o caminho de uma vida em sociedade mais saudável e digna para todos e cada um dos nós, em harmonia com o ambiente e nossas diferenças intrínsecas. O espírito de colaboração e responsabilidade compartilhada é o que devemos promover em nossas comunidades, se quisermos propiciar a sustentabilidade da comunidade e do planeta, onde cada pessoa conhece e defende os seus direitos, aceita e se compromete com as suas responsabilidades.
·         Entendemos que para a mobilização das nossas comunidades em torno do tema das mudanças climáticas devamos nos aproximar da Ciência e dos Saberes Tradicionais com igualdade de respeito e valoração. Cada uma destas formas de produção de conhecimento, à sua maneira, nos oferece evidências do estado atual do planeta e os horizontes possíveis para ações transformadoras. Nossas experiências com ações sociais e educativas desenvolvidas em nossas comunidades demonstram que percepções e conceitos são melhor compreendidos e assimilados quando apresentados a partir de experiências vividas. Assumimos o compromisso de expressar as discussões sobre mudanças climáticas em uma linguagem que faça sentido para nossas comunidades e que nos permita refletir sobre como podemos transformar nossos modos de vida, promovendo sensibilização e mobilização efetiva sobre o tema.
·         Consideramos a juventude o grande ator potencial da transformação de que necessitamos. As gerações passadas, incluindo-se a nossa, agiram equivocada e inconsequentemente, e disto estamos conscientes. Os jovens das nossas comunidades são os principais agentes da transformação desejada e aqueles que construirão — assim o esperamos — um planeta mais saudável para acolher os sonhos e as aspirações humanas. Devemos agir imediatamente, veiculando esta mensagem de confiança na juventude e em sua capacidade de transformação de uma forma abrangente e eficaz, utilizando todos os meios de comunicação ao nosso alcance e uma linguagem positiva, se desejarmos que as chances de um futuro saudável e seguro estejam garantidas para as gerações atuais e futuras.

Aspirações compartilhadas
·         Sem negar nossa preocupação com as tristes perspectivas que se apresentam sobre o futuro da vida humana no planeta Terra, acreditamos na potência transformadora que reside na comunhão de aspirações das diversas comunidades religiosas do mundo. Congregados na intenção de transformar o paradigma de desenvolvimento vigente, pautado equivocadamente na visão de que a proteção ao meio ambiente é um obstáculo ao crescimento econômico e à promoção do bem-estar de nossas sociedades — e sua correlata mentalidade predadora — desejamos contribuir com a promoção de importantes transformações éticas e comportamentais — individuais e coletivas — na direção de uma Criação que reflita esforços de cuidado, conexão espiritual e justiça social, econômica e ambiental.
·         Entendemos como fundamental que a sociedade, por intermédio também das suas comunidades religiosas, envolva-se assertivamente na discussão sobre as mudanças climáticas, a responsabilidade que temos sobre elas e o que podemos fazer, individual e coletivamente, para mudar nosso estilo de vida, interagindo com seus governos e instituições especializadas no processo de construção de uma agenda global de enfrentamento da crise climática, anunciadas pela Ciência e que só vem agravando, decorrentes das ações humanas predatórias.
·         Convocamos as comunidades religiosas a demandarem que seus governos nacionais assumam metas ambiciosas na Conferência do Clima (COP 21), que ocorrerá em Paris em dezembro de 2015, para promover: 1) a redução substancial das emissões de gases com efeito de estufa compatível com a necessidade de limitar o aumento da temperatura global a 2 graus Celsius até 2100; 2) a preservação da biodiversidade em todos os biomas; 3) o controle do desmatamento; 4) ações de adaptação em benefício das populações mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas; 5) a garantia de preservação de tradições culturais e modos de vida; 6) o combate à fome e à indignidade, e 7) a adoção preferencial de fontes de energia renováveis e de tecnologias limpas.
·         Que a presente declaração seja nosso compromisso coletivo para um clima ambiental e relacional mais saudável entre todos os seres da Terra.

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2015.

André Trigueiro                            
Pastor Ariovaldo Ramos                       
Mãe Beata de Yemonjá               
Dolores (Inkaruna) Ayay Chilón
Mãe Flávia Pinto                           
Reverendo Fletcher Harper      
Padre Josafá Carlos de Siqueira SJ
Baba Kola Abimbola                   
Léo Yawabane                              
Lama Padma Samten                  
Rabino Nilton Bonder                 
Pastor Timóteo Carriker



COP 21: EM BONN RETA FINAL PARA A COP 21




















 Teve início nesta segunda-feira em Bonn, Alemanha, as negociações finais para a COP 21. Foi redigido um documento  provisório, que desagradou seja os países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Esta reta final de debates sinaliza que os acordos climáticos não serão fáceis de se conquistar. 

    A COP 21 está atualmente numa fase de negociações em que 150 Estados apresentaram à ONU sua “contribuição” para reduzir as emissões no período de 2025-2030, propostas que serão levadas em conta na conferência de Paris. O evento acontece de 30 de novembro a 11 de dezembro.
   O mundo está em contagem regressiva para conhecer os desdobramentos da COP 21.  Tanto os Governos quanto a sociedade civil procuram soluções que levem a humanidade a trilhar outros caminhos de construção das sociedades sustentáveis.
   Uma delegada sul-africana Nozipho Mxakato-Diseko, em nome do grupo G77 e da China, que reúne 134 países emergentes e em desenvolvimento, declarou em Bonn, que o documento provisório apresentado não apresenta um equilíbrio de propostas. Embora reconheça que até a COP 21 ainda serão anexadas várias contribuições ao texto, para a busca de um acordo.
  A chefe da delegação francesa, Laurence Tubiana, reconheceu nesta segunda-feira, em sessão plenária que faltava "ambição em todos os pontos" do texto. Ela ressaltou, entretanto, que os diplomatas estão em Bonn “para corrigir os pontos fracos".
  Os especialistas em clima que debatem as mudanças climáticas argumentam que se não forem tomadas medidas globais para deter-se o aquecimento de 2,7º ou 3,0 º ºC,  onde o atual texto provisório das negociações se encontra em Bonn, ( a meta que se espera alcançar é de até 2º C ),   além do aumento da temperatura, haverá um aumento nos próximos anos dos eventos extremos de mudanças climáticas no mundo,  que podem alcançar proporções irreversíveis: nos oceanos, nas cidades, na economia alcançando ainda mais os seres humanos,  a fauna e flora do Planeta.

   É um momento histórico e crucial para humanidade unir-se em defesa da vida, dos seres humanos e de toda biodiversidade da Terra. Todos nós estamos sentindo como as mudanças climáticas estão interferindo na harmonia da sociedade e em toda biodiversidade.  O Jornal O Ecoambiental acredita que devemos seguir trabalhando no sentido da precaução. Implantarmos ações imediatas em nível local e global que defendam a população. Sempre é preciso lembrar que estas consequências atingem principalmente os seres humanos mais pobres do mundo, bem como os países em desenvolvimento.  É necessário unirmos esforços e atitudes concretas para que haja avanços na COP 21 para a conquista da sustentabilidade no Brasil e no mundo.