terça-feira, 7 de junho de 2016

DIA 5 DE JUNHO E TODOS OS DIAS DO MEIO AMBIENTE




















EDITORIAL 

    Diante a crise de civilização que o Brasil e o mundo enfrentam resta a nós seres humanos decidirmos se realmente aceitaremos um Brasil e um mundo promotores do mito do desenvolvimentismo, ancorados no consumo ilimitado,  como saída para as crises ou se vamos implantar a sustentabilidade.  Há uma tentativa de colocar a população brasileira sem autoestima atualmente.  Em todos os dias do meio ambiente propomos uma reflexão sobre nossas raízes brasileiras.  Quando se trata de definir  a civilização, os povos que ainda são os mais sustentáveis, no caso brasileiro, continuam sendo os povos indígenas, as populações tradicionais, quilombolas. Conversando com Adana Kambeba que pertence ao povo Kambeba Omagua da Amazônia e que estuda medicina na UFMG ela nos disse: “entre meu Povo quando  pescamos além do que nossa família necessita, dividimos com outras famílias os frutos da pesca”.  Uma lição cultural para esta sociedade que vem perdendo seu senso sadio comunitário.   Marcos Terena em debate com Edgar Morin em livro que continua atual,  publicado pela Universidade de Brasília, “ Saberes globais e saberes locais” lembrava: “ Na chegada de Cabral ao Brasil havia quase 1000 povos indígenas... hoje são 200 povos e 180 línguas faladas... Na história do Brasil 4 milhões de índios morreram e mais de 700 povos desapareceram.” Qualquer argumento de se implantar a sustentabilidade no Brasil sem se respeitar os povos indígenas e populações tradicionais é ir contra o próprio Brasil. Agitar bandeiras brasileiras em manifestações buscando-se constituir uma ética, uma identidade moral sem se ouvir, respeitar e valorizar como estes povos e populações estão milenarmente construindo a sustentabilidade de suas comunidades, das florestas e do meio ambiente no Brasil é uma incoerência ética em relação à construção de nossa sustentabilidade.
    Na implantação da sustentabilidade brasileira poderemos aprender a edificar relações humanas mais sadias, vencendo um dos problemas socioambientais mais graves de nosso país que é o racismo. Todas as etnias que estão presentes no Brasil podem aprender que a diferença é sadia e o respeito à espécie humana e ao meio ambiente do qual fazemos parte é um valor universal.
    A sociedade atual elegeu o mito do consumo a qualquer preço como uma verdade inconteste. Através de uma grande mídia comprometida em instigar um consumo de inutilidades, os seres humanos estão proibidos de pensar em coletividades. O valor qualitativo das relações humanas e as inúmeras possibilidades criativas de construirmos um Brasil melhor para as  presentes e futuras gerações conflitam com o conteúdo da grande mídia preocupada apenas no lucro em curto prazo e na sede de consumo ilimitado.
   É possível os seres humanos aprenderem a planejar sua produção e aquisição de alimentos e bens de consumo,  termos um consumo na “justa medida”. Daí o aumento da violência transformada em espetáculo televisivo.  Não é preciso fazer experimentos científicos  para saber  quais as consequências para uma sociedade quando se excita um consumo além do que a maioria da população brasileira tem condições de consumir. Afinal o salário necessário segundo os preceitos constitucionais calculados pelo Dieese no Brasil em maio de 2016 deveria ser R$3.777,93 contra os R$887,00 vigentes. Renda esta para uma família de quatro pessoas.  Na verdade a maioria da população brasileira não tem hoje como consumir nem o necessário. Os que dizemos é que os problemas socioambientais atingem de forma distinta a população. Os que mais trabalham para sobreviver são os que mais sofrem as consequências da insustentabilidade. O stress pelo consumo ilimitado está instigado por uma minoria ávida em obter lucros a todo custo, que se expressam no parlamento e na grande mídia.
    Distribuir renda, melhorar a qualidade da escola pública, a assistência pública de saúde, o meio ambiente onde estamos inseridos, deixa de ser prioritário. As famílias estão sendo destruídas pelo modo de produção insustentável.  Em grande parte das famílias o diálogo entre pais e filhos está mediado pelo consumo sem limites, a aquisição de celulares, a disputa da internet móvel, dos planos de telefonia que lucram exorbitantemente e prestam um serviço de péssima qualidade no Brasil.  É preciso resgatar o prazer de convivermos seja em família ou em comunidade.
   O caminho da sustentabilidade no Brasil é singular. Não temos a mesma cultura dos países do norte. Neste lado sul do Equador ainda existe recursos naturais, que mesmo ameaçados pela ação predatória das grandes empresas e corporações, descrevem o Brasil como megadiverso. Não precisamos contaminar nossa população com agrotóxicos, como está ocorrendo. Temos condições de produzir alimentos de excelente qualidade através da agricultura orgânica familiar. O que se precisa é disponibilizar as tecnologias sustentáveis sem agrotóxicos.
    A causa ambiental do século XXI é integrar a razão e subjetividade humana.  Hoje é preciso ter consciência que o ser humano vem sendo destruído, desvalorizado, ridicularizado de forma caótica. A grande causa ambientalista que temos a vencer é resgatar a valorização da pessoa humana. O aprendizado constante que é convivermos com a diversidade cultural de nosso País.  O meio ambiente sadio que todos temos direito previsto na Constituição brasileira é resultado de nossa ação humana pessoal, social, ambiental. Dizemos: nossa ação socioambiental.
   Ocorre é que a alienação ambiental está presente tanto em todos que só pensam em consumir sem limites, quanto nas pessoas que acham que não há como vencer tantos problemas ambientais e cruzam os braços. Quem desmata ilegalmente, quem polui rios, ar, solo, água, já não percebe a si próprio. Na realidade não se percebe humano, mas um ser irracional, como uma pessoa assim vai perceber a belezas naturais que nos cercam? Pensar uma economia e um mundo para poucos é um atestado de ignorância e limitação da inteligência de nossa espécie. Fomos presenteados em habitar o Planeta Terra precisamos de uma tomada de consciência local e global de que podemos conviver melhor entre nossa própria espécie, assim conseguiremos ver as outras formas de vida com os olhos do valor que merecem.
    Nossos átomos de carbono, água, minerais são os mesmos que insistimos de forma insustentável em destruir em nome do mito do desenvolvimento do consumo sem limites.  Como protelamos a resolução de conflitos socioambientais, a natureza está agindo através das mudanças climáticas. Os recursos naturais são finitos. A agressão humana ao Planeta Terra terá um limite ou acordado pelos seres humanos através de uma ética socioambiental local ou global, ou amargamente vivenciada através das mudanças bruscas de temperatura, como está ocorrendo, do clima sem previsão, das epidemias que este desequilíbrio tem causado pelas atuais sociedades insustentáveis. Precisamos nos unir para vencermos o stress e o sofrimento causando a nossa espécie e ao Planeta.

 O desafio para todos nós seres humanos é conquistar o trabalho sustentável que não leva a destruição de nossa espécie humana e o meio ambiente. Vencer nossos erros promovendo o valor da vida, de nossa espécie e do meio ambiente conquistando qualidade de vida para todos.  A causa da construção da sustentabilidade, da conquista do meio ambiente sadio é a causa definitiva para nossa espécie. Não nascemos para viver de cabeça baixa, sem autoestima, porque temos uma cultura singular e aqui no Brasil estamos construindo a civilização sustentável. Como lembrou Marcos Terena, no debate mencionado: “Tudo que construirmos hoje, recairá sobre os seres humanos futuros”. “Nós os índios, gostamos do Brasil, amamos nossa terra de verdade. Porque aqui estão as estrelas e podemos olhá-las... os pássaros cantam todas as manhãs. Aqui na cidade não sei se você pode ouvi-los”... “O Grande Criador é tão inteligente e sabido que se quiser olhar este quadro tão magnífico temos que levantar os olhos... Por que os pássaros cantam? Para que possamos ouvi-los e levantar os olhos para vê-los e admira-los. Porque ( o Grande Criador) não  quer que andemos de cabeça para baixo.”.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

SOCIOLOGIA AMBIENTAL por ELENA STEINHORST DAMASCENO

  







   Visando estimular a produção de conhecimentos na área de sociologia e meio ambiente, postamos a terceira parte do artigo de Elena Steinhorst Damasceno. Nossos agradecimentos a Elena Steinhorst. 


SOCIOLOGIA AMBIENTAL: um campo de pesquisa em consolidação  - parte 3

Elena Steinhorst Damasceno   


Epistemologia na sociologia Ambiental

 Moraes (2005, p. 46-47) alerta para a importância da epistemologia no trabalho científico, principalmente devido ao fato da problemática ambiental “ser arredia aos paradigmas tradicionais” e delimita três aspectos que devem ser observados para a pesquisa na temática ambiental: a identificação clara e precisa do universo de análise, ou seja, uma localização filosófica dos fenômenos e relações que buscamos na investigação empírica; a delimitação metodológica, ou escolha do método mais apropriado no universo das ciências sociais; e a procura de uma linguagem comunicante, tendo em vista as diferentes áreas disciplinares que podem estar contempladas na temática ambiental.
   O autor refere-se ainda à necessária anterioridade da reflexão metodológica ante a investigação empírica, tendo em vista que no trato da questão ambiental as barreiras metodológicas podem ser um empecilho tão significativo como a transposição disciplinar4 . A problematização de cunho ético é colocada como situação limite do campo epistemológico, tendo em vista a emergência das políticas ambientais e conseqüente demanda direcionada as universidades brasileiras, no sentido de elaboração de peças técnicas para os grandes projetos de desenvolvimento (MORAES, 2005). Dentre algumas das posturas éticas possíveis, como o chamado naturalismo, tecnicismo e romantismo5 , observa-se a postura crítica6 em relação à pesquisa e diante da problemática ambiental.
   Segundo Hannigan (2009) a dicotomia homem-natureza deve ser superada e qualquer tentativa nova na perspectiva da sociologia ambiental necessita confrontar a “divisão sociedade-natureza”. Destaca a emergência de novos esforços para as relações de análise socioambiental e percebe o desafio de reconciliar o macro com os dados mais particularizados de análise. O autor sugere a “teoria da emergência” como moldura para as análises dos problemas ambientais futuros (HANNIGAN, 2009, p. 216). Moraes também dá destaque a isso e enfatiza “a natureza para o homem” em Marx, como opção filosófica de romper tal dicotomia (MORAES, 2005, p. 72-73).
     Hannigan (2009) relaciona a Ciência, cientistas e problemas ambientais e mostra a ligação entre problema ambiental e pesquisa científica, problematizando o papel dos pesquisadores na formulação de argumentos para a questão ambiental, porém, por outro lado, afirma que há um grande campo de incertezas na ciência. O autor discute esse tema e sua relevância para a construção de novos problemas ambientais e seu anúncio para o mundo, exemplificando o problema da chuva-ácida e da perda de biodiversidade, e a importância da ciência na formulação de políticas públicas ambientais, afirmando que: “Finalmente, é a estrutura de apoio científico destes problemas ambientais que os sustentam acima dos outros problemas sociais que são mais dependentes de argumentos de bases morais” (HANNIGAN, 2009 p.141 apud YAERLEY, 1992, p. 117).

   Pesquisas atuais em Sociologia Ambiental

   Segundo Herculano, no âmbito acadêmico, a Associação Internacional de Sociologia (ISA) fundou, em 1990, um novo comitê de pesquisa, o RC/24 (Meio Ambiente e Sociedade), constituído por egressos de estudos da Ecologia Humana, da Sociologia Urbana, da Sociologia Rural, entre outras. No Brasil, a Associação  Nacional de  Pesquisadores em Ciências Sociais (ANPOCS) criou, igualmente, um grupo específico para a temática ambiental, o GT/04 (Ecologia e Sociedade). Assim, diversos programas de pós-graduação no Brasil passaram a se dedicar à temática ambiental, “alguns deles com uma ambição multi ou transdisciplinar” (HERCULANO, 2000, p.4).
    No ano de 2002 foi criada a ANPPAS, Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade, com a participação de diversas instituições7 brasileiras de ensino e pesquisa, com formação strictu sensu de pessoal especializado em nível de pós-graduação, de caráter interdisciplinar e que focalizam a interação Ambiente e Sociedade em suas múltiplas dimensões.  A ANPPAS promove reuniões científicas, objetivando o intercâmbio de informações entre seus associados e de associações similares brasileiras, estrangeiras ou internacionais, promovendo a divulgação de estudos em Ambiente e Sociedade, publicações, concursos e premiações (ANPPAS).
    Percebemos, assim, o avanço monumental da Sociologia Ambiental de forma geral e a diversidade de abordagens que nela cabem. Após a leitura dos autores citados neste texto, percebe-se certa tendência “modernizadora” nos trabalhos em Sociologia Ambiental no Brasil, por um lado, com inspiração nos grupos de pesquisa da Holanda, Canadá e Estados Unidos, verificado principalmente os grupos de pesquisa em Sociologia Ambiental da UFSC e Unicamp. De outro lado, nota-se que outros grupos seguem perspectiva divergente, apoiando-se mais nos estudos de Conflitos Ambientais, Movimentos Sociais e Ecologia Política, ainda com uma forte interface Antropológica, como é o caso do GEDMMA (UFMA)8 , que mantém afinidade com o IPPUR9 (UFRJ) e GESTA10 (UFMG).
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Participaram da criação, na sede do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo - PROCAM/USP o Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da Universidade Estadual de Campinas - NEPAM/UNICAMP; o Núcleo de Altos Estudos Amazônicos- Universidade Federal do Pará - NAEA/UFPa; o Centro de Desenvolvimento Sustentável - Universidade de Brasília - CDS/UnB; o CPDA/Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; o Programa de Pós - Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas/Universidade Federal de Santa Catarina; o Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento/Universidade Federal do Paraná; o Programa de Mestrado em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo - PROCAM/USP e o Programa Regional de Pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente – PRODEMA. (fonte: sítio ANPPAS na internet, ver ref.). 8 Grupo de Estudos Desenvolvimento Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA/UFMA). Sítio eletrônico: http://www.gedmma.ufma.br/ 9 Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano Regional (IPPUR/UFRJ) 10 Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (GESTA/UFMG)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

   Por fim, a Sociologia Ambiental pode ser vista como um campo de pesquisa em expansão, no qual a emergência da crise ambiental permite uma grande variedade de abordagens teórico-metodológicas e um crescente volume em produção acadêmica11 . Porém, são observados muitos trabalhos recentes com a característica de simples junção de dados biológicos com análises sociológicas, como tentativa de fazer uma Sociologia Ambiental. Tal postura deveria ser revista, tendo em conta as análises sobre a “divisão homem-natureza”, que são refletidas na “transposição disciplinar”. Ou seja, superar a esta dicotomia não significaria “colar uma coisa na outra” e sim procurar um método menos antropocêntrico possível. Sempre que necessário, a percepção biológica da natureza deveria ser acionada, porém, participando do contexto da “entre ajuda” transdisciplinar, tão cara à questão ambiental. 


REFERÊNCIAS:

ANPPAS. Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade. http://www.anppas.org.br/novosite/index.php?p=oque Acesso dia 12/03/2013.
BUTTEL, F. Environmental Sociology: a new paradigm? The American Sociologist, 13 1978: p. 252-256.
 BUTTEL, F. H. Environmental and Resource Sociology: theoretical issues and opportunity for synthesis. Rural Sociology 61 (1), 1996, pp. 56 - 76.
CARSON, R. Silent Spring. Boston, MA: Roughton Mifflin, 1962. CATTON, W. R. Jr.; Riley E. DUNLAP. Paradims, Theories and the Primacy of the HEP-NEO distinction. The American Sociologist 13, 1978, p. 256 - 259.
 FERREIRA, Leila. C. Brazilian Environmental Sociology: a provisional review. Ambiente & Sociedade - Ano V – Nº 10 – 1º Semestre de 2002, p.1-11.
 FERREIRA, Leila. C. Idéias para uma sociologia da questão ambiental teoria social, sociologia ambiental e interdisciplinaridade. Desenvolvimento e Meio Ambiente, Nº 10, p. 77-89, jul./dez. 2004. Editora UFPR.
FERREIRA, Lúcia da Costa. Conflitos sociais e uso de recursos naturais: breves comentários sobre modelos teóricos e linhas de pesquisa. Política e Sociedade Nº 7 outubro de 2005, p. 105-118. 11Para mais referências: Guia para o Iniciante em Sociologia do Meio Ambiente (MCREYNOLDS, 1999).
 GUIVANT, Julia S. Apresentação do Dossiê Mapeando os caminhos da Sociologia Ambiental. Política e Sociedade Nº 7 outubro de 2005, p. 9-25.
 HANNIGAN, John. Sociologia ambiental. Tradução de Annahid Burnett. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. 270p.
HERCULANO, Selene. Sociologia Ambiental: Origens, Enfoques Metodológicos e Objetos. Revista Mundo e Vida: alternativas em estudos ambientais, ano I, nº 1, UFF/PGCA - Riocor, 2000, pp. 45 –  Acesso em 11/03/2013. http://www.professores.uff.br/seleneherculano/images/stories/SOCIOLOGIA_AMBIENTAL_ORGENS_ENFOQUES_METODOLGICOS.pdf

INKELES, A.; SMITH, D. H. Becoming modern: individual change in six develomping countries. Cambrige, MA: Havard University Press, 1974.
 LENZI, Cristiano Luis. Sociologia Ambiental e a controvérsia sobre os Clássicos. Trabalho apresentado no XIII Congresso Brasileiro de Sociologia 29 de maio a 01 de junho de 2007, UFPE, Recife (PE) GT23: Sociedade e Ambiente, Coordenado por Horácio A.de Sant'ana Júnior (UFMA), Neide Esterci (UFRJ), Maria José da Silva Aquino (UFPA).
 LENZI, Cristiano Luis. Sociologia Ambiental: risco e sustentabilidade na modernidade. Bauru, SP: Edusc, 2006. 216p.
 MAY, Peter H. Mecanismos de mercado para uma economia verde. ECONOMIA VERDE: Desafios e oportunidades. Nº 8, Junho 2011. p. 170-178 Acessado em 25/04/2013. http://www.conservation.org.br/publicacoes/files/P%E1ginas%20de%20PoliticaAmbien tal08may.pdf
MCREYNOLDS, Samuel A. Guia para o Iniciante em Sociologia do Meio Ambiente: definição, lista de jornais e bibliografia. Ambiente & Sociedade - Ano II – Nº 5 – 2º Semestre de 1999. P. 181-189.
 MEADOWS, D. H.; MEADOWS, D. L.; RANDERS, J.; BEHRENS, W.W. The Limits to Growth. Washington DC: Universe Books, 1972.
MOL Arthur P. J.; SPAARGAREN, Gert. Para uma Sociologia dos Fluxos ambientais Uma nova agenda para a Sociologia Ambiental do século XXI. Política e Sociedade Nº 7 outubro de 2005, p. 27-76.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Meio Ambiente e Ciências Humanas. 4ª Edição. São Paulo: Anablume, 2005. 162p.
 SCHNAIBERG, A. The environment: from surplus to scarcity. New York: Oxford, University Press, 1980. SPECTOR, M.; KITSUSE, J. Social problems: a reformulation. Social Problems. 20: 145-159, 1973.
 TAYLOR, D. E. The Rise of the environment justice paradigm. American Behavioral Scientist, 43 (4): 508-580, 2000.
 YAERLEY, S. The green case: a sociology of environmental issues, arguments e politics. London: Routledge, 1992. I


4 Como exemplo as diferentes atribuições ao sentido da palavra ecologia (MORAES, 2005 p. 71-72). 11

 5 O naturalismo se refere à postura filosófica perante a relação homem-natureza na qual a interferência do ser humano na natureza é resumida pelo termo “ação antrópica” neutralizando a dimensão social da temática ambiental. O tecnicismo “dilui as implicações políticas de seu manejo como se a soluções técnicas não envolvesse decisões políticas” e o romantismo que se manifesta pelo “preservacionismo radical” e “perspectivas anti-humanísticas” (MORAES, 2005, p. 53-55). 6 A teoria crítica se refere à Escola de Frankfurt, representadas por Adorno, Horkheim e Habermas, mas nos referimos, também, à crítica marxista feita ao modelo capitalista de produção e consumo, como sendo principal responsável pela crise ambiental atual.



  Este artigo é referente ao trabalho final da disciplina Ambiente e Sociedade, ministrada pelo Professor. Doutor. Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior, a qual cursei como aluna especial, no curso de doutorado em Ciências Sociais (PPGSoc/ UFMA).

EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM BH


segunda-feira, 9 de maio de 2016

CECÍLIA ALVARENGA NA ALIANÇA FRANCESA - BH


ARTE 21 - Criação Artistica & Sustentabilidade
"Força e Fragilidade; As árvores também sentem dor"

Cecilia Alvarenga
  Um dos espaços mais tradicionais da cidade de Belo Horizonte, a avenida Bernardo Monteiro e seus fícus centenários, esteve no coração de polêmicas ambientais nesses últimos anos.
A série de fotografias de Cecilia Alvarenga faz um paralelo entre imagens de árvores saudáveis, imponentes e belas com imagens impactantes das árvores devastadas pela praga da Mosca Branca.

A exposição faz parte do projeto Alianças vivas.
Abertura dia 18 de maio, 19h - Visitação até dia 8 de junho.

SOCIOLOGIA AMBIENTAL por ELENA STEINHORST DAMASCENO

 

 Visando estimular a produção de conhecimentos na área de sociologia e meio ambiente, postamos a segunda parte do artigo de Elena Steinhorst Damasceno. Nossos agradecimentos a Elena Steinhorst. 


SOCIOLOGIA AMBIENTAL: um campo de pesquisa em consolidação 


   Elena Steinhorst Damasceno


Continuação - Segunda Parte

   Enfoques teóricos contemporâneos na Sociologia Ambiental

    Hanningan (2009) faz um excelente apanhados sobre enfoques teóricos contemporâneos na Sociologia Ambiental. O autor menciona “queda do determinismo geográfico e biológico” e a “relação entre a teoria sociológica clássica e o meio ambiente”, nas teorias de Durkheim e Weber, como sendo os primórdios das diferenciações teóricas que acarretaram na consolidação da sociologia ambiental.  Segundo Hannigan, Marx é inocentado por Jonh Bellamy Foster, que reitera a visão marxista na relação sociedade e ambiente.
    Em direção a uma sociologia ambiental emergente (1970-2005) algumas produções foram marcos históricos importantes na sociologia ambiental, como o livro  A Primavera silenciosa (CARSON, 1962), o relatório Os limites do crescimento (MEADOWS, 1972) e o Movimento pela Justiça Ambiental (TAYLOR, 2000). (HANNIGAN, 2009 p. 27).
    Hannigan (2009 p. 29) destaca, em relação às “linhagens” contemporâneas da Sociologia Ambiental, que Dunlap e colaboradores descrevem sobre riqueza e a diversidade do trabalho sociológico relacionado ao meio ambiente físico, e afirma que há ao menos nove paradigmas distintos em competição: a ecologia humana, a economia política, o construcionismo social, o realismo crítico, a modernização ecológica, a teoria da sociedade de risco, a justiça ambiental, a teoria ator-rede e a ecologia política.
   HERCULANO (2000, p.5), baseada em Catton e Dunlap (1978), afirma que quando a Sociologia Ambiental surgiu no contexto norte americano, tinha a ambição de 6 propor uma mudança paradigmática, não apenas para a Sociologia Ambiental, mas para a Sociologia em geral. Segundo a autora, Catton e Dunlap (1978) “criticavam o antropocentrismo do pensamento sociológico, que ter-se-ia descartado da variável ambiental, ignorando que esta constrange e interage com as demais variáveis já contempladas pela Sociologia”. A proposta apresentada sugeria a transição do paradigma HEP ("Human Exemptionalim Paradigm"), traduzido por “paradigma da excepcionalidade e da supremacia humanas”, que determinava o “descolamento e independência da natureza”, para o paradigma NEP (“Nature Environmental Paradigm”), no qual estaria incluído o ambiente físico como uma das variáveis do sistema social, o que tornaria o enfoque mais adequado para estudos sobre: a escassez, o declínio da qualidade de vida e o aumento dos custos ambientais. Dentre os sociólogos chamados por Hannigan (2009, p. 18) de “propagandistas do desenvolvimento e progresso”, são citados na corrente da Modernização ecológica Catton e Dunlap (1978); e Inkeles e Smith (1974).
   Hannigan (2009, p.35) aponta os Enfoques teóricos contemporâneos para a sociologia ambiental, a partir de seu surgimento como discreta área disciplinar na década de 1970. Segundo ele, são percebidos dois enfoques para o meio ambiente: as “funções de competição ambiental”, Catton e Dunlap (1978) e a “dialética socioambiental” e “cadeia de produção”, Alan Schnaiberg (1980), ambas enfocam a estrutura e a mudança social. No correr do tempo estes enfoques teriam evoluído para duas perspectivas contrastantes: a “modernização reflexiva” e a “modernização ecológica”. Hannigan se propõem ir além do dualismo, discute a relevância do debate sobre o realismo/construtivismo e aponta o “modelo coconstrucionista de sociedade”.
    Para Hannigan (2009 p.48-49), Mol e Spaargaren oferecem uma versão revisionista da modernização ecológica e consideram que o capitalismo tem “evoluído” em uma direção “mais verde”, exemplificado pelos instrumentos baseados no mercado, como exemplo os créditos negociáveis de poluição. 2 Nesta direção, segundo May (2011, p.170):
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    2 A chamada “economia verde” utiliza mecanismos de mercado, como os de compra e venda de créditos de carbono, os Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), Redução de Emissões oriundas do Desmatamento e da Degradação de Florestas (REDD), inclusos no discurso do Desenvolvimento Sustentável. 7 Para alcançar uma “economia verde” é necessário assegurar a redução da utilização de materiais e energia no processo produtivo de modo a permitir que a sociedade prospere sem necessariamente crescer (Daly, 1996, Jackson, 2009 e Victor, 2008). Por outro lado, atores sociais destituídos das benesses do capitalismo moderno – devido à má distribuição de riquezas – podem alcançar patamares de consumo mais elevados sem, no entanto, esgotar o capital natural. Assim sendo, as metas, aparentemente contraditórias, de decrescimento no Norte e “esverdeamento” do crescimento (com equidade) no Sul representam a base para um diálogo propositivo em torno de um futuro sustentável e, além disso, configuram a plataforma para debate na Rio+20.
   Hannigan (2009, p. 61) dá importante destaque ao “Discurso Ambiental”. Inicia estudando o discurso ambiental para, em seguida, verificar “uma tipologia do discurso ambientalista”, destacando os discursos de “ecossistema” e de “justiça ambiental”:
    Recentemente a análise do discurso surgiu como um método de influencia crescente para analisar a produção, recepção e uso estratégico de textos ambientais, imagens e ideias. Apesar de identificada como próxima do construcionismo social, a análise do discurso tem sido praticada com bons resultados por seguidores de outras “escolas” da teoria e da pesquisa ambiental, principalmente críticos teóricos, ecologistas políticos e analistas de políticas internacionais.
    Em Discurso, relações de poder e ecologia política, Hanningan (2009 p.85) enfatiza que “É realmente difícil falar sobre o discurso atualmente sem entrar numa discussão sobre poder” e cita Michael Foucault, na inevitável relação entre discurso e ecologia política – a “nova ecologia política” ou “ecologia política contemporânea” são postas em destaque. O autor exemplifica, por meio de um estudo de caso da privatização da água, no qual os hidrômetros podem ser comparados a conta-gotas, demonstrando a relação econômica para com a natureza: pagar para usar ou a água como fonte de lucro.
   Para Mol e Spaargaren (2005, p. 28), existem diversos fatores que podem ajudar a explicar a recente reaproximação entre a Sociologia Geral e a Sociologia Ambiental:
   Esta convergência pode ser explicada primeiramente pelo interesse comum no emergente debate sobre globalização e mudança (ambiental) global. Para a Sociologia Geral, a mudança climática e os outros problemas ambientais eram freqüentemente discutidos como exemplos ou mesmo lições ilustrativas da nova dinâmica de mudanças em uma modernidade global e, especialmente, dos novos papéis de instituições-chave como ciência e tecnologia, e o Estado-nação (vide teoria da modernização reflexiva, teoria da sociedade de risco, construtivismo social). Nas Ciências (sociais) ambientais, a crescente atenção dada à poluição atmosférica (acidificação) que ultrapassava fronteiras foi o principal fator a desencadear o desenvolvimento da nova agenda dos anos 90, geralmente chamada de Mudança Ambiental Global. Esta agenda – impulsionada pelo IPCC3 e, particularmente, por
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 3 IPCC é a sigla para Intergovernmental Panel on Climate Change, em português, Painel Intergovenamental sobre Mudanças Climáticas. O IPCC é um é um corpo científico, sob os auspícios da Organização das Nações Unidas (ONU) que analisa e avalia a informação científica, técnica e sócioeconômica mais recentemente produzida no mundo relevante para a compreensão das mudanças climáticas. Ver: http://www.ipcc.ch/organization/organization.shtml#.UX9k67WA8Wk

ONGs ambientais globais – enfatizava novamente o importante, porém complicado, papel da ciência e tecnologia no gerenciamento da mudança ambiental global, e ressaltava os novos papéis dos Estados-nações que precisavam dar espaço para atores e negociações operando tanto na arena internacional/global como na arena local. Assim, a partir dos anos 90, tanto a Sociologia Geral como a Ambiental passam a se interessar pela compreensão da dinâmica específica do global em relação ao local no direcionamento da mudança (ambiental) global. (...) O segundo e mais recente importante fator a contribuir para a convergência das Sociologias Geral e Ambiental é a emergência, no interior da Sociologia Geral, de uma perspectiva teórica na qual os sistemas sociais são abordados em termos de redes e fluxos.
   Nessa perspectiva Hannigan (2009) e Mol e Spaargaren (2005) parecem concordar sobre papel da mídia como fator essencial ao destaque do “problema ambiental” nas agendas políticas no mundo todo. Ademais, sobre a Mídia e comunicação ambiental, Hannigan (2009, p. 121) destaca a importância da mídia nas questões ambientais, pois muitas vezes:
    Para passar os problemas ambientais da condição de questão para uma política pública, a visibilidade da mídia é crucial. Sem a cobertura da mídia, as possibilidades que um problema prévio possa entrar numa arena do discurso público ou se tornar parte do processo político, são bastante reduzidas.
   O autor destaca as “Rotinas e limites organizacionais”, “o discurso da mídia”, “a mídia de massa e cobertura de notícias ambientais”, “a produção de notícias ambientais”, “a construção de descrições ambientais “ganhadoras” na mídia” e “discurso ambiental mediado pela massa” como fatores, relacionados à publicidade dos fatos, importantes de serem observados na construção de um problema ambiental (HANNIGAN, 2009, p.122-140).
    Outras duas perspectivas são destacadas por Haningan (2009, p. 43), as “normativas do modernismo” e a do “desenvolvimento ambiental”. O autor segue, delimitando os enfoques teóricos, para a tese da sociedade de risco, de Ulrich Beck, e para a “modernização ecológica” e aponta o que considera uma controvérsia maior: o realismo versus o debate do construcionismo. O ponto alto da discussão está na necessidade de transcendência da separação natureza/cultura, chamado por Hanningan de coconstrucionismo e a análise da socionatureza. (HANNIGAN, 2009 p. 57)
   Colocando em prática o construcionismo, outro enfoque teórico, em A construção social das questões e problemas ambientais Hanningan enfatiza as diferenças e semelhanças entre os problemas sociais e ambientais e justifica o construcionismo como uma ferramenta analítica. Cita, ainda, Malcolm Spector e Jonh Kitsuse (1973) como autores cujo enfoque está na estrutura funcional e destaca os processos e tarefas importantes na construção social dos problemas ambientais. A “apresentação e contestação de argumentos ambientais” servem como uma espécie de instrumento para determinado público para os argumentos ambientais. Hannigan indica os “fatores necessários para uma construção bem-sucedida de um problema ambiental” (HANNIGAN, 2009, p.117).
   Outro relevante enfoque contemporâneo da Sociologia Ambiental é o enfoque do Risco, inspirado na teoria da Sociedade de Risco de Ulrich Beck, porém relativizadas pela postura cultural e “menos apocalíptica” de Mary Douglas (HANNINGAN, 2009, p. 161). Um tipo de análise de Risco pode ser exemplificada, através do caso do salmão criado em cativeiro, nos EUA, no qual se constatou que o consumo do peixe excederia em 100 vezes a quantidade da substância cancerígena suportável para o ser humano em seu tempo de vida. Essa análise verifica basicamente os riscos para os seres humanos. Hannigan (2009) avalia ainda outras “perspectivas sociológicas do risco”: o “risco e cultura”, a “definição social do risco”, as “arenas de construção do risco”, o “poder e construção social do risco ambiental” e a “construção do risco numa perspectiva nacional”.
    Hannigan (2009) aponta a “perda da biodiversidade” como temática que se transformou em uma “carreira” de sucesso de um problema ambiental global. Fala do problema da perda da biodiversidade em si, explica o conceito e aponta que este, junto com o “aquecimento global”, é o tópico mais “quente”, relacionado aos problemas ambientais atualmente, ou seja, um tema da moda em Sociologia Ambiental. A partir dessa “carreira” o autor utiliza sua metodologia de construção de um problema ambiental apresentando os fatores contextuais, reunindo argumentação, apresentando o argumento e contestando o argumento (HANNIGAN, 2009, p. 182-190).
    Hannigan (2009) destaca sua percepção (teórico/prática) acerca da questão ambiental que seguiria em direção a um modelo “emergente” de meio ambiente e sociedade. Primeiro ele alerta acerca de uma “zona sinistra”, exemplificada pelos os efeitos ambientais e sociais do grande desastre Tsunami da Tailândia. A partir do exemplo, o autor demonstra as “fundações sociológicas da emergência”, os “elementos 10 emergentes nos movimentos sociais e organizações de movimento social”; o “aprendizado social como um processo emergente”; e uma fundamental dimensão da questão ambiental na atualidade: “as incertezas emergentes” (HANNIGAN, 2009, p. 197-214).
   Hannigan conclui que qualquer tentativa nova na perspectiva da sociologia ambiental necessita confrontar a “divisão sociedade-natureza”. Destaca a emergência de novos esforços para as relações de análise socioambiental e percebe o desafio de reconciliar o macro com os dados mais particularizados de análise. O autor sugere a “teoria da emergência” como moldura para as análises dos problemas ambientais futuros (HANNIGAN, 2009, p. 216).

sexta-feira, 6 de maio de 2016

SONS DA NATUREZA


"FELICIDADE FOI-SE EMBORA ?"

  Um tema atual e um livro com reflexões de sabedoria. O tema da felicidade está inscrito na construção da sustentabilidade, como princípio de qualidade de vida.  Os caminhos para atingirmos esta felicidade não desconhecem os conflitos humanos, socioambientais.  “Felicidade foi-se embora  ?” é um livro que acrescenta reflexões sobre a “Mãe Terra” que através de  uma consciência ambiental planetária é um superorganismo vivo. “O ser humano é Terra que sente e pensa...” É água que está presente em nossa constituição biológica. O artigo de Leonardo Boff faz referência os astronautas que vendo a Terra do espaço disseram: “Daqui de cima não há diferença da Terra e humanidade. Eles formam uma unidade complexa, constituem uma única  grande e diversa realidade”. Mais adiante Boff argumenta “... pertencemos a este planeta e temos a mesma origem e destino dele... Irrompe também a nossa unidade com a Mãe Terra, somos, sim,  seus filhos e filhas, pois nos criou: mas também somos mais: somos a própria Terra que por meio de nós sente, fala, planeja e cuida.”

  Diante tantas contradições e conflitos humanos sabemos que o agir na valorização da pessoa humana e do meio ambiente nos  conecta a nossa essência de pertencermos a este superorganismo vivo que é a Terra. E desta forma temos um caminho de felicidade. Vale a pena curtir  os bons momentos de felicidade  na leitura deste livro:
"Felicidade foi-se embora ?" -  autores: Leonardo Boff, Frei Betto e Mário Sérgio Cortella.


II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE MEDIAÇÃO









Data:
 de 04.05.2016 até 06.05.2016
Tema central: “A Emergência de um Novo Paradigma”. Um dos destaques será a juíza Marta Halfeld Furtado de Mendonça Schmidt, que foi a primeira brasileira eleita para o cargo de juíza do Tribunal de Apelação da ONU para o mandato 2016-2023. O evento contará com a presença de ministros das cortes superiores, desembargadores, juízes (brasileiros e franceses), defensores, procuradores, promotores, professores, advogados, estudantes e psicólogos. Um dos destaques será o palestrante Francês Jean-Luc Pierre, que é juiz aposentado do Tribunal de Grenoble, na França, e possui vasta experiência com mediação. 
Promoção: UFMG em parceria com Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e o Instituto de Mediação Aplicada (IMA)
Realização: UFMG em parceria com Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e o Instituto de Mediação Aplicada (IMA)

quinta-feira, 5 de maio de 2016

SOCOLOGIA AMBIENTAL - artigo de ELENA STEINHORST DAMASCENO

   SOCIOLOGIA E MEIO AMBIENTE


SOCIOLOGIA AMBIENTAL: um campo de pesquisa em consolidação

  Elena Steinhorst Damasceno
 ( PRIMEIRA PARTE) 

 RESUMO: este artigo tem por objetivo fazer uma breve revisão sobre as pesquisas em Sociologia Ambiental. São utilizadas como referências principais Buttel (1978), Hannigan (2009), Herculano (2000), Ferreira (2002, 2004), Mol e Spaargaren (2005), Lenzi (2005, 2007), Guivant (2005) e Moraes (2005) dentre outras que juntas formam o estado da arte sobre o tema. A Sociologia Ambiental como um campo de pesquisa é uma área relativamente nova da Sociologia e se encontra em fase de consolidação. Possuindo uma diversidade de orientações teóricometodológicas em disputa, enfrenta o desafio epistemológico da “transposição disciplinar” e da “divisão homem-natureza”. Tendo em vista a emergência da crise ambiental, observa-se, por meio desta revisão, o avanço monumental da “subdisciplina” nas últimas décadas e a diversidade de abordagens que nela cabem.

 INTRODUÇÃO

 O objetivo inicial deste artigo é fazer uma breve revisão sobre as pesquisas em Sociologia Ambiental. São utilizadas como referencias principais Buttel (1978), Hannigan (2009), Herculano (2000), Ferreira (2002, 2004), Mol e Spaargaren (2005), Lenzi (2005, 2007), Guivant (2005) e Moraes (2005) dentre outras que juntas formam o estado da arte sobre o tema. Primeiramente, a Sociologia Ambiental como um campo de pesquisa é uma área relativamente nova da Sociologia, que se encontra em fase de consolidação, possuindo uma diversidade de orientações teórico-metodológicas em disputa. Ferreira (2002, p. 1) afirmava que o número de pesquisas científicas sobre a interrelação entre a sociedade e o ambiente estava aumentando rapidamente em todo o mundo, o que era confirmado pela crescente proliferação de contribuições das mais diversas áreas de especialização: o que foi chamado, genericamente, de "problemas ambientais" tornou-se importante preocupação, embora restrita a determinados grupos, segundo a autora. Para Herculano (2000) a Sociologia Ambiental seria uma subdisciplina integradora, que já nasceu fecunda e resultante de múltiplas inspirações.

  A  SOCIOLOGIA AMBIENTAL EM CONSTRUÇÃO 

    Segundo Herculano (2000, p. 2), em referência a Buttel (1996), a Sociologia Ambiental não seria “tão nova”, se tivermos por parâmetro um amálgama de áreas e “subdisciplinas” já sedimentadas há décadas. Entre essas, que teriam contribuído para a formação da sociologia ambiental contemporânea, estaria a Ecologia Humana, que surgiu como estudo da mudança entre o rural e o urbano, porém, “nunca chegou a dar importância aos fatores ambientais em sentido estrito”, “tratava de ver como o meio físico da cidade atuava no comportamento das pessoas” e “criava uma cultura específica e estava limitada ao foco da cooperação competitiva na organização espacial de populações metropolitanas”. Outra subdisciplina contribuinte é a Sociologia Rural que, segundo a autora, seria embasada na geografia e na antropologia econômicas, mas estudaria as “comunidades diretamente dependentes de recursos naturais”, tais como pescadores, extrativistas, agricultores, lavradores, etc. A Sociologia dos Recursos Naturais seria mais uma que, “estudando a gestão do meio ambiente, este entendido enquanto recursos naturais”, abarcaria os estudos sobre política de terras públicas, planejamento de usos da terra, a gestão das unidades de conservação, incluídos parques e áreas de lazer. Herculano (2000, p. 3) acrescenta à lista de subdisciplinas, sugerida por Buttel, que teriam contribuído para a formação da Sociologia Ambiental, a Psicologia Social e a Antropologia Cultural, “com estudos sobre atitudes e valores”; a Sociologia dos Movimentos Sociais, “enfocando novos sujeitos coletivos, suas agendas de lutas e os conflitos dos diversos agentes sociais”; a Sociologia do Desenvolvimento, “esta última na sua vertente marxista, questionadora do mito do desenvolvimento”; e a Sociologia Urbana, “sobre o meio ambiente construído”.

    Hannigan (2009, p. 15), em seu livro Sociologia Ambiental, trata da “chamada subdisciplina” em termos de uma retrospectiva quanto ao pensamento na área, assim como da sociologia ambiental enquanto campo de pesquisa. O autor delimita o “Dia da Terra”, manifestação ambientalista nos EUA que culmina com a criação da Agencia de Proteção Ambiental, a primeira do país, como marco que inicia o que o autor chama de “década ambiental”, nos anos 1970. 

  Herculano (2000, p.3-4) aponta que, no final da década de 1970, a seção sobre Sociologia Ambiental da ASA (Associação Norte-Americana de Sociologia) já contava com 321 membros. Após um breve declínio nos anos 1980, a Sociologia Ambiental norte-americana e mundial se revitalizam, proporcionalmente ao aprofundamento em relação à percepção dos problemas ambientais:

  em lugar da degradação ambiental ser percebida como um problema estético, passou a ser vista como ameaça à saúde e ao bem-estar e enquanto um risco tecnológico (o lixo tóxico em Love Canal, os acidentes nucleares de Three Mile Island, de Bhopal e de Chernobyl, a descoberta da destruição progressiva da camada de ozônio, tudo isso passou a ser visto como indícios de ameaças definitivas à sobrevivência humana e planetária). Nos anos 90, finalmente, a questão ambiental passou a ganhar uma dimensão mais complexa e uma institucionalidade global. A partir da realização da Conferência da ONU para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992 (CNUMAD ou UNCED), foi criada a Comissão para o Desenvolvimento Sustentável, na ONU, e um Fundo Geral para o Meio Ambiente - GEF. As alterações climáticas causadas pela produção humana passaram a ser definidas como a grande questão ambiental ("global environmental change"- GEC). Comissões e grupos de estudos acadêmicos e intergovernamentais têm sido formados desde então, aproximando cientistas naturais e sociais, para se ganhar entendimento sobre as dimensões humanas das alterações climáticas e do aquecimento global.

    Guivant (2005, p.11) afirma que Catton e Dunlap foram pioneiros na Sociologia Ambiental, tendo inclusive cunhado o termo: 

   Mas eles também abriram dentro da incipiente Sociologia Ambiental o debate entre posições realistas e construtivistas sociais que, apesar de nem sempre acontecer de forma explícita, atravessa a Sociologia Ambiental. Os realistas, dentro dos quais Catton e Dunlap se situavam, defendem a existência objetiva dos problemas ambientais, independentemente da forma em que os atores sociais os percebem. A crítica construtivista foi realizada por Frederick Buttel (1978), que passaria a ser um dos mais destacados sociólogos ambientais.

     Hannigan (2009) entende que o “conflito construcionista-realista” teve mais recentemente seu tom moderado entre os sociólogos ambientais, que foram à procura de alguma síntese entre variadas perspectivas. Mas, Ferreira (2005, p.78), por outro lado, afirma que:

   A sociologia ambiental, enquanto produção científica e acadêmica, emergiu a reboque dos movimentos de contestação social surgidos no início dos anos 60 e da constatação da situação emergencial de degradação dos recursos naturais e do desenvolvimento do industrialismo. O nascimento do movimento na década de 1960 surpreendeu os sociólogos, que naquele momento não dispunham de um corpo teórico ou tradição empírica que os guiasse em direção ao entendimento da relação entre sociedade e natureza. Os pioneiros da sociologia clássica (Durkheim, Marx e Weber) tinham abordado a questão de modo tangencial; além disso, apenas raramente surgiam trabalhos isolados, sem, no entanto, promover uma acumulação considerável de 4 conhecimento que permitisse a criação de um campo teórico. Existem várias hipóteses para o entendimento deste processo (grifo nosso).

    Segundo HANNIGAN (2009), o que se tinha eram trabalhos isolados dentro da subárea da sociologia rural, porém, para compreender a emergência da sociologia ambiental, é necessário observar como as teorias geográficas e biológicas do desenvolvimento social perderam força quando a sociologia surgiu, no início do século XX, como disciplina distinta. O autor aponta, citando Buttel (1986), que a dimensão ambiental já estava implícita desde os trabalhos clássicos de Durkheim, Marx e Weber, contudo nunca foi evidenciada pelo fato da explicação da estrutura social ser favorecida em detrimento às explicações físicas ou ambientais (HANNIGAN, 2009, p.15). Em concordância com Hannigan, Ferreira (2004, p. 80) afirma: 

  (...) O que atualmente é identificado como preocupação ambiental seria visto como atraso e obstáculo ao desenvolvimento, ao progresso. Certamente havia críticos ao paradigma desenvolvimentista, como os sociólogos marxistas; mas, estes tendiam a ver a problemática ambiental como um desvio das questões cruciais do humanismo. Buttel (1992), por sua vez, assinala o relacionamento ambíguo da sociologia, em sua fase de construção, com as ciências naturais. Se, de um lado, o pensamento sociológico foi influenciado por conceitos provenientes das ciências naturais, por outro lado, a própria necessidade de legitimação das ciências sociais exigiu uma reação contra a simplificação das explicações oriundas do determinismo biológico e geográfico, conforme mencionado anteriormente.

    Para Lenzi (2007, p.1) a proposta de criação de uma Sociologia Ambiental nasceu de uma forte crítica às sociologias clássica e contemporânea:

  Essa crítica emergiu ao final da década de 70, quando os cientistas sociais americanos Catton e Dunlap (1978) criticaram justamente a ausência de qualquer preocupação com as pré-condições ecológicas da sociedade nos estudos sociológicos. Segundo estes autores, esta ausência não era apenas casual, mas indicava a existência de um paradigma antropocêntrico existente na Sociologia que teria emergido com o nascimento da Sociologia moderna. A idéia de que os clássicos da Sociologia não nos legaram uma sensibilidade ecológica não está restrita ao trabalho de Catton e Dunlap (1978), mas tende a receber um apoio nas avaliações de cientistas sociais contemporâneos.

   Lenzi (2007) retoma a discussão analisando algumas idéias de Durkheim, Weber e Marx, buscando identificar os limites e possibilidades que as obras desses autores podem oferecer para a Sociologia Ambiental. Argumenta que a herança deixada por estes clássicos da Sociologia é marcada por uma ambivalência com relação à problemática ambiental e que isso está relacionado com a forma pela qual a Sociologia veio a ser definida em suas obras. Ele alega que problemas associados com a herança sociológica clássica têm implicações para pensar a condição teórica da própria Sociologia Ambiental.  

  Para Ferreira (2002, p. 1), as ciências sociais, a despeito de outras áreas do conhecimento, em relação aos problemas ambientais, atribuem à sociedade o paradigma dominante da fé no progresso e na racionalidade humana:

   Marx (1980), bem como Durkheim (1995) vê a era moderna como turbulenta, mas ambos acreditam que os possíveis benefícios fornecidos pela era moderna superam seus aspectos negativos. Weber (1982) foi o mais pessimista dos três, vendo o mundo moderno como um paradoxo onde o progresso material foi obtido apenas à custa da expansão burocrática que esmagou a criatividade e autonomia individual. No entanto, nem mesmo ele antecipou completamente o quão extenso se tornaria o lado escuro da modernidade. Ambos os cientistas naturais e sociais construíram suas teorias em duas premissas básicas: o modelo newtoniano e dualismo cartesiano, segundo a Comissão Gulbenkian (1996). (FERREIRA, 2002, p. 1, tradução nossa).

sábado, 30 de abril de 2016

SOCIOLOGIA DO MEIO AMBIENTE

  Postamos alguns dos conceitos e definições sobre a sociologia e o meio ambiente, com a finalidade de levar nosso  leitor a buscar caminhos de pesquisa e produção de conhecimentos na área socioambiental. A seguir um destes conceitos sobre a sociologia do meio ambiente.


O QUE É SOCIOLOGIA DO MEIO AMBIENTE 

                                     Samuel A . McReynolds


    A Sociologia do meio ambiente é uma área antiga. Marx e Engels , Weber e Durkheim, todos escreveram sobre o relacionamento entre sociedades humanas e o meio ambiente natural. Contudo, o termo "Sociologia do meio ambiente" não foi utilizado até 1971. Em 1976, A Sociedade Americana de Sociologia designou uma seção para a área. Em 1978, Catton e Dunlop publicaram a primeira tentativa de proporcionar uma definição explícita da área de sociologia do meio ambiente. E, não foi antes de 1990 que a Sociedade Internacional de Sociologia formou o seu primeiro grupo com interesse específico em sociologia do meio ambiente.
   Hoje em dia, a sociologia do meio ambiente procura incorporar mais variáveis científicas naturais, perspectivas e até paradigmas em seus métodos, teorias e literatura. O aumento do crescimento e do interesse em perspectivas multi e interdisciplinares também acrescentou em amplitude para o aprofundamento da sociologia do meio ambiente. Esta expansão fez da sociologia ambiental um emaranhado de disciplinas com bases crescentes na biologia, ecologia, ciência política, antropologia, psicologia, feminismo e outras. Apesar da aparência pós-moderna, a sociologia do meio ambiente ainda pretende ser a única linha de pensamento viável capaz de proporcionar uma perspectiva macro ou além (CATTON & DUNLAP, 1978 a; REDCLIFT & WOODGATE, 1997).
   A Sociologia do meio ambiente tem sido definida de diversas maneiras. Entre as várias definições, Buttel (1996) proporciona um começo útil. Ele nota que hoje em dia a essência da sociologia do meio ambiente tem sido de recuperar e revelar a materialidade da estrutura e vida social, e o faz de maneira a produzir entendimentos relevantes de modo a resolver problemas ambientais. Esta definição reconhece ao mesmo tempo a centralização da verdadeira natureza física do meio ambiente e o papel representado pelas construções sociais da natureza.
A união da natureza física e das construções sociais da natureza permanece atualmente como a principal preocupação para a sociologia ambiental. Na verdade, a habilidade de unir estes conceitos aparece como o centro da pretensão da área de ser a melhor das áreas da sociologia a se aplicar a um dos maiores problemas mundiais - o declínio do meio ambiente. Com o final da Guerra Fria, as preocupações sobre o aquecimento global e mudanças no meio ambiente mundial tomaram o lugar das preocupações com a guerra nuclear. Sendo assim, a sociologia do meio ambiente tem ocupado o cenário central na relação dos problemas mundiais (VAILLANCOURT, 1995).
    Neste contexto, a sociologia do meio ambiente está preocupada com uma vasta gama de questões, campos de estudo e disciplinas. 

sexta-feira, 29 de abril de 2016

PSICOLOGIA AMBIENTAL


Visando uma compreensão multidisciplinar de saberes sobre o meio ambiente, postamos este bom texto que consideramos apontar caminhos para quem busca compreender as ações do ser humano diante o meio ambiente.  Uma vez que estas ações estão alterando as condições de meio ambiente de acordo com o nosso ponto de vista da sociologia do meio ambiente e/ou socioambiental.

Psicologia Ambiental

   A Psicologia Ambiental é um campo bem recente na esfera psicológica. Ela pesquisa o comportamento do Homem na sua relação com o meio ambiente, tanto o artificial quanto o natural. Dos anos 60 para cá vem surgindo estudos neste domínio, o qual interage com disciplinas como a sociologia e a antropologia urbana, ergonomia, desenho industrial, paisagismo, engenharia florestal,arquiteturaurbanismo e geografia, entre outras.

   Ela está inserida, portanto, em uma organização interdisciplinar, pois abrange uma ampla área, que propicia a realização de pesquisas sobre os mais variados eventos. Assim, ela se vale de uma multi-metodologia. As diversas disciplinas que se unem no esforço da compreensão da estruturação do espaço físico na sua conexão com o Homem, abordam partes distintas deste conhecimento, constituindo o que internacionalmente se denomina deenvironment-behavior relation, traduzido em nosso idioma como relação indivíduo-ambiente.
Este campo da psicologia surge com o psicólogo Kurt Lewin, um dos pioneiros dos estudos deste ramo científico. Ele percebe a importância de que se reveste a interação do ser humano com o ambiente que o circunda. Ele tinha como meta precisar qual o poder que o ambiente exerce sobre o Homem, a conexão com ele concretizada, a maneira distinta dos indivíduos atuarem, reagirem e se estruturarem, de acordo com o ambiente em que vivem. Ele e outros estudiosos começaram a perceber o destaque que as questões ambientais passaram a ter no processo de simbolização coletiva.
No Brasil, é necessário que o profissional se gradue em Psicologia, mas é também exigido que ele apresente um bom conhecimento de pelo menos uma das áreas que interagem com a Psicologia Ambiental, citadas acima.
De acordo com a Psicologia Ambiental, o meio ambiente é compreendido como uma soma das contexturas em que o Homem atua, desde sua moradia, até o local de trabalho, a escola, a rua, a natureza, etc. Elas influenciam mais a vida comportamental coletiva do que a individual.
Esta especialidade da psicologia revela em si pelo menos cinco princípios essenciais, os quais devem ser investigados por qualquer pesquisador que se interesse por este campo: perceber que se pode mudar o meio ambiente; este campo deve marcar sua presença em todos os eventos rotineiros da vida humana; o contexto ambiental e as pessoas devem ser vistas como algo único, interconectado; levar em conta que o ser age sobre o meio da mesma forma que este atua sobre a pessoa; e a pesquisa deve sempre ser realizada com a assessoria de outras disciplinas científicas.

Fontes
http://www.psi-ambiental.net/IN/que_e_psiamb.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_ambiental

quarta-feira, 20 de abril de 2016

MARINA EXPLICA O QUE É STARGARDT

  " Defender uma sociedade mais igualitária e sustentável é também acreditar na importância de mobilizações diversas. Não se constrói uma sociedade mais equilibrada sem a inserção do diferente. Assim, convido a todos para visitarem nosso site www.stargardt.com.br, nossa comunidade no facebook, nosso twitter e nosso canal no Youtube, Grupo Virtual Stagardt. "



  Estas são as palavras de Marina Leite Brandão, leitora do Jornal O Ecoambiental. Segue o vídeo onde Marina expõe o que é Stargardt.  Informar e agir em defesa da valorização da pessoa humana que está inserida no meio ambiente esta é a proposta de nosso jornal.

   Marina, agradecemos seu e-mail e esperamos que esta divulgação seja útil para o excelente trabalho que você realiza. Parabéns e conte com nosso apoio. 

  

domingo, 17 de abril de 2016

PRONUNCIAMENTO DA PRESIDENTA DILMA

  O Jornal O Ecoambiental não possui vínculos políticos partidários, diante a indefinição do quadro político nacional consideramos que é importante ouvir a posição do atual Governo pela própria Presidenta.
   O que consideramos importante é que o Brasil encontre o caminho da sustentabilidade para vencermos a atual crise política.
  Que os brasileiros consigam dialogar sem disseminar ódios na busca deste caminho de paz e prosperidade que sabemos, o Brasil tem condições de edificar.

 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

MEIO AMBIENTE NAS OLIMPÍADAS RIO 2016









  As Olimpiadas Rio 2016 realiza iniciativas de conscientização socioambiental.  Confira esta iniciativa do "Desafio Abraça".

  "Está chegando a hora. Em seis meses o Rio de Janeiro estará em todas as partes do planeta ao mesmo tempo. Seremos vistos por todos e seremos anfitriões de todas as nacionalidades e diferentes culturas. É por isso que o Comitê Organizador Rio 2016 vai aproveitar a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil para engajar a sociedade para uma causa nobre: a sustentabilidade.
Acreditando nas ações individuais, o novo aplicativo Rio 2016 está lançando o Desafio Abraça, que vai incentivar hábitos mais responsáveis no cotidiano das pessoas.
“Através do Desafio Abraça, queremos tocar as pessoas e despertar a responsabilidade com o meio ambiente e a sociedade que pode estar adormecido dentro de cada um”, conta Tânia Braga, Gerente Geral de Sustentabilidade do Comitê Rio 2016.
Desde o início dos trabalhos, a organização está envolvendo a sustentabilidade na produção do maior evento esportivo do planeta.
“O Rio de Janeiro vai realizar Jogos excelentes usando somente o necessário. O amor pelo esporte e a visibilidade do evento vão servir como combustível para o Rio 2016 levar a causa da sustentabilidade para as ruas.” acrescenta Tânia.
Os espectadores devem postar vídeos de até um minuto no aplicativo do Rio 2016, mostrando como suas atitudes individuais podem, mesmo em pequena escala, trazer benefícios sociais e ao meio ambiente.
Os melhores vídeos de cada categoria ganharão um kit com produtos Rio 2016 e um par de ingressos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
* Faltou inspiração para seu vídeo? Recomendamos que os vídeos sejam gravados em locais do seu dia a dia, assim eles ganham autenticidade e fica mais fácil mostrar suas ações. Por exemplo: você vai para o trabalho de bike? Quando você vai à praia cuida do seu lixo e não o deixa na areia? Sua casa tem coleta seletiva de lixo? Mostre para gente, seu vídeo pode inspirar a galera.
Use toda a sua criatividade e poder de engajamento no vídeo. Lembre-se que os vídeos mais interessantes e criativos têm mais chances de ganhar.

** Como funciona a premiação? Os premiados escolherão os esportes que querem assistir. Não é o máximo? Premiario ção válida para qualquer esporte Olímpico ou Paralímpico."  ( Fonte: imprensa - Rio 2016).