sexta-feira, 31 de julho de 2015

MEL FREIRE CANTORA E COMPOSITORA TALENTOSA

Mel Freire - no Reciclo - BH - Foto: Jornal Oecoambiental


   Uma artista e compositora talentosa. É o que presenciamos no show de Mel Freire e trio no Reciclo em BH. Ela nasceu em Minas Gerais e iniciou sua carreira artística na Itália, onde morou 25 anos. 
   Mel Freire tem-se apresentado em público desde a década de 1990, integrando grupos de diversas formações, com foco em ritmos brasileiros como: baião, samba, choro, maracatu, bossa nova e jazz. Realizou participações: Festival Clara Nunes - Caetanópolis-MG em 2008 e 2010; turnê pela Itália - 2010; apresentou-se como convidada do Ministério  das Relações Exteriores no projeto cultural Escola de Música/ Centenário de Vinícius de Moraes em São Tomé e Príncipe, África, em 2013. 
  Vale a pena conferir  os cds e  agenda de Mel Freire, curtir uma boa sonoridade musical. Veja nas redes sociais:
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quinta-feira, 30 de julho de 2015

BARTÔ - UM NOVO ESPAÇO GASTRONÔMICO E CULTURAL DE QUALIDADE







  

  



  

   

  

 


  O Espaço Gastronômico e Cultural  Bartolomeu – Bartô é uma excelente opção para quem aprecia uma boa alimentação e vivência cultural de qualidade.  Está localizado na Rua Doutor Nestor Bruno, 63 – Fonte Grande – Contagem/ MG , aberto de quarta a sábado de 17 h à meia noite.



Espaço Gastronômico e Cultural Bartô - Foto: Jornal Oecoambiental

 

  Um local agradável onde você pode reunir seus amigos para aquele happy hour de descontração,  ouvir uma boa música, saborear uma gastronomia de alta qualidade. Vale a pena conferir, convidar seus amigos, sua família, festejar aniversários, fazer outras amizades e cultivar novos momentos felizes em sua vida.  


   O Espaço Gastronômico e Cultural Bartô está organizando uma programação cultural selecionando eventos culturais de qualidade para você e sua família. Consulte nas redes sociais:

TERMO DE COMPROMISSO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL - IEF

   Foi publicada, em 24 de julho de 2015, a Portaria IEF nº 76/2015 que institui o modelo do Termo de Compromisso de Compensação Ambiental - TCCA, em cumprimento às obrigações de compensação ambiental prevista na Lei Federal nº 9.985/2000.
   O TCCA deverá ser impresso conforme modelo disponibilizado no site do Instituto Estadual de Florestas - IEF e deverá ser emitido em 03 vias de igual teor, sendo a 1ª via da Gerência de Compensação Ambiental - GCA, 2ª via do empreendedor e 3ª via será anexada ao processo.
   A portaria permite a possibilidade de alteração do termo descrito para atender as especificidades do caso concreto mediante solicitação justificada, após sua análise e aprovação.

Para leitura completa desta Portaria acesso o link:

http://jornal.iof.mg.gov.br/xmlui/handle/123456789/148029?paginaCorrente=01&posicaoPagCorrente=148011&linkBase=http%3A%2F%2Fjornal.iof.mg.gov.br%3A80%2Fxmlui%2Fhandle%2F123456789%2F&totalPaginas=60&paginaDestino=19&indice=19

terça-feira, 28 de julho de 2015

COP 21 - PARIS 21 A CONFERÊNCIA DO CLIMA



















       Convenção-Quadro das Alterações Climáticas das Nações Unidas , conhecida como UNFCCC (UNFCCC em Inglês) foi aprovada na Cúpula da Terra no Rio de Janeiro em 1992. Ela entrou em vigor em 21 de março de 1994 e foi ratificada por 196 Países, que são as " Partes "stakeholders, da Convenção.
    A Convenção-Quadro é uma convenção universal de princípios que reconhecem a existência da mudança climática devido à atividade humana.
   A Conferência das Partes (COP), composta por todos os Estados 'Partes', é o órgão supremo da Convenção. Reúne-se anualmente em conferências globais em que as decisões que respeitem os objetivos de luta contra as alterações climáticas são adotadas. As decisões só podem ser tomadas por unanimidade pelas Partes ou por consenso. 
   A França vai acolher a vigésima primeira Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, que será realizada de 30 de novembro a 11 de Dezembro de 2015 em Paris.

  Veja informações sobre a COP 21 no link abaixo:

http://www.cop21.gouv.fr/es/cop21-cmp11/que-es-una-cop

quarta-feira, 22 de julho de 2015

6ª MOSTRA NACIONAL DE PRODUÇÃO AUDIOVISUAL INDEPENDENTE - NO PARQUE LAGOA DO NADO

















1) Trazer apenas alimentos/quitandas de confecção caseira
2) O ponto de encontro será na piscina, próximo à Biblioteca


CENTRO DE SABERES ECOCULTURA CATAVENTO
Av. Gal. Olímpio Mourão Filho, 400 - Itapuã

segunda-feira, 20 de julho de 2015

SUCESSO DO BRASIL NO PAN DE TORONTO REVELA ATLETAS PARA AS OLIMPÍADAS DO RIO


Érica Miranda - medalha de ouro no judô no PAN de Toronto












  
   Brasil conquista nossa centésima medalha no PAN de Toronto na ginástica de solo, com Angélica  Kvieczynski, que recebeu a medalha de  bronze com  15.633 pontos na final da ginástica rítmica com fita.  As brasileiras estão brilhando no Canada. Além da ginástica rítmica,  outras atletas brasileiras que brilharam: Flávia Saraiva na ginástica artística,  Ana Sátila que conquistou as medalhas de ouro e prata para o Brasil na canoagem e Érica Miranda no judô.
Angélica Kviecznski conquistou centésima medalha para o Brasil no Pan de Toronto
   Vários atletas brasileiros que brilham no Pan de Toronto são candidatos a fazer sucesso também nas Olimpíadas do Rio 2016: Arthur Zanetti, na ginástica; Léo de Deus na natação; Joice Silva na luta olímpica;  Yane Marques no pentatlo moderno;  Érica Miranda no judô; Felipe Wu no tiro esportivo; Marcel Sturmer na patinação; Izaquias Queiroz na canoagem; Cássio Ripel na carabina deitada; além de Ana Sátila na canoagem, atletas da natação e dos esportes coletivos como vôlei, futebol, handebol, dentre outros,  são possibilidades de medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
Thiago Pereira recordista em medalhas na história do PAN com a  Bandeira do Brasil em Toronto
    Thiago Pereira que entrou com a Bandeira do Brasil na abertura do PAN de Toronto tornou-se o maior recordista de medalhas na história de premiações das edições  do Pan com sua 23ª medalha conquistada no Canada.

  Como havíamos registrado o Brasil avançou para o terceiro lugar no PAN de Toronto e está até o momento com: 30 medalhas de ouro, 29 de prata e 42 de bronze, totalizando 101 medalhas.

terça-feira, 14 de julho de 2015

BRASIL SEGUE CAMINHO DE VITÓRIAS NO PAN DE TORONTO A CAMINHO DAS OLIMPÍADAS DO RIO DE JANEIRO 2016














    Até hoje o Brasil é sexto colocado no quadro de medalhas do Pan de Toronto, podemos subir para o quinto lugar pelo fato de disputarmos medalhas de ouro no judô logo mais.  O Brasil já conquistou medalhas em várias modalidades: na ginástica olímpica, judô, saltos ornamentais, patinação artística, tiro, canoagem, levantamento de peso nos primeiros dias dos jogos. 
   Uma condição para conquista de melhor qualidade de vida é o incentivo a prática de esportes. O Brasil vem progredindo nos esportes, não somos mais só o País do futebol, somos o Brasil da natação, do vôlei, de handebol, da ginástica olímpica, do judô, agora no Pan de Toronto. Dada nossas dimensões continentais e qualidade cultural, humana do povo brasileiro, podemos muito mais.
   Nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, pensamos ser fundamental uma união nacional pela prática sadia de esportes. É preciso incentivar a juventude para que ingresse em várias modalidades esportivas que podem trazer melhores perspectivas a juventude brasileira e uma maior valorização dos brasileiros.
   O nosso jornal divulga notícias sobre o Pan de Toronto acreditando sempre no Brasil, numa melhor distribuição de renda, e melhor qualidade de saúde, educação, cultura, esportes para todos. É possível vencer esta fase de ênfase a notícias ruins e conquistarmos como Nação maior valorização da pessoa humana, dos recursos naturais e de todo meio ambiente. Que possamos acompanhar os atletas brasileiros e a evolução da qualidade de vida dos brasileiros. O Brasil pode seguir também construindo com originalidade seu caminho de sustentabilidade valorizando nossa pluralidade étnica e cultural.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

"A ENCÍCLICA VERDE" - ARTIGO DE FREI BETTO


A ENCÍCLICA VERDE

Frei Betto

        Em homenagem a São Francisco de Assis, o papa Francisco lançou uma encíclica holística, na qual associa degradação ambiental e aumento da pobreza mundial. O texto se constitui num apelo urgente para a humanidade sair da “espiral da autodestruição”.
        O chefe da Igreja Católica condena o atual modelo de desenvolvimento focado no consumismo e na obtenção do lucro imediato. Denuncia “a incoerência de quem luta contra o tráfico de animais em risco de extinção, mas fica completamente indiferente perante o tráfico de pessoas, desinteressa-se dos pobres ou procurar destruir outro ser humano do qual não gosta.”
        Salvar o Planeta é salvar os pobres, clama Francisco. Eles são as principais vítimas da sequelas deixadas por invasões de terras indígenas, destruição de florestas, contaminação de rios e mares, uso abusivo de agrotóxicos e de energia fóssil.
        O texto resgata a interação bíblica entre o ser humano e a natureza e faz mea-culpa quanto o modo de a Igreja interpretar o mandato divino de “dominar” a Terra. Também amplia o significado do “Não matarás”: “Uns 20% da população mundial consomem recursos em uma medida tal que roubam às nações pobres e às gerações futuras aquilo de que necessitam para sobreviver.”
        Não há desenvolvimento social e avanço científico positivos, alerta o papa, sem o respaldo da ética e a centralidade do bem comum em tudo que se pesquisa e planeja.
        O combate à idolatria do mercado é enfático, ao frisar que a fome e a miséria não acabarão “simplesmente com o crescimento do mercado. O mercado, por si mesmo, não garante o desenvolvimento humano integral nem a inclusão social.”
        Além de criticar como inócuas todas as importantes reuniões de cúpula sobre a questão ambiental, pois os bons propósitos não saem do papel, Francisco amplia o conceito de ecologia ao destacar a “ecologia integral”, a “ecologia cultural” e a “ecologia da vida cotidiana”.
        Nenhuma outra encíclica contém tanta poesia. Francisco frisa que “todo o Universo material é uma linguagem do amor de Deus. O solo, a água, as montanhas: tudo é carícia de Deus.” E, pela primeira vez, uma encíclica valoriza a contribuição de obra de Teilhard de Chardin, censurado por Roma em toda primeira metade do século passado.
   Frei Betto é escritor, autor de “A arte de semear estrelas” (Rocco), entre outros livros.
        

terça-feira, 7 de julho de 2015

O QUE É A CONVENÇÃO DO CLIMA E A COP 21










                                 
    Diante a importância da COP 21, a Conferência do Clima que será realizada em Paris no final deste ano, estaremos divulgando os principais documentos aprovados na Rio92, de onde se originou este tratado sobre o clima e vários outros documentos importantes como a Declaração do Rio e a Agenda 21.
                                  A CONVENÇÃO DO CLIMA
   A chamada Convenção do Clima, ou a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre mudanças climáticas ( United Nations Framework Convention on Climate Change ou UNFCCC) é um tratado internacional ambiental dedicado ao clima da Terra, que visa deter a poluição atmosférica no Planeta que vem colocando em risco a vida dos seres humanos e deteriorando o meio ambiente global.  Este tratado foi aprovado na ECO 92 ou Rio/92, entrando em vigor em 21 de março de 1994, onde são signatários 196 países.  Os países signatários são convocados a assumirem compromissos e obrigações no combate as mudanças climáticas, sob o princípio da “responsabilidade comum, mas diferenciada”. 

    Os países signatários (chamados de Partes da Convenção, a sigla COP – diz respeito a esta nomenclatura – Conferência das Partes)  devem agir em benefício do meio ambiente nos níveis nacional, regional e global. Segundo a Convenção cada país contribui de determinada forma sobre os impactos socioambientais locais e globais. Todos são chamados para prevenir, reduzir e controlar a ameaça representada pela poluição atmosférica e as consequências das mudanças climáticas que o mundo vem sofrendo atualmente.
   A COP 21 ou Paris 21 é muito importante para que os países assumam compromissos efetivos de construção da sustentabilidade. O Brasil tem um papel muito importante na medida em que abrigamos a maior floresta tropical do mundo e o fim do desmatamento na Amazônia é um compromisso fundamental que o Brasil deve assumir com os brasileiros e o mundo.
    Esta consciência socioambiental deve ser levada em conta para que todas as cidades e regiões do Brasil possam combater o desmatamento urbano e rural, a poluição atmosférica. Como as questões ambientais estão interligadas, agirmos em defesa da qualidade da água, contra a destruição de nascentes, a poluição de rios e lagos é igualmente fundamental. Sem matas, árvores,  as águas diminuem e nos restam águas poluídas. A degradação socioambiental atinge principalmente os mais pobres no Brasil e no mundo. O uso abusivo de agrotóxicos na agricultura agrava este quadro, segundo foi divulgado na Rio + 20 o Brasil é líder mundial de utilização de agrotóxicos na produção de alimentos. Segundo a médica sanitarista Lia Giraldo de Pernambuco a proporção é de mais de 5 litros de agrotóxicos por pessoa ao ano.  Os agrotóxicos, além de serem prejudiciais a saúde humana, contaminam o lençol freático e poluem as águas. Ou seja, debater e buscar ações sobre as discussões da Convenção do Clima é uma tarefa local e global. 
Segue o link da Convenção sobre o clima na íntegra:

IGAM E MAPAS DE HIDROGRAFIA EM MG

ESCASSEZ HÍDRICA "IGAM DISPONIBILIZA MAPAS SOBRE ESTADOS DE VAZÃO EM PORÇÕES HIDROGRÁFICAS DE MINAS"

   O Igam disponibilizou mapas das porções hidrográficas de Minas Gerais, que estão sendo analisadas e que contam com pontos de monitoramento de vazão. As informações serão atualizadas semanalmente e servirão como parâmetro para a definição de situação crítica de escassez hídrica e estado de restrição de uso da água no Estado.
A situação das porções hidrográficas será definida de acordo com a Deliberação Normativa CERH/MG 49/2015:
 I. Estado de Atenção: estado de vazão que antecede a situação crítica de escassez hídrica e seu Estado de Alerta, no qual não haverá restrição de uso para captações de água e o usuário de recursos hídricos deverá ficar atento para eventuais alterações do respectivo estado de vazões;
II. Estado de Alerta: estado de risco de escassez hídrica, que antecede ao estado de restrição de uso, caracterizado pelo período de tempo, em que o estado de vazão ou o estado de armazenamento dos reservatórios indicarem a adoção de ações de alerta para restrição de uso para captações de águas superficiais e no qual o usuário de recursos hídricos deverá tomar medidas de atenção e se atentar às eventuais alterações do respectivo estado de vazões;
 III. Estado de Restrição de Uso: estado de escassez hídrica caracterizado pelo período de tempo em que o estado de vazão ou o estado de armazenamento dos reservatórios indicarem restrições do uso da água em uma porção hidrográfica. 
A restrição de uso para captações de água ocorrerá conforme o estado de vazões ou estado de armazenamento dos reservatórios e restringirá o uso para captação de água nos seguintes termos:
              ·         Redução de 20% do volume diário outorgado, para as captações de água para a finalidade de consumo humano ou dessedentação animal ou abastecimento público;
         ·         Redução de 25% do volume diário outorgado para a finalidade de irrigação, podendo ser excepcionalizada por meio de Deliberação Normativa deste Conselho;
              ·         Redução de 30% do volume diário outorgado, para as captações de água para a finalidade de consumo industrial e agroindustrial;
              ·         Redução de 50% do volume outorgado para as demais finalidades, exceto usos não consuntivos.
Considerando que o período de março a setembro é o período de seca e a tendência da escassez é recrudescer, as indústrias e minerações devem ficar atentas à situação da bacia hidrográfica em que estão situadas. É importante trabalhar com um plano de contingenciamento para cada uma das etapas da deliberação normativa 49/2015 para não serem surpreendidos com as restrições impostas pela deliberação.

terça-feira, 30 de junho de 2015

DILMA E OBAMA ASSUMEM COMPROMISSO SOBRE O MEIO AMBIENTE

Dilma Rousseff e Barack Obama - foto: divulgação








   
Tendo em vista a realização da COP 21 ( Conferência do Clima – Paris 21, como vem sendo chamada), a Presidenta Dilma Rousseff e o Presidente Barack Obama se reuniram nesta terça-feira na Casa Branca e assumiram um compromisso  de ampliarem em 20% as fontes de energias renováveis até 2030.  Comprometeram-se também em trabalhar para um “acordo ambicioso e equilibrado” na COP21, em novembro/dezembro  2015 em Paris.  A Presidenta Dilma também acenou com a proposta de desmatamento zero até 2030, priorizando uma política de reflorestamento no Brasil, segundo o compromisso assumido no Código Florestal, lembrando ainda sobre o consumo mínimo,  os equipamentos e prédios eficientes. Em entrevista coletiva a imprensa, Dilma lembrou das semelhanças entre Brasil e EUA sobre a importância de se superar as desigualdades raciais, uma vez que os dois países, possuem grande contingente de afrodescendentes, além dos povos indígenas. Obama salientou o papel de liderança global do Brasil com relação ao meio ambiente.  A Presidenta Dilma aproveitou para convidar Obama para vir as Olimpíadas em 2016 no Brasil, dizendo: " para mim a cidade mais linda do mundo é o Rio de Janeiro."
   A COP 21 é decisiva para que os Países assumam compromissos efetivos de despoluição global. Os EUA enviaram em março a ONU seu compromisso particular nas negociações globais sobre o clima, em reduzir entre 26% a 28% em relação aos níveis de 2005,  suas emissões de efeito estufa. O Brasil ainda não formalizou sua proposta oficial para a COP 21.
   Estas propostas apresentadas pelos dois presidentes fazem parte de mais intenções ou propostas que vários países e lideranças mundiais estão realizando para que a COP 21 não seja apenas mais uma Conferência do Clima sem metas e compromissos que de fato serão implementados. A Encíclica do Papa Francisco, divulgada dia 18 deste mês, foi outro acontecimento que ganhou repercussão diante a proximidade da COP 21.

   O desmatamento da Amazônia precisa ser resolvido.   Em algumas áreas urbanas em capitais do Brasil, como em Belo Horizonte, o desmatamento continua crescente.  É preciso não só plantar mais árvores, mas cuidar das árvores. Isto afeta não apenas a qualidade do clima, do ar que respiramos, mas a qualidade da água. Uma vez que os cursos d’água, nascentes, rios, lagos, continuam sofrendo com a poluição. Inclusive com o uso abusivo de agrotóxicos, em que o Brasil ainda lidera mundialmente.  Os governos locais não programam como prioridade as soluções de despoluir os cursos d’água.  Daí uma das causas da chamada “crise hídrica”.  Ao não recompor as matas ciliares como seria necessário, o Brasil ainda assiste a degradação crescente dos rios.   A sociedade civil tem um papel fundamental na construção da sustentabilidade ao se mobilizar para que a conquista de uma melhor qualidade de vida seja um direito respeitado. E a valorização dos seres humanos e do meio ambiente seja de fato uma prioridade das políticas públicas.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

A ENCÍCLICA DO PAPA FRANCISCO SOBRE O MEIO AMBIENTE NA ÍNTEGRA






















   A esperada Encíclica do Para Francisco sobre o meio ambiente chega em um momento crucial para a humanidade. A COP 21, ou Conferência do Clima – Paris 21 no final deste ano, está em cheque. Os Países precisam se comprometer em ações concretas e urgentes para deter as mudanças climáticas e os conflitos socioambientais que se multiplicam em todo o mundo.  A sociedade civil continua a ser protagonista na construção da sustentabilidade.
   Esta Encíclica é mais um alerta ambiental para as sociedades civis e governos de todo o mundo.  A “revolução cultural” em defesa da “nossa casa comum” proposta pelo Papa Francisco,  diz respeito à valorização da vida, dos seres humanos e de todo o meio ambiente. 
   Faz-se necessário na atual conjuntura ambiental global, que haja mais solidariedade entre nós seres humanos. Uma melhor distribuição de renda,  mais justa entre pessoas e Países,   seja condição de uma ética socioambiental para todos os povos, pois todos os seres humanos têm direito de viver com dignidade e qualidade de vida. As mudanças climáticas, os conflitos socioambientais atingem principalmente os mais pobres, os seres humanos e os Países que sofrem com a exclusão socioambiental a uma vida digna. Este é o maior desafio tecnológico do mundo: acabar com a fome, a miséria, os conflitos étnicos, a falta de democratização do acesso aos recursos naturais disponíveis. É preciso deter a ação predatória humana sobre nossa própria espécie e em todo o meio ambiente.
  Temos o desafio de edificar sociedades com mais qualidade de vida, acesso à água potável e saneamento básico para todos. Melhores condições de saúde e educação públicas, alimentação sem agrotóxicos, moradia, mobilidade urbana, valorização da biodiversidade, da água, dos Povos Indígenas e Populações Tradicionais, das culturas e etnias, bem como respeito a todas as crenças que valorizam a pessoa humana e todo meio ambiente.

   Segue trechos da encíclica sobre o meio ambiente do Papa Francisco e o link da íntegra do documento:  
   
TRECHOS DA ENCÍCLICA DO PAPA FRANCISCO SOBRE O MEIO AMBIENTE:
   
   "SOBRE O CUIDADO DA CASA COMUM"


“13. O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar. O Criador não nos abandona, nunca recua no seu projeto de amor, nem Se arrepende de nos ter criado. A humanidade possui ainda a capacidade de colaborar na construção da nossa casa comum. Desejo agradecer, encorajar e manifestar apreço a quantos, nos mais variados sectores da atividade humana, estão a trabalhar para garantir a proteção da casa que partilhamos. Uma especial gratidão é devida àqueles que lutam, com vigor, por resolver as dramáticas consequências da degradação ambiental na vida dos mais pobres do mundo. Os jovens exigem de nós uma mudança; interrogam-se como se pode pretender construir um futuro melhor, sem pensar na crise do meio ambiente e nos sofrimentos dos excluídos.

 Poluição e mudanças climáticas

Poluição, resíduos e cultura do descarte
“20. Existem formas de poluição que afectam diariamente as pessoas. A exposição aos poluentes atmosféricos produz uma vasta gama de efeitos sobre a saúde, particularmente dos mais pobres, e provocam milhões de mortes prematuras. Adoecem, por exemplo, por causa da inalação de elevadas quantidades de fumo produzido pelos combustíveis utilizados para cozinhar ou aquecer-se. A isto vem juntar-se a poluição que afeta a todos, causada pelo transporte, pelos fumos da indústria, pelas descargas de substâncias que contribuem para a acidificação do solo e da água, pelos fertilizantes, inseticidas, fungicidas, pesticidas e agrotóxicos em geral. Na realidade a tecnologia, que, ligada à finança, pretende ser a única solução dos problemas, é incapaz de ver o mistério das múltiplas relações que existem entre as coisas e, por isso, às vezes resolve um problema criando outros.”

O clima como bem comum

“25. As mudanças climáticas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, económicas, distributivas e políticas, constituindo atualmente um dos principais desafios para a humanidade. Provavelmente os impactos mais sérios recairão, nas próximas décadas, sobre os países em vias de desenvolvimento. Muitos pobres vivem em lugares particularmente afetados por fenómenos relacionados com o aquecimento, e os seus meios de subsistência dependem fortemente das reservas naturais e dos chamados serviços do ecossistema como a agricultura, a pesca e os recursos florestais. Não possuem outras disponibilidades económicas nem outros recursos que lhes permitam adaptar-se aos impactos climáticos ou enfrentar situações catastróficas, e gozam de reduzido acesso a serviços sociais e de proteção. Por exemplo, as mudanças climáticas dão origem a migrações de animais e vegetais que nem sempre conseguem adaptar-se; e isto, por sua vez, afeta os recursos produtivos dos mais pobres, que são forçados também a emigrar com grande incerteza quanto ao futuro da sua vida e dos seus filhos. É trágico o aumento de emigrantes em fuga da miséria agravada pela degradação ambiental, que, não sendo reconhecidos como refugiados nas convenções internacionais, carregam o peso da sua vida abandonada sem qualquer tutela normativa. Infelizmente, verifica-se uma indiferença geral perante estas tragédias, que estão acontecendo agora mesmo em diferentes partes do mundo. A falta de reações diante destes dramas dos nossos irmãos e irmãs é um sinal da perda do sentido de responsabilidade pelos nossos semelhantes, sobre o qual se funda toda a sociedade civil.”
“26. Muitos daqueles que detêm mais recursos e poder económico ou político parecem concentrar-se, sobretudo em mascarar os problemas ou ocultar os seus sintomas, procurando apenas reduzir alguns impactos negativos de mudanças climáticas. Mas muitos sintomas indicam que tais efeitos poderão ser cada vez piores, se continuarmos com os modelos atuais de produção e consumo. Por isso, tornou-se urgente e imperioso o desenvolvimento de políticas capazes de fazer com que, nos próximos anos, a emissão de anidrido carbónico e outros gases altamente poluentes se reduza drasticamente, por exemplo, substituindo os combustíveis fósseis e desenvolvendo fontes de energia renovável. No mundo, é exíguo o nível de acesso a energias limpas e renováveis. Mas ainda é necessário desenvolver adequadas tecnologias de acumulação. Entretanto, nalguns países, registaram-se avanços que começam a ser significativos, embora estejam longe de atingir uma proporção importante. Houve também alguns investimentos em modalidades de produção e transporte que consomem menos energia exigindo menor quantidade de matérias-primas, bem como em modalidades de construção ou restruturação de edifícios para se melhorar a sua eficiência energética. Mas estas práticas promissoras estão longe de se tornar omnipresentes.”

2. A questão da água

“27. Outros indicadores da situação atual têm a ver com o esgotamento dos recursos naturais. É bem conhecida a impossibilidade de sustentar o nível atual de consumo dos países mais desenvolvidos e dos sectores mais ricos da sociedade, onde o hábito de desperdiçar e jogar fora atinge níveis inauditos. Já se ultrapassaram certos limites máximos de exploração do planeta, sem termos resolvido o problema da pobreza.”
“28. A água potável e limpa constitui uma questão de primordial importância, porque é indispensável para a vida humana e para sustentar os ecossistemas terrestres e aquáticos. As fontes de água doce fornecem os sectores sanitários, agropecuários e industriais. A disponibilidade de água manteve-se relativamente constante durante muito tempo, mas agora, em muitos lugares, a procura excede a oferta sustentável, com graves consequências a curto e longo prazo. Grandes cidades, que dependem de importantes reservas hídricas, sofrem períodos de carência do recurso, que, nos momentos críticos, nem sempre se administra com uma gestão adequada e com imparcialidade. A pobreza da água pública verifica-se especialmente na África, onde grandes sectores da população não têm acesso à água potável segura, ou sofrem secas que tornam difícil a produção de alimento. Nalguns países, há regiões com abundância de água, enquanto outras sofrem de grave escassez.”
“29. Um problema particularmente sério é o da qualidade da água disponível para os pobres, que diariamente ceifa muitas vidas. Entre os pobres, são frequentes as doenças relacionadas com a água, incluindo as causadas por microorganismos e substâncias químicas. A diarreia e a cólera, devidas a serviços de higiene e reservas de água inadequados, constituem um fator significativo de sofrimento e mortalidade infantil. Em muitos lugares, os lençóis freáticos estão ameaçados pela poluição produzida por algumas atividades extrativas, agrícolas e industriais, sobretudo em países desprovidos de regulamentação e controles suficientes. Não pensamos apenas nas descargas provenientes das fábricas; os detergentes e produtos químicos que a população utiliza em muitas partes do mundo continuam a ser derramados em rios, lagos e mares.”
“30. Enquanto a qualidade da água disponível piora constantemente, em alguns lugares cresce a tendência para se privatizar este recurso escasso, tornando-se uma mercadoria sujeita às leis do mercado. Na realidade, o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos. Este mundo tem uma grave dívida social para com os pobres que não têm acesso à água potável, porque isto é negar-lhes o direito à vida radicado na sua dignidade inalienável. Esta dívida é parcialmente saldada com maiores contribuições económicas para prover de água limpa e saneamento as populações mais pobres. Entretanto nota-se um desperdício de água não só nos países desenvolvidos, mas também naqueles em vias de desenvolvimento que possuem grandes reservas. Isto mostra que o problema da água é, em parte, uma questão educativa e cultural, porque não há consciência da gravidade destes comportamentos num contexto de grande desigualdade.”
“31. Uma maior escassez de água provocará o aumento do custo dos alimentos e de vários produtos que dependem do seu uso. Alguns estudos assinalaram o risco de sofrer uma aguda escassez de água dentro de poucas décadas, se não forem tomadas medidas urgentes. Os impactos ambientais poderiam afectar milhares de milhões de pessoas, sendo previsível que o controle da água por grandes empresas mundiais se transforme numa das principais fontes de conflitos deste século.[23]

 Perda de biodiversidade

“42. É preciso investir muito mais na pesquisa para se entender melhor o comportamento dos ecossistemas e analisar adequadamente as diferentes variáveis de impacto de qualquer modificação importante do meio ambiente. Visto que todas as criaturas estão interligadas, deve ser reconhecido com carinho e admiração o valor de cada uma, e todos nós, seres criados, precisamos uns dos outros. Cada território detém uma parte de responsabilidade no cuidado desta família, pelo que deve fazer um inventário cuidadoso das espécies que alberga a fim de desenvolver programas e estratégias de proteção, cuidando com particular solicitude das espécies em vias de extinção.
4. Deterioração da qualidade de vida humana e degradação social
“43. Tendo em conta que o ser humano também é uma criatura deste mundo, que tem direito a viver e ser feliz e, além disso, possui uma dignidade especial, não podemos deixar de considerar os efeitos da degradação ambiental, do modelo atual de desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a vida das pessoas.”

 Desigualdade planetária


“48. O ambiente humano e o ambiente natural degradam-se em conjunto; e não podemos enfrentar adequadamente a degradação ambiental, se não prestarmos atenção às causas que têm a ver com a degradação humana e social. De facto, a deterioração do meio ambiente e a da sociedade afetam de modo especial os mais frágeis do planeta: «Tanto a experiência comum da vida quotidiana como a investigação científica demonstram que os efeitos mais graves de todas as agressões ambientais recaem sobre as pessoas mais pobres».[26] Por exemplo, o esgotamento das reservas ictíicas prejudica especialmente as pessoas que vivem da pesca artesanal e não possuem qualquer maneira de a substituir, a poluição da água afeta particularmente os mais pobres que não têm possibilidades de comprar água engarrafada, e a elevação do nível do mar afeta principalmente as populações costeiras mais pobres que não têm para onde se transferir. O impacto dos desequilíbrios atuais manifesta-se também na morte prematura de muitos pobres, nos conflitos gerados pela falta de recursos e em muitos outros problemas que não têm espaço suficiente nas agendas mundiais.[27]

LINK DA ÍNTEGRA DA ENCÍCLICA :

terça-feira, 16 de junho de 2015

PAPA FRANCISCO E SUA ENCÍCLICA SOBRE O MEIO AMBIENTE

Foto Floresta Amazônica - divulgação

















    O Papa Francisco deverá lançar nesta próxima quinta-feira dia 18, uma encíclica sobre o meio ambiente, de acordo com a divulgação antecipada de uma revista italiana e agências de notícias realizadas hoje.  Trata-se de um documento importante, pois a encíclica deve abordar três pontos principais: o fato dos países mais pobres serem os mais prejudicados com os problemas socioambientais; a necessidade dos países adotarem medidas mais transparentes e eficazes no combate as mudanças climáticas, uma vez que as Conferências sobre o clima ainda não chegaram a medidas concretas para redução da poluição global; e um outro aspecto importante é que deve enfatizar que os problemas ambientais não possuem apenas uma conotação técnica, política, científica, mas espiritual e cultural.
   O Jornal O Ecoambiental sempre vem postando textos matérias, artigos, reiterando este caráter cultural das questões sociambientais. A importância da Floresta Amazônica, a sua diversidade biológica e os saberes e crenças dos povos indígenas que devem e merecem ser respeitados por todas as culturas do mundo.  O respeito à diversidade cultural no Planeta é um caminho fundamental para a construção da sustentabilidade, além de uma visão ecumênica sobre a problemática ambiental.

   O lançamento desta encíclica papal é um acontecimento importante já que este ano será realizada a COP 21 – a Conferência do Clima em Paris, que precisa ter um bom resultado, diante o agravamento da crise socioambiental que o Brasil e o mundo atravessam.  Estaremos aguardando o texto final da encíclica sobre o meio ambiente.