sexta-feira, 26 de agosto de 2016
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
O SUCESSO DA 10ª AGRIMINAS - FEIRA DA AGRICULTURA FAMILIAR DE MINAS GERAIS
Um acontecimento marcante na
economia mineira e brasileira, a realização da 10ª Agriminas Feira da Agricultura
Familiar de Minas Gerais - de 10 a 14 de
agosto, na Serraria Souza Pinto em
BH-MG, reuniu produtores da agricultura
familiar, da agroecologia, produtores de alimentos sem agrotóxicos e
artesanato, além de estandes sobre energia
solar, adubos orgânicos, que foi uma das atrações do evento. De acordo com os organizadores o público estimado
foi superior a sessenta mil pessoas.
O Jornal O Ecoambiental
esteve presente na 10ª Agriminas e constatamos a importância para a população
mineira e brasileira de se valorizar a
agricultura familiar e a agroecologia.
Uma grande variedade de alimentos, produtos do interior de Minas e do
Rio Grande do Sul. Constatamos a
presença de tecnologias limpas, produção de alimentos sem agrotóxicos,
sementes crioulas, adubos orgânicos, café orgânico, doces, queijos, iorgutes, farinhas, cachaças, caldo de cana, água de coco, produtores de mel
e seus derivados,, dentre muitos outros
produtos. O evento contou com uma
programação cultural de muito boa qualidade da música do sertão de Minas.
Estiveram presentes cooperativas, sindicatos rurais de praticamente todas as regiões do estado de
MG. Um acontecimento singular para a cultura de Belo Horizonte e MG que a cada
ano vai conquistando maior público e participação popular. Parabenizamos a Fetaemg, a seus funcionários
e organizadores pela excelente feira e sucesso da 10ª Agriminas.
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
CINE CLUBE - CINE HUMBERTO MAURO
Cineclube
Francófono - Cine Humberto Mauro
O Fundo do Ar é Vermelho, Chris Marker
O Fundo do Ar é Vermelho, Chris Marker
O cineclube francófono mensal
no cinema Humberto Mauro, cada último sábado do mês às 14 horas,
continua! Essa parceria entre a Fundação Clóvis Salgado,
a Cinemateca da Embaixada da França no
Brasil e a Aliança Francesa BH, apresenta no mês de agosto o filme Le fond de
l’air est rouge (França, 1977), um documentário histórico de Chris Marker. Com Laurence Cuvillier,
Davos Hanich, François Maspero. Documentário. 180’.
Não perca, no Cinema Humberto Mauro, dia 27 de agosto às 14h !
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
SINFÕNICA E LÍRICO AO MEIO DIA - PALÁCIO DAS ARTES BH
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Coral Lírico de Minas Gerais - Foto: divulgação
SOBRE O PROGRAMA APRESENTADO
O Jornal O
Ecoambiental esteve presente no Palácio das Artes em BH na apresentação da
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Coral Lírico de Minas Gerais no projeto: “Sinfônica
e Lírico ao Meio Dia”. Sob a regência do
maestro Sérgio Gomes a programação incluiu composições de Franz Schubert e
Felix Mendelssohn. Uma excelente opção
de lazer para os apreciadores da boa
música clássica no intervalo do almoço para a população de BH. A orquestra convida algumas pessoas a
assistirem do palco, em assentos especiais entre os músicos, as apresentações através de sorteios, o que acontece também
com alguns ingressos para as noites de
concerto no grande teatro. Este projeto
acontece às terças feiras de quinze em quinze dias. A programação pode ser
conferida pelo site: http://fcs.mg.gov.br/programacao/
SOBRE O PROGRAMA APRESENTADO
A
composição de Schubert foi escrita para a ópera A Harpa Mágica e
a abertura, conhecida como Abertura Rosamunde, ficou mais
famosa que a própria peça. Na forma de uma sonata modificada, esta abertura tem
uma introdução Andante, seguida por um Vivace no estilo popular.
A Sinfonia nº. 2 em Si Bemol Maior, conhecida como Lobgesang,
em português Canto de louvor, é uma sinfonia coral de Felix
Mendelssohn para solistas, coro e orquestra. Foi composta como penúltima das
cinco sinfonias de Mendelssohn Bartholdy.
PROGRAMA
-Abertura Rosamunde,
de Franz Schubert
-Sinfonia Nº 2, em Si Bemol Maior para coral e
orquestra, “Lobgesang”, de Felix Mendelssohn
1. Sinfonia.
Maestoso con moto – Allegro – Maestoso con moto
Allegretto un poco agitato
Adagio religioso
2. Allegro moderato
maestoso – Animato – Allegro di molto – Molto più moderato ma con fuoco. Alles was Odem hat lobe den Herrn
3. Recitativ – Allegro moderato. Saget es, die ihr
erlöst seid durch den Herrn
4. A tempo moderato. Sagt es, die ihr erlöst seid
vor dem Herrn
5. Andante. Ich harrete des Herrn
6. Allegro un poco agitato – Allegro assai agitato. Strick
des Todes hatten uns umfangen
7. Allegro maestoso e
molto vivace. Die Nacht ist
vergangen
8. Andante con moto – Un poco più animato. Nun
danket alle Gott
9. Andante sostenuto
assai. Drum sing’ ich mit meinem Liede
10. Schlußchor. Allegro non troppo – Più vivace – Maestoso come I. Ihr
Völker! bringet her dem Herrn Ehre und Macht
ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS
Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de
Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é
considerada uma das mais ativas orquestras do país. Em 2013, foi declarada
Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais pela lei 20.628. Em
permanente aprimoramento da sua performance, a OSMG cumpre o papel de difusora
da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e
apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Executa
repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, do barroco ao
contemporâneo, além de grandes sucessos da música popular, com a série
Sinfônica Pop. Em 2016, o belo-horizontino Silvio Viegas assumiu como regente
titular do Corpo Artístico. Antes dele, foram responsáveis pela regência:
Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar,
Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles
Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.
Vale a pena conferir a entrada é gratuita.
terça-feira, 2 de agosto de 2016
O TRABALHO DO JORNAL O ECOAMBIENTAL
O trabalho do Jornal O Ecoambiental está
fundamentado no Artigo 225 da Constituição brasileira, na Agenda 21, na
Economia Solidária, no princípio da precaução da sociologia e do direito
ambiental, na construção da sustentabilidade. Teve início na prática de sociologia da UFMG,
através de uma aula prática que abordou temas de sociologia e meio ambiente.
Esta atividade deu origem ao curso O Cidadão e o Meio Ambiente, ministrado em
escolas, universidades, empresas e instituições públicas e privadas. Estas aulas possibilitaram nossa participação
em seminários, congressos, conferências nas áreas de sociologia, educação, meio
ambiente, cultura e comunicação.
O trabalho do jornal O
Ecoambiental é estender os temas de sala de aula e dos eventos socioambientais
a população visando a conquista de um meio ambiente saudável para todos.
Por este motivo, editamos
jornais não periódicos, atemporais (1), jornais/revistas, ou jornal/livro, que
possui uma abordagem socioambiental. São temas de educação socioambiental como: a valorização dos seres humanos, não poluição dos cursos d’água, o plantio e
cuidado das florestas, tanto na Amazônia como nos diversos biomas, na
valorização das áreas verdes nos espaços urbanos, o plantio de alimentos
saudáveis, sem agrotóxicos, a conscientização da população sobre os efeitos das
mudanças climáticas, a não poluição do meio ambiente seja da terra, do ar, das
águas, a comunicação socioambiental e a construção da sustentabilidade.
Acreditamos na união de nossa
espécie humana para que possamos habitar o Planeta Terra sem destruí-lo,
valorizando os seres humanos e o meio ambiente. Agradecemos aos nossos leitores
o apoio recebido e contamos com nossa união e com atitudes que contribuam para
que nossas comunidades conquistem melhor qualidade de vida e meio ambiente
saudável para todos.
(1) O
que é Atemporal –
1 Que não é afetado pelo tempo ou que o transcende.(Fonte:
Dicionário Aurélio)
(2)
Atemporal é um adjetivo usado para
qualificar algo ou alguém que não é afetado pelo passar do tempo, ou seja, que
faz parte de qualquer época ou tempo. Um dos sinônimos de atemporal é
intemporal.
Com relação à etimologia, a palavra atemporal é formada pelo prefixo a,
que significa "sem" e o termo em latim temporalis que significa algo
"referente ao tempo". ( Fonte: http://www.significados.com.br/atemporal/)
(3)
O que
transita no tempo sem necessariamente pertencer ao passado, futuro ou presente.(Fonte:
http://www.dicionarioinformal.com.br/atemporal/)
terça-feira, 19 de julho de 2016
PAMPULHA - PATRIMÕNIO CULTURAL DA HUMANIDADE
Lagoa da Pampulha BH - Igreja de São Francisco - Foto: divulgação |
O Brasil conquistou mais um patrimônio cultural da
humanidade pela Unesco: o Conjunto Arquitetônico da Pampulha.
Depois de
muita mobilização da sociedade civil de BH e dos movimentos ambientalistas para
recuperação ambiental da Pampulha, em 2013 a Prefeitura manifestou o interesse pela candidatura do Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Título que foi concedido
ontem, dia 17 de julho de 2016, em
Istambul, Turquia em uma reunião dos membros da Unesco.
A manutenção
da despoluição da Lagoa da Pampulha está ligada a uma melhor gestão
socioambiental da região e das cidades próximas que despejam resíduos na Lagoa.
Ou seja, para a Pampulha ser
revitalizada o meio ambiente de BH e da Região Metropolitana de BH necessita de
uma melhor gestão e monitoramento ambiental.
Esperamos
que BH adquira também uma melhor consciência ambiental e não promova o
desmatamento urbano que temos assistido nas últimas décadas, como acontece com
a Mata do Planalto, região próxima ao Conjunto Arquitetônico da Pampulha, uma
das poucas regiões remanescentes da Mata Atlântica. Bem como outras regiões da
cidade como na Av. Bernardo Monteiro, onde os Ficus, árvores centenárias de BH
estão sofrendo sem uma atitude de revitalização e replante de novos Ficus. Ou
mesmo a destruição da Serra do Curral como tem acontecido por causa da
mineração predatória. Temos muitos desafios socioambientais a vencer na cidade.
Além do
Complexo Arquitetônico da Pampulha tombado como Patrimônio Cultural da
Humanidade pela Unesco, temos regiões como: Ouro Preto,as Reservas da Amazônia,
o Centro Histórico de Salvador, O Parque
Nacional do Iguaçu, O Plano Piloto de Brasília.
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha foi projetado por Oscar Niemeyer, na gestão do Prefeito Juscelino Kubitschek. Faz parte do projeto do conjunto de edifícios em torno do lago artificial da Pampulha: um cassino, uma igreja, uma casa de baile, um clube e um hotel. Inaugurado em 16 de maio de 1943, com exceção do hotel. O cassino foi transformado em museu.
Arquitetura e meio ambiente buscam se harmonizar na região da Pampulha, desde a sua inauguração. Com o crescimento urbano de Belo Horizonte temos mais um motivo para a região ser despoluída a região, preservada e presenteada ao lazer da população.
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha foi projetado por Oscar Niemeyer, na gestão do Prefeito Juscelino Kubitschek. Faz parte do projeto do conjunto de edifícios em torno do lago artificial da Pampulha: um cassino, uma igreja, uma casa de baile, um clube e um hotel. Inaugurado em 16 de maio de 1943, com exceção do hotel. O cassino foi transformado em museu.
Arquitetura e meio ambiente buscam se harmonizar na região da Pampulha, desde a sua inauguração. Com o crescimento urbano de Belo Horizonte temos mais um motivo para a região ser despoluída a região, preservada e presenteada ao lazer da população.
quarta-feira, 13 de julho de 2016
OS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS E AS MAIORIAS
EDITORIAL
Os conflitos
socioambientais e as maiorias
A sociologia que foi constituída como
ciência após duas grandes revoluções no século XVIII e XIX a revolução francesa
(1789) e a revolução industrial na Inglaterra multiplicaram na história das
sociedades, suas abordagens sobre a produção de conhecimentos das relações
humanas e sociais. Na medida em que as ações humanas estão interferindo de
forma agravante sobre as condições do meio ambiente (socioambientais), podemos
afirmar que um vasto campo de análise, pesquisa e produção de conhecimentos
hoje das ciências sociais é sua inserção nos conflitos socioambientais do
século XXI. Levando-se em conta que há um grande acúmulo de produção de
conhecimentos sobre a existência humana e a forma como nos organizamos em
grupos, comunidades, sociedades, a sociologia e sua abordagem socioambiental
têm um papel importante a cumprir visando contribuir na melhoria da qualidade
de vida e meio ambiente.
Os
pioneiros da sociologia procuravam compreender de maneira científica as
transformações que ocorriam na sociedade com o advento do mundo capitalista. As
transformações que ocorriam nas relações de trabalho, propriedade e produção.
Tendo o francês Augusto Comte (1798-1857) utilizado a expressão “física social”
e pela primeira vez a palavra “sociologia”, esta ciência tem desde então, uma
gama muito vasta de teóricos, pensadores e intelectuais engajados em compreender
como as ações humanas estão interagindo com as estruturas sociais e os modos de
produção da sociedade. Estas teorias
formam uma diversidade de abordagens e refletem os conflitos existentes nas
relações socioambientais de produção. O sociólogo Antony Guiddens (1938-)
afirmou que questões que estes precursores procuravam responder ainda perduram
nos dias atuais, como: “o que é a natureza humana? Por que a
sociedade é estruturada na forma que é? Como e porque as sociedades mudam?” (Guiddens
A. - O que é sociologia –pág.28) . Para Guiddens a sociologia fornece uma
compreensão das diferenças culturais; as pesquisas científicas das ciências
sociais ajudam a avaliar a implantação de políticas públicas; auxiliam os seres
humanos em um aspecto importante que é um autoconhecimento sobre a humanidade e
a sociedade.
Vivemos hoje no século XXI o ápice das
conseqüências e conflitos que o modo de produção resultante da revolução
industrial está causando na relação ser humano e meio ambiente. A apropriação
desigual de muitas das tecnologias desenvolvidas pela humanidade está trazendo
graves problemas socioambientais e necessitam ser reavaliadas sob um ponto de
vista da ética ambiental. Produzir novas tecnologias e saberes sempre foi uma
aspiração da humanidade. A grande questão no século XXI é produzir novas
tecnologias e saberes de forma sustentável. O século XXI é o século da transformação das
sociedades de insustentáveis a sustentáveis. Economias do mundo como a Européia
e das Américas estão se apropriando de canais políticos e tecnológicos para promoverem “ajustes” na economia
que são questionáveis. Vários autores
das ciências sociais debatem novos caminhos sustentáveis em contraposição a
reformas ainda balizadas em referências econômicas, políticas e socioambientais
do século passado. Falar em “ajustes’
numa linguagem cartesiana, dentro dos moldes de uma racionalidade econômica que
desprezam as maiorias é aprofundar crises socioambientais em todo o mundo. A
temática socioambiental das maiorias é buscar sociedades onde a miséria, a fome,
os problemas étnicos, a degradação humana e socioambiental seja vencida.
Guiddens citou em seus estudos o sociólogo
Wrigth Mills (1916-1962) como um exemplo de que o ser humano pode vir a
desenvolver, segundo Mills, a “imaginação sociológica” (1959). Hoje com o
advento da construção de sociedades sustentáveis, poderíamos argumentar que a
sociedade está desenvolvendo um autoconhecimento socioambiental. Uma forma de
compreendermos como as ações humanas estão repercutindo no meio ambiente. Estas ações dividem hoje no
século XXI as sociedades, numa abordagem estruturante em minorias e maiorias
socioambientais. Uma vez que a hegemonia da propriedade dos meios de produção e
tecnologias é controlada pelas minorias
super consumistas, as maiorias que sequer possuem o consumo mínimo necessário a
uma vida digna, possuem um papel
protagonista na busca de soluções dos conflitos causados pelas desigualdades
econômicas, políticas, sociais, culturais, étnicas, éticas ou socioambientais. Dentro desta perspectiva, podemos citar
Giddens e sua abordagem sobre a ação humana e as estruturas: “Embora sejamos influenciados pelos
contextos sociais em que nos encontramos, nenhum de nós está simplesmente
determinado em nosso comportamento por aqueles contextos. Possuímos e criamos
nossa própria individualidade. É trabalho da sociologia investigar as conexões
entre o que a sociedade faz de nós e o que fazemos de nós mesmos. Nossas
atividades tanto estruturam - modelam – o mundo social ao nosso redor como, ao
mesmo tempo, são estruturadas por este mundo social.” (Guiddens A. – O que é
sociologia pág. 26). Nesta visão de Guiddens as sociedades humanas estão
sempre em processo de estruturação.
O saber ambiental ou socioambiental que
possui uma formulação histórica está de fato sendo compreendido nas sociedades
do século XXI. Como afirma Enrique Leff (2001): “A sociologia ambiental do conhecimento estuda, pois a transformação
das ciências ao serem problematizadas pelo saber ambiental, mas inclui também
toda uma gama de saberes práticos, sintonizados com os princípios e objetivos,
com os valores e os meios instrumentais da racionalidade ambiental” (Leff,
E. – “Saber Ambiental” – págs. 157-158).
A compreensão deste saber é tão
ou mais importante para os seres humanos do que foi a busca da compreensão do
advento das transformações estruturais da sociedade industrial.
quarta-feira, 6 de julho de 2016
ALGUNS PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DA SUSTENTABILIDADE - EDITORIAL
EDITORIAL
ALGUNS PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DA SUSTENTABILIDADE
A crise de civilização que o
Brasil e o mundo enfrentam traz questionamentos da necessidade de construção de
novos paradigmas para que a humanidade seja sustentável. Temas que conflitam
nas ciências sociais como a questão da subjetividade e da razão são parte dos
fundamentos filosóficos da sustentabilide. Uma razão que alimente uma “ética”
do trabalho que oprime o ser humano merece ser questionada. Ao concordarmos que
o meio ambiente sadio é vital para a existência de nossa espécie é preciso que
a sociedade implante o trabalho sustentável. O trabalho que destrói o meio
ambiente em uma sociedade sustentável filosoficamente não é ético. Inclua-se no
meio ambiente o ser humano e as sociedades por nós construídas. Quais
estruturas sociais estão levando os seres humanos a não se perceberem iguais em
natureza?
Dois
séculos e cinqüenta e quatro anos nos separam das idéias do fílósofo precursor
da sociologia Jean-Jacques Rousseau. Em sua obra Contrato Social (1762) sua
filosofia argumenta que a natureza humana é essencialmente boa. Para ele nós
humanos nascemos “naturalmente bons e iguais” e a vida em sociedade nos
corrompe e nos faz diferentes. Este debate percorre as teorias das ciências
sociais há séculos sobre as contradições entre as estruturas sociais e a ação
dos indivíduos. Ainda estas questões não foram solucionadas pela humanidade.
Que caminhos vêm percorrendo a humanidade que ainda edifica estruturas sociais
onde bilhões de seres humanos vivem em condições
de miserabilidade e precariedade e poucos ostenta luxo e riqueza? Podemos
argumentar a hipótese de que alguns povos indígenas e comunidades tradicionais
são sustentáveis porque há uma coesão socioambiental de valorização do ser
humano e de sua comunidade que procura se harmonizar com o meio ambiente. São
exemplos que comunidades sustentáveis são possíveis.
Refletindo que toda ação
humana é subjetiva ela está inscrita em um meio socioambiental. Somos resultado
das relações socioambientais que construímos. Acha-se “natural” cobrar juros
abusivos, porque a estrutura econômica fomenta esta atitude, por que não achar
“natural” agirmos pela nossa essência de considerarmos que todos os seres
humanos possuem “naturalmente” o direito de viver com dignidade, saúde,
educação, cultura, lazer, meio ambiente saudável? O mundo chegou a um ponto tão
irracional que questionar o mercado que instiga o “super consumo ilimitado” é uma heresia. É um pecado.
Argumentar que para vencer “a crise” é preciso implantar medidas que penalizam
ainda mais os excluídos de uma qualidade vida e meio ambiente saudável é
utilizar uma razão sem uma ética sustentável. Dizer que uma empresa é ética e
possuiu uma gestão ambiental exemplar e, no entanto, na sua gestão de recursos
humanos mantêm critérios racistas quando da avaliação de desempenho de seus
funcionários é não ser sustentável. Afinal quais os interesses econômicos,
socioambientais de se fomentar esta “crise”? Onde está a sua subjetividade e a
razão? Podemos argumentar que esta “crise” brasileira possuiu mais de quinhentos
anos, pois aqui havia quatro milhões de índios e os recursos naturais que
fomentam o “desenvolvimento” e as “tecnologias” de última geração em todo
mundo, boa parte foram e são retirados de nosso território desde que
descobriram por aqui as árvores que deram origem ao nome ao nosso País. Quem vai apurar as vidas perdidas e os desvios
destes recursos naturais que mantêm a maioria do povo brasileiro na miséria? A
história do País-Árvore chamado Brasil traz consigo a história da opressão
predatória que a civilização insustentável vem construindo há séculos.
Razão e subjetividade eis aí
um dilema. Havendo uma concordância com Rousseau de que o ser humano é
essencialmente, ou “naturalmente” bom, a sociedade poderia ser melhor uma vez que somos nós que edificamos estas
sociedades? Haveria possibilidade do ser humano construir sociedades onde o
valor da pessoa humana, do meio ambiente fosse prioridade? Não é isso que
presenciamos na gestão das políticas públicas de saúde, educação, esportes,
cultura, étnica, economia, comunicação, gestão das terras, lazer, trabalho e meio ambiente.
A liberdade de imprensa e
manifestação, por exemplo, que é condição universal dos direitos humanos deve ser respeitada. A democratização dos
meios de comunicação é um direito socioambiental fundamental para a construção
de um Brasil e um mundo melhor.
A nossa consciência socioambiental está
pautada pelos objetivos de nossas ações, pelo trabalho que a vida em sociedade
nos impulsiona. Milhões de pessoas no mundo hoje percebem que lutar pela
melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida de todos nós seres humanos
traz um sentido a nossas vidas. Qual o lugar socioambiental que ocupamos? Se um
ser humano vive em situação degradante não é estranho eu me preocupar com esta
pessoa. Pois a situação de um ser humano degradado é fruto e responsabilidade de
todos nós. É o espelho da sociedade e do que nossa atitude socioambiental
provoca. Se não percebo um ser humano de minha espécie degradado, como posso
perceber que o meio ambiente vem sendo destruído pelas sociedades
insustentáveis? Fica um questionamento:
o que me aliena afinal da minha condição de sujeito que age e transforma esta
realidade? No “Contrato Social” Rousseau lembra que alienar é dar ou
vender. Ele argumenta: “Ora um homem que
se escraviza ao outro não se dá, vende-se, pelo menos em troca da subsistência;
mas um povo porque se vende ele”? (Contrato Social – pág.15). A maioria da
população brasileira está escravizada nesta pressão política, econômica,
socioambiental de nos colocar como objeto que só sabe consumir, consumir,
consumir... ódio e tristezas? Muito oportuno lembrar as palavras de Mahatma
Gandhi “todo aquele que possui mais do que precisa para viver é um ladrão”. Mandiba,
Nelson Mandela sintonizado com nossa essência “natural” trouxe sabedoria, “se o
ser humano aprendeu a odiar ele pode aprender a amar seu semelhante.”
Rosseau poderia ser lembrado pela forma como
algumas emissoras de TV e grande mídia disputam à audiência divulgando a
maldade, a violência, as péssimas ações dos seres humanos em sociedade e não as
boas ações e bons frutos que nossa espécie pode colher edificando comunidades e sociedades mais
felizes e menos predadoras dos próprios seres humanos e do meio ambiente. Ser
realista não é apenas reafirmar o mal é, sobretudo valorizar o que temos de
bom. Não se vê questionamentos sobre como as riquezas produzidas pela humanidade
estão sendo apropriadas de forma tão desigual em tantos séculos de história e
suas conseqüências de outras inúmeras violências contra os seres humanos e o
meio ambiente do qual fazemos parte. E diga-se, muito menos em canais de mídia que angariam contribuintes
para algumas religiões pela falta de perspectivas das sociedades insustentáveis
se vêem estes questionamentos.
Concordando com a sabedoria de alguns seres humanos, nossa espécie pode evoluir e
vencer a barbárie das atuais sociedades insustentáveis. Caminhos para construirmos
a sustentabilidade a partir da união dos melhores saberes que resgatam nossa
essência humana mais feliz e saudável é possível.
quarta-feira, 29 de junho de 2016
DANNY GLOVER EM BELO HORIZONTE DEFENDE DEMOCRACIA E IGUALDADE RACIAL NO BRASIL E NO MUNDO
Danny Glover em Belo Horizonte - Foto: Jornal O Ecoambiental |
O ator e astro norte americano
Danny Glover, reconhecido mundialmente pelo seu trabalho em filmes como “A Cor Púrpura” esteve em MG na região de Mariana visitando o
distrito de Bento Rodrigues onde conversou com moradores da região afetada pelo
rompimento da barragem de Fundão, que foi devastada pelo rejeito de minério.
Também esteve nos municípios de Barra
Longa e Paracatu de Baixo, recebido
pelos movimentos sociais e pela comunidade local.
À noite já em Belo Horizonte, em auditório
lotado no CREA, participou de um ato em defesa da democracia, manifestando
apoio a Presidenta Dilma. Lembrou que não há como ser neutro diante dos problemas:
da democracia, dos direitos humanos, do racismo e das desigualdades sociais
seja no Brasil ou no mundo. Questionado
como estão vivendo os afrodescendentes
nos EUA, ele afirmou que “já percebemos que apesar do feito histórico da
eleição de um presidente negro nos EUA,
o racismo ainda perdura”. Reafirmou a importância da união de todos que
lutam a favor da igualdade racial no Brasil e no mundo. Lembrou que mesmo em
Cuba, que tem índices notáveis de desenvolvimento humano e social e são um
exemplo para o mundo de uma nova sociedade possível, ainda se enfrenta o
problema do racismo. Sobre a questão
social afirmou: “ainda não temos sequer um plano social de saúde universalizado nos EUA”. Afirmou que acredita na população brasileira,
apesar do Brasil ser um dos países de maior desigualdade social do mundo. Disse
que o Brasil pode vir a ser um país onde o racismo possa ser vencido e estas desigualdades: econômica, cultural, política, social possam
ser vencidas. E que acredita que aqui no Brasil ainda possa acontecer um exemplo
para o mundo de convivência pacífica entre todas as etnias da espécie humana.
O ator Danny Glover é um
ativista dos direitos humanos nos EUA e em todo o mundo. Com sua visita histórica ao Brasil, MG e Mariana, com a recente devastação socioambiental
da região, demonstra como os problemas socioambientais afetam toda a
humanidade. E ainda em um momento tão conturbado da vida política do país, trouxe
uma perspectiva de solidariedade universal a todos que lutam e acreditam na construção de
um mundo mais justo, solidário e ambientalmente
saudável para todos.
Biografia
O ator,
produtor e humanitário Danny Glover tem sido uma presença inspiradora no
cinema, nos palcos e na televisão por mais de 25 anos. Como ator, atuou em sucessos de
bilheteria como a série "Máquina Mortífera" e em uma
variedade de filmes de longa-metragem, alguns dos quais ele próprio produziu.
Glover também ganhou respeito pelo ativismo constante na comunidade e pelo empenho filantrópico, principalmente por advogar a favor da justiça econômica e do acesso a saúde, e a programas de educação nos Estados Unidos e na África. Por esses esforços, Glover recebeu o DGA Honor de 2006. Internacionalmente, foi nomeado Embaixador da Boa Vontade pela United Nations Development Program de 1998 até 2004, focando em problemas de pobreza, doença e desenvolvimento econômico na África, América Latina e Caribe, e atualmente é Embaixador do UNICEF.
Em 2004, Glover co-fundou a Louverture Films, dedicada ao desenvolvimento e à produção de filmes com relevância histórica, propósito social, valor comercial e integridade artística. A empresa, baseada em Nova York, tem o propósito de produzir filmes de longa-metragem e documentários progressivos, como "Bamako", que recebeu ótimas críticas em sua estréia no Festival Internacional de Cinema de Cannes.
Nascido em São Francisco, Glover estudou na Black Actors' Workshop, do American Conservatory Theater. Foi sua estréia na Broadway, em "Master Harold…and Boys", que lhe trouxe reconhecimento nacional e levou o diretor Robert Benton a escalar Glover em seu primeiro papel principal na produção indicada ao Oscar de Melhor Filme de 1984, "Um Lugar no Coração". No ano seguinte, Glover atuou em mais dois longas-metragens indicados ao Oscar de Melhor Filme: "A Testemunha", de Peter Weir, e "A Cor Púrpura", de Steven Spielberg. Em 1987, Glover se juntou a Mel Gibson no primeiro filme da série "Máquina Mortífera" e seguiu estrelando as três seqüências da franquia de enorme sucesso.
Glover também investiu seu talento em mais projetos pessoais, incluindo o premiado "Não Durma Nervoso", do qual ele foi produtor executivo e pelo qual ganhou o Independent Spirit Award de Melhor Ator; "Bopha! À Flor da Pele", com direção do amigo Morgan Freeman; "Manderlay", de Lars von Trier; e "Cicatrizes da Guerra", ao lado de Ron Perlman e Linda Hamilton.
Na TV, Glover ganhou um Image Award e um Cable ACE Award e foi indicado ao Emmy pela atuação no filme da HBO "Mandela". Ele também recebeu indicações ao Emmy por seu trabalho na aclamada minissérie "Os Pistoleiros do Oeste" e pelo telefilme "Canção da Liberdade". Como diretor, foi indicado ao Daytime Emmy por "Apenas um Sonho", da Showtime. Glover também foi escalado para um papel fixo na premiada série de televisão "Brothers & Sisters".
Na intensa carreira de Danny Glover ainda se destacam o filme aclamado pela crítica "Dreamgirls - Em Busca de um Sonho", dirigido por Bill Condon; "O Round Final", dirigido por Clément Virgo; "Atirador", do diretor Antoine Fuqua; e "Rebobine, Por Favor", dirigido por Michel Gondry.
Glover também ganhou respeito pelo ativismo constante na comunidade e pelo empenho filantrópico, principalmente por advogar a favor da justiça econômica e do acesso a saúde, e a programas de educação nos Estados Unidos e na África. Por esses esforços, Glover recebeu o DGA Honor de 2006. Internacionalmente, foi nomeado Embaixador da Boa Vontade pela United Nations Development Program de 1998 até 2004, focando em problemas de pobreza, doença e desenvolvimento econômico na África, América Latina e Caribe, e atualmente é Embaixador do UNICEF.
Em 2004, Glover co-fundou a Louverture Films, dedicada ao desenvolvimento e à produção de filmes com relevância histórica, propósito social, valor comercial e integridade artística. A empresa, baseada em Nova York, tem o propósito de produzir filmes de longa-metragem e documentários progressivos, como "Bamako", que recebeu ótimas críticas em sua estréia no Festival Internacional de Cinema de Cannes.
Nascido em São Francisco, Glover estudou na Black Actors' Workshop, do American Conservatory Theater. Foi sua estréia na Broadway, em "Master Harold…and Boys", que lhe trouxe reconhecimento nacional e levou o diretor Robert Benton a escalar Glover em seu primeiro papel principal na produção indicada ao Oscar de Melhor Filme de 1984, "Um Lugar no Coração". No ano seguinte, Glover atuou em mais dois longas-metragens indicados ao Oscar de Melhor Filme: "A Testemunha", de Peter Weir, e "A Cor Púrpura", de Steven Spielberg. Em 1987, Glover se juntou a Mel Gibson no primeiro filme da série "Máquina Mortífera" e seguiu estrelando as três seqüências da franquia de enorme sucesso.
Glover também investiu seu talento em mais projetos pessoais, incluindo o premiado "Não Durma Nervoso", do qual ele foi produtor executivo e pelo qual ganhou o Independent Spirit Award de Melhor Ator; "Bopha! À Flor da Pele", com direção do amigo Morgan Freeman; "Manderlay", de Lars von Trier; e "Cicatrizes da Guerra", ao lado de Ron Perlman e Linda Hamilton.
Na TV, Glover ganhou um Image Award e um Cable ACE Award e foi indicado ao Emmy pela atuação no filme da HBO "Mandela". Ele também recebeu indicações ao Emmy por seu trabalho na aclamada minissérie "Os Pistoleiros do Oeste" e pelo telefilme "Canção da Liberdade". Como diretor, foi indicado ao Daytime Emmy por "Apenas um Sonho", da Showtime. Glover também foi escalado para um papel fixo na premiada série de televisão "Brothers & Sisters".
Na intensa carreira de Danny Glover ainda se destacam o filme aclamado pela crítica "Dreamgirls - Em Busca de um Sonho", dirigido por Bill Condon; "O Round Final", dirigido por Clément Virgo; "Atirador", do diretor Antoine Fuqua; e "Rebobine, Por Favor", dirigido por Michel Gondry.
terça-feira, 28 de junho de 2016
MOVIMENTO EM DEFESA DA MATA DO PLANALTO - BH
Vista aérea da Mata do Planalto - BH - Foto: divulgação |
Participar dos movimentos socioambientais que lutam pela melhoria da
qualidade de vida e meio ambiente de nossa cidade, do Brasil e do mundo, significa conectar cada ser humano
com nossa essência humana que tem origem nos recursos naturais da Terra.
Em Belo Horizonte, como no Brasil, estes
movimentos se multiplicam trazendo como bandeiras de luta a conquista de melhor
qualidade de vida e meio ambiente saudável para todos. O movimento em defesa da Mata do Planalto em
BH é um exemplo desta luta para que nossa cidade, que já foi chamada “cidade
jardim”, perceba os recursos humanos e
socioambientais de nossa comunidade.
O movimento da Mata do Planalto luta pela
defesa de mais de vinte nascentes e uma área de quase 200 mil metros quadrados,
sendo um dos últimos remanescentes de
vegetação da Mata Atlântica (1) de Belo
Horizonte. Você que reside em BH/MG, participe
desta luta. Divulgue nas redes sociais, aos seus amigos, sua rede de contatos. Pela valorização da pessoa humana e do meio
ambiente do qual todos fazemos parte.
Maiores detalhes do Movimento em Defesa da Mata do Planalto:
No Facebook: Salve a Mata do Planato
(1)
Mata Atlântica
A Mata Atlântica é formada por um conjunto
de formações florestais (Florestas: Ombrófila Densa, Ombrófila Mista,
Estacional Semidecidual, Estacional Decidual e Ombrófila Aberta) e ecossistemas
associados como as restingas, manguezais e campos de altitude, que se estendiam
originalmente por aproximadamente 1.300.000 km2 em 17 estados do território
brasileiro. Hoje os remanescentes de vegetação nativa estão reduzidos a cerca
de 22% de sua cobertura original e encontram-se em diferentes estágios de
regeneração. Apenas cerca de 7% estão bem conservados em fragmentos acima de
100 hectares. Mesmo reduzida e muito fragmentada, estima-se que na Mata
Atlântica existam cerca de 20.000 espécies vegetais (cerca de 35% das espécies
existentes no Brasil), incluindo diversas espécies endêmicas e ameaçadas de
extinção. Essa riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies na
América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlântica é
altamente prioritária para a conservação da biodiversidade mundial. Em relação
à fauna, os levantamentos já realizados indicam que a Mata Atlântica abriga 849
espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de
mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes.
Além de ser uma das regiões mais ricas do
mundo em biodiversidade, tem importância vital para aproximadamente 120 milhões
de brasileiros que vivem em seu domínio, onde são gerados aproximadamente 70%
do PIB brasileiro, prestando importantíssimos serviços ambientais. Regula o
fluxo dos mananciais hídricos, asseguram à fertilidade do solo, suas paisagens
oferecem belezas cênicas, controla o equilíbrio climático e protege escarpas e
encostas das serras, além de preservar um patrimônio histórico e cultural
imenso. Neste contexto, as áreas protegidas, como as Unidades de Conservação e
as Terras Indígenas, são fundamentais para a manutenção de amostras
representativas e viáveis da diversidade biológica e cultural da Mata
Atlântica.
A cobertura de áreas
protegidas na Mata Atlântica avançou expressivamente ao longo dos últimos anos,
com a contribuição dos governos federais, estaduais e mais recentemente dos
governos municipais e iniciativa privada. No entanto, a maior parte dos
remanescentes de vegetação nativa ainda permanece sem proteção. Assim, além do
investimento na ampliação e consolidação da rede de áreas protegidas, as
estratégias para a conservação da biodiversidade visam contemplar também formas
inovadoras de incentivos para a conservação e uso sustentável da
biodiversidade, tais como a promoção da recuperação de áreas degradadas e do
uso sustentável da vegetação nativa, bem como o incentivo ao pagamento pelos
serviços ambientais prestados pela Mata Atlântica. Cabe enfatizar que um
importante instrumento para a conservação e recuperação ambiental na Mata
Atlântica, foi à aprovação da Lei
11.428, de 2006 e o Decreto
6.660/2008, que regulamentou a referida lei. (FONTE: MMA)
sexta-feira, 17 de junho de 2016
sexta-feira, 10 de junho de 2016
MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUPERFICIAIS DA UNIÃO
OBRIGATORIEDADE DE MONITORAMENTO
DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUPERFICIAIS DA UNIÃO
A Agência Nacional de Águas - ANA, define limites a ser observados para obrigatoriedade de monitoramento dos volumes captados e envio da Declaração Anual de Uso de Recursos Hídricos - DAURH, em corpos de água de domínio da União.
Rio São Francisco
O usuário de recursos hídricos, localizado no rio São Francisco e de seus reservatórios, região hidrográfica do São Francisco, cujo empreendimento possui soma das vazões máximas instantâneas das captações, autorizadas por meio de uma ou mais outorgas de direito de uso de recursos hídricos, igual ou superior a 2.500 m³/h, deverá realizar o monitoramento dos volumes de captação e enviar a DAURH. O registro dos valores de captação deverá ser realizado conforme o disposto nos incisos I e II do art. 4º da Resolução ANA nº 603, de 2015.
Rio Paranaíba
O usuário de recursos hídricos no rio São Marcos a montante da UEH Batalha, rio Samambaia, córrego do rato e seus reservatórios, da bacia hidrográfica do rio Paranaíba, cujo empreendimento possui soma das vazões máximas instantâneas das captações, autorizadas por meio de uma ou mais outorgas de direito de uso de recursos hídricos, igual ou superior a 380 m³/h, deverá realizar o monitoramento dos volumes de captação e enviar a DAURH. Os valores medidos deverão ser registrados mensalmente pelo usuário e transmitidos à ANA por meio da DAURH do dia 01 a 31 de janeiro do ano subsequente.
Os usuários de recursos hídricos cujo empreendimento possui soma das vazões máximas instantâneas das captações, autorizadas por meio de uma ou mais outorgas de direito de uso de recursos hídricos,inferior a 380 m³/h, deverão monitorar os volumes captados e a qualquer tempo poderão ser solicitados a enviar a ANA os dados de monitoramento.
Rio Verde Grande
Os usuários de recursos hídricos, localizado no rio Verde Grande, da bacia hidrográfica do rio São Francisco, região hidrográfica do São Francisco, cujo empreendimento possui soma das vazões máximas instantâneas das captações, autorizadas por meio de uma ou mais outorgas de direito de uso de recursos hídricos, igual ou superior a 150 m³/h, deverá realizar o monitoramento dos volumes de captação e enviar a DAURH. Os valores medidos deverão ser registrados mensalmente pelo usuário e transmitidos à ANA por meio da DAURH do dia 01 a 31 de janeiro do ano subsequente. Os usuários de recursos hídricos cujo empreendimento possui soma das vazões máximas instantâneas das captações,inferior a 150 m³/h e superior a 20 m³/h, deverão monitorar os volumes captados e a qualquer tempo poderão ser solicitados enviar a ANA os dados de monitoramento.
O inteiro teor das Resoluções e o Anexo I, bem como as demais informações pertinentes estão disponíveis no site www.ana.gov.br
Resolução Nº 129, de 22-02-2016, rio São Francisco
Resolução Nº 130, de 22-02-2016, rio Paranaíba
Resolução Nº 131, de 22-02-2016, rio Verde Grande
OLIMPÍADAS RIO 2016 E MEIO AMBIENTE - ENTREVISTA EXCLUSIVA COM PELÉ DO VÔLEI
MEIO AMBIENTE E OLIMPÍADAS RIO 2016
Seguindo nosso trabalho de difusão da comunicação socioambiental o Jornal O Ecoambiental vem acompanhando a realização das Olimpíadas, realizando entrevistas, ouvindo a população, atletas, esportistas, delegações e organizadores das Olimpíadas Rio 2016 sobre como encaram a busca de melhor qualidade de vida e meio ambiente através dos esportes. As Olimpíadas Rio 2016 tem um papel fundamental de valorização da juventude brasileira e da população de forma geral , na busca de melhor qualidade de vida educação, cultura, esportes e meio ambiente.
Neste sentido, o Jornal O Ecoambiental realizou uma entrevista exclusiva com o atleta
histórico do vôlei brasileiro, José Francisco Filho, o Pelé do Vôlei como é
chamado, que nos recebeu na Câmara Municipal de Belo Horizonte, contando sua trajetória vitoriosa na vida e no esporte defendendo a
Seleção Brasileira de Vôlei
Pelê do Vôlei com o Minas Tênis Clube - Foto: Divulgação |
J: Boa noite. José Francisco, fale um pouco sobre sua história de vida.
José Francisco: Boa noite. Eu vim de uma família muito
simples, com dez irmãos. Perdi meu pai aos cinco anos de idade e minha mãe com
onze filhos não teve como criar todos. O que ela fez? Nos colocou na Febem.
Fiquei na Febem dos 5 aos 12 anos. Naquela época a Febem formava cidadãos. Saímos
da Febem aos 12 anos. Comecei a trabalhar de trocador de ônibus até os 15 para
16. E aos 16 anos eu tive minha oportunidade através do esporte. Comecei a
jogar vôlei aos 16 anos e aí o esporte abriu as portas do mundo. Aonde eu
comecei no Guaíra, depois no Olímpico, Minas Tênis Clube, Atlético Mineiro e
depois voltando para o Minas Tênis Clube, aonde eu fui tricampeão brasileiro,
bicampeão sulamericano e sete vezes consecutivas o melhor atacante do Brasil.
Voltando atrás, 1975, 76, eu fui o primeiro negro a jogar no Minas Tênis Clube.
Então eu tenho muito orgulho de ter passado por muitas barreiras,
principalmente no início da carreira. Depois que eu fui bicampeão brasileiro,
realmente as portas se abriram aí facilitou bastante. Tive a oportunidade de
jogar dois anos na Itália, levei minha família também. Voltando da Itália, abri
minha escola de vôlei Pelé, onde eu tenho esta escola há 23 anos. Abri em 1992.
Onde eu já formei mais de oito mil crianças e adolescentes através do esporte
usando o esporte como inclusão, socialização e integração. É um trabalho que eu
já faço há muito tempo. Este projeto meu das minhas escolas eu queria ampliar.
Então o único jeito de ampliar com essa visão social era me candidatar a um
cargo de vereador. Dessa forma eu daria a oportunidade não só para o voleibol.
Hoje como eu sou um parlamentar essa oportunidade nós damos para o vôlei,
basquete, futsal, handebol, atletismo, que é um esporte muito pobre. Então essa
oportunidade a gente tem dado para estas pessoas menos favorecidas em Belo
Horizonte. Eu sei que a pessoa mais simples tem garra, determinação, vontade de
vencer, mas falta oportunidade. Aquela oportunidade que eu tive a 40, 35 anos
atrás hoje eu tenho o dever e a obrigação de dar essa oportunidade aquelas
pessoas mais carentes, através do esporte. Não pensando em ser um grande
atleta. Pensando em ser um grande cidadão. Automaticamente você massificando
essa oportunidade vai sair um Pelé do Vôlei, Pelé do Futebol, vai sair um Oscar
do basquete, uma Hortência do basquete, um Cielo da natação. E assim por
diante. Então eu acho que falta essa oportunidade. Pensando na cidadania
primeiro. O grande atleta é a conseqüência.
Pelé do Vôlei defendendo a Seleção Brasileira de Vôlei - Foto divulgação |
J: Ok, grande história. A
realização das Olimpíadas no Brasil. Como você avalia a importância das
Olimpíadas no Brasil e para a população brasileira?
José: É um evento muito importante.
O maior evento do Planeta que seja no Brasil, mas a única restrição que eu vejo
é que deveria haver mais esportes aqui em Belo Horizonte e não só monopolizado
só no Rio de Janeiro. Eu acho que os outros estados deveriam ter também a
oportunidade de ver de perto os grandes ídolos. As Olimpíadas é uma competição
muito importante e difícil. Eu vejo os brasileiros, muitas pessoas me param na rua e falam: “Pelé, o
Brasil ganhou muitas medalhas no Pan-americano agora, nas Olimpíadas vai ser
igual ?” Eu falo com eles: “ Vocês podem esquecer que o Panamericano é
diferente. O Pan-americano, os países não vem com as equipes principais porque
já estão treinando para 2016. Eu acho que além da gente vencer, vamos ganhar
medalhas que nós ganhamos naturalmente, mas pode ter certeza que a gente não
vai bater o recorde igual o governo está achando. Porque o investimento que o
Governo Federal faz hoje, na minha concepção é errado. Porque ele contempla o
atleta de alto rendimento. Vou falar: o Lucarelli, o Cielo, outros atletas de
alto rendimento, que ganham bolsa atleta
de quinze mil reais. Eles não precisam porque o Lucarelli ganha cento e
cinqüenta mil por mês de patrocinador. O Cielo ganha duzentos, então não
precisam de dinheiro do governo. Esse dinheiro teria que ser aplicado lá
embaixo, nas escolas municipais, estaduais. Em competições escolares, infantis,
infanto-juvenil, para que ? Para dar oportunidade para os adolescentes, para
que a médio e longo prazo o Brasil cresça em seu quadro de medalhas. Como fez a
Grã Bretanha, a China. Eles começaram há planejar 12 anos antes. Então não se
faz atleta olímpico em quatro anos. Tem que investir oito, dez, doze anos, para que a gente possa
conseguir alguma coisa.
J: O que significa o esporte para
a juventude, para a população?
José: Eu sou exemplo disso. O
esporte transformou minha vida. Eu já conversei com o Prefeito, com o
Secretário de Esportes. O dia em que
eles tiverem uma visão ampla do esporte será muito bom. É a melhor ferramenta de
inclusão social, de socialização. O esporte é a prevenção da pasta da saúde e
da educação. Por quê? Para praticar o esporte tem que ter educação. Ter
disciplina. Você praticando o esporte praticamente você tem mais disciplina e
mais saúde. Automaticamente vai economizar as pastas da saúde e da educação.
Esse dinheiro que sobrar na saúde e na educação tem que investir no esporte.
Hoje o investimento da secretaria municipal de esporte é ridículo: 16
milhões. Treze milhões ou doze milhões
são para pagar o pessoal e sobram quatro milhões para fazer alguns eventos
pontuais que não contempla todo mundo.
J: Você está acompanhando a
organização das Olimpíadas. O que você está achando da organização geral das Olimpíadas?
No Rio e aqui em BH onde acontecerão alguns jogos de futebol.
José: Vai haver alguns jogos de
futebol aqui em BH. A organização eu tenho certeza que vai ser um sucesso.
Porque o Brasil tem dinheiro. Está passando dificuldades, mas tem dinheiro.
Fizeram um orçamento. Este orçamento já dobrou. Pode ter certeza que vai ser
uma das melhores Olimpíadas que já existiu. Em matéria de logística,
organização vai ser esta nossa. Mas em compensação em matéria de medalhas, pode
ter certeza que nós não vamos bater o recorde.
J: E em termos de legado, pós Olimpíadas
o que você acha que poderia ser um bom legado das Olimpíadas no Brasil?
José: Eu acho que o legado vai
ser a motivação para os jovens. Os jovens assistirem pela televisão e começarem
a praticar esportes. Quanto aos ginásios, à estrutura física, ou acho que vai
ser igual em todos outros Países: vai ficar como “elefante branco”. Você viu na
África do Sul, quase todos os estádios de vôlei, basquete, estão todos vazios e
invadidos pelo povo. Porque não tem como manter. A Vila Olímpica, os
apartamentos praticamente já estão todos vendidos, assim que acabar. Mas tem os
ginásios de esportes que só para dar manutenção nos ginásios é muito difícil.
Então acaba surgindo os “elefantes brancos”.
Pelé no parlamento na Câmara Municipal de BH Foto: divulgação |
J: Em relação a este legado, nas
escolas, praças públicas. O que você acha que poderia acontecer de melhor. Não
só acompanhar as Olimpíadas, mas pós Olimpíadas?
José: Eu acho que durante as
Olimpíadas, alguns esportes que alguns atletas que tiveram alguma folga e
pudessem ir a algumas escolas municipais, estaduais e os alunos conviverem com
aqueles atletas. Eu vejo em minhas palestras que faço em escolas municipais e
estaduais e vejo quando eu falo sobre minha história e falo que o esporte me
salvou as pessoas já começam a pensar: “poxa, eu também posso ser”. Porque a
condição deles hoje é melhor do que foi a minha. Eu acho que quando um ídolo,
um atleta de alto rendimento chega junto com a comunidade, eles se motivam mais
a praticar um esporte. É a integração juntamente dos atletas de alto rendimento
com as escolas municipais e estaduais tem que ter e eu acho que é a única
salvação de motivar os meninos. Ter o ídolo do seu lado. Eu até conto uma
história em uma das palestras. Eu com 14, 15 anos eu assistia o Japão e Brasil
no Minas Tênis, no ginásio antigo do Minas. Eu assistindo o jogo eu mesmo me
perguntava: “será que um dia eu vou poder vestir a camisa da seleção brasileira?
Eu mesmo me perguntando. E Deus me abençoou e fiz 165 jogos pela seleção
brasileira. Eu tinha tudo para não ser um grande atleta: pobre, negro, não
tinha condição nenhuma. O caminho das drogas era mais livre que o outro
caminho. Deus me enviou pelo caminho mais difícil e eu consegui vencer.
J: Esta questão do preconceito
racial no Brasil pode ser vencida?
José: Sem dúvida. Tem
preconceito. Principalmente quando um atleta ou qualquer pessoa está começando
a praticar esportes ou ainda não se destacou. Realmente o racismo é muito
grande. Depois que a pessoa consegue ganhar alguma coisa, ou crescer
profissionalmente, automaticamente as portas se abrem e este preconceito
diminui, mas continua. Hoje eu vejo o Minas Tênis Clube, tenho o prazer de ser
Conselheiro do Minas Tênis Clube. Não tem nenhum Conselheiro negro lá. Eu tenho
a honra de ser um Conselheiro lá e hoje pelo menos na minha frente não tem
deboche. Eu também não preciso deles. Construí
meu espaço e tenho meu espaço.
J: Como você vê esta questão do
esporte e o meio ambiente?
José: Eu acho que este projeto a
gente tem que começar pelas escolas, ou pela Secretaria Municipal de Esportes,
através dos projetos da Secretaria para os adolescentes. Levar essa
conscientização do meio ambiente para as crianças, para que elas não tenham um
mundo pior a médio e longo prazo. É um tema importante para a cidade. A
Secretaria de Esportes e de Educação comprar essa idéia e conscientizar nas
escolas as crianças e adolescentes que o meio ambiente é importante para que
eles possam viver e ter uma qualidade de vida melhor no futuro.
J: Você acha que o Brasil tem uma
cultura diferenciada em relação aos esportes? Percebe-se que em algumas
modalidades o Brasil sempre se destacou, na área coletiva. Você vê alguma coisa
sobre a nossa maneira brasileira de se praticar esportes, com nossa identidade?
José: Sem dúvida. Qualquer modalidade seja no vôlei,
basquete, futebol, o brasileiro tem mais ginga. Mas em compensação não é
obediente tecnicamente. O Brasil chega
ganha pelo seu trabalho individual, de cada um. Pela técnica individual de cada
um. Mas quando às vezes tem que jogar, fizer um esquema tático, aí realmente o
brasileiro sai fora desse esquema. Ele não é tão disciplinado igual ao europeu.
O europeu não tem essa ginga nossa essa habilidade nossa, mas taticamente eles
são obedientes. Por isso, que hoje estão na nossa frente. O Brasil tem a parte técnica muito avançada
do que todos os jogadores europeus, americanos, mas na parte coletiva é
indisciplinado. A Europa e Estados Unidos estão a nos luz na nossa frente.
J: Sobre a auto-estima do
brasileiro, está havendo tanta divulgação de coisas negativas no País pela
mídia em relação a tudo. Você acha que pelo esporte, pela nossa consciência de
nosso valor como população. Até o Darci Ribeiro, antropólogo que acreditava
numa civilização brasileira por isso. Você acha que o nosso País tem boas perspectivas? Numa recente visita da Dilma aos EUA, numa
entrevista coletiva, foi perguntado ao Obama o que ele achava do Brasil e ele
disse que o Brasil é uma grande liderança ambiental. O que você pensa com
relação ao nosso presente e futuro sobre nossa capacidade?
José: O Brasil é um País que tem
um potencial enorme. Mas os gestores não dão um bom exemplo. Essa crise toda
que está havendo, porque os gestores não dão bom exemplo. Você liga a TV e vê é
roubo aqui, é desvio ali. Isso faz com que o Brasil caia em um descrédito. Mas
o povo brasileiro é muito esforçado. É determinado, então a gente tem que ter
um espelho. É o que eu falei. Se os atletas de alto rendimento forem às escolas
e as crianças virem seu ídolo lá, então automaticamente eles vão querer serem
eles futuramente. Hoje o Brasil está num
descrédito muito grande, mas nós não podemos desistir. Eu por exemplo como
político hoje, não vou desistir porque eu quero ter uma vida melhor para minha
neta, para os meus filhos que já tem trinta anos é meio difícil a médio prazo.
Mas a longo prazo para minha neta, eu quero um mundo melhor para ela. Hoje
estou aqui na política, fazendo uma política limpa, com transparência. Não vou
perder a minha identidade, a minha filosofia, porque eu quero um mundo melhor.
Vou lutar. Tem a parte podre tem. Mas tem a parte boa. Eu quero estar nesta
parte boa. Se Deus quiser o mal não pode vencer o bem. Então nós temos que
contaminar aqueles do mal para que eles tenham o mesmo ideal do grupo do bem.
J: Nós fizemos uma entrevista com
um grande Mestre de Capoeira, Cobra Mansa. Ele acrescentou o seguinte, que a
Capoeira existe em 136 Países e dentro dessa discussão Olímpica, há um debate
para incluir a Capoeira como sendo um esporte Olímpico. Ele afirmou para o
nosso Jornal que a Capoeira é a cultura que mais difunde a língua brasileira no
mundo. Porque todos têm que cantar as músicas da Capoeira em português. Como
você vê esta questão, sendo a Capoeira não só um esporte, mas uma arte completa
que é bem original do Brasil. Você acha importante se incluir nas escolas a Capoeira?
José: Sem dúvida, nosso Mestre
Cobra Mansa tem toda razão e realmente a Capoeira, eu viajo pelo mundo e todo
lugar tem Capoeira. É realmente divulgada em todo mundo, mas realmente a
Capoeira não tem oportunidade de ser um esporte Olímpico. A Secretaria
Municipal de Esportes, juntamente com a de Educação poderia ter e dar mais
incentivo a Capoeira. Toda criança gosta e a pessoa para praticar a Capoeira,
voltando lá atrás, tem que ter a disciplina. Porque sem a disciplina, é o judô,
a Capoeira, tem que ter muita disciplina e sem disciplina não se chega a lugar
nenhum e a Capoeira e o Judô são modalidades que exigem mais disciplina.
Pelê defendendo o Minas Tênis Clube - Foto:divulgação |
J: Em síntese você considera que
uma grande questão para nosso País avançar é buscar mais disciplina?
José: Sem dúvida acho que a
partir do momento em que o Governo e gestores se conscientizarem em dar
oportunidade às crianças, adolescentes a prática de esportes, pode ter certeza
que o esporte é uma ferramenta de inclusão e socialização. Quando você fala em
esportes as portas se abrem em qualquer âmbito. Qualquer lugar que você vai.
Você falou em esporte fica leve. Todo mundo gosta de praticar. O esporte é
saúde, é educação.
J: Agradecendo a você, qual a
mensagem você deixaria para a juventude, para o povo brasileiro sobre as Olimpíadas?
José: Eu peço que todos torçam
pelo Brasil e que todos assistam as modalidades que eles gostam e que depois se
motivem a praticar os esportes. O esporte é bom para a mente, para o físico,
além da socialização. Principalmente os esportes coletivos, aonde você aprende
a ganhar, perder a ter seu espaço. Cada um tem seu espaço. Eu não posso pegar a
bola que está com o companheiro ali do lado. O esporte ensina a gente a viver.
A viver, a aprender, a ganhar e a respeitar, e a convivência entre os seres
humanos. No ser humano, o que prevalece na vida é essa integração, essa
socialização. O respeito e a amizade que a gente tem entre os povos.
J: Eu agradeço a entrevista,
muito obrigado.
José: Eu que agradeço.
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