Nos dias 10 e 11 de dezembro, foi realizado o Seminário Técnico de Planejamento Metropolitano, parte do processo de elaboração do Plano Diretor Metropolitano (PPDI). O plano está sendo desenvolvido por uma equipe de professores da UFMG, PUC Minas e Universidade do Estado de Minas Gerais, a UEMG. A elaboração do trabalho foi dividida em dez áreas transversais, integradas pelos eixos de cultura, economia e meio ambiente. Uma das propostas é que o PPDI leve em conta os planos diretores municipais e os estudos setoriais já existentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), como o Plano Diretor do Rio das Velhas. A mobilidade urbana, a centralidade de Belo Horizonte e a questão habitacional são os pontos chave do plano. Com relação à mobilidade, o seminário contou com a exposição do modelo metropolitano de Medellín, na Colômbia, e da ampliação dos sistemas de transportes de Pequim e Xangai, na China. O PPDI da RMBH é o primeiro a ser feito no Brasil e está previsto para ser concluuído no final de 2010. O Plano é financiado pelo Fundo Metropolitano, que conta com recursos das prefeituras da região e do governo do estado. (Fonte: Projeto Manuelzão)
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
CONFECOM APROVA ANISTIA PARA RÁDIOS COMUNITÁRIAS
Anistia e reparação para as rádios comunitárias é aprovada pela CONFECOM
A proposta da ABRAÇO Anistia dos processados e condenados por operarem rádios comunitárias sem outorga e criação de mecanismo para reparação das emissoras penalizadas foi aprovada pela I Conferência Nacional de Comunicação. A anistia é a restauração da dignidade de mais de cinco mil comunicadores populares condenados criminalmente por colocarem no ar emissoras a serviço de suas comunidades. A reparação das rádios que tiveram os equipamentos apreendidos significa o reconhecimento, por parte do Estado brasileiro, da existência de uma legislação injusta e discriminatória das emissoras comunitárias. Esta é uma grande vitória do movimento da radiodifusão comunitária e da ABRAÇO na luta pela descriminalização das rádios comunitárias. ( Redação Abraço)
A proposta da ABRAÇO Anistia dos processados e condenados por operarem rádios comunitárias sem outorga e criação de mecanismo para reparação das emissoras penalizadas foi aprovada pela I Conferência Nacional de Comunicação. A anistia é a restauração da dignidade de mais de cinco mil comunicadores populares condenados criminalmente por colocarem no ar emissoras a serviço de suas comunidades. A reparação das rádios que tiveram os equipamentos apreendidos significa o reconhecimento, por parte do Estado brasileiro, da existência de uma legislação injusta e discriminatória das emissoras comunitárias. Esta é uma grande vitória do movimento da radiodifusão comunitária e da ABRAÇO na luta pela descriminalização das rádios comunitárias. ( Redação Abraço)
PRESERVAÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA
O desmatamento e as queimadas na Amazônia, a última grande floresta tropical do mundo, estão ajudando a esquentar o planeta de maneira perigosa. Essa deveria ser uma das principais preocupações das centenas de governantes e ambientalistas da COP 15 em Copenhague. (http://www.kaxiana.com.br/)
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
I CONFERÊNCIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO
I CONFECOM - de 14 a 17 de dezembro em Brasília
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva discursou sobre as comunicações e inovações da tecnologia da informação, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF), na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (1ª Confecom). O evento, que prossegue até o dia 17 de dezembro, é o resultado do esforço da sociedade civil, sociedade civil empresarial e do poder público com o objetivo de pensar maneiras para democratizar a produção, a distribuição e o acesso à informação no Brasil. Tem como tema central “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital” e desenvolve-se baseada sobre três eixos temáticos: “Produção de conteúdo”; “Meios de distribuição”; e “Cidadania: direitos e deveres”.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva discursou sobre as comunicações e inovações da tecnologia da informação, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF), na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (1ª Confecom). O evento, que prossegue até o dia 17 de dezembro, é o resultado do esforço da sociedade civil, sociedade civil empresarial e do poder público com o objetivo de pensar maneiras para democratizar a produção, a distribuição e o acesso à informação no Brasil. Tem como tema central “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital” e desenvolve-se baseada sobre três eixos temáticos: “Produção de conteúdo”; “Meios de distribuição”; e “Cidadania: direitos e deveres”.
Além de 1.684 delegados que saíram da fase estadual da 1ª Confecom e representam a sociedade civil, a sociedade civil empresarial e o poder público, o evento terá 130 “observadores livres”, cidadãos comuns, de todo o país, que se inscreveram pelo site oficial da 1ª Confecom, na internet, e terão a oportunidade de participar in loco desse importante debate para o futuro da comunicação no Brasil. Mais de 300 jornalistas de todo o país se credenciaram para cobrir o evento.
Homenagem a Daniel Herz
A 1ª Confecom tem como homenageado o jornalista gaúcho Daniel Herz, falecido em 2006, aos 51 anos, importante líder na militância do movimento pela democratização da comunicação. Mais conhecido do grande público por seu livro A História Secreta da Rede Globo (editota Tchê, 1987), Herz, entre inúmeras inciativas, foi secretário de Comunição do governo Olívio Dutra, em Porto Alegre (RS), participou da luta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) pela democratização das comunicações durante a Assembléia Nacional Constituinte de 1988, fundou e coordenou o Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações (FNDC), foi um dos mentores da da Lei da Cabodifusão (Lei 8.977 de 1995), que estabeleceu a obrigatoriedade da presença de emissoras públicas, comunitárias e universitárias na TV por assinatura, e lutou pela implementação do Conselho de Comunicação Social (CCS) do Congresso Nacional, órgão consultivo previsto na lei 8.389 de 1991.
Na abertura da Conferência nesta segunda-feira, dia 14 de dezembro, a plenária manifestou-se por várias vezes em coro, gritando palavras de ordem como “liberdade de comunicação”, “o povo não é bobo abaixo a Rede Globo” ( emissora está ausente na Conferência). O Ministro Hélio Costa foi interrompido por diversas vezes e chegou a ser vaiado. Logo depois a palavra foi passada ao presidente Lula que parabenizou os empresários “que não tiveram medo de estarem presentes na Conferência” debatendo com os vários segmentos da sociedade e o poder público as comunicações do país.
A Conferência prossegue em um clima de debates entre os segmentos: sociedade civil, sociedade civil empresarial e poder público. A sociedade civil busca obter vitórias com liberdade para as rádios comunitárias e a imprensa. Nosso Jornal Oecoambiental está presente na I Confecom defendo a informação ambiental e a democratização da imprensa socioambiental no país.
sábado, 12 de dezembro de 2009
CONFERÊNCIA DE COPENHAGUE
Foto: Contra o aquecimento global, cerca de 300 pessoas se reuniram em praça de Copenhague. O número 350 se refere ao limite tolerável 350 partes de CO2 na atmosfera por milhão (ppm) AFP/Jasper Carlberg
Conferência de Copenhague (COP-15)
- A 15.ª Conferência das Partes acontece entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009, em Copenhagen, Capital da Dinamarca. O encontro é considerado o mais importante da história recente dos acordos multilaterais ambientais pois tem por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Quioto, vigente de 2008 a 2012. Representantes de 192 países estão presentes na Conferência.
Uma atmosfera de expectativa envolve a COP-15, não só por sua importância, mas pelo contexto da discussão mundial sobre as mudanças climáticas. Aparecem aí questões como:
. o impasse entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para se estabelecer metas de redução de emissões e as bases para um esforço global de mitigação e adaptação;
. os oito anos do governo Bush, que se recusou a participar das discussões e do esforço de combate á mudança do clima;
. a chegada de Barack Obama ao poder nos EUA, prometendo uma nova postura;
. os recentes estudos científicos, muitos deles respaldados pelo IPCC, e econômicos, com destaque para o Relatório Stern
DESMATAMENTO NA AMZÔNIA
Desmate da Amazônia vai disparar
com os aumentos de commodities
com os aumentos de commodities
O desmatamento da Amazônia foi reduzido este ano, mas a região vive hoje numa situação de um dragão adormecido, que vai voltar a queimar para valer a floresta mais rica do mundo quando o preço das commodities, como o da soja, voltarem a subir. Esta é a previsão do pesquisador Daniel Nepstad, do Woods Hole Research Center, dos Estados Unidos, classificou a situação do desmatamento da Amazônia nada tranquilizadora diante do mercado produtor e consumidor de produtos que implicam na devastação florestal. ( http://www.kaxiana.com.br/)
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
I CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE AMBIENTAL (CNSA)
1ª Conferência Nacional de Saúde Ambietal (CNSA) - Brasília de 9 a 12 de dezembro de 2009
A abertura da 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA) será dia 9 de dezembro, quarta-feira, às 19 h, na Associação Atlética Lúdico Recreativa (AALR) - Setor de Clubes Esportivos Sul (Trecho 2, Conjunto 53).
Os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, das Cidades, Márcio Fortes, e a ministra interina da Saúde, Márcia Bassit participam da abertura solene da 1ª Conferência Nacional de Saúde (CNSA). O evento vai reunir, até o dia 12, 1.500 pessoas de todo País, entre delegados, participantes e observadores internacionais. O objetivo é formular diretrizes e ações estratégicas para a elaboração da Política Nacional de Saúde Ambiental.
Durante a abertura do evento serão lançados os documentos: Compromisso pelo Meio Ambiente, Saúde e Saneamento Básico e Compromsso pela Qualidade do Ar e Saúde Ambiental.
No primeiro deles, o Governo Federal assume a responsabilidade de, num espaço de 10 anos, até 2020, aumentar em 80% o volume dos esgotos tratados no País. Vai também aumentar em 45% o total da população atendida com coleta de esgoto. Neste mesmo período, vai dobrar o investimento em tratamento e coleta de esgotamento sanitário.
No primeiro deles, o Governo Federal assume a responsabilidade de, num espaço de 10 anos, até 2020, aumentar em 80% o volume dos esgotos tratados no País. Vai também aumentar em 45% o total da população atendida com coleta de esgoto. Neste mesmo período, vai dobrar o investimento em tratamento e coleta de esgotamento sanitário.
O Compromisso Pela Qualidade do Ar e Saúde Ambiental pretende funcionar como uma espécie de fórum de relexões sobre o assunto e como um balizador para a construção do Plano Nacional de Qualidade do Ar (PNQA), que está no início.
O PNQA tem por objetivo reduzir as concentrações de contaminantes na atmosfera para assegurar a melhoria da qualidade do ar e a proteção à saúde, compatibilizando o alcance de metas de qualidade do ar com o desenvolvimento econômico. Vai também integrar políticas públicas e instrumentos que se complementem nas açõesde planejamento territorial, setorial e de fomento. E, contribuir para a diminuição dos gases de efeito estufa.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
CONFERÊNCIA DAS CIDADES
Prorrogado prazo para municípios convocarem Conferência das Cidades
O prazo para que os municípios convoquem e realizem as conferências municipais das cidades foi prorrrogado pela Comissão Nacional Recursal de Validação da 4ª Conferência Nacional das Cidades. Com a prorrogação, os municípios poderão convocar as conferências municipais até o dia 11 de janeiro de 2010 e realizá-las até o dia 30 de janeiro de 2010.
A deputada Cecília Ferramenta compõe a Comissão Organizadora da 4ª Conferência Nacional das Cidades, como presidente da Comissão de Assuntos Municipais e está enviando informações sobre a prorrogação e a organização da conferência para as prefeituras, reforçando a importância dos municípios realizarem as Conferências Municipais. “Os municípios que não convocaram as conferências municipais têm agora uma nova oportunidade. Este é um momento importante de integração entre o poder público, a sociedade e as organizações sociais, criando condições para o desenvolvimento urbano.”, destacou.
As informações para realização da conferência estão no site do Conselho Estadual de Desenvolvimento Regional e Política Urbana www.conselhos.mg.br/conedru .
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
ARTIGO DE MARINA SILVA SOBRE COPENHAGUE
OPINIÃO PÚBLICA E MUDANÇA CLIMÁTICA
Senadora Marina Silva
NA SEMANA passada, o governo fez dois anúncios extremamente significativos: a menor taxa de desmatamento já registrada na Amazônia e o compromisso de reduzir a tendência de crescimento das emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020.
São resultados importantes, conseguidos, ao longo dos anos, com a forte e contínua pressão de diferentes segmentos da sociedade e do Ministério do Meio Ambiente na construção de uma política ambiental. Sem isso, o compromisso do governo com a redução de emissões simplesmente não teria saído.
Saúdo o governo por isso e lembro que esses anúncios precisam fazer parte de uma visão estratégica de país. Aliás, a luta pelo cumprimento de tais metas está só começando.
Por isso é fundamental a institucionalização desses compromissos, para que não se percam no vácuo das declarações conjunturais.
Para o Brasil, seja qual for a opção eleitoral que a população faça no ano que vem, será necessária uma inflexão definitiva para o desenvolvimento sustentável. Há pontos de partida que já estão dados, a exemplo da abordagem que ajudou a criar as condições para que ambos os anúncios pudessem ser feitos. O Plano de Combate ao Desmatamento, que surgiu da síntese das melhores propostas da sociedade, integrando esforços dos órgãos governamentais e da sociedade, contribuiu nesse processo.
Mobilizou de modo extraordinário a opinião pública, por meio da transparência e do livre acesso às informações.
No âmbito internacional, o Brasil sempre procurou reafirmar seus espaços, desde a construção do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, proposta brasileira inserida no Protocolo de Kyoto, até a admissão de metas voluntárias, mensuráveis e verificáveis, apresentada em 2007, na Conferência de Bali.
Temos agora a oportunidade de concretizar aquele compromisso.
Para isso, teremos que estender a política de redução de emissões a outros setores, não só ao desmatamento, mas na agricultura, na energia, nos transportes e na indústria. Defenderei no Senado a ideia de inserir a meta anunciada no projeto de lei que trata da Política Nacional de Mudanças Climáticas. É preciso ratificar seu status de objetivo de longo prazo, a ser sustentado por quaisquer governos.
O Brasil está com tudo a seu favor e pode brilhar em Copenhague.
Só não podemos permitir que setores mais atrasados do governo e do agronegócio tenham êxito na desconstrução da legislação que sustenta as medidas que levaram a esses resultados. O Brasil deve assumir a vocação de líder e estar à altura das responsabilidades nacionais e globais que isso implica.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
AQUECIMENTO GLOBAL E O HIMALAIA
Imagem divulgada pela Nasa da região do Himalaia, com destaque para o monte Everest, registrada por astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) em 2003: geleiras da cordilheira estão diminuindo cada vez mais ano após ano
Mas a questão é mais complicada do que parece, porque a situação não é idêntica em todos os pontos do maciço. Pequenas geleiras, como em Gangotri e em Kafni, no Estado de Uttarakhand, bem estudadas pelos pesquisadores apoiados pelo WWF, estão derretendo rapidamente. Mas outras, como a imensa geleira Siachen, situada a cerca de cem quilômetros de Khardung La, parecem estáveis ("Current Science", 10 de março de 2009). "Os dados sobre os quais o IPCC se baseava eram muito poucos", diz Syed Iqbal Hasnain, um renomado glaciologista indiano. "Nas quatro geleiras que acompanhamos regularmente, observa-se um recuo. Mas é difícil extrapolar."
Vários fatores encorajam a prudência. Primeiro, a própria massa do maciço, que significa que o que é verdade em um lugar pode não ser em outro. Segundo, ainda não é possível articular bem os dados de campo, esparsos demais, e as observações por satélites, ainda pouco numerosas e nem sempre confiáveis. Outro problema: as equipes chinesas e indianas podem não colaborar muito bem, por causa de preocupações militares. "Meus colegas de Pequim estão pessimistas", afirma Hasnain: "eles preveem uma redução de 45% da massa das geleiras em 2070. Mas seria necessário que pudéssemos visitar mutuamente nossas geleiras".
Ainda que a extensão previsível do recuo das geleiras seja incerta, o movimento é atestado. E outros índices o confirmam, como o aquecimento observado pelos habitantes de Ladakh. "Nós fizemos um estudo sobre a percepção da mudança climática entrevistando anciões e camponeses famosos por seu conhecimento", diz Tundup Ango. "Todos falam de uma redução das precipitações de neve nas últimas décadas, e de um recuo das pequenas geleiras dos vales". A falta de água, em um país já bastante seco, torna-se muito preocupante. Surgem também acontecimentos jamais vistos até onde a memória do homem alcança, como inundações em Leh, capital de Lakdah, em 2004 e 2005, ou uma invasão de gafanhotos em 2005.
Quanto à causa da mudança, ela ainda deve ser explicada. O aquecimento global exerce um papel, certamente, mas também o "carbono negro", partículas de fuligem emitidas pelo diesel e pelos lares domésticos que queimam lenha e esterco.
Sua importância foi enfatizada por outro acadêmico indiano, V. Ramanathan: "Quando cai sobre a neve", ele explica em Nova Déli, "o carbono negro a escurece, e a neve reflete menos o sol, e ela se aquece e tende a derreter".
Essa causa do aquecimento poderia ser controlada de forma bastante simples, diz Ramanathan, colocando filtros nos motores a diesel e trocando o modo de combustão das casas. Um verdadeiro desafio para a Índia, que a obrigaria a agir em casa, sem se contentar em atribuir a responsabilidade da mudança climática aos países desenvolvidos. Mas é certamente seu futuro que está em jogo nas alturas do Himalaia.
Himalaia:
o recuo das geleiras
pesa sobre o futuro da Ásia
Neve a 5.606 metros de altitude? Não, quase nenhuma. A passagem de Khardung La, no distrito de Ladakh, no norte da Índia, pode ser a estrada transitável mais elevada do mundo, mas a neve não domina por lá. O ar é rarefeito, o céu imaculado, e os militares que vigiam essa passagem que leva à cordilheira de Karakoram, na direção da China, examinam com paciência as colinas nuas e silenciosas. Mas, assim como em todo o Ladakh, as montanhas são escuras e secas, suas encostas raramente cobertas por uma fina camada de neve.
E a geleira de Khardung La? Ah, a geleira fica mais longe, explicam na estrada de Nubra. "As pessoas que se lembram dizem que era muito maior antigamente", diz Tundup Ango, da associação francesa Geres. "Mas é por causa da mudança climática ou do tráfego sobre a estrada recentemente construída que a atravessa?"
Essa pergunta, sem resposta definitiva, talvez possa ser feita em relação a todo o maciço himalaio: as geleiras estão derretendo em massa ou não? A questão é de importância vital para mais de 1 bilhão de habitantes na Índia, no Paquistão, em Bangladesh, no Tibete e na China. Recobrindo quase 3 milhões de hectares, as 15 mil geleiras do Himalaia formam a terceira maior massa glaciar do mundo, atrás dos pólos. Com a neve acumulada, o maciço montanhoso armazena 12 mil km3 de água doce e constitui o reservatório dos grandes rios Indo, Ganges, Bramaputra, Yang-Tsé, Amarelo e Mekong.
Em 2005, um relatório do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) alertava sobre a ameaça que o aquecimento global fazia pesar sobre essa massa glacial. Um alerta repetido em 2007 no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês): "As geleiras do Himalaia estão recuando mais rápido do que em qualquer outro lugar do mundo, e se isso continuar no ritmo atual, a maioria delas terá desaparecido em 2035", diz o relatório.
E a geleira de Khardung La? Ah, a geleira fica mais longe, explicam na estrada de Nubra. "As pessoas que se lembram dizem que era muito maior antigamente", diz Tundup Ango, da associação francesa Geres. "Mas é por causa da mudança climática ou do tráfego sobre a estrada recentemente construída que a atravessa?"
Essa pergunta, sem resposta definitiva, talvez possa ser feita em relação a todo o maciço himalaio: as geleiras estão derretendo em massa ou não? A questão é de importância vital para mais de 1 bilhão de habitantes na Índia, no Paquistão, em Bangladesh, no Tibete e na China. Recobrindo quase 3 milhões de hectares, as 15 mil geleiras do Himalaia formam a terceira maior massa glaciar do mundo, atrás dos pólos. Com a neve acumulada, o maciço montanhoso armazena 12 mil km3 de água doce e constitui o reservatório dos grandes rios Indo, Ganges, Bramaputra, Yang-Tsé, Amarelo e Mekong.
Em 2005, um relatório do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) alertava sobre a ameaça que o aquecimento global fazia pesar sobre essa massa glacial. Um alerta repetido em 2007 no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês): "As geleiras do Himalaia estão recuando mais rápido do que em qualquer outro lugar do mundo, e se isso continuar no ritmo atual, a maioria delas terá desaparecido em 2035", diz o relatório.
Extensão incerta
Mas a questão é mais complicada do que parece, porque a situação não é idêntica em todos os pontos do maciço. Pequenas geleiras, como em Gangotri e em Kafni, no Estado de Uttarakhand, bem estudadas pelos pesquisadores apoiados pelo WWF, estão derretendo rapidamente. Mas outras, como a imensa geleira Siachen, situada a cerca de cem quilômetros de Khardung La, parecem estáveis ("Current Science", 10 de março de 2009). "Os dados sobre os quais o IPCC se baseava eram muito poucos", diz Syed Iqbal Hasnain, um renomado glaciologista indiano. "Nas quatro geleiras que acompanhamos regularmente, observa-se um recuo. Mas é difícil extrapolar."
Vários fatores encorajam a prudência. Primeiro, a própria massa do maciço, que significa que o que é verdade em um lugar pode não ser em outro. Segundo, ainda não é possível articular bem os dados de campo, esparsos demais, e as observações por satélites, ainda pouco numerosas e nem sempre confiáveis. Outro problema: as equipes chinesas e indianas podem não colaborar muito bem, por causa de preocupações militares. "Meus colegas de Pequim estão pessimistas", afirma Hasnain: "eles preveem uma redução de 45% da massa das geleiras em 2070. Mas seria necessário que pudéssemos visitar mutuamente nossas geleiras".
Ainda que a extensão previsível do recuo das geleiras seja incerta, o movimento é atestado. E outros índices o confirmam, como o aquecimento observado pelos habitantes de Ladakh. "Nós fizemos um estudo sobre a percepção da mudança climática entrevistando anciões e camponeses famosos por seu conhecimento", diz Tundup Ango. "Todos falam de uma redução das precipitações de neve nas últimas décadas, e de um recuo das pequenas geleiras dos vales". A falta de água, em um país já bastante seco, torna-se muito preocupante. Surgem também acontecimentos jamais vistos até onde a memória do homem alcança, como inundações em Leh, capital de Lakdah, em 2004 e 2005, ou uma invasão de gafanhotos em 2005.
Quanto à causa da mudança, ela ainda deve ser explicada. O aquecimento global exerce um papel, certamente, mas também o "carbono negro", partículas de fuligem emitidas pelo diesel e pelos lares domésticos que queimam lenha e esterco.
Sua importância foi enfatizada por outro acadêmico indiano, V. Ramanathan: "Quando cai sobre a neve", ele explica em Nova Déli, "o carbono negro a escurece, e a neve reflete menos o sol, e ela se aquece e tende a derreter".
Essa causa do aquecimento poderia ser controlada de forma bastante simples, diz Ramanathan, colocando filtros nos motores a diesel e trocando o modo de combustão das casas. Um verdadeiro desafio para a Índia, que a obrigaria a agir em casa, sem se contentar em atribuir a responsabilidade da mudança climática aos países desenvolvidos. Mas é certamente seu futuro que está em jogo nas alturas do Himalaia.
Por Hervé Kempf
Tradução: Lana Lim
Tradução: Lana Lim
terça-feira, 24 de novembro de 2009
CONVERSANDO SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
AS CORES DA NATUREZA 12 - foto enviada por Tereza, um grande abraço.
Educação ambiental é cidadania - é participação
" Há um componente bastante forte nos processos de educação ambiental que é o da atuação, do movimento, da transformação. Um objetivo da educação ambiental é formar um cidadão com senso crítico". ( Sônia Muhringer - bióloga)
Pensamento sistêmico e pensamento complexo
" O verdadeiro problema não é fazer uma adição de conhecimentos. O verdadeiro problema é uma organização de conhecimentos e saber os pontos fundamentais que se encontram em cada tipo de conhecimento ou em cada disciplina. Quer dizer, se permitir fazer uma economia na adição de conhecimentos e se permitir poder se orientar em direção a necessidade de conhecimento no qual até o momento não se pode penetrar pois há portas fechadas e fronteiras.
O conhecimento do ponto de vista do pensamento complexo não está limitado à ciência. Há na literatura, na poesia, nas artes um conhecimento profundo.
Podemos dizer que no romance há um conhecimento mais sutil de seres humanos do que encontramos nas ciências humanas, porque vemos as pessoas em suas subjetividades, suas paixões.
Por outro lado, devemos acreditar que todas as grandes obras de artes contêm um pensamento profundo sobre a vida, mesmo quando não está expresso em sua linguagem.
Quando você vê as figuras humanas pintadas por Rembrandt, há um pensamento sobre a alma humana. Portanto, eu creio que devemos romper com a separação entre as artes, a literatura de um lado e o conhecimento científico do outro." ( Edgar Morin - filósofo)
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
CONFERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DE MG E O DEBATE DA CONSTRUÇÃO DA SUSTENTABILIDADE
Foto: Confecom/MG na ALMG
Foi realizado de 13 a 15 de novembro de 2009 na Assembléia Legislativa de MG a Conferência Estadual de Comunicação de Minas Gerais ( Confecom/MG). Contando com a participação de mais de seiscentas pessoas, lideranças do setor de comunicação de MG, entre delegados da: sociedade civil, sociedade civil empresarial, poder público, observadores, representantes de comissões organizadoras estadual e nacional, o eventro transmitido ao vivo pela TV Assembléia Legislativa de MG, encaminhará centenas de propostas a Conferência Nacional de Comunicação, que acontecerá em Brasília em Dezembro/2009.
Segundo a organização do evento: a Conferência é definida como: " um importante mecanismo de participação da sociedade no processo de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas. A conferência cumpre o papel de garantir um espaço dinâmico de reflexão e discussão, permitindo que a população exerça um controle social mais efetivo sobre as políticas públicas" . A dinâmica metodológica de como se estruturou a Conferência, no entanto, dificultou em muito a democratização da palavra.
No sábado pela manhã foram apresentados os seguintes painéis: Produção de Conteúdo, Meios de Distribuição e Cidadania: Direitos e Deveres, onde os delegados não puderam intervir após a exposição dos palestrantes. Logo depois à tarde, estes painéis foram divididos em grupos. Nesta etapa foram lidas dezenas de propostas gerais elaboradas em Conferências livres e em etapas municipais, que foram acrescidas por novas propostas encaminhadas pelos delegados participantes da Conferência. No grupo da sociedade civil, por exemplo, pessoas monopolizaram a palavra que juntamente com a leitura de textos longos impossibilitou uma melhor participação dos delegados presentes. Sem contar com o local que foi destinado a sociedade civil, com pouca ventilação e cadeiras sem conforto nos corredores de acesso da Assembléia, enquanto outros grupos, como os empresários e poder público utilizaram espaços com ar condicionado e melhores acomodações.
Fica evidente como na correlação de forças a sociedade civil tem muito a avançar. Na ausência de uma melhor metodologia implementada na dinâmica dos debates, houve foi muita disputa interna na seleção de delegados à Conferência Nacional. A quantidade de assuntos e temas apresentados só atesta como há concentração de informações e recursos na área das comunicações do país.
A comunicação socioambiental se fez representar. Apresentamos propostas como " democratização dos recursos de investimento e mídia de governos locais e federal; incentivos fiscais aos meios de comunicação da sociedade civil que trabalham com educação e difusão da informação socioambiental".
Na plenária final foi divulgado o movimento Marina Silva Presidente como forma de dinamizar uma melhor ação do Estado na valorização da sociedade civil na busca de solução dos conflitos socioambientais em nosso país.
Foi realizado de 13 a 15 de novembro de 2009 na Assembléia Legislativa de MG a Conferência Estadual de Comunicação de Minas Gerais ( Confecom/MG). Contando com a participação de mais de seiscentas pessoas, lideranças do setor de comunicação de MG, entre delegados da: sociedade civil, sociedade civil empresarial, poder público, observadores, representantes de comissões organizadoras estadual e nacional, o eventro transmitido ao vivo pela TV Assembléia Legislativa de MG, encaminhará centenas de propostas a Conferência Nacional de Comunicação, que acontecerá em Brasília em Dezembro/2009.
Segundo a organização do evento: a Conferência é definida como: " um importante mecanismo de participação da sociedade no processo de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas. A conferência cumpre o papel de garantir um espaço dinâmico de reflexão e discussão, permitindo que a população exerça um controle social mais efetivo sobre as políticas públicas" . A dinâmica metodológica de como se estruturou a Conferência, no entanto, dificultou em muito a democratização da palavra.
No sábado pela manhã foram apresentados os seguintes painéis: Produção de Conteúdo, Meios de Distribuição e Cidadania: Direitos e Deveres, onde os delegados não puderam intervir após a exposição dos palestrantes. Logo depois à tarde, estes painéis foram divididos em grupos. Nesta etapa foram lidas dezenas de propostas gerais elaboradas em Conferências livres e em etapas municipais, que foram acrescidas por novas propostas encaminhadas pelos delegados participantes da Conferência. No grupo da sociedade civil, por exemplo, pessoas monopolizaram a palavra que juntamente com a leitura de textos longos impossibilitou uma melhor participação dos delegados presentes. Sem contar com o local que foi destinado a sociedade civil, com pouca ventilação e cadeiras sem conforto nos corredores de acesso da Assembléia, enquanto outros grupos, como os empresários e poder público utilizaram espaços com ar condicionado e melhores acomodações.
Fica evidente como na correlação de forças a sociedade civil tem muito a avançar. Na ausência de uma melhor metodologia implementada na dinâmica dos debates, houve foi muita disputa interna na seleção de delegados à Conferência Nacional. A quantidade de assuntos e temas apresentados só atesta como há concentração de informações e recursos na área das comunicações do país.
A comunicação socioambiental se fez representar. Apresentamos propostas como " democratização dos recursos de investimento e mídia de governos locais e federal; incentivos fiscais aos meios de comunicação da sociedade civil que trabalham com educação e difusão da informação socioambiental".
Na plenária final foi divulgado o movimento Marina Silva Presidente como forma de dinamizar uma melhor ação do Estado na valorização da sociedade civil na busca de solução dos conflitos socioambientais em nosso país.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
A SUSTENTABILIDADE DO RIO DAS VELHAS - MG
Os canoeiros Rafael Bernardes, Ronald Carvalho (Roninho) e Erick Wagner
em ação durante a Expedição Manuelzão desce o rio das Velhas, em 2003. Foto: Divulgação
BARRAGENS
Barragens ao longo do curso d’água modificam o ambiente ao redor e podem atrapalhar o trabalho de revitalização que vem sendo feito no Rio das Velhas. É por isso que, em reunião extraordinária realizada no último dia nove, o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Velhas) discutiu o projeto de barragem que a Companhia de Desenvolvimento do São Francisco, a Codevasf, pretende instalar na calha do Velhas, na altura de Nossa Senhora da Glória, distrito de Santo Hipólito. Além de Santo Hipólito e os esforços de revitalização, a barragem também vai inundar parte dos municípios de Curvelo, Inimutaba, Presidente Juscelino e Gouveia. Segundo Rogério Sepúlveda, Presidente do CBH Velhas, as falas e estudos foram contundentes. Ninguém é a favor da barragem. O que vai ser proposto agora é uma deliberação que restrinja a instalação de barramentos na calha do Velhas, abaixo da cidade de Belo Horizonte até sua foz. Se aceita a deliberação, nenhuma barragem poderá ser instalada, nem mesmo a de Nossa Senhora da Glória. (Fonte: Projeto Manuelzão).
domingo, 8 de novembro de 2009
EVENTO SOCIOAMBIENTAL EM CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO - MG
Foto: Cachoeira do Tabuleiro
Conceição do Mato Dentro
Amigos de Conceição do Mato Dentro, do Espinhaço,
O Fórum de Desenvolvimento Sustentável de CMD,
A Fundação IBI e MSAM-Movimento pelas Serra e Águas de Minas, Convidam para uma Reflexão Sobre a Cultura Afro-Brasileira
MUMBUCA AFRO FESTIVAL
CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO, MINAS, BRASIL
PROGRAMAÇÃO INICIAL
DIA 21/11/09
9:00- PALESTRA DR PROTÓGENES QUEIROZ
"A Corrupção e seus efeitos no Estado Democrático de Direito"
10:00-MESA REDONDA:
MPF, MPE,
11:00-CAMPANHA TIC TAC COPENHAGEM
11:30- APRESENTAÇÃO CULTURAL E ARTÍSTICA
13:00- ALMOÇO
15:00- MUMBUCA
15:00-PALESTRA- “COMO CONSTRUIR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE CONCEIÇÃO” FDCMD
16:00-CONVERSA COM AS COMUNIDADES DO SAPO E MUMBUCA
17:00-CARTA DA MUMBUCA-CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO
17:30-SHOWS
PARTICIPE!!!
INSCREVA SUA ONG, SEU GRUPO , SUA FALA ,SUA POESIA, SUA DANÇA, SUA MÚSICA, SUA PINTURA, SUA ARTE.
VENHA EXPRESSAR CONOSCO O QUE VOCÊ SENTE EM RELAÇÃO A NOSSA RAIZ ANCESTRAL AFRICANA.
VENHA RETOMAR CONOSCO NOSSA ORIGEM, NOSSA CANÇÃO:
“SOMOS TODOS MUMBUCA, CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO, MINAS, BRASIL” ( Por Dorinha )
O Fórum de Desenvolvimento Sustentável de CMD,
A Fundação IBI e MSAM-Movimento pelas Serra e Águas de Minas, Convidam para uma Reflexão Sobre a Cultura Afro-Brasileira
MUMBUCA AFRO FESTIVAL
CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO, MINAS, BRASIL
PROGRAMAÇÃO INICIAL
DIA 21/11/09
9:00- PALESTRA DR PROTÓGENES QUEIROZ
"A Corrupção e seus efeitos no Estado Democrático de Direito"
10:00-MESA REDONDA:
MPF, MPE,
11:00-CAMPANHA TIC TAC COPENHAGEM
11:30- APRESENTAÇÃO CULTURAL E ARTÍSTICA
13:00- ALMOÇO
15:00- MUMBUCA
15:00-PALESTRA- “COMO CONSTRUIR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE CONCEIÇÃO” FDCMD
16:00-CONVERSA COM AS COMUNIDADES DO SAPO E MUMBUCA
17:00-CARTA DA MUMBUCA-CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO
17:30-SHOWS
PARTICIPE!!!
INSCREVA SUA ONG, SEU GRUPO , SUA FALA ,SUA POESIA, SUA DANÇA, SUA MÚSICA, SUA PINTURA, SUA ARTE.
VENHA EXPRESSAR CONOSCO O QUE VOCÊ SENTE EM RELAÇÃO A NOSSA RAIZ ANCESTRAL AFRICANA.
VENHA RETOMAR CONOSCO NOSSA ORIGEM, NOSSA CANÇÃO:
“SOMOS TODOS MUMBUCA, CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO, MINAS, BRASIL” ( Por Dorinha )
sábado, 7 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
TERAPIA DA ÁGUA
Recebemos de Liliane estas dicas de Saúde. Agradecemos a você e um grande abraço Liliane.
Beba água com estômago vazio. Hoje é muito popular no Japão beber água imediatamente ao acordar. Além disso, a evidência científica tem demonstrado estes valores. Abaixo divulgamos uma descrição da utilização da água para os nossos leitores. Para doenças antigas e modernas, este tratamento com água tem sido muito bem sucedido.. Para a sociedade médica japonesa, uma cura de até 100% para as seguintes doenças: Dores de cabeça, dores no corpo, problemas cardíacos, artrite, taquicardia, epilepsia, excesso de gordu ra, bronquite, asma, tuberculose, meningite, problemas do aparelho urinário e doenças renais, vómitos, gastrite, diarréia, diabetes, hemorróidas, todas as doenças oculares, obstipação, útero, câncer e distúrbios menstruais, doenças de ouvido, nariz e garganta. Método de tratamento: 1. De manhã e antes de escovar os dentes, beber 2 copos de água. 2. Escovar os dentes, mas não comer ou beber nada durante 15 minutos. 3. Após 15 minutos, você pode comer e beber normalmente. 4. Depois do lanche, almoço e jantar não se deve comer ou beber nada durante 2 horas. 5. Pessoas idosas ou doentes que não podem beber 2 copos de água, no início podem começar por tomar um copo de água e aumentar gradualmente. 6. O método de tratamento cura os doentes e permite aos outros desfrutar de uma vida mais saudável. A lista que se segue apresenta o número de dias de tratamento que requer a cura das principais doenças: 1. Pressão Alta - 30 dias 2. Gastrite - 10 dias 3. Diabetes - 30 dias 4. Obstipação - 10 dias 5. Câncer - 180 dias 6. Tuberculose - 90 dias 7. Os doentes com artrite devem continuar o tratamento por apenas 3 dias na primeira semana e, desde a segunda semana, diáriamente. Este método de tratamento não tem efeitos secundários. No entanto, no início do tratamento terá de urinar frequentemente.. É melhor continuarmos o tratamento mesmo depois da cura, porque este procedimento funciona como uma rotina nas nossas vidas. Beber água é saudável e dá energia. Isto faz sentido: o chinês e o japonês bebem líquido quente com as refeições, e não água fria. Talvez tenha chegado o momento de mudar seus hábitos de água fria para água quente, enquanto se come. Nada a perder, tudo a ganhar ...! Para quem gosta de beber água fria Beber um copo de água fria ou uma bebida fria após a refeição solidifica o alimento gorduroso que você acabou de comer. Isso retarda a digestão. Uma vez que essa 'mistura' reage com o ácido digestivo, ela reparte-se e é absorvida mais rapidamente do que o alimento sólido para o trato gastrointestinal. Isto retarda a digestão, fazendo acumular gordura em nosso orgnismo e danifica o intestino. É melhor tomar água morna, ou se tiver dificuldade, pelo menos água natural. OUTRA DICA DE SAÚDE: Nota muito grave - perigoso para o coração: As mulheres devem saber que nem todos os sintomas de ataques card íacos vão ser uma dor no braço esquerdo. Esteja atento para uma intensa dor na linha da mandíbula. Você pode nunca ter primeiro uma dor no peito durante um ataque cardíaco. Náuseas e suóres intensos são sintomas muito comuns. 60% das pessoas têm ataques cardíacos enquanto dormem e não conseguem despertar. Uma dor no maxilar pode despertar de um sono profundo.. Sejamos cuidadosos e vigilantes. Quanto mais se sabe, maior chance de sobrevivência ... Um cardiologista diz que se todos que receberem esta mensagem, a enviarem a pelo menos uma das pessoas que conhecem, pode ter a certeza de que, pelo menos, poderá salvar uma vida. Ser um verdadeiro amigo é enviar este artigo para todos os seus amigos e conhecidos. Acabei de fazer isso! |
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
PÓS DOUTORADO EM AMBIENTE CONSTRUÍDO E PATRIMÔNIO SUSTENTÁVEL
SELEÇÃO - PNPD/2009
O Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável da Universidade Federal de MG está com inscrições abertas para seleção de um bolsista do Programa Nacional de Pós-Doutorado - PNPD da CAPES, a partir de 30 de outubro de 2009, dentro do projeto intitulado:
"Dimensões da sustentabilidade: urbanização e desenvolvimento sustentável", pretende aprofundar a pesquisa sobre métodos e interdisciplinaridade, abordando a importante questão da sustentabilidade urbana, em suas dimensões teóricas e metodológicas e propondo ainda um estudo de caso. Trata-se de uma iniciativa que ao trabalhar as interfaces entre metodologias de diversas áreas, pretende constituir uma abordagem rigorosa para a questão da urbanização sustentável, útil tanto para a produção de diagnósticos quanto para a dimensão prospectiva."
A bolsa PNPD é uma bolsa de pós-doutorado no valor de R$ 3.300,00 (três mil e trezentos reais) paga ao bolsista diretamente pela CAPES, durante o período de execução do projeto (até 48 meses). O projeto conta ainda com uma verba anual de R$ 12.000,00 (Doze mil reais) para custeio, repassada diretamente ao coordenador do projeto.
Os candidatos a esta bolsa PNPD deve ter título de doutorado em qualquer das seguintes áreas: Arquitetura e Urbanismo, Planejamento Urbano e Regional, Geografia, Engenharia Civil, Engenharia Sanitária e/ou Ambiental, Ecologia, Economia, Sociologia, ou áreas afins, em todos os casos em área de concentração compatível com o escopo do Projeto.
Contato:
Secretaria do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável da UFMG.
Tel: 55 31 3409-8874 - 8820 / Fax 55 31 3409-8874 - Email: macps@arq.ufmg.br
Escola de Arquitetura - Rua Paraíba, 697 - 2. andar - Bairro Funcionários - Belo Horizonte - MG
CEP.: 30.130.140 - Prof. Dr. Leonardo Barti Castriota (leonardo.castriota@pq.cnpq.br)
"Dimensões da sustentabilidade: urbanização e desenvolvimento sustentável", pretende aprofundar a pesquisa sobre métodos e interdisciplinaridade, abordando a importante questão da sustentabilidade urbana, em suas dimensões teóricas e metodológicas e propondo ainda um estudo de caso. Trata-se de uma iniciativa que ao trabalhar as interfaces entre metodologias de diversas áreas, pretende constituir uma abordagem rigorosa para a questão da urbanização sustentável, útil tanto para a produção de diagnósticos quanto para a dimensão prospectiva."
A bolsa PNPD é uma bolsa de pós-doutorado no valor de R$ 3.300,00 (três mil e trezentos reais) paga ao bolsista diretamente pela CAPES, durante o período de execução do projeto (até 48 meses). O projeto conta ainda com uma verba anual de R$ 12.000,00 (Doze mil reais) para custeio, repassada diretamente ao coordenador do projeto.
Os candidatos a esta bolsa PNPD deve ter título de doutorado em qualquer das seguintes áreas: Arquitetura e Urbanismo, Planejamento Urbano e Regional, Geografia, Engenharia Civil, Engenharia Sanitária e/ou Ambiental, Ecologia, Economia, Sociologia, ou áreas afins, em todos os casos em área de concentração compatível com o escopo do Projeto.
Contato:
Secretaria do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável da UFMG.
Tel: 55 31 3409-8874 - 8820 / Fax 55 31 3409-8874 - Email: macps@arq.ufmg.br
Escola de Arquitetura - Rua Paraíba, 697 - 2. andar - Bairro Funcionários - Belo Horizonte - MG
CEP.: 30.130.140 - Prof. Dr. Leonardo Barti Castriota (leonardo.castriota@pq.cnpq.br)
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
EDUCAÇÃO AMBIENTAL / AUTORES
Nosso Jornal Oecoambiental divulga alguns autores que abordam temas e questões ambientais. Levando-se em conta a multiplicidade e diversidade cultural de povos, saberes e visões sobre a realidade socioambiental que vivemos, nosso objetivo é contribuir na difusão da informação e educação socioambiental.
Segue a introdução de um texto de Enrique Leff, mexicano, Doutor em Economia do Desenvolvimento pela Soborne, França. Especializado em Economia Política do Meio Ambiente e em Educação Ambiental.
A Formação do Saber Ambiental (*)
" A construção de uma racionalidade ambiental implica a formação de um novo saber e a integração interdisciplinar do conhecimento, para explicar o comportamento de sistemas socioambientais complexos. O saber ambiental problematiza o conhecimento fragamentado em disciplinas e a administração setorial do desenvolvimento, para constituir um campo de conhecimentos teóricos e práticos orientado para a rearticulação das relações sociedade-natureza. Este conhecimento não se esgota na extensão dos paradigmas da ecologia para compreender a dinâmica dos processos socioambientais, nem se limita a um componente ecológico nos paradigmas atuais do conhecimento. O saber ambiental excede as "ciências ambientais", constituídas como um conjunto de especializações surgidas da incorporação dos enfoques ecológicos às disciplinas tradicionais - antropologia ecológica; ecologia urbana; saúde, psicologia, economia e engenharia ambientais - e se estende além do campo de articulação das ciências ( Leff, 1986/2000), para abrir-se ao terreno dos valores éticos, dos conhecimentos práticos e dos saberes tradicionais.
O saber ambiental emerge do espaço de exclusão gerado no desenvolvimento das ciências, centradas em seus objetos de conhecimento, e que produz o desconhecimento de processos complexos que escapam à explicação dessas disciplinas. Exemplo disto é o campo de externalidades no qual a economia situa os processos naturais e culturais, e inclusive a inequitativa distribuição da renda e a desigualdade social gerada pela lógica do mercado e pela maximização de benefícios a curto prazo.
O discuso ambiental vai se conformando a partir de uma posição crítica da razão instrumental e da lógica do mercado, que emerge da natureza externalizada e do socical marginalizado pela racionalidade econômica. Os pontos cegos e os impensáveis dessa razão modernizante - o ambiente excluído, oprimido, degradado e desintegrado - não se preenchem ecologizando a economia, mas transformando seus paradigmas de conhecimento para construir uma nova racionalidade social. Sob esta perspectiva, o ambiente transforma as ciências e gera um processo de ambientalização interdisciplinar do saber. " (*)- ( Leff, Enrique - Saber Ambiental - Cap. X - "A formação do saber ambiental" - Ed. Vozes )
" A construção de uma racionalidade ambiental implica a formação de um novo saber e a integração interdisciplinar do conhecimento, para explicar o comportamento de sistemas socioambientais complexos. O saber ambiental problematiza o conhecimento fragamentado em disciplinas e a administração setorial do desenvolvimento, para constituir um campo de conhecimentos teóricos e práticos orientado para a rearticulação das relações sociedade-natureza. Este conhecimento não se esgota na extensão dos paradigmas da ecologia para compreender a dinâmica dos processos socioambientais, nem se limita a um componente ecológico nos paradigmas atuais do conhecimento. O saber ambiental excede as "ciências ambientais", constituídas como um conjunto de especializações surgidas da incorporação dos enfoques ecológicos às disciplinas tradicionais - antropologia ecológica; ecologia urbana; saúde, psicologia, economia e engenharia ambientais - e se estende além do campo de articulação das ciências ( Leff, 1986/2000), para abrir-se ao terreno dos valores éticos, dos conhecimentos práticos e dos saberes tradicionais.
O saber ambiental emerge do espaço de exclusão gerado no desenvolvimento das ciências, centradas em seus objetos de conhecimento, e que produz o desconhecimento de processos complexos que escapam à explicação dessas disciplinas. Exemplo disto é o campo de externalidades no qual a economia situa os processos naturais e culturais, e inclusive a inequitativa distribuição da renda e a desigualdade social gerada pela lógica do mercado e pela maximização de benefícios a curto prazo.
O discuso ambiental vai se conformando a partir de uma posição crítica da razão instrumental e da lógica do mercado, que emerge da natureza externalizada e do socical marginalizado pela racionalidade econômica. Os pontos cegos e os impensáveis dessa razão modernizante - o ambiente excluído, oprimido, degradado e desintegrado - não se preenchem ecologizando a economia, mas transformando seus paradigmas de conhecimento para construir uma nova racionalidade social. Sob esta perspectiva, o ambiente transforma as ciências e gera um processo de ambientalização interdisciplinar do saber. " (*)- ( Leff, Enrique - Saber Ambiental - Cap. X - "A formação do saber ambiental" - Ed. Vozes )
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
CONJUNTURA / EUROPA
AS CORES DA NATUREZA 11
Tereza um grande abraço.
A Alemanha reelege os democratas cristãos e Ângela Merkel. Os socialistas perdem terreno para movimentos mais à esquerda. Tudo indica que a discreta concertação centrista dos grandes partidos vai dando lugar à radicalização.
Em Portugal, os socialistas se mantêm no poder. Um ponto que desgastou eleitoralmente a candidata de centro-direita foi sua resistência ao trem de grande velocidade unindo Porto e Madri. O que pode ser lido como oposição a colaborar com a Espanha socialista, mas teve entretons isolacionistas. É irônico: a corrente neoliberal que sempre acusou os opositores de pouco modernos, desta feita é quem resiste à novidade técnica. No fundo, porém, os eleitores pareceram crer que nos limites possíveis, os socialistas, ao se oporem mais ao pensamento único neoliberal, são mais capazes de achar caminhos para enfrentar a crise e sair dela.
Na Grécia, os socialistas voltam ao poder por causa de suspeitas e acusações de corrupção no governo conservador, mas, sobretudo, pela esperança de que sejam mais eficazes em debelar as conseqüências negativas do credo neoliberal que trouxe a crise.
É sugestivo como as vitórias socialistas se dão mais no sul da Europa, menos rico.( Por Daniel Seidel ).
Tereza um grande abraço.
Internacional
Eleições européias
A hegemonia neoliberal se reduz e se fragmenta quase em toda a parte.A Alemanha reelege os democratas cristãos e Ângela Merkel. Os socialistas perdem terreno para movimentos mais à esquerda. Tudo indica que a discreta concertação centrista dos grandes partidos vai dando lugar à radicalização.
Em Portugal, os socialistas se mantêm no poder. Um ponto que desgastou eleitoralmente a candidata de centro-direita foi sua resistência ao trem de grande velocidade unindo Porto e Madri. O que pode ser lido como oposição a colaborar com a Espanha socialista, mas teve entretons isolacionistas. É irônico: a corrente neoliberal que sempre acusou os opositores de pouco modernos, desta feita é quem resiste à novidade técnica. No fundo, porém, os eleitores pareceram crer que nos limites possíveis, os socialistas, ao se oporem mais ao pensamento único neoliberal, são mais capazes de achar caminhos para enfrentar a crise e sair dela.
Na Grécia, os socialistas voltam ao poder por causa de suspeitas e acusações de corrupção no governo conservador, mas, sobretudo, pela esperança de que sejam mais eficazes em debelar as conseqüências negativas do credo neoliberal que trouxe a crise.
É sugestivo como as vitórias socialistas se dão mais no sul da Europa, menos rico.( Por Daniel Seidel ).
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
CONFERÊNCIA METROPOLITANA
II CONFERÊNCIA METROPOLITANA
REGIÃO METROPOLITANA
DE BELO HORIZONTE
DE BELO HORIZONTE
(Alta Vila, Rua Senador Milton Campos, 115, Nova Lima/RMBH, nos dias 9, 10 e 11 de novembro de 2009)
DECRETO Nº 45.145, DE 24 DE JULHO DE 2009
AVISO À SOCIEDADE CIVIL
Reunião Preparatória para eleição de delegados
O Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana – Sedru – e da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte – Agência RMBH –, convida a Sociedade Civil Organizada para participar da Reunião Preparatória destinada à eleição de seus delegados à II Conferência Metropolitana da RMBH. A reunião será realizada, com o apoio da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, no dia 27 de outubro de 2009, às 14 horas, na Escola do Legislativo da ALMG, situada na Av. Olegário Maciel, nº 2.161, Bairro Lourdes, em Belo Horizonte – MG. Serão eleitos 136 delegados da Sociedade Civil que irão participar do processo seletivo dos 4 representantes que integrarão o Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano e das atividades da Conferência.
As inscrições das Entidades estarão abertas no período de 16 a 27 de outubro de 2009 e serão recebidas na Sedru, localizada na Rua Bernardo Guimarães, nº 2.640, andar Pilotis, Bairro Santo Agostinho, Belo Horizonte – MG.
Belo Horizonte, 9 de outubro de 2009.
Deputado Dilzon Melo
Secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana
José Osvaldo Guimarães Lasmar
Diretor Geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
CONFERÊNCIA DE SAÚDE AMBIENTAL DO RIO DE JANEIRO
AS CORES DA NATUREZA 10
Série de fotos enviadas por Tereza. Um grande abraço.
1ª Conferência de Saúde
Ambiental do Rio de Janeiro
Evento será realizado de 16 a 18 de outubro, na UERJ
Para definir diretrizes para a política pública integrada no campo da saúde ambiental, de 16 a 18 de outubro, será realizada a 1ª Conferência Estadual de Saúde Ambiental do Rio de Janeiro. Os ministros José Gomes Temporão (Ministério da Saúde), Carlos Minc (Ministério do Meio Ambiente) e Marcio Fortes (Ministério das Cidades) participarão da abertura do evento, prevista para as 18h, no Teatro Odylo Costa Filho da na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A realização da Conferência é resultado da parceria entre os ministérios da Saúde, Meio Ambiente e Cidades, estados, municípios, movimentos sociais, organizações não governamentais e sociedade civil.
O Rio de Janeiro realizou 15 conferências regionais preparatórias para a etapa estadual. As conferências são norteadas por três eixos: desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental; o trabalho, ambiente e saúde, além da educação; e construção de políticas e territórios sustentáveis.
Os delegados eleitos na etapa estadual representarão o estado na 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, que será realizada de 9 a 12 de dezembro, em Brasília. (CNMA - MMA)
Para definir diretrizes para a política pública integrada no campo da saúde ambiental, de 16 a 18 de outubro, será realizada a 1ª Conferência Estadual de Saúde Ambiental do Rio de Janeiro. Os ministros José Gomes Temporão (Ministério da Saúde), Carlos Minc (Ministério do Meio Ambiente) e Marcio Fortes (Ministério das Cidades) participarão da abertura do evento, prevista para as 18h, no Teatro Odylo Costa Filho da na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A realização da Conferência é resultado da parceria entre os ministérios da Saúde, Meio Ambiente e Cidades, estados, municípios, movimentos sociais, organizações não governamentais e sociedade civil.
O Rio de Janeiro realizou 15 conferências regionais preparatórias para a etapa estadual. As conferências são norteadas por três eixos: desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental; o trabalho, ambiente e saúde, além da educação; e construção de políticas e territórios sustentáveis.
Os delegados eleitos na etapa estadual representarão o estado na 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, que será realizada de 9 a 12 de dezembro, em Brasília. (CNMA - MMA)
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
CONFERENCIA SAÙDE AMBIENTAL
I CONFERÊNCIA NACIONAL
DE SAÚDE AMBIENTAL
I CNSA
A ação humana sobre a natureza tem causado impactos cada vez mais graves sobre a saúde humana e os ecossistemas do planeta. Associada a um panorama de desigualdades sociais e econômicas, a degradação ambiental aponta para conseqüências que já vivemos no presente: o esgotamento dos recursos naturais; os processos acelerados de desertificação; a intensificação de eventos climáticos extremos; a crise urbana relacionada à carência de serviços de saneamento básico, habitação, transporte e segurança pública; poluição química de ambientes urbanos e rurais; e a emergência e reemergência de doenças.
Estes problemas são interdependentes, seus impactos vão além das fronteiras locais e seus efeitos são produzidos e sentidos pelas populações. A busca de soluções para este quadro diversificado requer a formulação e gestão de políticas públicas interdisciplinares, integradas, intersetoriais, participativas e territorializadas. Neste sentido, surge a 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, a ser realizada em três etapas (municipais, estaduais e nacional), tendo como tema “A saúde ambiental na cidade, no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis”.
A 1ª Conferência em Saúde Ambiental é uma iniciativa dos Conselhos Nacionais de Saúde, Cidades e Meio Ambiente atendendo às deliberações das Conferencias Nacional de Saúde (13ª), Cidades (3ª) e de Meio Ambiente (3ª). Instituída por meio de Decreto Presidencial, tem como lema: “Saúde e Ambiente: vamos cuidar da gente!“ e como tema “A saúde ambiental na cidade, no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis”.
A etapa nacional da 1ª CNSA ocorrerá em Brasília-DF, de 9 a 12 de dezembro de 2009.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
ENTREVISTA DE FREI BETTO SOBRE MEIO AMBIENTE, O BRASIL E MARINA SILVA
Foto: Frei Betto
FREI BETTO FALA COM EXCLUSIVIDADE AO JORNAL OECOAMBIENTAL SOBRE O BRASIL E SOBRE MARINA SILVA
Frei Betto: O Brasil avançou em muitos aspectos com o governo Lula: política externa, redução da miséria absoluta, integração e soberania da América Latina, equilíbrio fiscal etc. Porém, este governo nos deve as reformas de estruturas tão prometidas historicamente pelo PT: agrária, tributária, política, educacional, sanitária etc. Ainda convivemos com 30 milhões de miseráveis; 15 milhões de analfabetos; alto índice de mortalidade infantil; e violência urbana.
FB: A sociedade civil parece se indignar cada vez mais com os desconcertos éticos de nossa classe política, mas reage pouco em se tratando de mobilização e pressão.
J. Oecoambiental : Qual sua opinião sobre a situação socioambiental no Brasil e no mundo ?
J. Oecoambiental : Sobre sua atividade como escritor, quais foram seus últimos livros publicados ?
FB: Coragem, muita fé e fidelidade às suas origens.
FREI BETTO FALA COM EXCLUSIVIDADE AO JORNAL OECOAMBIENTAL SOBRE O BRASIL E SOBRE MARINA SILVA
FB: Marina Silva, se candidata, fará com que as eleições de 2010 não fiquem de olho no passado, avaliando os 8 anos de governo Lula, e sim de olho no futuro, debatendo o projeto Brasil e o desenvolvimento sustentável. Penso que ela é a melhor candidata.
Jornal Oecoambiental: Frei Betto, qual avaliação que você faz sobre a conjuntura atual do Brasil ?
Frei Betto: O Brasil avançou em muitos aspectos com o governo Lula: política externa, redução da miséria absoluta, integração e soberania da América Latina, equilíbrio fiscal etc. Porém, este governo nos deve as reformas de estruturas tão prometidas historicamente pelo PT: agrária, tributária, política, educacional, sanitária etc. Ainda convivemos com 30 milhões de miseráveis; 15 milhões de analfabetos; alto índice de mortalidade infantil; e violência urbana.
J. Oecoambiental: Como você vê a participação da sociedade civil na política brasileira hoje ?
FB: A sociedade civil parece se indignar cada vez mais com os desconcertos éticos de nossa classe política, mas reage pouco em se tratando de mobilização e pressão.
J. Oecoambiental : Qual sua opinião sobre a situação socioambiental no Brasil e no mundo ?
FB: Trágica. A Terra já perdeu 25% de sua capacidade de autoregeneração. Urge a intervenção da ação humana. Espero que, na Conferência de Conpenhague, em dezembro, os chefes de Estado do mundo se comprometam a tomar medidas efetivas para reduzir o aquecimento global.
J. Oecoambiental : Sobre sua atividade como escritor, quais foram seus últimos livros publicados ?
FB: Este ano publiquei, pela Rocco, “Diário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira” e, pela Agir, o livro de contos “Aquário Negro”. Ainda em novembro a Rocco lança a nova edição de meu romance sobre Jesus, agora com novo título: “Um homem chamado Jesus”. E é possível que, pela Mercuryo Jovem, seja editado um livro infanto-juvenil, “Maricota e o Alfabeto”.
J. Oecoambiental: De suas reflexões sobre o poder, retratadas nos livros "A Mosca Azul" e "Calendário do Poder," como você avalia a formação política do povo brasileiro, dos parlamentares, representantes do executivo. Como exercer o poder sem corrupção ?
FB: O único modo de se evitar a corrupção é através do controle efetivo da sociedade e de uma profunda reforma política. Nesse sentido, a ONG Transparência Brasil presta um excelente serviço ao acompanhar com lupa o procedimento de nossos políticos.
J. Oecoambiental: Uma novidade no cenário político brasileiro é o movimento pela candidatura de Marina Silva a Presidência da República. Como você avalia a candidatura de Marina Silva Presidente ?
FB: Marina Silva, se candidata, fará com que as eleições de 2010 não fiquem de olho no passado, avaliando os 8 anos de governo Lula, e sim de olho no futuro, debatendo o projeto Brasil e o desenvolvimento sustentável. Penso que ela é a melhor candidata.
J. Oecoambiental: A história de Marina Silva está ligada a teologia da libertação. Como você avalia a Senadora Marina Silva no exercício do poder, sua passagem pelo Ministério do Meio Ambiente e agora no Senado Federal ?
FB: Marina Silva prima pela ética e pela competência. Infelizmente, como ministra do Meio Ambiente, faltou-lhe o devido apoio dentro do próprio governo. A depender dela teria cessado o desmatamento da Amazônia e os transgênicos não seriam aprovados.
J. Oecoambiental: O que uma eleição da Senadora Marina Silva significa para o Brasil e para o mundo ?
FB: A continuidade de tudo que há de positivo no governo Lula e a viabilidade de reformas de estruturas pelas vias pacífica e democrática.
J. Oecoambiental: O que o Frei Betto diria hoje numa conversa com Marina Silva e com o Brasil ?
FB: Coragem, muita fé e fidelidade às suas origens.
O Jornal Oecoambiental agradece ao Frei Betto esta entrevista exclusiva: nosso muito obrigado.
DESERTIFICAÇÃO
Foto: Paraíba - região mais desertificada do país
"A desertificação é a degradação do solo em áreas áridas, semi-áridas e subúmidas secas, resultante de diversos fatores, inclusive de variações climáticas e de atividades humanas. A desertificação afeta cerca de um sexto da população da terra, 70 por cento de todas as terras secas, atingindo 3,6 bilhões de hectares, e um quarto da área terrestre total do mundo." ( Agenda 21 - Cap. 12 " Manejo de Ecossistemas Frágeis: A luta contra a Desertificação e a Seca").
Conferência da ONU alerta que 70% do planeta pode sofrer com seca em 2025
da France Presse
Quase 70% do planeta será afetado pela seca em 2025 se não forem aplicadas políticas para frear este flagelo, advertiu em Buenos Aires Luc Gnacadja, secretário da Convenção da ONU de Combate à Desertificação.
"Se não conseguirmos solucionar este problema da Terra, em 2025 quase 70% dela estará muito afetada", destacou Gnacadja, falando em uma conferência. Jarbas Oliveira
Atualmente, a seca afeta pelo menos 41% do planeta, e o processo de degradação aumentou entre 15% e 25% desde 1990, segundo um relatório sobre a situação climática mundial apresentado à imprensa durante o encontro.
Gnacadja ressaltou a gravidade do panorama a longo prazo no encerramento da 9ª Conferência das Partes da Convenção da ONU de Combate à Desertificação, que aconteceu entre 22 de setembro e 2 de outubro na capital argentina.
O secretário afirmou ainda que houve um consenso no encontro sobre a necessidade de monitorar e determinar os indicadores para compreender a situação atual em detalhes, o ritmo do avanço da desertificação e maneiras de lutar contra ela.
Além disso, indicou que "não há segurança mundial sem segurança alimentar" nas zonas secas e que "é preciso um acordo verde" por parte dos países desenvolvidos para trabalhar nesses lugares, referindo-se à necessidade de um compromisso político das potências. ( SOS Clima da Terra)
Quase 70% do planeta será afetado pela seca em 2025 se não forem aplicadas políticas para frear este flagelo, advertiu em Buenos Aires Luc Gnacadja, secretário da Convenção da ONU de Combate à Desertificação.
"Se não conseguirmos solucionar este problema da Terra, em 2025 quase 70% dela estará muito afetada", destacou Gnacadja, falando em uma conferência. Jarbas Oliveira
Atualmente, a seca afeta pelo menos 41% do planeta, e o processo de degradação aumentou entre 15% e 25% desde 1990, segundo um relatório sobre a situação climática mundial apresentado à imprensa durante o encontro.
Gnacadja ressaltou a gravidade do panorama a longo prazo no encerramento da 9ª Conferência das Partes da Convenção da ONU de Combate à Desertificação, que aconteceu entre 22 de setembro e 2 de outubro na capital argentina.
O secretário afirmou ainda que houve um consenso no encontro sobre a necessidade de monitorar e determinar os indicadores para compreender a situação atual em detalhes, o ritmo do avanço da desertificação e maneiras de lutar contra ela.
Além disso, indicou que "não há segurança mundial sem segurança alimentar" nas zonas secas e que "é preciso um acordo verde" por parte dos países desenvolvidos para trabalhar nesses lugares, referindo-se à necessidade de um compromisso político das potências. ( SOS Clima da Terra)
domingo, 11 de outubro de 2009
ARTIGO FREI BETTO
EDUCAÇÃO E NEOLIBERALISMO
Frei Betto
Estamos todos imersos numa mudança de época. Essa é uma viagem sem volta, embora muitos insistam em colocar a cabeça para fora da janela do trem e fixar os olhos no que ficou para trás. A última vez que algo parecido ocorreu na história do Ocidente foi quando se passou do regime feudal, medieval, para o moderno. Deslocou-se do paradigma teocêntrico para o antropocêntrico; da cosmologia geocêntrica para a heliocêntrica; da fé à razão.
Hoje, vivemos não apenas numa época de mudanças, como nossos avós. Somos contemporâneos de uma mudança de época. Estamos em trânsito da modernidade à pós-modernidade, da razão cartesiana à inteligência holística. E na paisagem circundante vemos em crise as quatro instituições modernas produtoras de sentido: família, escola, igreja e Estado.
Na transição da modernidade à pós-modernidade, a hegemonia capitalista sobre o planeta substitui o liberalismo pelo neoliberalismo. A concorrência cede lugar aos oligopólios; as nações à globalização; a cultura ao entretenimento; o humanismo à mercantilização; a marginalidade à exclusão. Fragmenta-se o vitral e, agora, só se percebem os cacos. A fragmentação ocupa os espaços outrora reservados às sínteses cognitivas.
Ameaças à educação
Nessa onda neoliberal que assola o planeta, a educação, tida até agora como um dever do Estado e um direito social, corre o risco de ser considerada, pela OMC, mera mercadoria. Como tal, acessível a quem por ela pode pagar, como qualquer outra mercadoria.
O efeito mais nefasto do neoliberalismo nos processos pedagógicos é a desistorização do tempo. Os persas captaram o caráter histórico do tempo, cultura que nos foi legada pela tradição judaico-cristã. Toda a narrativa bíblica está impregnada de historicidade, dos seis dias da Criação ao conceito javista de um Deus que, num mundo politeísta, se apresenta com curriculum vitae: o Deus de Abraão, Isaac e Jacó.
Francis Fukuyama, arauto do neoliberalismo, tenta nos convencer de que “a história acabou.” Tudo o que é sólido se desmancha no bar... como o gelo num coquetel. Resta nos adequar ao paradigma da pós-modernidade: o mercado. Voltamos à idéia grega de um tempo cíclico, o que induz as novas gerações à perda do horizonte histórico, da utopia, do idealismo, disseminando um niilismo necrófilo, pois quem não sonha com a utopia corre o risco de recorrer às drogas, já que o ser humano é movido a sonhos.
A mercantilização da educação induz a um processo análogo ao dos processos produtivos e de serviço: a privatização. Sucateada a escola pública, resta a particular como recurso a quem dispõe de renda suficiente para custear seus estudos.
Para que serve a educação escolar? Para muitos estudantes, é o túnel pelo qual se tem acesso ao mercado de trabalho. A luz no fim do túnel é a capacitação profissional, um bom salário, uma identidade social, graças a conhecimentos e habilidades adquiridos nos bancos escolares.
Seria a escola mera estufa de adestramento para o mercado de trabalho? Como me disse um adolescente de 16 anos, “na academia eu malho o corpo; na escola, o cérebro”. De fato, essa “malhação” cerebral tem seus efeitos positivos. As diferenças de salários são menores em sociedades que apresentam melhor resultado educativo.
Porém, o caráter mercantilista faz a qualidade do ensino transferir-se da escola pública para a particular. A progressiva demissão do Estado frente a seus deveres sociais – e direitos da cidadania, como educação e saúde -, fruto amargo do neoliberalismo que, em nome do capital, apregoa a privatização do patrimônio público, permite que muitas escolas particulares funcionem como meras empresas que ofertam educação como mercadoria de luxo.
Educar deveria ser muito mais que propiciar ao educando conhecimentos e habilidades para que venha a obter melhores salários que seus pais e avós. Mais importante do que formar um profissional, é formar uma pessoa capaz de atuar como cidadã; inserir-se sem preconceitos nessa realidade multicultural; associar significados e construir sínteses cognitivas; superar a mera percepção da vida como fenômeno biológico para encará-la como fenômeno biográfico, processo histórico.
Outrora, a pedagogia não diferia muito do regime dos quartéis, e onde o aprendizado dependia do esforço memorial. Tratava-se de assimilar conhecimentos. Hoje, o aprendizado é um processo interativo e criativo. E o conhecimento é determinante no novo paradigma produtivo.
Não basta assimilar informações. É preciso saber selecioná-las, relacioná-las e fazê-las convergir para processos criativos. Deve a escola dotar o educando de capacidade para enfrentar os novos desafios, lidar com as múltiplas racionalidades vigentes, aprofundar seu espírito crítico. Enfim, saber converter informação em cultura e cultura em sentido de vida.
Uma boa pedagogia induz o educando a evoluir da memorização à compreensão, da assimilação de informações à seleção crítica, do mero aprendizado à criatividade. Instiga-o a analisar criticamente a realidade; conviver dialogicamente nesse mundo de pluralidade cultural; transformar idéias e sonhos em projetos sociais e políticos.
O mundo encolheu. Vivemos agora na aldeia global. Em tempo real, o que ocorre do outro lado do planeta entra em nossa casa através da janela eletrônica. Sente-se muito ameaçado quem não sabe relacionar conteúdos globais e realidades locais. Sua identidade cultural fica abalada frente ao rolo compressor da hegemonização televisiva da cultura de entretenimento como isca hipnótica de atração ao consumismo.
Educar é saber lidar com a diferença e o diferente. O educando que não se sente nem se sabe diferente corre o risco de ceder à massificação midiática. Buscará na imagem desse espelho retorcido uma face que não é a sua e, no entanto, o fascina pela ilusão de que, ao negar as suas raízes, haverá de alcançar aquele outro ser que só existe em sua fantasia.
Um dos grandes desafios da educação é como incutir vivências comunitárias como expressão de singularidades, jamais de despersonalização. Esse situar-se no lugar do outro, procurar ver o mundo com olhos do outro, é o que provoca mudanças de lugares social e epistêmico, e funda as condições de convivência democrática. Em suma, verbalizando uma expressão em moda, é preciso aprender a desterritorializar-se para saber ressignificar os sentidos.
Novas tecnologias
Numa dimensão holística, o desafio que se coloca à educação é superar o cartesianismo e abarcar todas a dimensões da vida do educando, razão e emoção, inteligência e corporalidade, sentimentos e estética. Despertar nele o senso crítico perante a realidade, bem como a capacidade, nesse mundo internáutico, de saber lidar com as múltiplas racionalidades vigentes.
Um dos fatores mais influentes, hoje, no processo pedagógico é a TV, a janela eletrônica que nos permite observar o mundo em tempo real, assim como o computador. Segundo as regras do mercado, o objetivo dessas ferramentas não é propriamente formar cidadãos e contribuir para um civilização mais humanizada, e sim formar consumistas e favorecer a acumulação do capital em mãos privadas. Portanto, assim como a escola trabalha com textos, deve agora trabalhar também com imagens, ensinando ao aluno relacionar conteúdos globais e realidade locais.
À massificação midiática se apresenta o desafio de saber lidar com a diferença e o diferente. Incutir vivências comunitárias como expressão de singularidades, e não de despersonalização.
Agoniza, felizmente, o modelo escolar baseado em programas centralizados e de longa vigência; o conceito europeizado de cultura; a unificação nacional/cultural através da educação. Agora, há que aprender a lidar com a diversidade cultural, o pluralismo de opiniões e crenças, a integração midiática.
A educação não deveria ser reflexo da racionalidade sistêmica que apregoa a supremacia do capital sobre os recursos humanos e ambientais, e da propriedade privada sobre os direitos da comunidade. Cabe-lhe subverter a racionalidade de uma sociedade canibalizada pelo império do mercado.
Há que buscar reduzir a contradição entre os paradigmas neoliberais vigentes na sociedade e o conteúdo escolar. Enquanto o sistema procurar multiplicar consumistas, a educação empenha-se em formar cidadãos. Para o primeiro, o indivíduo é tanto mais capaz quanto mais competitivo e centrado nos próprios interesses. Para a educação, trata-se de formar pessoas solidárias altruístas, generosas. O sistema é auto-referente e se apóia numa lógica implacável: a educação infunde o espírito de tolerância num mundo caracterizado pela diversidade cultural.
Impactos da globalização
A globocolonização exerce impactos contraditórios nas culturas locais. De um lado, reforça relações de dominação, dissemina a hegemonia cultural e intensifica o mimetismo. Cria o retraimento das expressões artísticas e culturais à margem dos recursos midiáticos; corrói utopias e projetos a longo prazo; favorece o fundamentalismo como forma de compensar a exclusão.
Por outro lado, estimula o diálogo planetário, sinaliza a diversidade cultural, instiga a prática dos direitos humanos e da proteção ambiental, faz com que saberes universais sejam relidos segundo singularidades locais.
É preciso pôr fim à “simultaneidade sistêmica”. Nem todos os educandos têm a mesma capacidade de aprender as mesmas coisas. O que interessa ao aluno do interior do Amazonas certamente não é o que atrai o do centro de São Paulo.
Aos currículos transversais devem-se acrescentar os currículos regionais, adaptados à realidade dos alunos.
Não há ferramenta mais apropriada para inserir as novas gerações nesse mundo globocolonizado e conflitivo do que a educação. Desde que a escola não considere cultura apenas um verniz de informações em arte e noções de estética. Cultura são ações humanas sobre a natureza e a história, visões de mundo, produções simbólicas, metarrelatos, dinâmicas de comunicação e interação.
Uma escola humanizadora é a de alunos que, sujeitos do processo educativo, assimilam práticas de defesa de direitos humanos e ambientais, e se tornam agentes transformadores da realidade. Essa pedagogia subversiva – no sentido etimológico de inverter de baixo para cima - promove a autonomia do educando, vincula aprendizado e experiência, contextualiza o saber. Enfim, educa, não apenas para o vestibular ou a obtenção do diploma, mas para a vida.
Num mundo tão desigual, no qual os mais requintados avanços tecnocientíficos convivem com seres humanos condenados à fome e à miséria, não há opção de neutralidade para a educação. Portanto, a questão é escolher conteúdos pertinentes aos valores éticos. Pode-se ensinar História destacando os triunfos militares de um país sobre outro ou a cooperação entre nações, os intercâmbios culturais, os gestos de solidariedade e amizade.
Educar para a vida é tornar o educando capaz de lidar com sexo, drogas e violência; reagir à insegurança urbana e à incerteza diante do futuro; vivenciar valores éticos; desenvolver espírito crítico para interagir com a mídia; reconhecer a importância da política como atividade privilegiada de realização do bem comum. A educação multicultural é tanto mais importante quanto mais temos sociedades complexas quanto à diferenciação de identidades, interesses, aspirações e demandas. É preciso estar aberto às distintas mundividências, sempre com espírito crítico.
Os rivais da escola são a TV e o uso indiscriminado do computador como mero recurso de entretenimento individual. A TV deslocaliza saberes, mescla-os, utiliza-os contínua e convulsivamente em prol do entretenimento, subtraindo-os do contexto em que brotam. Ver pessoas famosas dançar flamengo num programa dominical não é suficiente para conhecer-lhe a origem mourisca e a influência cigana.
A TV quebra a fronteira entre o real e o imaginário; saber e informação; arte e ciência. Frente ao “êxtase comunicacional” (Baudrillard) é preciso educar o espírito crítico e seletivo. Aprender a ver o mundo é tão importante quanto aprender a ler e a escutar. É preciso saber ler, não apenas letras, mas também imagens, sons, cores e formas.
As novas gerações vão da oralidade à visualidade sem passar pela escrita. Daí a dificuldade com a hermenêutica dos textos e o raciocínio abstrato. Ver para crer, eis o princípio de São Tomé levado às raias da penúria intelectual. O que, a longo prazo, pode induzir um povo a confundir densidade cultural com densidade tecnológica, relevando esta em detrimento daquela.
Sem se afirmar como espaço de subversão desses paradigmas do mercado, cada vez mais concentrador e excludente, a escola estará fadada a se tornar mero apêndice de reprodução de cordeiros de uma sociedade-rebanho que faz de shopping centers áreas de lazer.
Unidade dos educadores, diversidade da educação. Nem todos os alunos tem capacidade e interesse em aprender as mesmas coisas. A escolaridade em São Paulo não pode ser a mesma na região amazônica. Há que lutar pela autonomia do educando, associar aprendizado e vivência, contextualizar o saber. Não há neutralidade para a educação neste mundo desigual.
Nossos estudantes devem saber lidar com temas candentes como sexualidade e afetividade, drogas e violência, degradação ambiental e fetichismo do mercado. Só assim poderão vivenciar valores éticos, ter visão crítica perante a mídia, aprender a ler, não só letras, mas também sons, core, imagens. Há que evitar que passem da oralidade à visualidade sem passar pela escrita, pois correriam o risco de perder a capacidade hermenêutica e o raciocínio abstrato.
Enfim, a escola deve ser um espaço de formação política, ecológica e espiritual; um laboratório estratégico de projetos sociais.
Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Paulo Freire e Ricardo Kotscho, de “Essa escola chamada vida” (Ática), entre outros livros.
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