Fonte: ONU - BRASIL
Os casos de coronavírus causados pela variante Ômicron parecem ter atingido o pico em alguns países, o que traz esperança para o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, de que o pior desta última onda de COVID-19 tenha passado.
Tedros alerta, no entanto, que a pandemia ainda está "longe de acabar". A Ômicron continua a ser a maior preocupação de saúde mundial. Na semana passada, mais de 18 milhões de casos foram relatados e a propagação desenfreada do vírus pode gerar o surgimento de novas variantes.
Na próxima semana, o Conselho Executivo da OMS, composto por 34 Estados-membros, se reunirá para discutir os desafios mundiais de saúde. A OMS trabalhará para acelerar o progresso nas negociações em torno de um acordo global sobre pandemias.
Em uma coletiva de imprensa em Genebra na terça-feira (17), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, informou que mais de 18 milhões de casos de pessoas infectadas com o coronavírus foram relatados na semana passada. Segundo ele, a pandemia está longe de terminar e nenhum país está fora de perigo ainda. Embora a Ômicron continue varrendo o mundo, os casos parecem ter atingido o pico em alguns países, o que para o chefe da OMS traz esperança de que o pior desta última onda de COVID-19 tenha passado.
O número de mortes permanece estável, mas a agência está preocupada com o impacto que a variante está causando nos profissionais de saúde já exaustos e nos sistemas de saúde sobrecarregados. Tedros observou que o vírus está circulando “muito intensamente com muitos ainda vulneráveis” e argumentou que, para muitos países, as próximas semanas continuam críticas.
“Continuo particularmente preocupado com muitos países que têm baixas taxas de vacinação, pois as pessoas correm muito mais risco de doenças graves e morte se não forem vacinadas”, insistiu. A Ômicron pode ser menos grave, mas para o chefe da OMS “a narrativa de que é uma doença leve é enganosa, prejudica a resposta geral e custa mais vidas ”.
COVAX - No fim de semana, o convênio COVAX, apoiado pela ONU, entregou sua bilionésima dose de vacina. Tedros disse estar orgulhoso do marco, mas acredita que é essencial continuar avançando na distribuição de imunizantes de maneira justa em todo o mundo.
“As vacinas podem ser menos eficazes na prevenção da infecção e transmissão da Ômicron do que eram para as variantes anteriores, mas ainda são excepcionalmente boas na prevenção de doenças graves e morte”, explicou. Para ele, a imunização continua sendo “a chave para proteger os hospitais de ficarem sobrecarregados”.
Rastreando o vírus - O chefe da OMS também destacou a importância de rastrear novas variantes, como a Ômicron, em tempo real. Ele acredita que a pandemia “não está nem perto do fim” e, com o incrível crescimento da Ômicron, é provável que surjam novas variantes.
Até agora, mais de 7 milhões de sequências genômicas inteiras de 180 países foram submetidas ao GISAID, um mecanismo global que fornece acesso aberto a dados genômicos e foi inicialmente configurado para rastrear a gripe.
Usando todos esses dados, novas formulações de vacinas estão sendo desenvolvidas e avaliadas quanto ao seu desempenho contra diferentes cepas. Apesar desses esforços, Tedros está preocupado que o mundo entre em “uma segunda e ainda mais destrutiva fase de desigualdade vacinal”.
Novos tratamentos - Na sexta-feira passada (14), a OMS recomendou dois novos tratamentos contra a COVID-19 para combater doenças graves e morte: um medicamento para artrite reumatoide chamado baricitinibe e um anticorpo monoclonal chamado sotrovimabe.
Para Tedros, o desafio, mais uma vez, é que preços altos e oferta restrita tornem o acesso limitado.
A OMS está atualmente trabalhando com seus parceiros no ACT-Accelerator para negociar preços mais baixos com os fabricantes e garantir que o fornecimento esteja disponível para países de baixa e média renda.
Reunião - Na próxima semana, o Conselho Executivo da OMS, formado por 34 Estados-membros, se reunirá para discutir os desafios mundiais de saúde.
A pandemia permanecerá no topo da pauta, mas os Estados-membros também discutirão o impacto devastador da pandemia em outras questões de saúde e como o retrocesso pode ser interrompido.
Segundo o chefe da OMS, a agência trabalhará para acelerar o progresso nas negociações em torno de um acordo global sobre pandemia.
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