quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

A AGENDA AMBIENTAL DE 2022 SERÁ MARCADA PELA CRISE CLIMÁTICA

 

Crise climática marcará agenda ambiental de 2022

Fonte: ONU - BRASIL

Especialistas em meio ambiente acreditam que 2022 tem potencial para ser um ano emblemático para contenção da tripla crise ambiental.

Isto porque, além do mundo já estar sofrendo com a pandemia de COVID-19 e com a mudança do clima, perda da biodiversidade e poluição, o ano também será marcado por uma série de eventos que chamarão atenção para estas causas.

Entram nesta conta a celebração dos 50 anos da histórica Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo e a consequente criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Em julho também acontecerá a Conferência da ONU sobre os Oceanos.

Mulher e criança caminham pelas águas da enchente no leste de Jacarta, Indonésia
Legenda: Uma mãe segura sua filha durante as enchentes em Jacarta, na Indonésia. Eventos extremos têm se intensificado com a emergência climática
Foto: © Kompas/Hendra A. Setyawan/OMM

Ainda que o mundo siga enfrentando uma série de desafios – como a continuação da pandemia de COVID-19, queimadas recorrentes, crises provocadas pela mudança do clima, perda da biodiversidade e poluição – 2022 tem potencial para ser um ano marcante para o meio ambiente. 

Ao longo do ano serão realizados eventos e conferências de alto nível, dos quais se espera a revitalização de cooperações internacionais e ações coletivas, além de avanços importantes para preservação de ecossistemas.

O próximo ano também marcará o aniversário de 50 anos da histórica Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo. A reunião colocou o meio ambiente de forma definitiva nas prioridades dos governos, sociedades civis, empresas e formuladores de políticas, assim reconhecendo a relação vinculada entre o planeta, o bem-estar humano e o crescimento econômico. 

Agora, a reunião Estocolmo+50, prevista para acontecer em junho de 2022, celebrará o marco histórico, levantará reflexões acerca deste meio século de ação ambiental global e trará perspectivas para o futuro.

A Conferência de Estocolmo também foi o berço do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), agência das Nações Unidas cuja missão é monitorar o estado do meio ambiente, fomentar o desenvolvimento de políticas com a ciência e estimular ações de preservação.

Durante as últimas cinco décadas, o PNUMA tem aproveitado seu poder de convocação e as rigorosas pesquisas científicas desenvolvidas para coordenar um esforço global em prol da superação de desafios ambientais.

Comemoração - Como forma de celebrar o jubileu de ouro da agência estão previstas uma série de atividades. O ápice acontecerá no dia 5 de junho, quando o mundo se reúne para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Liderado pelo PNUMA e realizado anualmente desde 1974, esse dia se tornou a maior plataforma global de alcance ambiental, com a participação de milhões de pessoas empenhadas em proteger o planeta. O evento deste ano terá a Suécia como anfitriã, sob o slogan “Uma Só Terra”, cujo objetivo é a vida sustentável em harmonia com a natureza.

Para 2022, o Programa também implementou uma nova “Estratégia de Médio Prazo” que prevê sete subprogramas de ação interligados: Ação Climática, Ação Química e Poluição; Ação da Natureza, Políticas Científicas, Governança Ambiental, Transformações Financeiras e Econômicas; e Transformações Digitais.

A estratégia foi aprovada na quinta sessão da Assembleia do Meio Ambiente da ONU em 2021. Essa sessão será retomada em fevereiro de 2022, a chamada UNEA 5.2, sob o tema geral “Fortalecer ações pela natureza para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. As discussões têm como foco o papel central da natureza no desenvolvimento sustentável social, econômico e ambiental.

Ameaças - Embora este cronograma de realizações ambientais seja uma prova do que pode ser alcançado por meio de ações multilaterais, os padrões insustentáveis de consumo e produção continuam alimentando a tripla crise planetária que envolve a mudança climática, a perda de biodiversidade e a poluição. 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu que a tripla crise é a nossa ameaça existencial número um. No ano passado, ele afirmou que o mundo está “em uma encruzilhada, com decisões importantes pela frente” e que “isso pode ir para um lado ou para o outro: destruição ou revolução.”

Vários eventos globais que ocorrerão em 2022 têm como objetivo incentivar o diálogo e influenciar as decisões políticas para enfrentar a tripla crise. Isso inclui uma estratégia para a biodiversidade global pós-2020, que entrará em vigor em maio e poderá evitar a extinção de mais de um milhão de espécies. Outro evento desta natureza é a Conferência da ONU sobre os Oceanos, agendada para julho, que visa proteger um de nossos ecossistemas mais vitais.

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