quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

FELIZ 2016 - QUE NOSSA ESPÉCIE HUMANA E O MEIO AMBIENTE SEJAM VALORIZADOS

 O Jornal Oecoambiental surgiu a partir da práxis social e da sociologia.  Uma ciência que busca a compreensão sobre os seres humanos, suas formas de interagir e de vivermos em sociedade. Antes de ser ciência somos seres humanos. Um amigo nos informou: não existe saber superior. Os saberes se completam.  Somos iguais em espécie, diferentes em dna(s), mas somos singulares. Este é o barato de ser humano. Cada pessoa possui sua singularidade. É uma possibilidade de ser cada dia melhor.
   Desde o surgimento do capitalismo os seres humanos estão lidando com o agravamento das condições socioambientais no mundo. Estamos discriminando etnias, construindo riquezas que ainda continuam concentradas nas mãos de poucos. Ainda utilizamos muito pouco à tecnologia de dar qualidade de vida para cada ser humano de nossa espécie. A mais alta tecnologia socioambiental: erradicar a fome, a miséria, a intolerância étnica, as desigualdades.  Valorizar todas as espécies e o meio ambiente que nos cerca.
   Nas sociedades atuais baseadas no consumo ilimitado, as propagandas que instigam o ser humano a buscar o consumo pelo consumo promovem conflitos crescentes em cada personalidade humana e em todo o meio ambiente. Precisamos retirar o stress das pessoas, da sociedade.
  Qual o sentido da existência dos seres humanos?  Por que nascemos? Qual a nossa missão ou nossa contribuição para que possamos viver em harmonia e paz?   Acreditar na nossa capacidade de construir um mundo melhor é muito importante. É possível.
  O meio ambiente que significa o mundo que está a nossa volta, na nossa casa, na nossa comunidade, na nossa cidade, no nosso País, pode ser melhor. Temos muitos desafios a vencer.  Que 2016 nos traga sabedoria, paz, amor, felicidade, prosperidade, discernimento e senso crítico para cada um de nós e nossas famílias. Muito importante é identificarmos os caminhos que estamos construindo. Uma comunidade, uma cidade, um país sustentável ou insustentável. Podemos construir sociedades melhores. Um mundo melhor.  Eu acredito e você?
  Temos inteligência para não fazer dos seres humanos mercadoria descartável. Podemos compreender que somos parte de um todo.  O mundo está integrado. Harmonizar nossa existência com a beleza do mundo que nos cerca é uma grande conquista que está ao nosso alcance.
   O Jornal Oecoambiental que dialoga constantemente com a população acredita em cada ser humano que se dispõe a agir pela valorização do que de melhor existe em nós e em cada pessoa. Unir as forças que organizam e harmonizam a vida. Por aí somos felizes, podemos amar, viver sem medos, sem opressão. A liberdade, a fraternidade, a igualdade significa valorizar a harmonia com a beleza do mundo que nos cerca.

  Que possamos ser solidários a nossa espécie. Que o homem e a mulher sigam juntos em harmonia, gerando vidas, constituindo famílias que valorizam nossa existência.  Que a promoção da paz vença a indústria da guerra. Que a harmonia de festejar a vida, nos conduza a felicidade, ao amor, a prosperidade.   Ninguém é obrigado: mas temos direito de sermos felizes.


FELIZ 2016 - CONSTRUINDO TODOS A SUSTENTABILIDADE

SAÚDE - PAZ - AMOR - FRATERNIDADE - HARMONIA - PROSPERIDADE - FELICIDADE - FORÇA - CORAGEM - SOLIDARIEDADE - VITÓRIAS - SABEDORIA - FELIZ CIDADE ...

     Um abraço fraterno.


   Jornal Oecoambiental

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

FELIZ NATAL E 2016 - BOAS FESTAS, PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE É O QUE DESEJA O JORNAL O ECOAMBIENTAL A TODOS


 O Jornal O Ecoambiental deseja a todos um Feliz Natal e um Próspero 2016 de muita paz, saúde, prosperidade,  felicidades, determinação, vitórias e conquistas. Que Deus proteja e guie os passos de cada um de nós e de nossas famílias. 
   Que possamos acreditar e partilhar o melhor de cada ser humano. Unir estas boas qualidades humanas para vencermos nossos erros e imperfeições.
  Que possamos acreditar na nossa capacidade e inteligência de construirmos novas sociedades sustentáveis.  Que os seres humanos valorizem nossa espécie  e o meio ambiente seja  saudável com melhor qualidade de vida para todos.
   No próximo ano teremos as Olimpíadas no Brasil: que nossos atletas brilhem e possam levar ao mundo a força de nossa cultura, com muita alegria, paz,  sustentabilidade, fraternidade, liberdade e igualdade entre os seres humanos e os povos.
    Um Feliz 2016 e neste carnaval possamos todos estar juntos no Bloco   Liberdade e Água Limpa ... 

   Nossas saudações e abraço fraterno.

   Jornal O Ecoambiental

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

ÁREAS PROTEGIDAS DE BELO HORIZONTE



INSTITUÍDO O SISTEMA MUNICIPAL DE ÁREAS PROTEGIDAS DE BELO HORIZONTE
   A Lei nº 10.879, de 27 de novembro de 2015, instituiu o Sistema Municipal de Áreas Protegidas de Belo Horizonte - SMAP-BH, composto pelo conjunto de áreas verdes protegidas do Município.
   Entendem-se como áreas verdes protegidas os espaços territoriais destinados à conservação da natureza, à melhoria da qualidade de vida urbana ou ao uso público.
   O SMAP-BH será gerenciado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que atuará como órgão de orientação e coordenação, responsável por analisar e aprovar intervenções a serem executadas em qualquer uma das unidades que o integram.
   Para o desenvolvimento de suas atribuições a Secretaria Municipal contará com o apoio do Conselho Municipal de Meio Ambiente, da Fundação de Parques Municipais, da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte e das Secretarias de Administração Regional Municipal.
   O SMAP-BH tem como escopo identificar, classificar e preservar as áreas verdes protegidas do Município, buscando uma melhor gestão do patrimônio ambiental por elas constituído.
  Buscará as melhores práticas de preservação das áreas verdes protegidas do Município, baseando-se nas seguintes ações: planejamento, ampliação, manejo, gerenciamento e definição das destinações, ocupações e usos devidamente orientados e disciplinados.
   O  SMAP-BH será regido por regulamentações específicas que versarão sobre a criação e definição das categorias de áreas verdes protegidas; as diretrizes gerais de ocupação e manejo relativas a cada uma das categorias definidas; e a classificação e denominação das áreas existentes nas categorias definidas.
   Sugerimos a leitura completa da Lei nº 10.879, de 27 de Novembro de 2015.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O ACORDO DA COP 21













 EDITORIAL


    A COP 21 fechou em 12 de dezembro de 2015, um novo acordo climático entre 195 países membros da Convenção do Clima da ONU e a União Europeia.
   Há um compromisso de participação de todos os países: não só os desenvolvidos, mas também os em desenvolvimento, sendo que o acordo entrará em vigor a partir de 2020. O acordo faz referência a se conter o aquecimento global abaixo dos 2 ºC (limite considerado pela comunidade científica para evitar efeitos irreversíveis de degradação socioambiental no mundo) – a meta acordada faz referência a  1,5º C , sendo que o acordo será revisto a cada cinco anos, para se avaliar o cumprimento das medidas adotadas pelos países.  Foi divulgado que os países desenvolvidos irão bancar US$100 bilhões por ano em medidas de combate as mudanças do clima e adaptações em países em desenvolvimento.
    Uma questão que é decisiva para a implementação de medidas de contenção das mudanças climáticas é a participação da sociedade civil.  Esta participação foi restringida após os conflitos em Paris. Este fato prejudicou em muito a transparência que este acordo climático poderia alcançar em todo o mundo.   As propostas veiculadas pela grande mídia no início da COP 21 de que seriam  “acordos vinculantes”, com força de lei internacional para o cumprimento,  ficaram restritas a apenas alguns itens do documento.  Mesmo as regras de como e onde serão investidos os  US$100 bilhões carecem de transparência.
   Diante o agravamento da crise socioambiental no mundo, onde os mais pobres continuam sofrendo as mais graves consequências de economias que se organizam  a partir dos combustíveis fósseis,  aguardar até 2020 já é uma preocupação. Por que esperar pelo amanhã se podemos desde já agir pela valorização da pessoa humana e de todo meio ambiente ?
   O agir local e pensar global, continua sendo pouco respeitado  pelos governos que se fecham em acordos com medidas de implementação vagas, onde os bilhões de recursos  são anunciados.  Como serão revertidos  ?  Várias são as interrogações.
    O que não se vê é o apoio de precaução de forma eficaz as comunidades locais que estão procurando se defender de tantos problemas socioambientais que aflige a nossa espécie humana. Projetos locais  são apresentados  pelas comunidades e caem no esquecimento e no vazio. Ou será que a sociedade civil já não vinha alertando sobre o perigo da mineração predatória, ou pela concentração de riquezas em poucas famílias, enquanto bilhões de seres humanos continuam migrando, sofrendo com a miséria, as consequências de falta d’água, das guerras e das  mudanças bruscas no clima em todo mundo.
   Sobre os problemas socioambientais, já conhecemos o que a grande mídia privilegia. Grandes manchetes  sejam nas ditas “catástrofes” ambientais já anunciadas ou nos mega eventos ambientais que o mundo vem protagonizando.  A sociedade civil deve continuar sua jornada se mobilizando, construindo caminhos de baixo para cima, onde os seres humanos sejam de fato respeitados e a informação socioambiental,  que salva vidas,  seja disponibilizada para todas as pessoas, independentemente de classe social.

   Diz-se que as questões ambientais são complexas. A cada Conferência do Clima,  cria-se um novo patamar de discurso que podemos chamar de “ambientalês” (  dados técnicos e científicos) que fundamentam palavras e acordos. O acesso a estes conteúdos continuam restritos a poucos.  Na prática fica um vazio sobre a urgência que as ações devem contemplar, pois as palavras da COP 21 ainda estarão aguardando 2020.  Estarão aguardando os mercados. Fica  a pergunta: e nós seres humanos ? E todo o meio ambiente  ? O sofrimento causado pela ação predatória da insustentabilidade das sociedades é cada dia mais grave. Como dizer a quem sofre: espere até 2020, ou 2030... ? O  que sabemos  ainda é que se excluem bilhões de seres humanos, nossa espécie, a uma vida digna, saudável, com qualidade de vida e meio ambiente saudável -  hoje, agora. Melhor é ser solidário desde ontem. Esta lição à população brasileira demonstrou com a população de Mariana e do  Vale do Rio Doce. Fica nosso convite: que sejamos solidários a cada instante.    Enquanto se discute quanto de agrotóxico existe nas verduras e frutas que compramos, vamos plantar e consumir alimentos orgânicos.  Ensine seus filhos a plantar alimentos saudáveis.  Assim nos sentiremos mais humanos e saberemos que existem caminhos hoje para construirmos juntos sociedades sustentáveis. 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

IGAM E OUTORGAS LOCALIZADAS NOS RESERVATÓRIOS DE SERRA AZUL, RIO MANSO E VARGEM DAS FLORES



IGAM DECLARA SUSPENSÃO PARCIAL DE OUTORGAS LOCALIZADAS A MONTANTE DOS RESERVATÓRIOS SERRA AZUL, RIO MANSO E VARGEM DAS FLORES

  De acordo com a Resolução Conjunta Semad/Igam nº 2312, ficam suspensas parcialmente, pelo período de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data de publicação desta Resolução, as outorgas de direito de uso dos recursos hídricos existentes nas porções hidrográficas a montante dos reservatórios Serra azul, Rio Manso e Vargem das Flores.
A suspensão parcial das outorgas referidas neste artigo abrange todos os usos de recursos hídricos nas respectivas porções hidrográficas, nos seguintes termos:
a) Redução de 20% do volume diário outorgado para as captações de água para a finalidade de consumo humano, dessedentação animal ou abastecimento público;
b) Redução de 25% do volume diário outorgado para a finalidade de irrigação;
c) Redução de 30% do volume diário outorgado para as captações de água para a finalidade de consumo industrial e agroindustrial; e,
d) Redução de 50% do volume outorgado para as demais finalidades.
O não cumprimento da suspensão parcial ensejará a suspensão total do direito de uso de recursos hídricos conferido ao infrator até o término do prazo estabelecido.
Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 10 de novembro de 2015.
O inteiro teor desta resolução estará disponível no site www.igam.mg.gov.br.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

COP 21 - MUDANÇAS CLIMÁTICAS


   Por ocasião da realização da COP 21 - A Conferência do Clima - Paris 21 consideramos importante divulgar os debates sobre as mudanças climáticas. Segue vídeo que trata do tema. Saudações.

COP 21 EM MINAS GERAIS - A GENTE FAZ O CLIMA
















  O Jornal Oecoambiental esteve  presente no lançamento da “ COP 21 Minas Gerais – a gente faz o clima”.  Os Importantes temas debatidos na Conferência do Clima COP 21 estão acessíveis à população nos dias 5 e 6 de dezembro, no Parque Municipal – Teatro Francisco Nunes. Parabenizamos James e Christine pelo empenho e determinação na realização deste evento.
    A abertura da COP 21 Minas contou com a presença do Embaixador da França no Brasil,  de representantes da Prefeitura de BH , do governo do Estado, de segmentos da sociedade civil, estudantes e da comunicação socioambiental.
    A palestra inaugural da COP 21 Minas ficou a cargo de Chou Sin Chan, especialista em clima pelo INPE. Ela apresentou dados científicos que fundamentam a tese de que a ação antrópica  ( do grego anthropos  que quer dizer -  “homem”), ou seja,  a ação realizada  dos seres humanos   está alterando  o clima e aquecendo a Terra.  Os extremos de mudanças bruscas no clima chuva concentrada e inesperada  em determinada região ou seca em outras são eventos que causam inúmeros problemas e transtornos socioambientais.  Do ponto de vista sociológico, fica o desafio em como lidar com as consequências dos extremos de clima. . As sociedades, as pessoas se desorientam, perdem suas residências, sua história familiar, se desalojam, migra  em busca de melhores condições de vida, daí o fenômeno crescente de migrações que acontece no mundo.
   O caminho é nos informar e agir dentro dos princípios da precaução. Necessitamos que os dados científicos estejam democratizados para toda a população, pois os que mais sofrem com as mudanças climáticas são as populações mais pobres do Planeta. E todas as classes sociais estão convocadas a agirem sobre estes problemas climáticos. Afinal toda espécie humana está ameaçada, sofrendo e sofrerá, se medidas dos Governos não forem implementadas para solucionar tantos problemas.
    Sobre a conjuntura  em que a COP 21 se realiza  é inusitada: buscar um acordo climático onde há declaração de estado de guerra. O que fazer ?  Os conflitos socioambientais ganham complexidade. A Paz é um eixo fundamental para a conquista da sustentabilidade.  O contraditório ou a voz da sociedade civil, impedida de se manifestar pelas medidas de segurança que estão sendo adotadas enfraquece  a repercussão de possíveis acordos governamentais. Afinal todos temos o direito a informação e a participação, pois os Governos debatem questões que dizem respeito à manutenção da vida de nossa espécie humana, de nossas famílias, das gerações presentes e futuras.
   O Jornal O Ecoambiental, conclama a sociedade civil a participar pacificamente, a se manifestar exigindo que a COP 21 viabilize  resoluções que de fato sejam implementadas e  haja um compromisso global de se deter as consequências drásticas que as mudanças de clima estão provocando no dia a dia de todos nós.
   Fica a necessidade de internalização de uma ética da sustentabilidade que deve gerir as pessoas, instituições e governos. Mesmo que seja rompendo estruturas de apologias ao consumo, a emissão desacerbada de gases de efeito estufa, ao descontrolo sobre o desmatamento da Amazônia.
  O Brasil diz que vai zerar o desmatamento ilegal da Amazônia até 2030, mas como se não há infraestrutura  suficiente dos próprios órgãos governamentais para  fiscalizar o desmatamento, ou mesmo, a sociedade civil está colocada em segundo plano nas decisões que afetam as presentes e futuras gerações? Esta falta de efetividade na fiscalização de governos no que se refere a prevenção dos conflitos socioambientais está evidente na devastação socioambiental de Mariana. 
   Amigos(as) fica nosso convite: tome uma atitude. Promova ações pacíficas que visem à valorização da pessoa humana e de todo meio ambiente. Assim poderemos ir somando forças para que os Governos compreendam que a questão ambiental não é apenas discursar em inúmeras Conferências de Meio Ambienta, mas promover mudanças para a inclusão das maiorias nas soluções destes problemas socioambientais. Queremos que nossa voz seja ouvida, respeitada e que possamos programar, em parceria, ações que solucionem tantos problemas causados pelos seres humanos sobre o meio ambiente.

domingo, 29 de novembro de 2015

EXPEDIÇÃO DO JORNAL O ECOAMBIENTAL A MARIANA E VALE DO RIO DOCE

SOS MARIANA - VALE DO RIO DOCE - LITORAL DO ESPÍRITO SANTO

   Diante o cenário de caos e devastação pelo rompimento da barragem em Mariana, o Jornal O Ecoambiental tem realizado campanhas de doações de água, juntamente com a comunidade de Santa Efigênia em BH. Como o fizemos na Mostra Encanto dos Pássaros, que levou a população os temas da COP 21, do plantio de alimentos sem agrotóxicos, da economia solidária e da cultura.  Estamos orientando para que as pessoas e instituições possam doar água para a população e rações pela quantidade de animais que ainda estão espalhados pela região. Um cenário muito complicado e um momento de muita reflexão para as pessoas, a sociedade civil, instituições e governos. Estamos realizando uma expedição para a região de Mariana com outras pessoas e instituições apoiadoras, como bombeiros e escoteiros. Quem se interessar em participar favor nos enviar comentários por este blog e pela página do Jornal O Ecoambiental no facebook. Como sempre temos dito, o fundamental é a união da sociedade civil para que possamos nos defender dos problemas crescentes de meio ambiente no Brasil e no mundo. Participe !

FAN 2015 - ENCONTRO DE BLOCOS COM A PRESENÇA DO ILÊ AYÊ DE SALVADOR PROMETE NESTE DOMINGO EM BH


     O Jornal O Ecoambiental está presente  no Festival de Arte Negra – FAN 2015. A valorização da cultura mineira e brasileira é um dos eixos importantes do FAN que comemora vinte anos desde sua primeira edição. O tema deste ano foi “Encontros”  de caráter intercultural e difusor da riqueza proveniente dos diálogos, segundo os organizadores.  Este importante festival multicultural do  calendário mineiro e brasileiro traz a arte de Jorge dos Anjos. Artistas renomados que representam e genialidade musical da cultura negra/afro-brasileira.  O FAN conta com vários espaços de apresentações em BH, como Parque Municipal, Praça da Estação, Viaduto Santa Tereza. No Parque há um espaço dedicado ao mercado - OJÁ com roupas, livros, arte, beleza, cultura e diversidade.
   Na sexta feira o FAN trouxe a BH Gabi Amarantos (Belém) com a participação especial de Carla Gomes e Rico Dalasam.
  Presenciamos momentos culturais de primeira linha para quem gosta do samba de Raiz, na sexta-feira  no Parque Municipal.  A noite do samba do FAN foi excelente,  com a presença de Dé Lucas e o Samba na Batuta (BH), Dona Elisa (BH) e Mestre Conga (BH), Nei Lopes (RJ) e Mariene de Castro (RJ) e para fechar uma noite de muita alegria no viaduto de Santa Tereza se apresentaram o Samba da Meia Noite (BH) e Fuzuê D’Aruanda (RJ).
  O domingo no encontro de blocos promete em BH, com a presença do Bloco Ilê Ayê de Salvador e alguns dos blocos que estão inovando o carnaval de BH na Praça da Estação as 17 h.
  O FAN continua dando uma demonstração de respeito à diversidade. “ Negros, brancos, pardos, com suas crenças, estilos e ideais. As diversidades são bem-vindas e enriquecem a festa. Aproveite aprendendo com tudo aquilo que novo para você.” É o lembrete que vem na programação do FAN 2015.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O JORNAL O ECOAMBIENTAL APÓIA A CASA ANAWIM


  O Jornal O Ecoambiental apóia a Casa Anawim organizada pela Irmã Dulce, que cuida dos moradores de rua de Belo Horizonte.
   Conhecemos este trabalho através da Mostra Encanto dos Pássaros. Neste evento promovido pelo Jornal O Ecoambiental dia 21 de novembro no bairro de Santa Efigênia, recebemos doações de alimentos não perecíveis, que estamos encaminhando a irmã Dulce coordenadora da Casa Anawim.
  Diante da comoção frente à devastação socioambiental de rejeito de minério em Mariana e Vale do Rio Doce, cidades do Espírito Santo e Oceano Atlântico, consideramos que este triste acontecimento pode nos educar socioambientalmente como sociedade, para percebermos quantos problemas socioambientais estão a nossa volta e que necessitam de uma atitude de cada pessoa para vence-los.
   A Casa Anawim percebe os seres humanos nas ruas de BH e busca restituí-los de sua dignidade.   Convidamos a população a entrar em contato com a irmã Dulce. Ela nos disse que aceitam trabalhos voluntários, doações de alimentos, roupas, sapatos, principalmente para os homens moradores de rua. A Casa Anawim busca reconstruir as famílias dos moradores de rua ou possibilitá-los sair das ruas.  Agradecemos a todos e convocamos a população a se unir para esta e outras ações em defesa dos seres humanos e de todo o meio ambiente. Nossas cordiais saudações a todos. Um abraço fraterno a irmã Dulce e todos que trabalham na Casa Anawim.
   Mais informações no link abaixo:

terça-feira, 24 de novembro de 2015

MOSTRA ENCANTO DOS PÁSSAROS - LIBERDADE E ÁGUA LIMPA

UM EVENTO SOCIOAMBIENTAL
 QUE VALORIZOU O SER HUMANO E TODO MEIO AMBIENTE

Participação da economia solidária - Mostra Encanto dos Pássaros - Foto: Pedro Luis


 EDITORIAL


     A Mostra Encanto dos Pássaros – Liberdade e Água Limpa - realizada no sábado do dia 21 de novembro foi um sucesso. Promovida pelo Jornal O Ecoambiental, que surgiu da prática de sociologia da UFMG, através dos cursos de educação ambiental: O Cidadão e o Meio Ambiente.  Foi gratificante dar continuidade ao nosso diálogo permanente com a população, através da comunicação e educação socioambiental.  Divulgamos a importância de construirmos juntos, como comunidade,    uma cultura de cultivo e consumo de alimentos sem agrotóxicos. Os debates da COP 21.  Procuramos divulgar através de cartilhas alguns valores da produção orgânica como:
- Uso de práticas sustentáveis que possibilitem a redução da contaminação, degradação e desperdícios do solo, da água e do ar.
- Manutenção de solos vivos e férteis com práticas que promovam o desenvolvimento harmônico e equilibrado de sua atividade biológica.
- Oferta de produtos saudáveis e isentos de contaminantes que possam colocar em risco o meio ambiente e a saúde do produtor, do trabalhador e do consumidor.
   Um dia antes da realização de nosso evento havia uma apreensão por causa das chuvas torrenciais de sexta-feira. Não choveu no sábado, ainda que o show das previsões nas TVs e internet informassem que haveria chuva. Este desencontro seria fruto das mudanças climáticas ou de nossa Fé em Deus  ?  Confiantes no Patrocínio de São Pedro, à medida em que as horas do dia avançavam o sol foi surgindo iluminando nosso trabalho. Podemos presenciar famílias que trouxeram seus filhos ainda nos carrinhos de bebês. Jovens e adultos prestaram sua solidariedade a população de Mariana e do Vale do Rio Doce.
Comunidade de Santa Efigênia - Mostra Encanto dos Pássaros - Foto: Pedro Luis

    Em um recente editorial havíamos mencionado que os problemas de meio ambiente precisam ser evitados através dos princípios da precaução e prevenção da sociologia,  cujo foco de trabalho denominou: socioambiental e do direito ambiental.  Os problemas de meio ambiente atinge principalmente a população mais pobre. O que não tira a responsabilidade de construção de um meio ambiente saudável para todas as classes sociais.  Para vencermos estes problemas precisamos nos unir,  agir, individual e coletivamente.
    O Jornal O Ecoambiental impresso traz uma matéria de como plantar alimentos orgânicos em casas e apartamentos. Enquanto não conquistamos em nossa cidade mais feiras, com preços e oferta de produtos  orgânicos acessíveis para toda a população, precisamos dar um passo: plantar sem agrotóxicos. Convidamos a todos a dar este passo a partir de onde moramos:  plantar alimentos orgânicos em casas, apartamentos, áreas comuns de condomínios, terraço de edifícios. Cultivar esta cultura de vida sem agrotóxicos.  Plantar além de ser uma terapia, nos aproxima da realidade do tempo de plantar e colher. Melhorar o meio ambiente aonde moramos.  Equilibrarmos nosso ambiente, em casa, para que as plantas, verduras e frutas possam se desenvolver com qualidade e todos nós seres humanos tenhamos uma qualidade de vida de fato melhor.
   Em recente entrevista que realizamos com um técnico da Emater, ele nos disse que as pragas aparecem nas lavouras, quando o ambiente de plantio (fauna e flora)  não está harmonizados.
  Como o Papa Francisco alertou em sua Encíclica de meio ambiente, uma ação simbólica nos gratificou, que foi fazer algo para trazer mais humanidade a nossa cidade. Muito nos constrange como seres humanos andar pelas ruas de Belo Horizonte e constatar o número crescente de mendigos e moradores  de rua. Muitas vezes nos sensibilizamos em cuidar de animais domésticos como se fossem seres humanos e não percebemos nossa própria espécie degradada nas ruas. O que reflete a alienação socioambiental da maioria da população. Assim também agimos quando não nos importamos enquanto sociedade em limpar as águas sujas de rios, lagos e oceanos. Quando insistem que a população consuma sem limites e frustre a existência de muitos pelo não ter, o ser fica relegado a último plano.  O triste acontecimento de Mariana deve nos levar a uma reflexão para percebermos quantos problemas ambientais estão a nossa volta e que necessitamos agir para resolve-los, enquanto há tempo. 
   Com tanto rejeito de minério expondo as feridas de Minas Gerais, que extrai e exporta tanto ouro e mantêm o povo na miséria, o olhar para os mendigos e moradores de rua que dormem ao relento nas calçadas de BH é uma vitória para nosso evento socioambiental.
     O Jornal O Ecoambiental agradece a comunidade de Santa Efigênia, a Paróquia de Santa Efigênia, ao  Grupo de Escoteiros que estiveram presentes, recolhendo doações de águas para a região de Mariana e do Rio Doce, atingidos pela devastação socioambiental da lama de rejeito de minério.  Agradecemos a nossa comunidade que doou alimentos para a Casa Anawim que realiza um trabalho quase anônimo de dar café aos mendigos e moradores de rua de Belo Horizonte. Ao grupo de economia solidária presente em nossa mostra, ao Adenilson representando a produção orgânica de alimentos. Ao apoio do Bloco Liberdade e Água Limpa, e o Bloco Metralhas,  a Maria Ephigênia, a Mercearia Santo Antônio do Mercado Central de Belo Horizonte, a Luzia e o Paulo,  aos comerciantes locais:  Cláudio Omelete, os irmãos Carlinhos e Cláudio, a Cia do Xerox – Eduardo e Maria Helena, Lucas,  a Somel e Banda, ao Melquíades Barbosa, ao Sr. Antônio eletrecista, a Cemig, BH Trans, PMMG, Guarda Municipal de BH,  Corpo de Bombeiros de MG, a PBH, a Christine e ao mestre Paco Pigalle,  fazemos votos que no mundo, a Paz seja vitoriosa,   a irmã Dulce da Casa Anawim.
    A criminosa e excludente concentração de renda do Brasil, uma das piores do mundo, insiste em perdurar, em um País onde  existem solos tão ricos,  ações simbólicas como a Mostra Encanto dos Pássaros- Liberdade e Água Limpa, questiona: por que deixamos pessoas nas ruas e não consideramos isto um problema socioambiental urgente para ser resolvido ?  Assim como as águas cada dia mais poluídas pela ação humana ? O desmatamento da Amazônia, da Mata Atlântica. Ainda perduram conflitos com as culturas indígenas, como a recente devastação de peixes e degradação do Rio Doce atingindo os índios Krenak e a população local.  É preciso uma olhar para valorizar as culturas presentes em nosso País como as comunidades quilombolas e populações tradicionais.  Perduram os questionamentos de ainda não temos feiras  orgânicas em todos os bairros de Belo Horizonte, com preços acessíveis para todos.  Por que tanta dificuldade de realizarmos um evento que aborda o tema das mudanças climáticas que é fundamental para que possamos implantar medidas de precaução na sociedade. Por que este debate está  distante da maioria da população ?

   O Jornal O Ecoambiental trabalha pela valorização da sociedade civil. Ainda há tempo para corrigirmos como sociedade nossos erros. Então vamos nos unir para vencermos tantos conflitos que os seres humanos estão criando. Maltratando o meio ambiente, transferindo nossa responsabilidade socioambiental para outros,  estamos maltratando a nós mesmos. Cada um de nós tem algo de bom como ser humano. Que possamos unir o que há de melhor em cada pessoa para valorizarmos nossa espécie e todo o meio ambiente.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

MOSTRA ENCANTO DOS PÁSSAROS - DIA 21 SÁBADO - VAI RECEBER DOAÇÕES DE ÁGUA PARA A REGIÃO DO RIO DOCE E GOVERNADOR VALADARES


                                                   

                 MOSTRA AGROECOLÓGICA
                  ENCANTO DOS PÁSSAROS

           COP 21 - Jornal O Ecoambiental
  
  Dia 21 de novembro - sábado - Santa Efigênia - BH
  
APRESENTAÇÃO DOS TEMAS DA CONFERÊNCIA DO CLIMA – COP 21 – PARIS 21

MOSTRA DE PRODUTOS DA AGROECOLOGIA, DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS, EDUCAÇÃO PARA O PLANTIO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS, USO DE DEFENSIVOS ORGÃNICOS

ENCONTRO GASTRONÕMICO DE ALGUNS PAÍSES

ATIVIDADES CULTURAIS, GRUPOS MUSICAIS, CAPOEIRA, POVOS INDÍGENAS, BLOCO LIBERDADE E ÁGUA LIMPA - PARTICIPAÇÃO ECONOMIA SOLIDÁRIA, ESCOTEIROS, BOMBEIROS

DIA: 21 DE NOVEMBRO – SÁBADO
HORÁRIO: DE 10 ÀS 22h
LOCAL: AV. BRASIL – SANTA EFIGÊNIA – BH/MG – PRÓXIMO IGREJA SANTA EFIGÊNIA QUARTEIRÃO ENTRE RUAS ÁLVARES MACIEL E DOMINGOS VIEIRA

 ENTRADA: UM QUILO DE ALIMENTOS NÃO PERECÍVEIS

 PARTICIPE, TRAGA A SUA FAMÍLIA –  PORQUE:


        CONSTRUIR UM BRASIL E MUNDO SUSTENTÁVEIS É POSSÍVEL

   SOLICITAMOS PARA A POPULAÇÃO A DOAÇÃO DE ÁGUA DURANTE O EVENTO QUE SERÁ ENCAMINHADA A REGIÃO DO RIO DOCE, GOVERNADOR VALADARES ATRAVÉS DOS ESCOTEIROS.

REALIZAÇÃO: JORNAL O ECOAMBIENTAL

APOIO: PRODUTORES DA AGROECOLOGIA, ECONOMIA SOLIDÁRIA, COMUNIDADE LOCAL, PARÓQUIA DE SANTA EFIGÊNIA

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

COP 21 - MOSTRA AGROECOLÓGICA - DIA 21 SÁBADO - BH


                                                     

                 MOSTRA AGROECOLÓGICA
                  ENCANTO DOS PÁSSAROS

           COP 21 - Jornal O Ecoambiental
  
  Dia 21 de novembro - sábado - Santa Efigênia - BH
  
APRESENTAÇÃO DOS TEMAS DA CONFERÊNCIA DO CLIMA – COP 21 – PARIS 21

MOSTRA DE PRODUTOS DA AGROECOLOGIA, DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS, EDUCAÇÃO PARA O PLANTIO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS, USO DE DEFENSIVOS ORGÃNICOS

ENCONTRO GASTRONÕMICO DE ALGUNS PAÍSES

ATIVIDADES CULTURAIS, GRUPOS MUSICAIS, CAPOEIRA, POVOS INDÍGENAS, BLOCO LIBERDADE E ÁGUA LIMPA - PARTICIPAÇÃO ECONOMIA SOLIDÁRIA, ESCOTEIROS, BOMBEIROS

DIA: 21 DE NOVEMBRO – SÁBADO
HORÁRIO: DE 10 ÀS 22h
LOCAL: AV. BRASIL – SANTA EFIGÊNIA – BH/MG – PRÓXIMO IGREJA SANTA EFIGÊNIA QUARTEIRÃO ENTRE RUAS ÁLVARES MACIEL E DOMINGOS VIEIRA

 ENTRADA: UM QUILO DE ALIMENTOS NÃO PERECÍVEIS

 PARTICIPE, TRAGA A SUA FAMÍLIA –  PORQUE:
        CONSTRUIR UM BRASIL E MUNDO SUSTENTÁVEIS É POSSÍVEL

   SOLICITAMOS PARA A POPULAÇÃO A DOAÇÃO DE ÁGUA DURANTE O EVENTO QUE SERÁ ENCAMINHADA A REGIÃO DO RIO DOCE, GOVERNADOR VALADARES ATRAVÉS DOS ESCOTEIROS.

REALIZAÇÃO: JORNAL O ECOAMBIENTAL

APOIO: PRODUTORES DA AGROECOLOGIA, ECONOMIA SOLIDÁRIA, COMUNIDADE LOCAL, PARÓQUIA DE SANTA EFIGÊNIA


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

DEVASTAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DE MARIANA AO OCEANO ATLÃNTICO



DISTRITO DE BENTO RODRIGUES - MARIANA - MG -  APÓS LAMA DE REJEITO


  As crises socioambientais que o Brasil e o mundo enfrentam  ganham tristes manchetes nestes dias,  com a avalanche de rejeito de minério a partir de Mariana, que destrói vidas humanas, a fauna , flora e  chegam até o Oceano Atlântico.  É  uma realidade  anunciada  e cada vez mais presente nas sociedades neste início de século XXI,  com conseqüências destrutivas para nossa espécie e todo o meio ambiente.
   A gravidade da crise socioambiental que vivenciamos alcança proporções de esgotamento das sociedades atuais. Conseguimos visualizar a devastação ambiental através do olhar, pelas redes sociais, TVs, em tempo real.   A grande questão é como visualizar, analisar e transformar  a alienação e degradação da própria condição ética. socioambiental da espécie humana.  Como medir a degradação do próprio ser humano, que  através da grande mídia,  é estimulado a ser  cada vez mais individualista, predador e consumista ao extremo. Os conflitos socioambientais estão aí visíveis, previsíveis e  atinge proporções de devastação.  Em poucos minutos risca-se do mapa, vidas, comunidades inteiras, tragadas pela voracidade do capital.
  Diante a vulnerabilidade dos seres humanos ergue-se uma montanha de rejeitos que nos faz pensar: quanto ouro, quanta riqueza é extraída diariamente das Minas Gerais, do Brasil e do mundo e quão pouco ou nada valem:  as vidas humanas para alguns, as águas limpas, os outros seres vivos, a biodiversidade, o meio ambiente nas sociedades insustentáveis atuais.    
   Uma avalanche de lama é o que resta a algumas comunidades, ao meio ambiente. Muito importante é a solidariedade humana, o que o sofrimento das vidas provoca ainda em algum lugar do cérebro humano.  Será que nossa espécie é boa ? Podemos encontrar em cada um de nós algum lugar comum  nesta harmonia de beleza,  com este exuberante Planeta em que fomos presenteados habitar  ?   A grande questão é como despoluir as mentes, a irracionalidade de construir sociedades insustentáveis em detrimento da dignidade humana, da felicidade e de valorização da beleza da vida: da natureza agredida.  Por que esta solidariedade em Mariana e para com outras comunidades, não se estende para tirarmos todos os mendigos que lotam as ruas do Brasil  ?  Por que não nos unimos para despoluir e tirarmos os rejeitos, a sujeira, a poluição do Rio Tietê, da Lagoa da Pampulha em MG e em tantas regiões do Brasil e do mundo  ? 

    São tantos conflitos e contradições socioambientais que a própria natureza está nos devolvendo os “rejeitos” que represamos. O Tsunami da mineração expõe as riquezas extraídas, do ouro exportado, que mantêm a contradição de poucos ricos e bilhões de pobres, sem rumo, sem lenço, nem documento.  Do Brasil que exporta minérios através dos minerodutos  com água e pede ao cidadão para economizar água. Sim estamos buscando economizar a água. Que possamos então limpar as águas e mantê-las potáveis para que nossa espécie sobreviva.  O Brasil que diz estar numa crise e expõe ao mundo suas chagas, o ouro de Minas que continua forjando  poucos bilionários e condenando a maioria dos humanos e do meio ambiente a degradação.  E pensar que o Brasil ainda ostenta o título de uma das piores distribuições de renda do mundo. Fica a pergunta: para onde foi e vai todo este ouro, este minério que condena há séculos nosso povo a miséria ?   E as conseqüências da degradação socioambiental continuam atingindo os mais pobres. Ou será que havia muitas mansões nos distritos de Mariana encobertos pelo rejeito? Até quando vamos aceitar este rejeito da exclusão?
    Ser solidário ao ser humano e ao meio ambiente que clama em Mariana e no percurso da devastação de rejeitos é comprometermos com a construção da sustentabilidade.   Temos que refazer a organização de nossas sociedades.  A sociedade civil é a grande protagonista da construção da sustentabilidade.  Por isto, os movimentos socioambientais no Brasil e no mundo são fundamentais. Embora quase sempre não sejamos ouvidos, ou mesmo ficamos horas, dias, meses, anos lutando para sermos ouvidos e por respeito ao nosso trabalho.  Não se ouviu na maioria da grande mídia a palavra  dos movimentos socioambientais de MG  que lutam há anos pela melhoria da qualidade de vida e meio ambiente sobre o caos da mineração em Mariana e em MG. É importante ouvir sem dúvida a todos, inclusive que se valorize e respeite quem trabalha como sociedade civil nos princípios da precaução e prevenção.  
    Precisamos acreditar na força de cada ser humano que busca encontrar em si mesmo o que há de melhor. Unir o que há de melhor nas pessoas é o primeiro passo para a construção de comunidades sustentáveis.  Temos que dizer um basta à degradação do consumo além da medida.  Precisamos como diz a sabedoria de alguns povos, descobrir o que é ser suficiente. O que significa manter, apoiar-se,  ser sustentável.  Unir as famílias não pelo consumo, seja de bens, seja do consumo de crenças mercantilizadas.  Precisamos nos unir porque se olharmos bem para nossa essência, ainda possuímos algo de bom em  cada um de nós. É preciso que vençamos o ódio sobre nossa própria condição humana. Erramos sim,  como pessoa e como sociedade, mas podemos e temos condição de vencer nossos erros.
   Com toda tecnologia que nos leva a sonhar se há vida em Marte. Precisamos nos dar conta de que ainda há água aqui na Terra. E que se estamos percebendo com tristes acontecimentos, tsunamis forjados pelos seres humanos que erramos, precisamos corrigir o caminho. Temos que nos unir não só às vésperas da Conferência do Clima – Paris 21, que traz todos os estudos científicos  e evidências cotidianas de que vamos enfrentar períodos cada vez mais complicados com relação à atitude do ser humano frente ao meio ambiente.

                          A ÁGUA COMO ELA É ... E COMO A QUEREMOS... 




    Precisamos nos unir porque acreditamos na beleza da vida, no mistério de estarmos habitando este Planeta exuberante e porque como parte do meio ambiente podemos cuidar melhor de nossa própria espécie.  Melhor que alimentar o ódio é alimentar o ser humano de pão e da busca de mais felicidade para todos e não apenas para poucos. Se aprendermos estas lições, vamos dar sentido a nossa existência com a dignidade que possuímos e o respeito e a gratidão que todo o meio ambiente e a Terra merecem. 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

BRASIL 2040 - AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS













   A mudança do clima global é o maior desafio à ação consertada da humanidade neste início de século. A trajetória de desenvolvimento do Brasil e dos demais países depende do grau de alteração das variáveis climáticas e de sua distribuição no espaço. Há consenso em que, mesmo ante a incerteza relativa a dimensão e distribuição dos fenômenos climáticos, é preciso avançar em ações que aumentem a resiliência das estruturas que balizam a vida e a economia.
   A Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR) encomendou a instituições de reconhecida competência simulações a partir de modelos climáticos globais. O objetivo é estimar como as mudanças climáticas afetariam os setores econômicos em diferentes horizontes e sugerir estratégias de prevenção e de aumento de resiliência de diferentes sistemas que poderiam ser afetados.
   O estudo denominado “Brasil 2040: cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima” é constituído por quatro etapas. A primeira etapa consiste na aplicação de dois dos mais de quarenta modelos de clima global disponíveis para, a partir de suas projeções e com base em dois cenários distintos, derivar hipóteses de comportamento climático para o território brasileiro em 2040.
   A segunda etapa do estudo identificou os impactos de cada um dos cenários climáticos sobre os recursos hídricos. Isso é crucial, pois quase todos os setores econômicos e as concentrações humanas sofrem impactos, não somente por variações de temperatura, mas, sobretudo, por variações na disponibilidade hídrica.
   A terceira etapa consistiu em analisar os impactos sobre a população, sobre os recursos naturais e sobre alguns setores econômicos, considerando variações climáticas e disponibilidade de recursos hídricos. Isso foi feito relacionando as alterações das principais variáveis climáticas – temperatura e pluviosidade – com produção dos setores econômicos, infraestrutura, saúde humana, etc.
   A quarta etapa do estudo consistiu na identificação de algumas medidas de adaptação ao cenário associado às projeções. Tais medidas envolvem estruturas caras (por exemplo: barragens para armazenar água ou construção de diques em zonas costeiras), mas contemplam também medidas mais simples como, por exemplo, sistemas de alerta de riscos, mudanças de práticas agrícolas, organização de grupos sociais, etc.
   As dificuldades e desafios para elaborar um estudo tão abrangente são grandes e requerem o envolvimento de diversas áreas do conhecimento humano: engenharias, agricultura, economia, recursos hídricos, climatologia e sociologia. Os estudos foram desenvolvidos por instituições nacionais renomadas com o objetivo primário de subsidiar processos relevantes no âmbito da Política Nacional sobre Mudança do Clima, em particular, e no Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, em fase de conclusão no governo federal.

   De particular importância é a especificação dos diversos níveis de incerteza associados às projeções. A modelagem climática global é um campo de desenvolvimento recente, caracterizado tanto pelo elevado número de variáveis naturais em processo de co-interação, quanto pela incerteza sobre o comportamento futuro de variáveis antrópicas, a mais importante delas relativa aos níveis de CO2 equivalente na atmosfera. A tradução da escala em que são elaborados os modelos globais para uma escala menor do território brasileiro também depende de metodologia desenvolvida recentemente e em processo de ajuste e refinamentos. Da mesma forma, as variáveis de disponibilidade hídrica padecem das mesmas restriçoes. Avaliar e expressar de forma clara e compreensível a incerteza associada a tais modelagens é essencial para que os resultados das simulações sejam vistos, compreendidos e utilizados na exata dimensão de sua capacidade preditiva e para evitar a exploração sensacionalista de dimensões seletivas das simulações. (Fonte: SAE)

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

I JOGOS MUNDIAIS INDÍGENAS - PALMAS 2015


   A primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas acontece em Palmas – Tocantins até 1º de novembro, reunindo 24 etnias brasileiras e de outros 23 países. Além de indígenas das Américas, estão presentes povos das Filipinas, Nova Zelândia, Rússia, Congo, Mongólia, dentre outros. Segundo lideranças dos povos indígenas, este evento fortalece a cultura indigena no Brasil e no mundo.

    Segue modalidades típicas do I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas:


terça-feira, 20 de outubro de 2015

COP 21:DECLARAÇÃO E COMPROMISSO FÉ NO CLIMA


























Comunidades Religiosas e Mudanças Climáticas


Introdução
·         Reunidos a convite do Instituto de Estudos da Religião (ISER), em parceria com Gestão de Interesse Público (GIP), no Encontro Internacional Fé no Clima, ocorrido em 25 de agosto de 2015 no Rio de Janeiro, enquanto representantes de diversas comunidades religiosas regionais, nacionais, internacionais e transnacionais, vimos compartilhar nossas convergências de percepções e aspirações em torno do tema das mudanças climáticas.
·         Consideramos que essas percepções e aspirações, na medida em que sejam conhecidas e disseminadas no interior das nossas comunidades religiosas, contribuirão de maneira substantiva para promover na esfera local mudanças comportamentais e éticas — individuais e coletivas —, que se somarão aos compromissos sociais, econômicos e políticos a serem assumidos pelos governos em suas esferas regionais, nacionais e nos fóruns internacionais.
·         O debate sobre as mudanças climáticas não pode se dar descontextualizado das questões sociais, econômicas e ambientais. O risco que se corre com isso é o de que este importante desafio de lidar com a mudança do clima se torne apenas mais uma “bandeira”, sem uma reflexão mais profunda sobre seus impactos no aprofundamento das desigualdades e na geração de disputas de política econômica global. Esse debate deve ser apreciado à luz da justiça social, das questões ambientais mais amplas e da busca de equidade econômica.
·         O grupo de lideranças comunitárias e religiosas, comprometido com a agenda ambiental, reunido na iniciativa Fé no Clima espera dar um testemunho vivo da possibilidade de comunhão de percepções, aspirações e ações concretas para a construção de um mundo mais saudável e respeitoso, mesmo em face da mais ampla diversidade de crenças e pertenças e inclusive de não crenças.

Percepções comungadas
·         A Ciência vem demonstrando que o estado de dilapidação do planeta Terra e o agravamento das mudanças climáticas foram provocados pela ação humana recente (Antropoceno). O conjunto de ações que conduziram o planeta à situação presente foi baseado em uma mentalidade dominante que acreditava e agia como se o ser humano fosse algo isolado das complexas relações que possibilitam a vida. Nossos fundamentos sagrados, no entanto, encontram uma forte convergência na percepção de que o ser humano é tão importante no planeta Terra (Mamapacha, Irê, Casa Comum) quanto os outros entes animados e não animados que aqui vivem. A interdependência entre todos os seres é a consciência que devemos promover em nossas comunidades, se quisermos propiciar uma transformação ética e comportamental sistemática e planetária.
·         Consideramos que enquanto a lógica da competição dominar a vida humana em sociedade e prevalecer na base das razões dos Estados e nos campos de negociação da diplomacia global, pouco ou nenhum avanço conseguiremos no sentido de tornar a vida planetária mais justa e segura. Baseados em nossos fundamentos sagrados comungamos a ideia de que o espírito de colaboração e cooperação pavimentam o caminho de uma vida em sociedade mais saudável e digna para todos e cada um dos nós, em harmonia com o ambiente e nossas diferenças intrínsecas. O espírito de colaboração e responsabilidade compartilhada é o que devemos promover em nossas comunidades, se quisermos propiciar a sustentabilidade da comunidade e do planeta, onde cada pessoa conhece e defende os seus direitos, aceita e se compromete com as suas responsabilidades.
·         Entendemos que para a mobilização das nossas comunidades em torno do tema das mudanças climáticas devamos nos aproximar da Ciência e dos Saberes Tradicionais com igualdade de respeito e valoração. Cada uma destas formas de produção de conhecimento, à sua maneira, nos oferece evidências do estado atual do planeta e os horizontes possíveis para ações transformadoras. Nossas experiências com ações sociais e educativas desenvolvidas em nossas comunidades demonstram que percepções e conceitos são melhor compreendidos e assimilados quando apresentados a partir de experiências vividas. Assumimos o compromisso de expressar as discussões sobre mudanças climáticas em uma linguagem que faça sentido para nossas comunidades e que nos permita refletir sobre como podemos transformar nossos modos de vida, promovendo sensibilização e mobilização efetiva sobre o tema.
·         Consideramos a juventude o grande ator potencial da transformação de que necessitamos. As gerações passadas, incluindo-se a nossa, agiram equivocada e inconsequentemente, e disto estamos conscientes. Os jovens das nossas comunidades são os principais agentes da transformação desejada e aqueles que construirão — assim o esperamos — um planeta mais saudável para acolher os sonhos e as aspirações humanas. Devemos agir imediatamente, veiculando esta mensagem de confiança na juventude e em sua capacidade de transformação de uma forma abrangente e eficaz, utilizando todos os meios de comunicação ao nosso alcance e uma linguagem positiva, se desejarmos que as chances de um futuro saudável e seguro estejam garantidas para as gerações atuais e futuras.

Aspirações compartilhadas
·         Sem negar nossa preocupação com as tristes perspectivas que se apresentam sobre o futuro da vida humana no planeta Terra, acreditamos na potência transformadora que reside na comunhão de aspirações das diversas comunidades religiosas do mundo. Congregados na intenção de transformar o paradigma de desenvolvimento vigente, pautado equivocadamente na visão de que a proteção ao meio ambiente é um obstáculo ao crescimento econômico e à promoção do bem-estar de nossas sociedades — e sua correlata mentalidade predadora — desejamos contribuir com a promoção de importantes transformações éticas e comportamentais — individuais e coletivas — na direção de uma Criação que reflita esforços de cuidado, conexão espiritual e justiça social, econômica e ambiental.
·         Entendemos como fundamental que a sociedade, por intermédio também das suas comunidades religiosas, envolva-se assertivamente na discussão sobre as mudanças climáticas, a responsabilidade que temos sobre elas e o que podemos fazer, individual e coletivamente, para mudar nosso estilo de vida, interagindo com seus governos e instituições especializadas no processo de construção de uma agenda global de enfrentamento da crise climática, anunciadas pela Ciência e que só vem agravando, decorrentes das ações humanas predatórias.
·         Convocamos as comunidades religiosas a demandarem que seus governos nacionais assumam metas ambiciosas na Conferência do Clima (COP 21), que ocorrerá em Paris em dezembro de 2015, para promover: 1) a redução substancial das emissões de gases com efeito de estufa compatível com a necessidade de limitar o aumento da temperatura global a 2 graus Celsius até 2100; 2) a preservação da biodiversidade em todos os biomas; 3) o controle do desmatamento; 4) ações de adaptação em benefício das populações mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas; 5) a garantia de preservação de tradições culturais e modos de vida; 6) o combate à fome e à indignidade, e 7) a adoção preferencial de fontes de energia renováveis e de tecnologias limpas.
·         Que a presente declaração seja nosso compromisso coletivo para um clima ambiental e relacional mais saudável entre todos os seres da Terra.

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2015.

André Trigueiro                            
Pastor Ariovaldo Ramos                       
Mãe Beata de Yemonjá               
Dolores (Inkaruna) Ayay Chilón
Mãe Flávia Pinto                           
Reverendo Fletcher Harper      
Padre Josafá Carlos de Siqueira SJ
Baba Kola Abimbola                   
Léo Yawabane                              
Lama Padma Samten                  
Rabino Nilton Bonder                 
Pastor Timóteo Carriker