sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

RESULTADO DE COPENHAGUE

 
   NAÇÕES RICAS ESTÃO BRINCANDO COM O PLANETA


Protestos da sociedade civil de vários países em Copenhague- foto:divulgação


    As nações, especialmente as mais ricas e poderosas, estão brincando com o planeta, não levando nada a sério as sérias respostas que a natureza está dando pelo aquecimento do planeta. Isso é o mínimo que se pode considerar diante dos resultados pífios alcançados pela Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, realizada em Copenhague, capital da Dinamarca.
   Para o cientista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, considerado um dos maiores especialistas em clima do Brasil e que acompanha há muitos anos a evolução do desmatamento na Amazônia, a falta de um acordo forte para o clima em Copenhague vai retardar o combate ao aquecimento global até o ponto em que seja tarde demais para reverter algumas das suas consequências.

   Em entrevista ao jornal O Globo, publicada em 19/12, no dia seguinte à fracassada conferência comandada pela Organização das Nações Unidas (ONU), o cientista Carlos Nobre destaca que um acordo com valor legal seria importante para que todos assumissem suas responsabilidades. “Quando os impactos mais graves das mudanças climáticas começarem a aparecer, pode ser tarde demais”, diz o cientista.


   A conferência de duas semanas que reuniu chefes de Estado de 193 países para a Conferência do Clima terminou com um acordo fraco sem valor de lei e adiando para a Conferência de 2010, que será no México, todas as decisões importantes, como as metas de redução de emissões globais e os compromissos dos países ricos ou em desenvolvimento com relação à mitigação das trágicas conseqüências das mudanças climáticas nos países pobres. Leia, a seguir, a íntegra da entrevista de Carlos Nobre ao jornal carioca.


O acordo não estabelece metas obrigatórias de redução de emissões e, tampouco, tem valor de lei. O que o senhor achou?


   Estão todos jogando o problema para a frente, adiaram a tomada de decisões. Um acordo com valor legal seria importante para que todos assumissem sua responsabilidade, mas, agora, o que pode acontecer é todo mundo colocar o pé no freio. Existe o risco de cada um fazer o que quer e, mais à frente, quando os impactos mais graves das mudanças climáticas começarem a aparecer, terem que começar a fazer algo. Mas pode ser tarde demais.


Por quê?


   Cada vez mais estudos mostram que, se a temperatura passar de um determinado ponto, os grandes reservatórios de CO2 do planeta, como o permafrost e grandes florestas, podem liberar um enorme volume de CO2 na atmosfera, e não vai ser possível fazer nada para evitar, porque se trata de um volume muito grande. E essa desestabilização pode ocorrer em décadas. Um outro risco é o rápido degelo da Groenlândia e da Antártica Ocidental, que poderia levar a uma elevação do nível do mar de 6 a 8 metros.


O acordo fala em limitar o aumento das temperaturas em 2 graus Celsius, mas não fala em metas globais de redução. Com as metas voluntárias apresentadas, é possível limitar esse aumento?


   Essas metas apresentadas por todos são muito modestas, mas são de curto prazo. Teoricamente, seria possível que, a partir de 2020, todos tivessem cortes muito maiores, bem profundos, para poder limitar o aumento a 2 graus. Ou seja, o esforço terá que ser muito maior. E teria que ser global.


A meta global que apareceu em vários rascunhos, mas acabou não sendo incluída no texto final, era de cortar 50% das emissões até 2050. Isso seria suficiente para limitar o aumento a 2 graus Celsius?


   Uma redução de 50% das emissões globais até 2050 não garante o limite de aumento da temperatura em 2 graus Celsius até o fim do século. Com essa redução de 50%, o aumento das temperaturas ficaria entre 2,6 graus Celsius e 2,8 graus Celsius até o fim do século.


E quais seriam os principais impactos globais desse aumento?


  Trata-se de um processo lento, de séculos. Mas com um aumento de 2 graus Celsius, a elevação seria de um metro. Com 2,6 graus Celsius a 2,8 graus Celsius, essa elevação poderia chegar a 2,5 metros. Isso sem considerar os dados de um estudo publicado na revista Nature, segundo o qual, com uma elevação um pouco acima dos 2 graus Celsius existe o risco de uma desestabilização muito grande na Groenlândia e na Antártica Ocidental, que poderia levar a um aumento do nível do mar de 6 a 8 metros.


O que acontece com as nações insulares com um aumento das temperaturas entre 2,6 e 2,8 graus Celsius?


  No cenário de uma elevação de 2 graus Celsius, elas tendem a desaparecer na escala de alguns séculos. Mas eu queria frisar também um outro ponto. Algumas dessas ilhas têm 500 mil habitantes. Se o mar subir um metro, desaparece também toda a Baixada Fluminense e de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, uma área muito carente, que também tem 500 mil habitantes. É claro que essa população do Rio pode ser transferida para uma área mais alta. No caso das ilhas, há a questão da nacionalidade, da cultura. Mas só estou tentando mostrar que uma elevação dessas afeta todo mundo, que seria importante considerar o aspecto absoluto e não apenas o simbólico, do desaparecimento de um país. É bem possível que em dois anos, voltemos a discutir o limite de 1,5 grau Celsius.


Como o senhor apontou, o aumento do nível do mar é um processo lento. É possível se adaptar?


  Sim, mas o custo é muito alto. Vamos voltar ao exemplo da Baixada Fluminense e de Jacarepaguá. Lá vivem umas cem mil famílias. O custo para removê-las para uma área mais alta, dar a cada uma delas uma casa simples, seria de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões. Estou falando de algo pequeno, numa região do Rio. Ninguém deve imaginar que adaptação é uma coisa simples.


Muitas pessoas apontam que um avanço do documento foi o REDD, o mecanismo que permite a contabilização da redução das emissões de CO2 por meio da diminuição do desmatamento e da preservação da floresta. O que o senhor achou?


    Até onde vi, acho que isso foi o que mais avançou. E o Brasil tem tudo para liderar essa dinâmica do REDD, desse novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia e as regiões tropicais do planeta de forma geral, que terá que acompanhar o mecanismo. O Brasil pode assumir essa liderança mundial da redução do desmatamento.


O REDD torna mais factível a meta brasileira de reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia até 2020?


   Bem, isso certamente deverá ser mais discutido adiante, mas, pelo que o presidente Lula falou na sexta-feira, em seu discurso, ele não vai usar os recursos de fora. Ele falou isso para o mundo, assumiu uma responsabilidade e é lógico que todos vão cobrar.


O documento não estabelece uma concentração de CO2, de cerca de 450 ppm, relacionada ao limite de 2 graus Celsius, como chegou a aparecer em alguns rascunhos. Houve alguma perda?


  A um limite de temperatura, há que se apontar um máximo de emissões neste século. Para esse limite de 2 graus, teríamos, até o fim do século, 500 bilhões de toneladas de carbono emitidas. A grande discussão seria como alocar esse espaço de carbono entre as economias do mundo, mas ela aparece bem diluída no texto. Essa discussão não pode ser evitada por mais tempo.


Qual é o impacto sobre a floresta amazônica de uma elevação média da temperatura global de 2,6 graus a 2,8 graus Celsius?


  Com um aumento da temperatura de 3,5 graus a 4 graus Celsius, tem início a savanização da Amazônia. Ficaríamos muito próximo do limite crítico.


O senhor vê outro impacto significativo para o Brasil com essa elevação média?


    A agricultura brasileira precisara ser redefinida. As culturas não poderão estar onde estão hoje, várias políticas de adaptação serão necessárias. Haverá aumento de eventos extremos. ( www.kaxiana.com.br)


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

CORREIOS RECICLAM EM MG

Agências dos Correios passam a receber material

    O programa Cata-Pilhas vai disponibilizar à população postos para o recebimento de pilhas e baterias "fora de uso" em unidades de atendimento dos Correios em todo o Estado. Na fase de implantação, serão dispostos coletores identificados para receber os produtos descartados em 50 agências da empresa, distribuídas por Belo Horizonte e interior de Minas. O lançamento acontece na agência JK (central) dos Correios na capital - avenida Afonso Pena, 1270  e, simultaneamente, em mais 11 cidades mineiras.
    Os Correios serão responsáveis pela coleta, armazenamento e transporte das pilhas e baterias, ficando a reciclagem de todo o material recolhido a cargo de empresa especializada. A meta é expandir a iniciativa para 200 agências da empresa em Minas Gerais até o final de 2009.
   O lançamento do Cata-Pilhas busca ampliar cada vez mais o campo de atuação da Coleta Seletiva Solidária, demonstrando também a preocupação com o descarte inadequado de pilhas e baterias. Esses produtos constituem resíduos perigosos, já que muitos dos metais presentes em sua composição (como chumbo, cádmio e mercúrio) podem ser liberados caso as pilhas sejam incineradas ou destinadas inadequadamente em lixo domiciliar, causando danos à saúde e ao meio ambiente.
   As outras onze cidades que terão a coleta são: Barbacena, Divinópolis, Governador Valadares, Juiz de Fora, Manhuaçu, Montes Claros, Pouso Alegre, Teófilo Otoni, Uberaba, Uberlândia e Varginha. (Ascom Correios)

domingo, 10 de janeiro de 2010

ARTIGO DE ÂNGELA REGINA PILON VIVARELLI

    A norueguesa Gro Brundtland era presidente da Comissão para o Meio ambiente da ONU em 1987 quando usou o termo sustentabilidade em um relatório intitulado “Nosso Futuro Comum”.
  Se, inicialmente suas palavras soaram ingênuas e utópicas parecendo contrariar a lógica do lucro, hoje vemos muitas empresas conscientes de que não sobreviverão se não tiverem condutas sustentáveis.
  Sendo a sustentabilidade um conceito sistêmico que integra e correlaciona diversos aspectos, podemos antever que seu maior desafio será manter o equilíbrio ao longo do tempo.
  Observando a natureza, podemos constatar que seu poder de perpetuação está em grande parte na recriação e na renovação:
- Existe algo mais vulnerável e delicado do que uma flor? No entanto ela guarda o segredo da semente.
 Com o conceito de resistência Pacífica Gandhi influenciou quase todos os movimentos mundiais pela Paz. Sua “semente ” de um novo conceito sobre paz percebia além dos paradoxos quando aliava o silêncio de uma prece ao discurso de mobilização e afirmava a liberdade demonstrando a interdependência entre as pessoas.
   Muitas pessoas e instituições bem intencionadas acabam fracassando quando a linha do tempo se mostra inexorável. Muitas ONGs e redes sociais conscientes se extinguem pelas mesmas causas que buscavam transformar:
- Fragmentam a realidade na medida em que valorizam só o que seus olhos vêem e passam a atribuir valores baseados nesta percepção precária. Não conseguem suportar os paradoxos, a ética mais profunda das escolhas, sacrifícios e a visão do outro “diferente” (as vezes diametralmente...)
  Quando nos tornamos mais generosos em nossos julgamentos percebemos que o outro é o espelho pelo qual podemos nos enxergar e que ele se torna mais fosco quanto mais nos relacionamos em termos de dicotomias, hierarquizações e exclusões.
   Sugiro que nos enriqueçamos com o diferente, estabelecendo uma aliança de participação de sua realidade diversa, só assim se abrirá espaço de humilde sabedoria onde a convivência harmoniosa será possivel.
   Estudando o equilíbrio ecológico do planeta, vemos uma grande fraternidade onde harmoniosamente estão unidas as diferentes formas de vida, devemos nos inspirar nesse mesmo sentimento de fraternidade para termos a possibilidade de um futuro mais justo e feliz.


Angela Regina Pilon Vivarelli

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

ARTIGO DE FREI BETTO



FAÇA NOVO O TEU ANO

Frei Betto

   Neste ano-novo, se faça novo, reduza a sua ansiedade, regue de ternura seus sentimentos mais profundos, imprima a seus passos o ritmo das tartarugas e a leveza das garças.

   Não se mire nos outros; a inveja é um cancro que mina a auto-estima, fomenta a revolta e abre, no centro do coração, o buraco no qual se precipita o próprio invejoso.

   Espelhe-se em si mesmo, assuma seus talentos, acredite em sua criatividade, abrace com amor sua singularidade. Evite, porém, o olhar narciso. Seja solidário: ao estender aos outros as suas mãos, estará oxigenando a própria vida. Não seja refém de seu egoísmo.

  Cuide do que fala. Não professe difamações e injúrias. O ódio destrói a quem odeia, não o odiado. Troque a maledicência pela benevolência. Comprometa-se a expressar alguns elogios por dia. Sua saúde espiritual agradecerá.

  Não desperdice sua existência hipnotizado pela TV ou navegando aleatoriamente pela internet, naufragado no turbilhão de imagens e informações que não consegue síntetizar. Não deixe que a sedução da mídia anule sua capacidade de discernir e o transforme em consumista compulsivo. A publicidade sugere felicidade e, no entanto, nada oferece senão prazeres momentâneos.

  Centre sua vida em bens infinitos, nunca nos finitos. Leia muito, reflita, ouse buscar o silêncio neste mundo ruidoso. Lá encontrará a si mesmo e, com certeza, um Outro que vive em você e que quase nunca é escutado.

  Cuide da saúde, mas sem a obsessão dos anoréticos e a compulsão dos que devoram alimentos com os olhos. Caminhe, pratique exercícios físicos, sem descuidar de aceitar as suas rugas e não temer as marcas do tempo em seu corpo. Frequente também uma academia de malhar o espírito. E passe nele os cremes revitalizadores da generosidade e da compaixão.

  Não dê importância ao que é fugaz, nem confunda o urgente com o prioritário. Não se deixe guiar pelos modismos. Faça como Sócrates, observe quantas coisas são oferecidas nas lojas que você não precisa para ser feliz. Jamais deixe passar um dia sem um momento de oração. Se você não tem fé, mergulhe em sua vida interior, ainda que por apenas cinco minutos.

  Arranque de sua mente todos os preconceitos e, de suas atitudes, todas as discriminações. Seja tolerante, coloque-se no lugar do outro. Todo ser humano é o centro do Universo e morada viva de Deus. Antes, indague a si mesmo por que, às vezes, provoca nos outros antipatia, rejeição, desgosto. Revista-se de alegria e descontração. A vida é breve e, de definitivo, só conhece a morte.

  Faça algo para preservar o meio ambiente, despoluir o ar e a água, reduzir o aquecimento global. Não utilize material que não seja biodegradável. Trate a natureza como aquilo que ela é de fato: a sua mãe. Dela você veio e a ela voltará. Hoje, vivemos do beijo que ela que nos dá continuamente na boca: ela nutre de oxigênio e alimentos a cada um de nós.

  Guarde um espaço em seu dia a dia para conectar-se com o Transcendente. Deixe que Deus acampe em sua subjetividade. Aprenda a fechar os olhos para ver melhor.

Feliz 2010!

Frei Betto é escritor, autor do romance “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros. (para adquirir os livros de Frei Betto veja contato de sua agência literária abaixo )

Copyright 2009 – FREI BETTO - É proibida a reprodução deste artigo em qualquer  meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização. Contato – MHPAL – Agência Literária (mhpal@terra.com.br)
 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

COMUNICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL



Depois de duas edições bem-sucedidas como projeto-piloto, o NAS ONDAS DO AMBIENTE amadureceu e se transformou num ousado programa de política pública de Educomunicação* Socioambiental, o primeiro a ser implementado no estado do Rio de Janeiro.  Nesta nova etapa de vida, o programa desenvolverá três novos projetos - além de dar continuidade ao precursor Radio@Escola.Com . O objetivo é dar oportunidade a mais pessoas de terem acesso democrático à produção e difusão de informações, utilizando de forma criativa os meios de comunicação.
     O programa  NAS ONDAS DO AMBIENTE começa a ser gerado em 2007, ainda como projeto-piloto Radio@Escola.Com,  para atender 183 escolas da rede pública estadual,  contempladas com equipamentos de rádio do Ministério da Educação, através do Programa de Ensino Médio (PROMED).  Entre 2007 e 2008 o Radio@Escola.Com  passou por 48 Unidades Escolares (UEs), somente na capital, totalizando 360 participantes (professores, estudantes e comunicadores comunitários) de oficinas de técnicas radiofônicas e temas socioambientais. (Veja o histórico)
  O Radio@Escola.Com atenderá um público três vezes maior e chegará a 136 escolas espalhadas por todos os municípios do estado.  A meta é capacitar diretamente mais de 1.200 pessoas (estudantes e professores do Ensino Médio, comunicadores comunitários e lideranças locais). O alcance indireto do projeto, no entanto, é inimaginável: uma estimativa de 1,2 milhão de pessoas, levando-se em conta todos os alunos que escutarão os programas gerados pela rádios das UEs,  além dos ouvintes das rádios comunitárias, localizadas no entorno das escolas.
    O programa lança ainda três novos projetos que consolidarão a proposta de  Educomunicação Socioambiental:
- Animação de Rede: acompanhamento das atividades desenvolvidas pelas rádios escolares e comunitárias, ligadas ao projeto Rádio@Escola.Com, com o objetivo de esclarecer dúvidas e favorecer a troca de experiência entre estudantes, professores, comunicadores comunitários e lideranças locais.  Este projeto fortalece a formação da Rede de comunicadores ‘Nas Ondas do Ambiente’, estimulando os participantes do Radio@Escola.Com, inseridos em suas comunidades, a continuarem produzindo e editando programas com sua própria perspectiva, a respeito de tudo que acontece no dia a dia da região, seja positivo ou negativo. A veiculação deste material nas rádios das escolas e nas rádios comunitárias propicia uma comunicação ativa, promove o diálogo e dá voz às comunidades.
- Nas Ondas da Mata Atlântica: em 2009, o projeto chegou à região da serra da Bocaina (Angra dos Reis e Paraty), envolvendo comunidades tradicionais da Costa Verde (quilombolas, caiçaras, indígenas e caipiras) e unidades de conservação. O objetivo é facilitar a comunicação e o diálogo entre integrantes dessas comunidades, por meio de técnicas de radiodifusão e de audiovisual, priorizando conteúdos relacionados à Mata Atlântica, e incentivando a gestão participativa no local. No próximo ano, o projeto será estendido às unidades de conservação dos mosaicos da Mata Atlântica Central Fluminense, da Serra da Mantiqueira e da região metropolitana do Rio.
- Rádio Quintal: Comunicação Limpa e Despertar Ecológico – o projeto prevê a produção de programas de rádio, desenvolvidos por profissionais de Comunicação, com uma abordagem inovadora e divertida (radionovela) dos temas que envolvem as questões socioambientais e a vida prática de uma comunidade. Prevê, ainda, a produção de entrevistas com profissionais da área Ambiental. O material será distribuído nas rádios em atividade nas escolas e  rádios comunitárias,  além de ser veiculado em sites.
   O programa NAS ONDAS DO AMBIENTE - resultado de uma parceria entre as Secretarias de Estado do Ambiente (SEA), de Educação (SEEDUC), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e do Viva Rio - é financiado pelo Fundo Estadual de Conservação e Desenvolvimento Urbano- FECAM. ( Por  SEAM -  RJ ) .

sábado, 2 de janeiro de 2010

FELIZ 2010 COM BRASIL SUSTENTÁVEL E COM JUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL


 
  QUE O ANO DE 2010 SEJA DE MUITA PAZ, SAÚDE, PROSPERIDADE, JUSTIÇA, AMOR, FELICIDADE PARA TODOS NÓS E TODO BRASIL,  CRIANÇAS, JOVENS, HOMENS, MULHERES.

  QUE POSSAMOS FESTEJAR CONQUISTAS DE UMA SOCIEDADE E MUNDO COM JUSTIÇA AMBIENTAL PARA TODOS.

  DIANTE OS DESAFIOS DA DEGRADAÇÃO HUMANA E AMBIENTAL QUE O BRASIL E A TERRA ENFRENTAM É TEMPO DE UMA UNIÃO DE ESFORÇOS EM DEFESA DA VIDA  PARA NÓS SERES HUMANOS VENCERMOS ESTA CRISE.

  QUE HOMEM E MULHER SE UNAM PELO AMOR DE UM COMPLEMENTO DE VIDA E EQUILÍBRIO AMBIENTAL QUE O MUNDO TANTO NECESSITA. 

  QUE POSSAMOS PARTILHAR E FESTEJAR EM PAZ E HARMONIA, A BELEZA DA VIDA QUE NOS É CONCEDIDA COMO UM PRESENTE DE DEUS.
 
  QUE SAIBAMOS VALORIZAR NOSSA ATITUDE DE VIDA DIANTE  TODO AMBIENTE.

   QUE POSSAMOS NOS INDIGNAR COM AS ESTRUTURAS SOCIOAMBIENTAIS QUE MANTÉM  MAIS DE UM BILHÃO DE  SERES HUMANOS VIVENDO COM FOME  NO MUNDO E QUE NA ERA DA TECNOLOGIA DIGITAL, CLAMAM POR JUSTIÇA AMBIENTAL.

    QUE POSSAMOS CONQUISTAR VITÓRIAS PARA  VENCERMOS O RACISMO AMBIENTAL EM UM MUNDO QUE DEUS CRIOU PARA TODOS E QUE ALGUMAS, PESSOAS E PAÍSES,  INSISTEM EM SE APROPRIAR NEGANDO O DIREITO A UMA VIDA DIGNA PARA TODOS NÓS E NOSSOS SEMELHANTES.

   AMOR A VIDA E AO MEIO AMBIENTE É ISTO: RESPONSABILIZAR-SE POR CADA SER VIVO DESTE PLANETA.  HARMONIZARMO-NOS  COM UMA ATITUDE HUMANA DE ROMPERMOS COM AS ESTRUTURAS INJUSTAS QUE DEGRADAM A VIDA, TODOS NÓS HUMANOS E  O PLANETA ÁGUA CHAMADO TERRA.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

PLANEJAMENTO METROPOLITANO

   PLANEJAMENTO URBANO E MEIO AMBIENTE

   Nos  dias 10 e 11 de dezembro, foi realizado o Seminário Técnico de Planejamento Metropolitano, parte do processo de elaboração do Plano Diretor Metropolitano (PPDI). O plano está sendo desenvolvido por uma equipe de professores da UFMG, PUC Minas e Universidade do Estado de Minas Gerais, a UEMG. A elaboração do trabalho foi dividida em dez áreas transversais, integradas pelos eixos de cultura, economia e meio ambiente. Uma das propostas é que o PPDI leve em conta os planos diretores municipais e os estudos setoriais já existentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), como o Plano Diretor do Rio das Velhas. A mobilidade urbana, a centralidade de Belo Horizonte e a questão habitacional são os pontos chave do plano. Com relação à mobilidade, o seminário contou com a exposição do modelo metropolitano de Medellín, na Colômbia, e da ampliação dos sistemas de transportes de Pequim e Xangai, na China. O PPDI da RMBH é o primeiro a ser feito no Brasil e está previsto para ser concluuído no final de 2010. O Plano é financiado pelo Fundo Metropolitano, que conta com recursos das prefeituras da região e do governo do estado. (Fonte: Projeto Manuelzão)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

CONFECOM APROVA ANISTIA PARA RÁDIOS COMUNITÁRIAS

Anistia e reparação para as rádios comunitárias é aprovada pela CONFECOM


   A proposta da ABRAÇO Anistia dos processados e condenados por operarem rádios comunitárias sem outorga e criação de mecanismo para reparação das emissoras penalizadas foi aprovada pela I Conferência Nacional de Comunicação. A anistia é a restauração da dignidade de mais de cinco mil comunicadores populares condenados criminalmente por colocarem no ar emissoras a serviço de suas comunidades. A reparação das rádios que tiveram os equipamentos apreendidos significa o reconhecimento, por parte do Estado brasileiro, da existência de uma legislação injusta e discriminatória das emissoras comunitárias. Esta é uma grande vitória do movimento da radiodifusão comunitária e da ABRAÇO na luta pela descriminalização das rádios comunitárias. ( Redação Abraço)

PRESERVAÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA


 O desmatamento e as queimadas na Amazônia, a última grande floresta tropical do mundo, estão ajudando a esquentar o planeta de maneira perigosa. Essa deveria ser uma das principais preocupações das centenas de governantes e ambientalistas da COP 15 em Copenhague. (http://www.kaxiana.com.br/)

ALIMENTAÇÃO NATURAL EM BRASÍLIA


segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

I CONFERÊNCIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO

I CONFECOM - de 14 a 17 de dezembro em Brasília
    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva discursou sobre as comunicações e inovações da tecnologia da informação, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF), na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (1ª Confecom). O evento, que prossegue até o dia 17 de dezembro, é o resultado do esforço da sociedade civil, sociedade civil empresarial e do poder público com o objetivo de pensar maneiras para democratizar a produção, a distribuição e o acesso à informação no Brasil. Tem como tema central “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital” e desenvolve-se baseada sobre três eixos temáticos: “Produção de conteúdo”; “Meios de distribuição”; e “Cidadania: direitos e deveres”.

    Além de 1.684 delegados que saíram da fase estadual da 1ª Confecom e representam a sociedade civil, a sociedade civil empresarial e o poder público, o evento terá 130 “observadores livres”, cidadãos comuns, de todo o país, que se inscreveram pelo site oficial da 1ª Confecom, na internet, e terão a oportunidade de participar in loco desse importante debate para o futuro da comunicação no Brasil. Mais de 300 jornalistas de todo o país se credenciaram para cobrir o evento.


Homenagem a Daniel Herz


  A 1ª Confecom tem como homenageado o jornalista gaúcho Daniel Herz, falecido em 2006, aos 51 anos, importante líder na militância do movimento pela democratização da comunicação. Mais conhecido do grande público por seu livro A História Secreta da Rede Globo (editota Tchê, 1987), Herz, entre inúmeras inciativas, foi secretário de Comunição do governo Olívio Dutra, em Porto Alegre (RS), participou da luta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) pela democratização das comunicações durante a Assembléia Nacional Constituinte de 1988, fundou e coordenou o Fórum Nacional pela Democratização das Comunicações (FNDC), foi um dos mentores da da Lei da Cabodifusão (Lei 8.977 de 1995), que estabeleceu a obrigatoriedade da presença de emissoras públicas, comunitárias e universitárias na TV por assinatura, e lutou pela implementação do Conselho de Comunicação Social (CCS) do Congresso Nacional, órgão consultivo previsto na lei 8.389 de 1991.
   Na abertura da Conferência nesta segunda-feira, dia 14 de dezembro, a plenária manifestou-se por várias vezes em coro, gritando palavras de ordem como “liberdade de comunicação”, “o povo não é bobo abaixo a Rede Globo” ( emissora está ausente na Conferência). O Ministro Hélio Costa foi interrompido por diversas vezes e chegou a ser vaiado. Logo depois a palavra foi passada ao presidente Lula que parabenizou os empresários “que não tiveram medo de estarem presentes na Conferência” debatendo com os vários segmentos da sociedade e o poder público as comunicações do país.
   A Conferência prossegue em um clima de debates entre os segmentos: sociedade civil, sociedade civil empresarial e poder público. A sociedade civil busca obter vitórias com liberdade para as rádios comunitárias e a imprensa.  Nosso Jornal Oecoambiental está presente na I Confecom  defendo a informação ambiental e a democratização da imprensa socioambiental no país.

sábado, 12 de dezembro de 2009

CONFERÊNCIA DE COPENHAGUE



 Foto: Contra o aquecimento global, cerca de 300 pessoas se reuniram em praça de Copenhague. O número 350 se refere ao limite tolerável 350 partes de CO2 na atmosfera por milhão (ppm)  AFP/Jasper Carlberg

  Conferência de Copenhague (COP-15)

 - A 15.ª Conferência das Partes acontece entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009, em Copenhagen, Capital da Dinamarca. O encontro é considerado o mais importante da história recente dos acordos multilaterais ambientais pois tem por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Quioto, vigente de 2008 a 2012.  Representantes de 192 países estão presentes na Conferência.
   Uma atmosfera de expectativa envolve a COP-15, não só por sua importância, mas pelo contexto da discussão mundial sobre as mudanças climáticas. Aparecem aí questões como:
. o impasse entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para se estabelecer metas de redução de emissões e as bases para um esforço global de mitigação e adaptação;
. os oito anos do governo Bush, que se recusou a participar das discussões e do esforço de combate á mudança do clima;
. a chegada de Barack Obama ao poder nos EUA, prometendo uma nova postura;
. os recentes estudos científicos, muitos deles respaldados pelo IPCC, e econômicos, com destaque para o Relatório Stern

DESMATAMENTO NA AMZÔNIA

Desmate da Amazônia vai disparar 
 com os aumentos de  commodities



   O desmatamento da Amazônia foi  reduzido este ano, mas a região vive hoje numa situação de um dragão adormecido, que vai voltar a queimar para valer a floresta mais rica do mundo quando o preço das commodities, como o da soja, voltarem a subir. Esta é a previsão do pesquisador Daniel Nepstad, do Woods Hole Research Center, dos Estados Unidos, classificou a situação do desmatamento da Amazônia nada tranquilizadora diante do mercado produtor e consumidor de produtos que implicam na devastação florestal.   ( http://www.kaxiana.com.br/)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

I CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE AMBIENTAL (CNSA)




1ª Conferência Nacional de Saúde Ambietal (CNSA)  - Brasília de 9 a 12 de dezembro de 2009


   A abertura da 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA) será dia 9 de dezembro, quarta-feira, às 19 h, na Associação Atlética Lúdico Recreativa (AALR) -  Setor de Clubes Esportivos Sul (Trecho 2, Conjunto 53).
   Os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, das Cidades, Márcio Fortes, e a ministra interina da Saúde, Márcia Bassit participam  da abertura solene da 1ª Conferência Nacional de Saúde (CNSA). O evento vai reunir, até o dia 12, 1.500 pessoas de todo País, entre delegados, participantes e observadores internacionais. O objetivo é formular diretrizes e ações estratégicas para a elaboração da Política Nacional de Saúde Ambiental.
    Durante a abertura do evento serão lançados os documentos: Compromisso pelo Meio Ambiente, Saúde e Saneamento Básico e Compromsso pela Qualidade do Ar e Saúde Ambiental.
   No primeiro deles, o Governo Federal assume a responsabilidade de, num espaço de 10 anos, até 2020, aumentar em 80% o volume dos esgotos tratados no País. Vai também aumentar em 45% o total da população atendida com coleta de esgoto. Neste mesmo período, vai dobrar o investimento em tratamento e coleta de esgotamento sanitário.
   O Compromisso Pela Qualidade do Ar e Saúde Ambiental pretende funcionar como uma espécie de fórum de relexões sobre o assunto e como um balizador para a construção do Plano Nacional de Qualidade do Ar (PNQA), que está no início.
  O PNQA tem por objetivo reduzir as concentrações de contaminantes na atmosfera para assegurar a melhoria da qualidade do ar e a proteção à saúde, compatibilizando o alcance de metas de qualidade do ar com o desenvolvimento econômico. Vai também integrar políticas públicas e instrumentos que se complementem nas açõesde planejamento territorial, setorial e de fomento. E, contribuir para a diminuição dos gases de efeito estufa.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

CONFERÊNCIA DAS CIDADES



 Prorrogado prazo para municípios convocarem Conferência das Cidades
    O prazo para que os municípios convoquem e realizem  as conferências municipais das cidades foi prorrrogado pela Comissão Nacional Recursal de Validação da 4ª Conferência Nacional das Cidades. Com a prorrogação, os municípios poderão convocar as conferências municipais até o dia 11 de janeiro de 2010 e realizá-las até o dia 30 de janeiro de 2010.
    A deputada Cecília Ferramenta compõe a Comissão Organizadora da 4ª Conferência Nacional das Cidades, como presidente da Comissão de Assuntos Municipais e está enviando informações sobre a prorrogação e a organização da conferência para as prefeituras, reforçando a importância dos municípios realizarem as Conferências Municipais. “Os municípios que não convocaram as conferências municipais têm agora uma nova oportunidade. Este é um momento importante de integração entre o poder público, a sociedade e as organizações sociais, criando condições para o desenvolvimento urbano.”, destacou.
     As informações para realização da conferência estão no site do Conselho Estadual de Desenvolvimento Regional e Política Urbana  www.conselhos.mg.br/conedru .

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ARTIGO DE MARINA SILVA SOBRE COPENHAGUE



 OPINIÃO PÚBLICA E MUDANÇA CLIMÁTICA


Senadora Marina Silva


      NA SEMANA passada, o governo fez dois anúncios extremamente significativos: a menor taxa de desmatamento já registrada na Amazônia e o compromisso de reduzir a tendência de crescimento das emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020.
    São resultados importantes, conseguidos, ao longo dos anos, com a forte e contínua pressão de diferentes segmentos da sociedade e do Ministério do Meio Ambiente na construção de uma política ambiental. Sem isso, o compromisso do governo com a redução de emissões simplesmente não teria saído.
Saúdo o governo por isso e lembro que esses anúncios precisam fazer parte de uma visão estratégica de país. Aliás, a luta pelo cumprimento de tais metas está só começando.
    Por isso é fundamental a institucionalização desses compromissos, para que não se percam no vácuo das declarações conjunturais.
      Para o Brasil, seja qual for a opção eleitoral que a população faça no ano que vem, será necessária uma inflexão definitiva para o desenvolvimento sustentável. Há pontos de partida que já estão dados, a exemplo da abordagem que ajudou a criar as condições para que ambos os anúncios pudessem ser feitos. O Plano de Combate ao Desmatamento, que surgiu da síntese das melhores propostas da sociedade, integrando esforços dos órgãos governamentais e da sociedade, contribuiu nesse processo.
      Mobilizou de modo extraordinário a opinião pública, por meio da transparência e do livre acesso às informações.
No âmbito internacional, o Brasil sempre procurou reafirmar seus espaços, desde a construção do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, proposta brasileira inserida no Protocolo de Kyoto, até a admissão de metas voluntárias, mensuráveis e verificáveis, apresentada em 2007, na Conferência de Bali.
     Temos agora a oportunidade de concretizar aquele compromisso.
    Para isso, teremos que estender a política de redução de emissões a outros setores, não só ao desmatamento, mas na agricultura, na energia, nos transportes e na indústria. Defenderei no Senado a ideia de inserir a meta anunciada no projeto de lei que trata da Política Nacional de Mudanças Climáticas. É preciso ratificar seu status de objetivo de longo prazo, a ser sustentado por quaisquer governos.
O Brasil está com tudo a seu favor e pode brilhar em Copenhague.
     Só não podemos permitir que setores mais atrasados do governo e do agronegócio tenham êxito na desconstrução da legislação que sustenta as medidas que levaram a esses resultados. O Brasil deve assumir a vocação de líder e estar à altura das responsabilidades nacionais e globais que isso implica.  

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

AQUECIMENTO GLOBAL E O HIMALAIA


            Imagem divulgada pela Nasa da região do Himalaia, com destaque para o monte Everest, registrada por astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) em 2003: geleiras da cordilheira estão diminuindo cada vez mais ano após ano


Himalaia: 

o recuo das geleiras 

pesa sobre o futuro da Ásia


    Neve a 5.606 metros de altitude? Não, quase nenhuma. A passagem de Khardung La, no distrito de Ladakh, no norte da Índia, pode ser a estrada transitável mais elevada do mundo, mas a neve não domina por lá. O ar é rarefeito, o céu imaculado, e os militares que vigiam essa passagem que leva à cordilheira de Karakoram, na direção da China, examinam com paciência as colinas nuas e silenciosas. Mas, assim como em todo o Ladakh, as montanhas são escuras e secas, suas encostas raramente cobertas por uma fina camada de neve.

      E a geleira de Khardung La? Ah, a geleira fica mais longe, explicam na estrada de Nubra. "As pessoas que se lembram dizem que era muito maior antigamente", diz Tundup Ango, da associação francesa Geres. "Mas é por causa da mudança climática ou do tráfego sobre a estrada recentemente construída que a atravessa?"

   Essa pergunta, sem resposta definitiva, talvez possa ser feita em relação a todo o maciço himalaio: as geleiras estão derretendo em massa ou não? A questão é de importância vital para mais de 1 bilhão de habitantes na Índia, no Paquistão, em Bangladesh, no Tibete e na China. Recobrindo quase 3 milhões de hectares, as 15 mil geleiras do Himalaia formam a terceira maior massa glaciar do mundo, atrás dos pólos. Com a neve acumulada, o maciço montanhoso armazena 12 mil km3 de água doce e constitui o reservatório dos grandes rios Indo, Ganges, Bramaputra, Yang-Tsé, Amarelo e Mekong.

   Em 2005, um relatório do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) alertava sobre a ameaça que o aquecimento global fazia pesar sobre essa massa glacial. Um alerta repetido em 2007 no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês): "As geleiras do Himalaia estão recuando mais rápido do que em qualquer outro lugar do mundo, e se isso continuar no ritmo atual, a maioria delas terá desaparecido em 2035", diz o relatório.




Extensão incerta


    Mas a questão é mais complicada do que parece, porque a situação não é idêntica em todos os pontos do maciço. Pequenas geleiras, como em Gangotri e em Kafni, no Estado de Uttarakhand, bem estudadas pelos pesquisadores apoiados pelo WWF, estão derretendo rapidamente. Mas outras, como a imensa geleira Siachen, situada a cerca de cem quilômetros de Khardung La, parecem estáveis ("Current Science", 10 de março de 2009). "Os dados sobre os quais o IPCC se baseava eram muito poucos", diz Syed Iqbal Hasnain, um renomado glaciologista indiano. "Nas quatro geleiras que acompanhamos regularmente, observa-se um recuo. Mas é difícil extrapolar."

     Vários fatores encorajam a prudência. Primeiro, a própria massa do maciço, que significa que o que é verdade em um lugar pode não ser em outro. Segundo, ainda não é possível articular bem os dados de campo, esparsos demais, e as observações por satélites, ainda pouco numerosas e nem sempre confiáveis. Outro problema: as equipes chinesas e indianas podem não colaborar muito bem, por causa de preocupações militares. "Meus colegas de Pequim estão pessimistas", afirma Hasnain: "eles preveem uma redução de 45% da massa das geleiras em 2070. Mas seria necessário que pudéssemos visitar mutuamente nossas geleiras".

   Ainda que a extensão previsível do recuo das geleiras seja incerta, o movimento é atestado. E outros índices o confirmam, como o aquecimento observado pelos habitantes de Ladakh. "Nós fizemos um estudo sobre a percepção da mudança climática entrevistando anciões e camponeses famosos por seu conhecimento", diz Tundup Ango. "Todos falam de uma redução das precipitações de neve nas últimas décadas, e de um recuo das pequenas geleiras dos vales". A falta de água, em um país já bastante seco, torna-se muito preocupante. Surgem também acontecimentos jamais vistos até onde a memória do homem alcança, como inundações em Leh, capital de Lakdah, em 2004 e 2005, ou uma invasão de gafanhotos em 2005.

    Quanto à causa da mudança, ela ainda deve ser explicada. O aquecimento global exerce um papel, certamente, mas também o "carbono negro", partículas de fuligem emitidas pelo diesel e pelos lares domésticos que queimam lenha e esterco.

    Sua importância foi enfatizada por outro acadêmico indiano, V. Ramanathan: "Quando cai sobre a neve", ele explica em Nova Déli, "o carbono negro a escurece, e a neve reflete menos o sol, e ela se aquece e tende a derreter".
    Essa causa do aquecimento poderia ser controlada de forma bastante simples, diz Ramanathan, colocando filtros nos motores a diesel e trocando o modo de combustão das casas. Um verdadeiro desafio para a Índia, que a obrigaria a agir em casa, sem se contentar em atribuir a responsabilidade da mudança climática aos países desenvolvidos. Mas é certamente seu futuro que está em jogo nas alturas do Himalaia.


 Por Hervé Kempf
Tradução: Lana Lim

terça-feira, 24 de novembro de 2009

CONVERSANDO SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL



  

AS CORES DA NATUREZA 12 - foto enviada por Tereza, um grande abraço.



   Educação ambiental é cidadania -  é participação

  " Há um componente bastante forte nos processos de educação ambiental que é o da atuação, do movimento, da  transformação. Um objetivo da educação ambiental é formar um cidadão com senso crítico".  ( Sônia Muhringer - bióloga)

  Pensamento sistêmico e pensamento complexo

   " O verdadeiro problema não é fazer uma adição de conhecimentos. O verdadeiro problema é uma organização de conhecimentos e saber os pontos fundamentais que se encontram em cada tipo de conhecimento ou em cada disciplina. Quer dizer, se permitir fazer uma economia na adição de conhecimentos e se permitir poder se orientar em direção a necessidade de conhecimento no qual até o momento não se pode penetrar pois há portas fechadas e fronteiras.
  O conhecimento do ponto de vista do pensamento complexo não está limitado à ciência.  Há na literatura, na poesia, nas artes um conhecimento profundo.
   Podemos dizer que no romance há um conhecimento mais sutil de seres humanos do que encontramos nas ciências humanas, porque vemos as pessoas em suas subjetividades, suas paixões.
  Por outro lado, devemos acreditar que todas as grandes obras de artes contêm um pensamento profundo sobre a vida, mesmo quando não está expresso em sua linguagem.
   Quando você vê as figuras humanas pintadas por Rembrandt, há um pensamento sobre a alma humana. Portanto, eu creio que devemos romper com a separação entre as artes, a literatura de um lado e o conhecimento científico do outro."  ( Edgar Morin - filósofo)
    

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

CONFERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DE MG E O DEBATE DA CONSTRUÇÃO DA SUSTENTABILIDADE


                          Foto: Confecom/MG na ALMG
   Foi realizado de 13 a 15 de novembro de 2009 na Assembléia Legislativa de MG a Conferência Estadual de Comunicação de Minas Gerais ( Confecom/MG). Contando com a participação de mais de seiscentas pessoas, lideranças do setor de comunicação de MG, entre delegados  da: sociedade civil, sociedade civil empresarial, poder público, observadores, representantes de comissões organizadoras estadual e nacional, o eventro transmitido ao vivo pela TV Assembléia Legislativa de MG, encaminhará centenas de propostas a Conferência Nacional de Comunicação, que acontecerá em Brasília em Dezembro/2009.
  Segundo a organização do evento: a  Conferência é definida como: " um importante mecanismo de participação da sociedade no processo de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas. A conferência cumpre o papel de garantir um espaço dinâmico de reflexão e discussão, permitindo que a população exerça um controle social mais efetivo sobre as políticas públicas" . A dinâmica metodológica de como se estruturou a Conferência, no entanto,  dificultou em muito a democratização da palavra.
  No sábado pela manhã foram apresentados os seguintes painéis:  Produção de Conteúdo, Meios de Distribuição e Cidadania: Direitos e Deveres,  onde os delegados não puderam intervir após a exposição dos palestrantes. Logo depois à tarde, estes  painéis foram divididos em grupos.  Nesta etapa foram lidas dezenas de propostas  gerais elaboradas em Conferências livres e em etapas municipais,  que foram acrescidas por novas  propostas encaminhadas pelos delegados participantes da Conferência.  No grupo da sociedade civil, por exemplo, pessoas monopolizaram a palavra que juntamente com a leitura de textos longos impossibilitou uma melhor participação dos delegados presentes. Sem contar com o local que foi destinado a sociedade civil, com pouca ventilação e cadeiras sem conforto nos corredores de acesso  da Assembléia, enquanto outros grupos, como os empresários e poder público utilizaram espaços com ar condicionado e melhores acomodações.
   Fica evidente como na correlação de forças a sociedade civil tem muito a avançar. Na ausência de uma melhor metodologia implementada na dinâmica dos debates,  houve foi muita disputa interna na seleção de delegados à Conferência Nacional.  A quantidade de assuntos e temas apresentados só atesta como há concentração de informações e recursos na área das comunicações do país. 
  A comunicação socioambiental se fez representar.  Apresentamos propostas como " democratização dos recursos de investimento e mídia de governos locais e federal; incentivos fiscais aos meios de comunicação da sociedade civil que trabalham com educação e difusão da informação socioambiental". 

   Na plenária final foi divulgado o movimento Marina Silva Presidente  como forma de dinamizar uma melhor ação do Estado na valorização da sociedade civil  na busca de solução dos conflitos socioambientais em nosso país.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A SUSTENTABILIDADE DO RIO DAS VELHAS - MG


             Os canoeiros Rafael Bernardes, Ronald Carvalho (Roninho) e Erick Wagner 
em ação durante a Expedição Manuelzão desce o rio das Velhas, em 2003. Foto: Divulgação

BARRAGENS
 

      Barragens ao longo do curso d’água modificam o ambiente ao redor e podem atrapalhar o trabalho de revitalização que vem sendo feito no Rio das Velhas. É por isso que, em reunião extraordinária realizada no último dia nove, o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Velhas) discutiu o projeto de barragem que a Companhia de Desenvolvimento do São Francisco, a Codevasf, pretende instalar na calha do Velhas, na altura de Nossa Senhora da Glória, distrito de Santo Hipólito. Além de Santo Hipólito e os esforços de revitalização, a barragem também vai inundar parte dos municípios de Curvelo, Inimutaba, Presidente Juscelino e Gouveia. Segundo Rogério Sepúlveda, Presidente do CBH Velhas, as falas e estudos foram contundentes. Ninguém é a favor da barragem. O que vai ser proposto agora é uma deliberação que restrinja a instalação de barramentos na calha do Velhas, abaixo da cidade de Belo Horizonte até sua foz. Se aceita a deliberação, nenhuma barragem poderá ser instalada, nem mesmo a de Nossa Senhora da Glória. (Fonte: Projeto Manuelzão).

MESTRADO EM AMBIENTE CONSTRUÍDO E PATRIMÔNIO SUSTENTÁVEL


domingo, 8 de novembro de 2009

EVENTO SOCIOAMBIENTAL EM CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO - MG


                            Foto: Cachoeira do Tabuleiro
                                Conceição do Mato Dentro


    Amigos de Conceição do Mato Dentro, do Espinhaço,
O Fórum de Desenvolvimento Sustentável de CMD,
A Fundação IBI e MSAM-Movimento pelas Serra e Águas de Minas,  Convidam para uma Reflexão Sobre a Cultura Afro-Brasileira

MUMBUCA  AFRO FESTIVAL
CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO, MINAS,  BRASIL

PROGRAMAÇÃO INICIAL

DIA 21/11/09
9:00- PALESTRA DR PROTÓGENES QUEIROZ
"A Corrupção e seus efeitos no Estado Democrático de Direito"

10:00-MESA REDONDA:
MPF, MPE,
11:00-CAMPANHA TIC TAC COPENHAGEM
11:30- APRESENTAÇÃO CULTURAL E ARTÍSTICA

13:00- ALMOÇO

15:00- MUMBUCA
15:00-PALESTRA- “COMO CONSTRUIR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE CONCEIÇÃO” FDCMD
16:00-CONVERSA COM AS COMUNIDADES DO SAPO E MUMBUCA
17:00-CARTA DA MUMBUCA-CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO
17:30-SHOWS

PARTICIPE!!!

INSCREVA SUA ONG, SEU GRUPO , SUA FALA ,SUA POESIA, SUA DANÇA, SUA MÚSICA, SUA PINTURA, SUA ARTE.
VENHA EXPRESSAR CONOSCO O QUE VOCÊ SENTE EM RELAÇÃO A NOSSA RAIZ ANCESTRAL AFRICANA.
VENHA RETOMAR CONOSCO NOSSA ORIGEM, NOSSA CANÇÃO:

“SOMOS TODOS MUMBUCA, CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO, MINAS, BRASIL”  ( Por Dorinha )

terça-feira, 3 de novembro de 2009

TERAPIA DA ÁGUA

 Recebemos de Liliane estas dicas de Saúde. Agradecemos a você e um grande abraço Liliane.


 Beba água com estômago vazio.
 

       Hoje é muito popular no Japão beber água imediatamente ao acordar. Além disso, a evidência científica tem demonstrado estes valores. Abaixo divulgamos uma descrição da utilização da água para os nossos leitores.

    Para doenças antigas e modernas, este tratamento com água tem sido muito bem sucedido..

   Para a sociedade médica japonesa, uma cura de até 100% para as seguintes doenças:
Dores de cabeça, dores no corpo, problemas cardíacos, artrite, taquicardia, epilepsia, excesso de gordu ra, bronquite, asma, tuberculose, meningite, problemas do aparelho urinário e doenças renais, vómitos, gastrite, diarréia, diabetes, hemorróidas, todas as doenças oculares, obstipação, útero, câncer e distúrbios menstruais, doenças de ouvido, nariz e garganta.
Método de tratamento:
1. De manhã e antes de escovar os dentes, beber 2 copos de água.
2. Escovar os dentes, mas não comer ou beber nada durante 15 minutos.
 3. Após 15 minutos, você pode comer e beber normalmente.
 4. Depois do lanche, almoço e jantar não se deve comer ou beber nada durante 2 horas.
 5. Pessoas idosas ou doentes que não podem beber 2 copos de água, no início podem começar por tomar um copo de água e aumentar gradualmente.
6. O método de tratamento cura os doentes e permite aos outros desfrutar de uma vida mais saudável.
A lista que se segue apresenta o número de dias de tratamento que requer a cura das principais doenças:
1. Pressão Alta - 30 dias
2. Gastrite - 10 dias 
3. Diabetes - 30 dias
4. Obstipação - 10 dias 
5. Câncer - 180 dias 
6. Tuberculose - 90 dias

7. Os doentes com artrite devem continuar o tratamento por apenas 3 dias na primeira semana e, desde a segunda semana, diáriamente.
 Este método de tratamento não tem efeitos secundários. No entanto, no início do tratamento terá de urinar frequentemente..
 É melhor continuarmos o tratamento mesmo depois da cura, porque este procedimento funciona como uma rotina nas nossas vidas. Beber água é saudável e dá energia.
Isto faz sentido: o chinês e o japonês bebem líquido quente com as refeições, e não água fria.
 Talvez tenha chegado o momento de mudar seus hábitos de água fria para água quente, enquanto se come. Nada a perder, tudo a ganhar ...!

Para quem gosta de beber água fria

       Beber um copo de água fria ou uma bebida fria após a refeição solidifica o alimento gorduroso que você acabou de comer. Isso retarda a digestão.
 Uma vez que essa 'mistura' reage com o ácido digestivo, ela reparte-se e é absorvida mais rapidamente do que o alimento sólido para o trato gastrointestinal. Isto retarda a digestão, fazendo acumular gordura em nosso orgnismo e danifica o intestino.
  É melhor tomar água morna, ou se tiver dificuldade, pelo menos água natural.
 





OUTRA DICA  DE SAÚDE:



Nota muito grave - perigoso para o coração:

    As mulheres devem saber que nem todos os sintomas de ataques card íacos vão ser uma dor no braço esquerdo.
    Esteja atento para uma intensa dor na linha da mandíbula. Você pode nunca ter primeiro uma dor no peito durante um ataque cardíaco. Náuseas e suóres intensos são sintomas muito comuns.
 60% das pessoas têm ataques cardíacos enquanto dormem e não conseguem despertar. Uma dor no maxilar pode despertar de um sono profundo..
    Sejamos cuidadosos e vigilantes.


Quanto mais se sabe, maior chance de sobrevivência ...
Um cardiologista diz que se todos que receberem esta mensagem, a enviarem a pelo menos uma das pessoas que conhecem, pode ter a certeza de que, pelo menos, poderá salvar uma vida. 
Ser um verdadeiro amigo é enviar este artigo para todos os seus amigos e conhecidos.

 
Acabei de fazer isso!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

PÓS DOUTORADO EM AMBIENTE CONSTRUÍDO E PATRIMÔNIO SUSTENTÁVEL

 SELEÇÃO - PNPD/2009

   O Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável da Universidade Federal de MG está com inscrições abertas para seleção de um bolsista do Programa Nacional de Pós-Doutorado - PNPD da CAPES, a partir de 30 de outubro de 2009, dentro do projeto intitulado:
"Dimensões da sustentabilidade: urbanização e desenvolvimento sustentável", pretende aprofundar a pesquisa sobre métodos e interdisciplinaridade, abordando a importante questão da sustentabilidade urbana, em suas dimensões teóricas e metodológicas e propondo ainda um estudo de caso. Trata-se de uma iniciativa que ao trabalhar as interfaces entre metodologias de diversas áreas, pretende constituir uma abordagem rigorosa para a questão da urbanização sustentável, útil tanto para a produção de diagnósticos quanto para a dimensão prospectiva."

   A bolsa PNPD é uma bolsa de pós-doutorado no valor de R$ 3.300,00 (três mil e trezentos reais) paga ao bolsista diretamente pela CAPES, durante o período de execução do projeto (até 48 meses). O projeto conta ainda com uma verba anual de R$ 12.000,00 (Doze mil reais) para custeio, repassada diretamente ao coordenador do projeto.

   Os candidatos a esta bolsa PNPD deve ter título de doutorado em qualquer das seguintes áreas: Arquitetura e Urbanismo, Planejamento Urbano e Regional, Geografia, Engenharia Civil, Engenharia Sanitária e/ou Ambiental, Ecologia, Economia, Sociologia, ou áreas afins, em todos os casos em área de concentração compatível com o escopo do Projeto.

Contato:
Secretaria do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar  em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável da UFMG.
Tel: 55 31 3409-8874 - 8820 / Fax 55 31 3409-8874 - Email: macps@arq.ufmg.br
Escola de Arquitetura - Rua Paraíba, 697 - 2. andar - Bairro Funcionários - Belo Horizonte - MG
CEP.: 30.130.140 - Prof.  Dr. Leonardo Barti Castriota (leonardo.castriota@pq.cnpq.br)

ENCONTRO NACIONAL BACIAS HIDROGRÁFICAS


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

EDUCAÇÃO AMBIENTAL / AUTORES



   Nosso Jornal Oecoambiental divulga alguns autores que abordam temas e questões ambientais. Levando-se em conta a multiplicidade e diversidade cultural de povos, saberes e visões sobre a realidade socioambiental que vivemos, nosso objetivo é contribuir na difusão da informação e educação socioambiental.

   Segue a introdução de um texto de Enrique Leff, mexicano, Doutor em  Economia do Desenvolvimento pela Soborne, França. Especializado em Economia Política do Meio Ambiente e em Educação Ambiental.


  A Formação do Saber Ambiental (*)

    "  A construção de uma racionalidade ambiental implica a formação de um novo saber e a integração interdisciplinar do conhecimento, para explicar o comportamento de sistemas socioambientais complexos. O saber ambiental problematiza o conhecimento fragamentado em disciplinas e a administração setorial do desenvolvimento, para constituir um campo de conhecimentos teóricos e práticos orientado para a rearticulação das relações sociedade-natureza. Este conhecimento não se esgota na extensão dos paradigmas da ecologia para compreender a dinâmica dos processos socioambientais, nem se limita a um componente ecológico nos paradigmas atuais do conhecimento. O saber ambiental excede as "ciências ambientais", constituídas como um conjunto de especializações surgidas da incorporação dos enfoques ecológicos às disciplinas tradicionais - antropologia ecológica; ecologia urbana; saúde, psicologia, economia e engenharia ambientais - e se estende além do campo de articulação das ciências ( Leff, 1986/2000), para abrir-se ao terreno dos valores éticos, dos conhecimentos práticos e dos saberes tradicionais.
   O saber ambiental emerge do espaço de exclusão gerado no desenvolvimento das ciências, centradas em seus objetos de conhecimento, e que produz o desconhecimento de processos complexos que escapam à explicação dessas disciplinas. Exemplo disto é o campo de externalidades no qual a economia situa os processos naturais e culturais, e inclusive a inequitativa distribuição da renda e a desigualdade social gerada pela lógica do mercado e pela maximização de benefícios a curto prazo.
  O discuso ambiental vai se conformando a partir de uma posição crítica da razão instrumental e da lógica do mercado, que emerge da natureza externalizada e do socical marginalizado pela racionalidade econômica. Os pontos cegos e os impensáveis dessa razão modernizante - o ambiente excluído, oprimido, degradado e desintegrado - não se preenchem ecologizando a economia, mas transformando seus paradigmas de conhecimento para construir uma nova racionalidade social. Sob esta perspectiva, o ambiente transforma as ciências e gera um processo de ambientalização interdisciplinar do saber. " (*)-  ( Leff, Enrique - Saber Ambiental - Cap. X - "A formação do saber ambiental" - Ed. Vozes )

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

CONJUNTURA / EUROPA


                          AS CORES DA NATUREZA 11
                                   Tereza um grande abraço.


Internacional

Eleições européias

        A hegemonia neoliberal se reduz e se fragmenta quase em toda a parte.
       A Alemanha reelege os democratas cristãos e Ângela Merkel. Os socialistas perdem terreno para movimentos mais à esquerda. Tudo indica que a discreta concertação centrista dos grandes partidos vai dando lugar à radicalização.
        Em Portugal, os socialistas se mantêm no poder. Um ponto que desgastou eleitoralmente a candidata de centro-direita foi sua resistência ao trem de grande velocidade unindo Porto e Madri. O que pode ser lido como oposição a colaborar com a Espanha socialista, mas teve entretons isolacionistas. É irônico: a corrente neoliberal que sempre acusou os opositores de pouco modernos, desta feita é quem resiste à novidade técnica. No fundo, porém, os eleitores pareceram crer que nos limites possíveis, os socialistas, ao se oporem mais ao pensamento único neoliberal, são mais capazes de achar caminhos para enfrentar a crise e sair dela.
      Na Grécia, os socialistas voltam ao poder por causa de suspeitas e acusações de corrupção no governo conservador, mas, sobretudo, pela esperança de que sejam mais eficazes em debelar as conseqüências negativas do credo neoliberal que trouxe a crise.
     É sugestivo como as vitórias socialistas se dão mais no sul da Europa, menos rico.( Por Daniel Seidel ).



quinta-feira, 22 de outubro de 2009

CONFERÊNCIA METROPOLITANA

 

II CONFERÊNCIA METROPOLITANA

         REGIÃO METROPOLITANA 

DE BELO HORIZONTE 

(Alta Vila, Rua Senador Milton Campos, 115, Nova Lima/RMBH, nos dias 9, 10 e 11 de novembro de 2009)
DECRETO Nº 45.145, DE 24 DE JULHO DE 2009

AVISO À SOCIEDADE CIVIL
Reunião Preparatória para eleição de delegados 

        O Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Regional e Política Urbana – Sedru – e da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte – Agência RMBH –, convida a Sociedade Civil Organizada para participar da Reunião Preparatória destinada à eleição de seus delegados à II Conferência Metropolitana da RMBH. A reunião será realizada, com o apoio da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, no dia 27 de outubro de 2009, às 14 horas, na Escola do Legislativo da ALMG, situada na Av. Olegário Maciel, nº 2.161, Bairro Lourdes, em Belo Horizonte – MG. Serão eleitos 136 delegados da Sociedade Civil que irão participar do processo seletivo dos 4 representantes que integrarão o Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano e das atividades da Conferência.
As inscrições das Entidades estarão abertas no período de 16 a 27 de outubro de 2009 e serão recebidas na Sedru, localizada na Rua Bernardo Guimarães, nº 2.640, andar Pilotis, Bairro Santo Agostinho, Belo Horizonte – MG.
      
Belo Horizonte, 9 de outubro  de 2009.

Deputado Dilzon Melo
Secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana

José Osvaldo Guimarães Lasmar
Diretor Geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

CONFERÊNCIA DE SAÚDE AMBIENTAL DO RIO DE JANEIRO




                    AS CORES DA NATUREZA 10 
               Série de fotos enviadas por Tereza. Um grande abraço.

 1ª Conferência de Saúde
Ambiental do Rio de Janeiro
Evento será realizado de 16 a 18 de outubro, na UERJ

     Para definir diretrizes para a política pública integrada no campo da saúde ambiental, de 16 a 18 de outubro, será realizada a 1ª Conferência Estadual de Saúde Ambiental do Rio de Janeiro. Os ministros José Gomes Temporão (Ministério da Saúde), Carlos Minc (Ministério do Meio Ambiente) e Marcio Fortes (Ministério das Cidades) participarão da abertura do evento, prevista para as 18h, no Teatro Odylo Costa Filho da na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
   A realização da Conferência é resultado da parceria entre os ministérios da Saúde, Meio Ambiente e Cidades, estados, municípios, movimentos sociais, organizações não governamentais e sociedade civil.
   O Rio de Janeiro realizou 15 conferências regionais preparatórias para a etapa estadual. As conferências são norteadas por três eixos: desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental; o trabalho, ambiente e saúde, além da educação; e construção de políticas e territórios sustentáveis.
Os delegados eleitos na etapa estadual representarão o estado na 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, que será realizada de 9 a 12 de dezembro, em Brasília. (CNMA - MMA)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CONFERENCIA SAÙDE AMBIENTAL

I CONFERÊNCIA  NACIONAL

DE SAÚDE AMBIENTAL

I CNSA


          A ação humana sobre a natureza tem causado impactos cada vez mais graves sobre a saúde humana e os ecossistemas do planeta. Associada a um panorama de desigualdades sociais e econômicas, a degradação ambiental aponta para conseqüências que já vivemos no presente: o esgotamento dos recursos naturais; os processos acelerados de desertificação; a intensificação de eventos climáticos extremos; a crise urbana relacionada à carência de serviços de saneamento básico, habitação, transporte e segurança pública; poluição química de ambientes urbanos e rurais; e a emergência e reemergência de doenças.
         Estes problemas são interdependentes, seus impactos vão além das fronteiras locais e seus efeitos são produzidos e sentidos pelas populações. A busca de soluções para este quadro diversificado requer a formulação e gestão de políticas públicas interdisciplinares, integradas, intersetoriais, participativas e territorializadas. Neste sentido, surge a 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, a ser realizada em três etapas (municipais, estaduais e nacional), tendo como tema “A saúde ambiental na cidade, no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis”.
         A 1ª Conferência em Saúde Ambiental é uma iniciativa dos Conselhos Nacionais de Saúde, Cidades e Meio Ambiente atendendo às deliberações das Conferencias Nacional de Saúde (13ª), Cidades (3ª) e de Meio Ambiente (3ª). Instituída por meio de Decreto Presidencial, tem como lema: “Saúde e Ambiente: vamos cuidar da gente! e como tema “A saúde ambiental na cidade, no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis”.
 A etapa nacional da 1ª CNSA ocorrerá em Brasília-DF, de 9 a 12 de dezembro de 2009.

MEIO AMBIENTE E CONSUMO